Clipping 14/04/2015

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Clipping Educacional

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Apr 14, 2015, 12:10:30 PM4/14/15
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Terça-feira, 14 de abril de 2015

Matérias de Hoje

G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
Previsão era de que aulas começassem em 17 de junho. Em março, início das aulas foi adiado por problemas no orçamento
UOL Educação - 14/03/2015 - São Paulo, SP
O valor das obras chega a R$ 55,1 milhões
Agência Brasil - 13/04/2015 - Brasília, DF
99,48%, um número recorde
G1 Globo.com - 13/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
`As veias abertas da América Latina` caiu em pergunta de espanhol
UOL Educação - 13/04/2015 - São Paulo, SP
O Governo Paulo Câmara também disse que manifesta a intenção de continuar negociando
G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
Quase 1,8 milhão de alunos retornaram às aulas nesta terça. 9 mil professores foram treinados pela Unicef para prevenir o contágio
Agência Brasil - 13/04/2015 - Brasília, DF
De acordo com o texto, a instituição está apta a receber os recursos financeiros, na condição de parceira do governo
UOL Educação - 13/04/2015 - São Paulo, SP
“Aprender línguas estrangeiras é definitivamente parte do nosso sucesso”
G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
Inscrições devem ser feitas pela internet até as 15h do dia 14 de maio. Candidato precisa ter concluído ou estar cursando a partir do 2º ano
Agência Brasil - 14/04/2015 - Brasília, DF
“O maior benefício da nova lei é trazer segurança jurídica. Todo mundo quer mais segurança para fazer pesquisa e investir”
G1 Globo.com - 13/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
Jovem passou a ser atacada após ser vista com roupas femininas. Ela publicava vídeos sobre maquiagem e os ataques sofridos

Editoriais, artigos e opiniões

G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
UOL Educação - 10/02/2015 - São Paulo, SP
Revista Época - 12/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

Matérias

Ministério da Educação adia início das aulas do Pronatec pela segunda vez

Da Redação - G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

O Ministério da Educação adiou pela segunda vez o início das aulas do Programa Nacional do Ensino Técnico (Pronatec), que estava previsto para 17 de junho. A nova data de início será no dia 27 de julho. O Pronatec oferece ao estudante cursos técnicos em instituições particulares pagos pelo governo. O edital foi publicado no `Diário Oficial da União` nesta terça-feira (14).

Segundo o MEC, a alteração no cronograma `se justifica pelos procedimentos decorrentes da aprovação do orçamento federal e, tendo em vista a solicitação de várias instituições de ensino, o calendário foi ajustado de maneira a compatibilizá-lo com o calendário acadêmico das instituições.`

Em março, o início das aulas do Pronatec estava previsto para 7 de maio e foi adiado para 17 de junho por problemas no orçamento.

Criado em 2011, o programa já alcançou 8 milhões de matrículas. No ano passado, Dilma lançou a segunda etapa do Pronatec, com a meta de alcançar mais 12 milhões de matrículas.

Fundações são usadas em obras de universidades federais

Estadão Conteúdo - UOL Educação - 14/03/2015 - São Paulo, SP

Sete universidades federais usaram fundações de apoio para tocar obras com recursos do programa de reestruturação e expansão das instituições federais de ensino superior, o Reuni. Os casos foram questionados em auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), finalizada em dezembro. O valor das obras chega a R$ 55,1 milhões.

A CGU fiscalizou 73 obras e em 11 delas - 15% do total - reformas e construções de responsabilidade das universidades foram repassadas às fundações, `caracterizando-se a terceirização da execução das obras`, segundo indica o relatório.

Em geral, as fundações são criadas por professores para dar apoio a atividades relacionadas a ensino, pesquisa e extensão. `O repasse dos recursos da obra para a fundação de apoio dificulta o acompanhamento e controle dos atos praticados, pois esta não tem capacidade técnica para execução de obras, o que acarreta a subcontratação`, ressalta a CGU, que recomendou o fim desse tipo de transferência.

Decreto que regulamenta o trabalho dessas entidades determina que elas só podem atuar em projetos de melhoria de infraestrutura em obras laboratoriais, aquisição de materiais e equipamentos e outros insumos relacionados às atividades de inovação e pesquisa.

O maior montante de terceirização foi identificado na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul. A instituição repassou para a Fundação Simon Bolívar três obras no valor de R$ 13,2 milhões. Os trabalhos identificados foram a construção de um poço artesiano, substituição de esquadrias de um prédio no câmpus de Capão do Leão e a reforma de um setor na Faculdade de Medicina.

