Artigo sobre a variação lingüística e o preconceito lingüístico: sociolingüística, origem e definição

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Drika

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Dec 4, 2009, 2:18:08 PM12/4/09
to LPIV - Sociolinguística
variação linguística e preconceito linguístico: sociolinguística,
origem e definição
O objeto de estudo da sociolingüística foi fixado no meio acadêmico
norte-americano nos anos 1960, e um ponto vital deste processo foi um
congresso na Universidade de Los Angeles, Califórnia (UCLA), que
reuniu vários estudiosos em 1964, e cujos trabalhos apresentados foram
publicados em um livro chamado “Sociolinguistics” dois anos depois.
Naturalmente, este ponto de inflexão não excluí uma precedência no
campo teórico desta nova corrente, que podemos encontrar em outros
autores desde o início do século XX. O russo Mikhail Bakhtin, por
exemplo, no clássico “Marxismo e Filosofia da Linguagem” procurou
pensar toda a ebulição que a filosofia da linguagem vinha causando a
partir de uma perspectiva sociológica dentro do campo teórico da
filosofia da práxis marxista.
Os sociolingüistas perceberam que a lingüística não estava dando conta
de explicar certos fenômenos, como o da variação lingüística social
dentro das comunidades de fala. Estas variações são verificáveis, por
exemplo, no sistema de castas brahmâne, onde cada camada do estrato
social usa palavras diferentes para designar um mesmo objeto. Uma
frase como “Tu não sabe com quem está falando” ouvida no Rio de
Janeiro pode levar a suposição que os falantes são jovens. A
sociolingüística observa também as variações que ocorrem na
comunicação de adultos com bebês, o chamado “baby talk” e outras
verificáveis em diferentes grupos de fala. Numa ilha isolada no
interior de Massachussets os habitantes podem exercitar um dialeto
diferente do inglês praticado no continente.
Para alcançar estes objetivos, a sociolingüística precisa ser
interdisciplinar, dialogando com outras áreas das ciências sociais e
humanas, especialmente, é claro, a sociologia e antropologia. Têm se
caracterizado como importante no combate ao preconceito e na defesa de
minorias que falam variantes diferentes do padrão, já que sua
abordagem procura ser descritiva, e não normativa. O combate ao
preconceito lingüístico no Brasil tem como um dos protagonistas o
professor Marcos Bagno, autor dos livros “Língua de Eulália” e
“Preconceito lingüístico, o que é e como se faz”.

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