Galerinha,
Março ta ai e agora fica a pergunta “Qual o tema de março?”
Fico no aguardo para poder pensar já numas linhas de escrita.
Abraços
O Goblin
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Você é participante da Liga Narrativa. Vista a camisa e com seus super poderes escreva e descreva contos sensacionais. Para enviar mensagens liga-na...@googlegroups.com. Quer sair? Então liga-narrativ...@googlegroups.com quer ver mais informações http://groups.google.com.br/group/liga-narrativa?hl=pt-BR?hl=pt-BR
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Wird bið ful ãræd
Dan Ramos
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A essência do seu jogo
H: Pera�, voc�s v�o escrever sobre mim? O_o'
Armageddon
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H: Peraí, vocês vão escrever sobre mim? O_o'
Goblin: Perai, eu vou escrever sobre ele? \o/ Titulo do post "O Armageddon
Rosa, como o mundo acabou em pétalas de rosa"
-----Mensagem original-----
De: liga-na...@googlegroups.com [mailto:liga-na...@googlegroups.com]
Em nome de Marlon
Enviada em: sábado, 27 de fevereiro de 2010 09:30
Para: liga-na...@googlegroups.com
Assunto: Re: [Liga Narrativa] Tema de Março
Peraí, a gente vai escrever sobre o Marlon?
H: Peraí, vocês vão escrever sobre mim? O_o'
Armageddon
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Banquete
Abraão Macedo de Carvalho era o tipo da pessoa bem nascida que poderia ser qualquer coisa. A sua família tinha de tudo: senadores, doutores, bispos, procuradores da república e até mesmo alguns ramos mais ecléticos como atores, cantores e até mesmo uma nadadora olímpica. Ricos, influentes, poderosos e arrogantes Os Macedo de Carvalho tinham o mundo a seus pés.
Quando o jovem Abraão terminou a faculdade de jornalismo foi uma surpresa para todos que ele quisesse ser crítico culinário. Era uma coisa meio desprestigiosa no ramo: afinal ele iria de restaurante em restaurante comer de graça e escrever para o jornal que já pertencia á sua família.
Mas o seu dom sobre as palavras parecia sobressair acima de qualquer falta de prestígio. Sua coluna saía sempre às quintas-feiras e tirando a página de esportes e as notícias policiais era a parte do jornal mais lida e desejada. Os restaurantes que caíam em suas graças viravam sucesso instantâneo, mas aqueles que o importunavam de alguma forma simplesmente estava relegados ao ostracismo.
Dizem mesmo que o que ele mais gostava de fazer era destruir um restaurante de vez em quando, apenas para experimentar um pouco do poder de sua fama e nome. Para esses casos especiais ele guardava sempre o cartão de visitas do restaurante. Ele fazia questão de guardar em seu pequeno escritório particular na sede do Jornal, numa pequena bancada de veludo. Quem olhasse de longe parecia que estava vendo uma série de lápides de cemitério. Cada cartão, com seu logotipo, endereço e telefone era uma espécie epitáfio de algum sonho, que por ventura do destino caiu nas garras de Abraão.
O Lin Wen era um restaurante de comida chinesa tradicional. Ao contrário de outros restaurantes que misturavam cardápios chineses com outros tipos do oriente, ou mesmo que acrescentavam toques ocidentais o Lin Wen servia apenas comida típica japonesa. Seus preços eram camaradas e sua clientela crescente. Foi quando o Lin Wen foi visitado por Abraão. Ele sentou-se lá, identificou-se e pediu praticamente cada prato do cardápio. De cada um mordiscou aqui e ali, anotando o nome do prato e suas impressões. Ao fim da lauda refeição, á sua volta jaziam duas dúzias de pratos típicos chineses, mal tocados por seus pauzinhos.
O Lin Wen era apenas mais um restaurante – pensou ele indo para a saída. Talvez um regular ou fraco, na minha opinião. Entretanto sua opinião foi barrada pelo jovem garçom que tinha se desdobrado a noite inteira para servi-lo. “Sua conta, senhor”. Mas como aquele maldito amarelo atrevia-se daquela forma? Ninguém nunca tivera a coragem de cobrar pelo seu bom gosto, pelo direito de fazer parte da exclusiva coluna “À mesa com Abraão Macedo de Carvalho”. À contragosto ele pagou o dinheiro dos pratos e saiu, crispando os punhos de raiva. Antes de sair, ele viu o chinês falando com uma velha senhora, que ao que tudo indica, era sua parente e provavelmente, cozinheira do lugar.