A Fundação Simon Bolívar foi criada em 1996 com a `finalidade específica de desenvolver estudos e atividades relacionadas com os processos de desenvolvimento e integração regional`, segundo o portal da UFPel. A universidade informou que não há mais obras sendo realizadas por fundações.

Salas

Além da UFPel, aparecem na auditoria da CGU terceirização de obras nas federais do Rio Grande do Norte (UFRN), Goiás (UFG), Paraíba (UFPB), Rondônia (Unir), Juiz de Fora (UFJF) e Lavras (UFLA). Em cinco universidades os projetos de construção de salas de aula são tocados por fundações, como é o caso da UFPB. A construção de um bloco de salas no câmpus na cidade de Bananeiras, no valor de R$ 9,7 milhões, foi repassada para a Fundação José Américo.

Obras de salas e moradia estudantil, no valor de R$ 4,4 milhões, foram intermediadas por uma fundação da UFG, a Funape. A UFG informou que a fundação só intermediou o pagamento da empresa executora da obra, escolhida por licitação. De acordo com a UFG, não há mais repasses à Funape para esse fim.

Na UFRN, uma fundação foi incumbida, por exemplo, de fazer a construção de salas e da residência universitária. As obras tinham o valor de R$ 21,9 milhões, mas acabaram excluídas do convênio e deixaram de ser executadas pela fundação.

O professor Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), critica a atuação das fundações. `O problema continua e não vai ser resolvido enquanto o sistema não for desburocratizado no sentido de não precisar mais das fundações.`

Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que representa as federais, não quis se pronunciar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Olimpíada de Matemática registra recorde de municípios participantes

Mariana Tokarnia - Agência Brasil - 13/04/2015 - Brasília, DF

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) atingiu, este ano, quase a totalidade dos municípios, 99,48%, um número recorde. O balanço da décima primeira edição do evento foi divulgado hoje (13) pela organização da Obmep. A prova da primeira fase será dia 2 de junho.

De acordo com o levantamento, o número de inscritos este ano, no entanto, diminuiu em relação ao de 2014. Foram 17.970.745 estudantes de 47.582 escolas públicas de 5.538 cidades. Em 2014, inscreveram-se 18.187.971 candidatos de 46.712 escolas de 5.533 cidades.

Para a coordenadora da Obmep, Mônica Souza, a redução não é significativa e está relacionada também à diminuição do número de estudantes em escolas públicas apontada no Censo Escolar. `Não nos preocupamos com isso. Tivemos um aumento de mais de 800 escolas, tivemos uma capilaridade muito grande. As escolas estão interessadas e estão motivando os alunos, tivemos a participação de muitas escolas pequenas`, disse.

Os estados com o maior número de participantes são: São Paulo, com 3.373.019 alunos e 5.847 escolas de 645 municípios; Minas Gerais, com 1.889.666 alunos e 4.569 escolas de 850 municípios; e Bahia, com 1.565,066 alunos e 3.966 escolas de 417 municípios. Em seguida, vêm os estados do Paraná, Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Pará, cada um com quase 1 milhão de alunos inscritos.

A Obmep tem três níveis de participação: nível 1, alunos do 6º e 7º anos e nível 2, de 8º e 9º anos do ensino fundamental; e nível 3, de 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. Este ano, a Olimpíada de Matemática premiará 6,5 mil alunos com medalhas, sendo 500 de ouro, 1,5 mil de prata e 4,5 mil de bronze. Mais de 46 mil estudantes receberão menções honrosas.

Os medalhistas serão convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), que ocorrerá ao longo de 2016. Além dos estudantes com melhor desempenho na prova da segunda fase, a Obmep premia professores, escolas e secretarias de Educação dos municípios.

Os alunos com melhor pontuação na primeira fase se classificarão para a próxima etapa, cuja prova está marcada para o dia 12 de setembro. A lista dos premiados será divulgada no site da Obmep no dia 27 de novembro.

A Olimpíada de Matemática é promovida pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área.

Principal obra de Eduardo Galeano já foi tema de questão do Enem

Da Redação - G1 Globo.com - 13/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

A principal obra do escritor uruguaio Eduardo Galeano, que morreu aos 74 anos em Montevidéu, nesta segunda-feira (13), já foi tema de uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na edição de 2012 do exame, uma pergunta de espanhol, inserida na prova de linguagens e códigos, trazia um trecho da obra justamente referindo-se à America Latina como a região das `veias abertas` para relatar a opressão e amargura do continente.

Galeano estava internado em um hospital na capital uruguaia desde sexta-feira (10) devido a complicações de um câncer de pulmão, que já havia sido tratado em 2007. Ensaísta, historiador e ficcionista, publicou mais de 30 livros, quase todos traduzidos no Brasil.

