INSTINTO DE PRESERVAÇÃO

13 views
Skip to first unread message

Pieper Gmail

unread,
Sep 4, 2008, 10:26:32 PM9/4/08
to lindolf...@googlegroups.com

INSTINTO DE PRESERVAÇÃO

Conforme informações da imprensa chinesa, publicada na Vejaonline, 15/05/2008, centenas de milhares de sapos fugiram de uma cidade próxima do epicentro do terremoto no sudoeste da China dias antes dos tremores. 

A migração anormal dos animais, que de modo repentino invadiram as ruas de Mianyang, provocou comentários espantados de pessoas convencidas de que se tratava de um sinal que anunciava o tremor.

Um repórter de um jornal de Mianyang conversou com os moradores da cidade sobre o estranho fenômeno no domingo, um dia antes do terremoto. Os mais velhos diziam ter interpretado a fuga dos sapos como um sinal de um desastre iminente. Os mais jovens faziam piada da relação entre a fuga e uma possível tragédia e afirmavam que os animais saíram do sudoeste do território para participar do giro da tocha olímpica pela China.

O subdiretor do Centro de Redes Sismológicas da China, Zhang Xiaodong, disse que as investigações sobre os terremotos serão aprofundadas nos próximos meses. Agora os chineses querem saber se é possível estabelecer um vínculo entre um fenômeno natural, como a fuga em massa dos sapos, e a iminência de um terremoto.

Afinal de contas, o que houve? Premonição? Será que os animais, como os sapos, são capazes de prever algum fenômeno da natureza?

Sabe-se que pessoas vividas, com larga experiência no campo, são capazes de prever uma geada, a proximidade das chuvas ou de um período de prolongada seca. Neste caso trata-se de fenômenos que a ciência hoje explica.

Isso, além de ser perfeitamente explicável, é também bíblico. Jesus, por exemplo, diz nos Evangelhos: “Chegado à tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado; e pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está der um verde sombrio” (Mateus 16.2). E, mais adiante, referindo-se aos sinais de sua vinda, ele acrescenta: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mateus 24.32).

Bem, o ser humano se utiliza da experiência. E os animais? Os animais se utilizam do instinto, que é o instinto da sobrevivência. Neste sentido as aves migram para outra região na mudança das estações do ano, os peixes sobem o rio no período da piracema, o João-de-Barro constrói o seu ninho sempre com a boca virado para o lado oposto em que vêm as chuvas, o camaleão muda de cor de acordo com o ambiente, as tartarugas buscam o mar logo após o nascimento, os animais pulam, rincham e gritam antes de uma tempestade e os filhotes das aves buscam abrigo debaixo das asas da sua mãe ao menor sinal de perigo.

Deus dotou os animais com o instinto da sobrevivência, para que pudessem se preservar. Quem, por exemplo, ensinou a uma paca criada na mamadeira, que, ao cavar um buraco, tem que cavar também uma saída, chamado suspiro, para que possa escapar por ali quando o caçador se aproximar do lugar onde está? Quem disse ao peixe que ele precisa subir o rio para desovar; a um galo, que tem que cantar quando o dia está amanhecendo; a um filhote de mamífero, que precisa buscar o peito da mãe para se alimentar; que o pato precisa lubrificar as penas para não se encharcar de água ou a um roedor, que tem que roer para gastar os seus dentes?

Caso seja verdade mesmo que os sapos fugiram antes do terremoto, eles fugiram porque alguma coisa os fez pressentir que tal fenômeno ia acontecer: como pequenos tremores, a elevação da temperatura da água, a pressão atmosférica ou outro fenômeno, que só Deus pode dizer com certeza qual é.

Nós, quando se refere aos seres humanos, chamamos isso de premonição ou pressentimento, em que o inconsciente, munido de vários dados, consegue antever algumas coisas que podem vir a acontecer. Nos animais nós chamamos isso de instinto de sobrevivência, com o qual Deus os dotou para escapar de certos perigos.

Em ambos os casos, tanto na premonição, como no instinto de sobrevivência, por trás de tudo está a mão de Deus, que dotou a natureza de certos mecanismos, que a Bíblia chama de sinais, para prevenir a sua criatura de certos acontecimentos, como os que citamos acima.

Têm, pois, razão, as Sagradas Escrituras, ao afirmarem que “os atributos invisíveis de Deus, assim como o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas” (Romanos 1.20). Por isso, só um néscio ou tolo é capaz de afirmar que não existe Deus, conforme as mesmas Escrituras.

Por isso louvamos a Deus, como o salmista no Salmo 104: “Ó Senhor, tu tens feito tantas coisas e foi com sabedoria que as fizestes. A terra está cheia de tuas criaturas. Ali está o mar imenso, enorme, onde vivem os animais, grandes e pequenos, tantos, que não podem ser contados. Todos esses animais dependem de ti, esperando que lhes dês alimento no tempo certo. Tu dás a comida, eles comem e ficam satisfeitos. Quando escondes o teu rosto, ficam com medo. Se cortas a respiração que lhes dás, eles morrem e voltam ao pó de onde saíram. Porém, quando lhes dás o sopro de vida, eles nascem; e assim dás vida nova à terra" (Salmo 104.24-30).

Porém, nós, como cristãos, não só reconhecemos a existência de Deus e bendizemos os seus feitos, mas ainda o louvamos pelo seu grande amor: que nos ama de tal maneira que foi capaz de enviar o seu Filho ao mundo para nos salvar de todos os pecados, mesmo tendo que sofrer e morrer de uma forma humilhante na cruz; conforme o próprio Jesus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Pastor Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

PREMONIÇÃO.doc
Reply all
Reply to author
Forward
0 new messages