Nunca antes a coluna havia sido tão devastadora. Nunca antes as palavras transbordaram com tanto fel, ódio, rancor e perfídia. Cada prato, examinado a exaustão apresentava um verdadeiro enredo de mentiras, dando ao restaurante uma alcunha terrível. Finalizou com uma frase que ficaria famosa no meio: “prefiro ter como jantar um balde de vômito cozido de um cão leproso do que deixar que o fedor daquele lugar toque minhas narinas novamente”.
Dias se passaram e o Lin Wen foi esquecido. Lançado ás moscas ninguém tinha coragem de ir até lá, seja por influência do jornalista, seja pela lenda urbana que ele mesmo havia criado. Foi preciso menos que um mês para que suas portas fechassem para sempre e o prédio fosse colocado á venda.
A vitória de Abraão Macedo de Carvalho estava mais uma vez concretizada, mas dessa vez algo diferente aconteceu. Estava escrevendo sua coluna, quando uma senhora invadiu sua sala. Ela falava um misto de chinês e português. No primeiro momento o repórter não a reconheceu, mas depois de olhar bem para sua fisionomia viu que era a velha cozinheira. Ela o acusava pela morte do neto que havia colocado no restaurante todas as economias de sua família e que, diante do retumbante fracasso acabou por tirar sua própria vida. Abraão riu da senhora e antes de mandar que os seguranças do Jornal a escurraçassem de lá disse a ela: tanto faz, velhota miserável. Esse era mesmo o seu destino.
Antes de ser arrastada para fora a velha rogou sobre ele uma maldição. Claro que um Macedo de Carvalho não acreditava nestas superstições. Mas naquela mesma noite, ao sentar-se em casa para comer seu fetutini favorito, ele sentiu um gosto estranho na boca. Era algo ruim, podre, e morno. O cheiro da comida, de todos os alimentos agora tinha o mesmo cheiro: algo que lembrava vômito, mas cozido e com pitadas de carne apodrecida. Ele foi a todos os especialistas, mas nada puderam fazer com ele. A fome o enlouquecia, mas nada parava em seu estômago. Em alguns meses, recolhido a sua solitária casa, recebia alimentação intravenosa.
Uma noite foi até as ruínas do Lin Wen. Estranhamente ninguém jamais o tinha alugado novamente. Ele continuava lá, meses depois de ter sido fechado, sua fachada suja e seu letreiro apagado. Ele entrou e sentiu um cheiro que não era o costumeiro de vômito de cão. Era comida: arroz primavera e rolinhos de Pequim! Ele sentou e comeu. Mas assim que a comida tocava sua boca, vinha de novo o gosto de vômito. Ele queria sair dali, mas o cheiro não deixava. Ele comia cada pedaço com sofreguidão, esperando que a nova mordida lhe reservasse sabor diferente. Ainda assim a fome ainda o acossava. Ele largou os hashis e passou a comer com as mãos. O gosto de vômito da comida misturava-se com o seu próprio, que de temos em tempos regurgitava sobre a comida. E lá ele ficou, por horas, dias...
Mas isso foi a muitos anos. Hoje os Macedo de Carvalho nem sequer existem mais – pelo menos não com tanto poder. Era como se eles fossem se apagando um por vez, desde que Abraão desaparecera numa noite de inverno. As ruínas do Lin Wen ainda existem. São guardadas por um velho leproso que passa os dias na sua calçada devorando qualquer coisa que caia em suas mãos...
Aliás, só pra saber, cada um pode "entrar" com 1 conto somente ou mais
de um? Porque qualquer coisa, se der, posso postar mais de um, porque
acho que Banquete é um pouco melhor pra escrever o/
Abração o/
On Feb 26, 11:25 pm, Mário Benevides <mest...@gmail.com> wrote:
> Nossa lista até aqui, coisa verde:
>
> Fevereiro: Começos
> Março: Banquete:
> Abril: Vida Cyberpunk
> Maio: Herói
> Junho: Labirintos, masmorras, prisões.
> Julho: Armagedon (e outros fins do mundo).
>
> Abração.
>
> Em 26 de fevereiro de 2010 23:14, O Goblin <tavernadogob...@gmail.com>escreveu:
>
>
>
>
>
> > Galerinha,
>
> > Março ta ai e agora fica a pergunta “*Qual o tema de março?*”
>
> > Fico no aguardo para poder pensar já numas linhas de escrita.
>
> > Abraços**
>
> > *O Goblin*
>
> > --
> > Você é participante da Liga Narrativa. Vista a camisa e com seus super
> > poderes escreva e descreva contos sensacionais. Para enviar mensagens
> > liga-na...@googlegroups.com. Quer sair? Então
> > liga-narrativ...@googlegroups.com<liga-narrativa%2Bunsubscribe@go oglegroups.com>quer ver mais informações
hehehehehehehe
XD
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