Veja a íntegra da questão do Enem de 2012 que citava Eduardo Galeano:

`Nuestra comarca del mundo, que hoy llamamos América Latina perfeccionó sus funciones. Este ya no es el reino de las maravillas donde la realidad derrotaba a la fábula y la imaginación era humillada por los trofeos de la conquista, los yacimientos de oro y las montañas de plata. Pero la región sigue trabajando de sirvienta. Es América Latina, la región de las venas abiertas. Desde el descubrimiento hasta nuestros días, todo se ha trasmutado siempre en capital europeo o, más tarde, norteamericano, y como tal se ha acumulado y se acumula en los lejanos centros del poder. Todo: la tierra, sus frutos y sus profundidades ricas en minerales, los hombres y su capacidad de trabajo y de consumo, los recursos naturales y los recursos humanos. El modo de producción y la estructura de clases de cada lugar han sido sucesivamente determinados, desde fuera, por su incorporación al engranaje universal del capitalismo.

Nuestra derrota estuvo siempre implícita en la victoria ajena; nuestra riqueza ha generado siempre nuestra pobreza para alimentar la prosperidad de otros: los imperios y sus caporales nativos.`

GALEANO, E. Las venas abiertas de América Latina. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Argentina, 2010 (adaptado).

A partir da leitura do texto, infere-se que, ao longo da história da América Latina,

A) suas relações com as nações exploradoras sempre se caracterizaram por uma rede de dependências.

B) seus países sempre foram explorados pelas mesmas nações desde o início do processo de colonização.

C) sua sociedade sempre resistiu à aceitação do capitalismo imposto pelo capital estrangeiro.

D) suas riquezas sempre foram acumuladas longe dos centros de poder.

E) suas riquezas nunca serviram ao enriquecimento das elites locais

RESPOSTA: Segundo o gabarito oficial do Enem 2012, a resposta certa é a alternativa A.

Paulo Câmara manda cortar ponto de professores em greve, a partir desta terça-feira

Blog do Jamildo - UOL Educação - 13/04/2015 - São Paulo, SP

O governador Eduardo Campos não vacilou em quebrar o corporativismo dos médicos, no início da sua gestão, quando a categoria ameaçou greves contra a implantação do modelo das organizações sociais na área de saúde.

Na quebra de braço, com sindicatos ligados a centrais sindicais controladas a partidos políticos, o governador socialista ganhou a opinião pública depois de mostrar que poderia melhorar o atendimento à população depois de mais de 20 anos sem novos hospitais, enquanto os médicos estavam apenas travando uma batalha por reserva de mercado e manutenção da exclusividade do emprego público nem sempre compromissado com a produtividade.

O governador Paulo Câmara dá sinais de que deve endurecer com a área de educação, como Eduardo fez com os médicos. Já apanhou dos PM nas primeiras semanas de governo.

Mesmo frisando que busca manter o compromisso com a valorização dos profissionais de educação do Estado, o Governo Paulo Câmara decidiu fazer a publicação de portaria, nesta terça-feira (14), no Diário Oficial do Estado, sobre os procedimentos em relação à greve dos profissionais da educação do Estado.

A portaria vai determinar a apuração da frequência dos servidores que não comparecerem nas unidades de trabalho da Secretaria de Educação, por motivo de greve e diz que eles terão o desconto dessas faltas na sua remuneração.

“Interromper as atividades escolares é uma medida que traz prejuízos principalmente para os alunos, familiares e aos próprios profissionais”, diz o governo em nota oficial.

Os servidores contratados temporariamente que aderirem à paralisação poderão ter os seus contratos de trabalho rescindidos.

Já os servidores lotados nas escolas de referência que aderirem à paralisação poderão ser removidos para posterior localização em outra unidade de trabalho, sendo aberto processo para a substituição destes.

O Governo Paulo Câmara também disse que manifesta a intenção de continuar negociando e e pediu que o Sindicato dos Profissionais em Educação de Pernambuco (Sintepe) interrompa a paralisação.

“Nós estamos recorrendo ao bom senso da parcela dos professores que estão em greve para que retomem as suas atividades nas escolas. A retomada da negociação só será realizada caso haja a suspensão da greve e, consequentemente, retorno ao trabalho”, informa a Secretaria de Educação.

Escolas reabrem com 8 meses de atraso em Serra Leoa após o ebola

France Presse - G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

Os quase 1,8 milhão de alunos de Serra Leoa, país mais afetado pela epidemia de Ebola, retornaram nesta terça-feira (14) às aulas com oito meses de atraso por culpa da doença.

`É um passo importante para uma volta à normalidade em Serra Leoa`, afirma em um comunicado o representante do Unicef no país, Roeland Monasch.

`É importante que todas as crianças voltem para a escola, incluindo os que não frequentavam antes da epidemia de Ebola`, completou.

Para o retorno às aulas, o Unicef, o fundo da ONU para a infância, treinou 9.000 professores para prevenir o contágio do vírus e forneceu 24.300 dispositivos de lavagem das mãos, segundo o comunicado.

A reabertura das escolas, prevista para 30 de março, foi adiada em duas semanas, depois que o país registrou novos casos de Ebola na região oeste, onde fica a capital Freetown.

Entre os três países mais afetados pela epidemia, Serra Leoa é o último a reabrir as escolas, depois de Guiné (19 de janeiro) e Libéria (16 de fevereiro).

A epidemia de Ebola na África Ocidental, a mais grave desde a identificação do vírus na África Central em 1976, foi declarada em dezembro de 2013 no sul da Guiné, antes de propagar-se para as vizinhas Libéria e Serra Leoa.

Segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença provocou 10.600 mortes - 3.854 em Serra Leoa - em 25.000 casos registrados.

MEC libera R$ 100 milhões para oferta de vagas pelo Senai

Paula Laboissière - Agência Brasil - 13/04/2015 - Brasília, DF

Portaria do Ministério da Educação, publicada hoje (13) no Diário Oficial da União, libera R$ 100 milhões para a oferta de vagas na formação profissional pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

De acordo com o texto, a instituição está apta a receber os recursos financeiros, na condição de parceira do governo na oferta de vagas em cursos de educação profissional técnica de nível médio e cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional.

Será o ensino de línguas a forma de fazer um sistema educativo melhor?

Samuel Silva - UOL Educação - 13/04/2015 - São Paulo, SP

Especialistas internacionais defendem que aprender idiomas estrangeiros faz dos alunos melhores e pode ser uma ferramenta potenciadora da equidade. Portugal ainda está longe dos lugares cimeiros nos rankings de proficiência linguística.

“Quem aprende línguas estrangeiras, terá um cérebro preparado para aprender qualquer outra coisa”. A ideia é de Pasi Sahlberg, um dos protagonistas da política educativa que fez das escolas da Finlândia um exemplo internacional, que garante que o relevo dado ao ensino dos idiomas foi um dos motivos do sucesso do país nórdico. Tal como este especialista, outros investigadores internacionais estão a apontar no mesmo sentido: a aposta nas línguas pode fazer melhores alunos e ser uma ferramenta potenciadora da equidade.

Pasi Sahlberg era um dos conselheiros do Ministério da Educação finlandês, nos anos 1990, quando aquele país começou a traçar as reformas que o colocaram nas bocas do mundo. Para isso muito contribuíram os resultados dos primeiros testes do Programme for International Student Assessment (PISA), o mega-estudo sobre literacia dos alunos de 15 anos, feito de três em três anos pela OCDE, que foram divulgados a partir de 2001. A Finlândia era então líder em Matemática e Leitura e aparecia no 2.º lugar em Ciências. Nos anos seguintes, manteve-se nos lugares cimeiros dos rankings internacionais e tornou-se um foco de atenção permanente. “Até 2000, não existíamos”, comenta Sahlberg que, nos últimos anos, tem andado pelo mundo a explicar os motivos deste sucesso. Faz conferências e lançou livros, entre os quais “Finnish Lessons”, que lhe valeu o prémio de Educação Grawemeyer, atribuído pela Universidade de Louisville, dos EUA, em 2013.

“Aprender línguas estrangeiras é definitivamente parte do nosso sucesso”, explicou Sahlberg ao PÚBLICO, à margem do Fórum sobre Inovação em Ensino de Língua, organizado pela empresa de educação Education First, que decorreu em Boston, no mês passado. Para este especialista – que actualmente é professor convidado na Escola de Educação da Universidade de Harvard – há três lições que se podem retirar da experiência finlandesa. A primeira é base de todo o sucesso nórdico: um grande investimento na equidade e na igualdade de acesso; depois, há a valorização das carreiras profissionais dos professores. Por fim, o destaque que é dado ao ensino de línguas estrangeiras.

O sistema de ensino na Finlândia é bilingue – há oferta em finlandês e em sueco –, sendo o segundo idioma doméstico introduzido no sétimo ano. Antes disso, no terceiro ano de escolaridade, começam as aulas do primeiro idioma estrangeiro, sendo que a oferta pública no país tem cinco línguas diferentes (inglês, alemão, francês, russo e espanhol). “Acreditamos que é muito importante para conhecer o mundo e suas diferentes linguagens e culturas desde muito cedo”, justifica Sahlberg, para quem a prioridade na aprendizagem de línguas é também uma forma de desenvolver competências transversais e criar “melhores estudantes”.

Uma ideia semelhante foi também explorada no mesmo Fórum por Paola Ucelli, professora associada em Harvard, que coordena um grupo de investigação em Aprendizagem de Línguas naquela universidade. O seu trabalho mais recente centra-se nas diferenças individuais entre alunos no que diz respeito ao seu desenvolvimento em termos de linguagem escrita e oral e a sua associação à compreensão, comunicação e desempenho escolar. A investigadora concluiu que a “a proficiência linguística é um factor-chave de equidade num sistema educativo”, capaz de reduzir distâncias nos resultados entre alunos de contexto socio-económicos distintos.

Os relatórios internacionais têm recorrentemente chamado a atenção para o fraco desempenho do sistema de ensino português no que toca a esbater as assimetrias sociais. E, quando olhamos para o indicador de proficiência linguística dos estudantes portugueses em inglês – comummente usado como o idioma de referência a nível internacional – os resultados recentes não são os mais animadores. Ao contrário do que acontece com a Língua Materna, a Matemática ou as Ciências, a OCDE não testa e compara os conhecimentos dos estudantes a nível internacional em línguas estrangeiras. Mas há outras ferramentas.

A Education First publica há quatro anos o English Proficiency Index, o maior ranking de proficiência em inglês. Na última lista, divulgada no final do ano passado, Portugal surge na 21.ª posição entre 63 países avaliados – fruto de um total de 750 mil testes aplicados em todo o mundo. O resultado nacional significa uma descida de quatro lugares face ao ano anterior e, pela primeira vez, o desempenho nacional é pior do que o espanhol.

A Education First divide os países em cinco grupos. Portugal aparece colocado em proficiência moderada, o terceiro nível, e é um dos últimos países europeus – Eslováquia, Itália e França têm pior performance –, embora à frente de países como a Índia e Hong Kong, que têm o inglês como língua oficial, ou da Coreia do Sul, que tem um dos melhores sistemas de educação do mundo. Globalmente, o ranking é liderado pela Dinamarca. Os primeiros lugares são dominados pelos países escandinavos (Suécia, Finlândia e Noruega ocupam, respectivamente, o terceiro a quinto lugares). Pelo meio, surge a Holanda.

Em Portugal, o inglês é obrigatório durante cinco anos (do 5.º ao 9.º ano), mas será alargado para o primeiro ciclo (3.º e 4.º anos), a partir do próximo ano lectivo. O Ministério da Educação e Ciência introduziu também os testes da Cambridge English Language Assessment no 9.º ano, o Key for Schools, no ano passado, e o Preliminary English Test, que corresponde a um nível mais elevado, cujas provas orais começam esta segunda-feira.

Vestibulinho das Etecs oferece 1,2 mil vagas em seis municípios da região

Da Redação - G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

As inscrições do processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) para o segundo semestre de 2015 começam nesta terça-feira (14) e seguem até 14 de maio pela internet. O vestibulinho oferece 53.716 vagas para o ensino técnico, sendo 1,2 mil na região de São Carlos (SP). O exame ocorre no dia 14 de junho. Para se inscrever a um dos cursos técnicos oferecidos no segundo semestre, o candidato precisa ter concluído ou estar cursando a partir do 2º ano do ensino médio regular.

Do total de vagas oferecidas, há oportunidades nas Etecs e em classes descentralizadas, que são unidades que funcionam com um ou mais cursos sob a administração de uma Etec, além do convênio firmado entre o Centro Paula Souza e a Secretaria Estadual de Educação. Há vagas ainda em escolas estaduais.

Quem já concluiu ou está fazendo o ensino de Educação de Jovens e Adultos (Eja) ou o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), deve ter o certificado de conclusão do ensino médio, a declaração de que está matriculado a partir do 2º semestre da Eja, ter dois certificados de aprovação em áreas de estudos da Eja, boletim de aprovação do Cncceja enviado pelo Ministério da Educação (MEC) ou o certificado de aprovação do Encceja em duas áreas de estudos avaliadas.

Inscrições

As inscrições deve ser feitas pela internet até as 15h do dia 14 de maio. O manual do candidato estará disponível no site para download. No ato da inscrição, o candidato ao 1º módulo do ensino técnico, presencial e semipresencial, pode colocar como segunda opção outro curso ou período desde que oferecido na mesma unidade para a qual vai se inscrever.

É preciso preencher a ficha de inscrição eletrônica e imprimir o boleto bancário para pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 30. O valor deve ser pago em dinheiro, em qualquer agência bancária.

Inclusão social

O sistema de pontuação acrescida do Centro Paula Souza concede acréscimo de pontos à nota final obtida no exame, sendo 3% a estudantes afrodescendentes e 10% a oriundos da rede pública. Se o candidato estiver nas duas situações, recebe 13% de bônus.

Cabe ao candidato verificar se tem direito à pontuação acrescida, porque a matrícula não poderá ser realizada e a vaga será perdida se as informações não atenderem às condições estabelecidas em sua totalidade.

Confira as oportunidades na região:

Araraquara

Etec (320 vagas) - administração, agente comunitário de saúde, contabilidade, eventos, informática para internet, mecânica, nutrição e dietética, secretariado:

Escolas estaduais (120 vagas) – administração, logística e recursos humanos.

São Carlos

Etec (115 vagas) - administração, administração - (semipresencial), enfermagem e mecatrônica;

Escolas estaduais (145 vagas) – administração, logística, secretariado - (semipresencial) e recursos humanos;

Especialização (30 vagas) - enfermagem no atendimento em urgência e emergência intra e extra-hospitalar.

Ibaté

Etec (115 vagas) – administração, administração - (semipresencial) e logística.

Porto Ferreira

São 105 vagas para design de interiores, finanças e informática para internet.

Santa Rita do Passa Quatro

Etec (120 vagas) - açúcar e álcool, enfermagem e recursos humanos;

Escolas estaduais (60 vagas) – contabilidade e serviços jurídicos.

Gavião Peixoto

São 40 vagas de logísitica.

Marco da Biodiversidade aprovado no Senado traz avanços, avaliam entidades

Mariana Jungmann - Agência Brasil - 14/04/2015 - Brasília, DF

O plenário do Senado deve concluir hoje (14) a votação do projeto do Marco Legal da Biodiversidade, que trata do acesso e do uso do patrimônio genético brasileiro. Alguns destaques ainda precisam ser analisados, mas o texto-base da matéria, que foi aprovado na semana passada, trouxe alguns avanços importantes, avaliam diferentes setores ligados ao assunto.

Tanto entidades ligadas aos direitos das comunidades tradicionais – índios, quilombolas, agricultores familiares, ribeirinhos – quanto as ligadas à indústria concordam que a nova lei representa um marco na garantia de direitos e deveres, bem como no esclarecimento sobre os limites da pesquisa e do uso do material genético de plantas e animais.

“O texto-base do Senado representa um avanço gigantesco, tanto em relação ao texto da Câmara quanto em relação ao texto enviado ao Congresso pelo Executivo”, avalia André Galagnol, assessor jurídico da organização Terra de Direitos, que atuou nas negociações com o Congresso na defesa das comunidades que têm conhecimento histórico e cultural sobre o patrimônio genético.

Segundo ele, o primeiro avanço do projeto é o de tratar da repartição, com essas comunidades, do benefício do acesso ao patrimônio. Além disso, Galagnol comemora o fato de o texto definir os direitos das comunidades e os deveres das empresas, indústrias e de pesquisadores em relação a elas.

Um dos pontos pendentes de análise na votação de hoje diz respeito a esse tema. Um destaque pretende modificar a expressão “populações indígenas” para “povos indígenas”, no trecho que estabelece os que têm direito à repartição de benefícios. Para o assessor jurídico, a mudança no termo faz toda a diferença. “Usar `populações indígenas` não é adequado em diversos aspectos, principalmente porque ignora a luta histórica dos povos indígenas para serem reconhecidos como diversos em sua história, cultura, língua e identidade. O termo populações já foi superado porque faz parecer que os índios são todos a mesma coisa”, explica.

No texto-base, o relator, senador Jorge Viana (PT-AC), já acolheu mudança semelhante em relação aos agricultores. No texto aprovado pela Câmara, eles eram chamados de “agricultores tradicionais”, o que foi modificado para “agricultores familiares”. “O termo agricultor tradicional não existe no nosso ordenamento jurídico. O que existe é agricultor familiar. Se fosse mantido do jeito anterior, seria mais difícil caracterizar esse sujeito de direito”, acrescenta Galagnol.

Ele também ressalta que o texto do Senado promoveu mudança relevante em relação às sementes crioulas - sementes que foram melhoradas geneticamente ao longo dos anos, da forma tradicional, pela seleção natural de quem as plantou. Segundo o assessor da Terra de Direitos, essas sementes são valiosas porque têm código genético muitas vezes diferente daquelas que são comercializadas, especialmente as transgênicas.

O texto enviado pela Câmara previa que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deveria criar uma lista catalogando as sementes crioulas. No texto do Senado, essa atribuição deixa de ser obrigatória. “Assim, não caberá aos agricultores comprovar que suas sementes são crioulas, mas a quem eventualmente quiser questionar isso”, explica Galagnol.

Para a especialista da Gerência Executiva de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Elisa Romano, o texto da Câmara já estava “redondo”, mas as mudanças pleiteadas por outros grupos no Senado são legítimas e mantêm o atendimento às demandas do setor.

“É um texto razoável, bom, que atende às demandas. É um texto implementável, uma lei que, dentro do processo de negociação possível, atende ao máximo”, avalia.

Segundo ela, o acesso ao patrimônio genético atualmente é regulado por uma medida provisória lacônica e burocrática, que não deixa claro o que pode ser feito e não inibe os atos irregulares, como a biopirataria. “O maior benefício da nova lei é trazer segurança jurídica. Todo mundo quer mais segurança para fazer pesquisa e investir”, explica.

De acordo com Elisa, as indústrias de fármacos e cosméticos são as mais afetadas pela nova lei, mas ela também interessa a outras indústrias, como a química e a agroindústria. Para a especialista da CNI, a mudança no marco regulatório não deve se refletir em um aumento imediato dos investimentos, mas deve trazer ganhos em pesquisa no futuro.

“Uma pesquisa feita pela CNI no ano passado com representantes de empresas, governantes e acadêmicos mostrou que aproximadamente 80% dos entrevistados dizem que a legislação atual produz insegurança e encarece a pesquisa. Então, o que se imagina, é que uma lei que desburocratiza o acesso e dá segurança jurídica vai facilitar os investimentos nessa área. A percepção é nesse sentido. Não é desburocratizar por desburocratizar, é trazer regras claras para que o Brasil possa desenvolver esse potencial na bioeconomia”, afirma.

Com as mudanças que já foram feitas no projeto, o texto precisará retornar para última análise dos deputados. Eles poderão rejeitar total ou parcialmente as alterações promovidos pelos senadores, mas o relator está confiante na manutenção do texto, mesmo com os destaques que ainda serão votados.

Segundo Jorge Viana, no sistema bicameral, é prerrogativa de uma Casa aperfeiçoar o texto que a outra começou e isso foi feito no Senado. “Apesar do pouco tempo, nós conseguimos fazer no Senado, com as audiências públicas, um texto mais consensualizado. Essa lei é muito importante e se ficassem muitas divergências o assunto poderia ficar judicializado”, explica.

Para que os deputados não rejeitem as modificações dos senadores, no entanto, Viana espera contar com o apoio dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Espero que o presidente Renan trate com o presidente Eduardo Cunha sobre isso, porque os senadores ligados ao agronegócio também nos ajudaram muito e eles têm uma inserção muito grande na Câmara. Nós também temos do nosso lado. Então, tendo um entendimento com os dois presidentes, é possível que o que foi alterado no Senado seja mantido”, avalia.

Adolescente transgênero comete suicídio após bullying nos EUA

Da AP - G1 Globo.com - 13/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

Uma adolescente transgênero de 16 anos que mantinha um canal no YouTube no qual publicava vídeos sobre o bullying que sofria na Califórnia, nos Estados Unidos, cometeu suicídio, informou um grupo de apoio.

A morte da jovem levanta questões sobre o que educadores podem e devem fazer para apoiar estudantes que mudam sua identidade de gênero.

Taylor Alesana era constantemente atacada por seus colegas e morreu na semana passada, disse o Centro de Pesquisa LGBTQ de North County. “Com poucos adultos a quem recorrer e sem nenhum apoio da escola, sua vida ficou muito difícil”, disse o grupo. “Taylor era uma garota bonita e corajosa, e tudo o que ela queria era ser aceita.”

A jovem participava de reuniões no grupo, disse o diretor do centro, Max Disposti. Ela havia publicado uma série de vídeos na internet nos quais mostrava tutoriais de maquiagem e falava sobre suas questões internas.

No primeiro vídeo, publicado em outubro do ano passado, ela disse que o bullying de seus colegas de escola começou depois que ela revelou ser bissexual. “Eu tenho medo por todos que são apenas um pouco diferentes. Eles sabem como é o bullying”, disse a adolescente.

Recentemente, a família de Taylor se mudou para Fallbrook, uma cidade de 30 mil habitantes, onde ela passou a viver sua vida como uma garota, usando roupas femininas nos fins de semana e durante o verão. Eventualmente, ela se encontrou com colegas nestas condições, e os ataques começaram.

A adolescente tinha uma boa relação com seu conselheiro na escola, mas os administradores do estabelecimento de ensino não tomaram as medidas necessárias, disse Disposti.

Editoriais

Ensino domiciliar alcança vitória importante

Andrea Ramal - G1 Globo.com - 14/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

Nesta semana acompanhamos um fato inédito na educação do país: a jovem Lorena Dias, que não frequentou a escola mas estudou em casa, foi autorizada a ingressar na faculdade.

O Ministério da Educação (MEC) pode recorrer, já que, em tese, a prática fere o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Diretrizes e Bases (segundo a qual `é dever dos pais efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos`) e a Constituição Federal, pois deixar de prover instrução formal pode ser caracterizado como abandono intelectual.

Conhecida nos EUA como homeschooling, a prática vem ganhando força no Brasil. As famílias que optam por esse modelo entendem que a escola não é adequada para educar para o mundo de hoje. Para eles, em vez de estimular, a escola inibe a criatividade, não forma pessoas empreendedoras e desestimula o interesse de aprender, com sua didática obsoleta e conteúdos distantes da realidade.

Além disso, estes pais alegam que no ensino domiciliar evitam o bullying, fogem de escolas de má qualidade e ficam mais envolvidos na educação dos filhos. Por tudo isso, há um projeto em trâmite (PL 3179/12, do deputado Lincoln Portela) que pretende legalizar o homeschooling no país.

Enquanto o projeto não é votado, vale esclarecer algumas dúvidas comuns das famílias a respeito da educação domiciliar. Vamos a elas:

Quais são os riscos do homeschooling?

Primeiro, a baixa escolaridade de muitas famílias brasileiras. Como ensinar, se os pais não aprenderam o suficiente? Além disso, o modelo limita a socialização, pois na escola, a criança aprende a conviver com o diferente, gerencia conflitos, forma redes de relacionamento, o que desenvolve competências emocionais importantes para o trabalho e a vida. Sem falar da importância dos professores, pois é preciso interagir com outros líderes adultos além dos próprios pais.

Qualquer pai ou mãe está apto para ensinar?

Na verdade, no ensino domiciliar não são necessariamente os pais que ensinam. Há componentes de autodesenvolvimento e os pais podem ser orientadores do estudo. Em geral, o homeschooling acontece em famílias que já têm uma vida cultural bastante rica, então o hábito de ler e de estudar já está presente, o que ajuda bastante. Às vezes conta-se com tutores. Sempre há um roteiro curricular, mas os modelos variam.

É mais fácil educar os filhos pequenos no ambiente da própria casa?

Depende do ambiente familiar, não há uma vinculação com a idade. Claro que as crianças podem ser mais abertas a ouvir os pais do que os adolescentes, cuja tendência é questionar tudo. Mas isso não é uma regra geral.

Ensino domiciliar é uma saída diante da crise do ensino brasileiro?

Em princípio, não parece a melhor das alternativas. A escola pode ter problemas, mas está se renovando aos poucos. Conta com profissionais especialmente preparados para lecionar, gerenciar grupos, acompanhar a aprendizagem. Há uma falsa ideia de que qualquer um pode ensinar. A pedagogia é uma arte e também uma ciência: ensinar exige muita preparação profissional.

Quando a família não concorda com ensino da escola e com os valores que transmite, deve partir para homeschooling?

Por mais firmes que sejam nossas convicções, aprender a dialogar é fundamental. E quase sempre é possível encontrar uma escola que se afine com o modelo educacional da família. Há muitas instituições antenadas com os novos tempos, capazes de ser parceiras na educação dos filhos. Educação é um trabalho de equipe: escola e família.

O ensino domiciliar deve ter fiscalização do Estado?

Esse é um ponto polêmico. A flexibilidade está na essência dessa prática. Com fiscalização, o modelo se tornará rígido. Por outro lado, não se pode simplesmente dizer que cada um faça o que achar melhor. Para complicar, faltam materiais específicos para este tipo de ensino. Por tudo isso, o homeschooling tem mais chances de funcionar em famílias que tenham suficiente formação acadêmica e cultural.

E os pais que querem manter os filhos na escola, mas também desejam participar mais da educação deles: como se preparar para isso?

Os pais precisam conhecer o projeto pedagógico da escola, participar das reuniões de pais, conversar sempre com a escola para expressar dúvidas e ouvir orientações. Em casa, planejar um ambiente de estudo organizado, com hora para fazer deveres de casa e para ler e estudar. E incrementar a formação com aprendizado de música, artes, esportes, viagens. Até debater um filme com os filhos já é uma forma de estimular o raciocínio e a capacidade de interpretação. Dentro das possibilidades econômicas de cada família, sempre é possível oferecer uma formação que vá além da escola.

Big Data: Como a inteligência de dados vai mudar o nosso dia a dia 2

Carolina Cunha - Da Novelo Comunicação - UOL Educação - 10/02/2015 - São Paulo, SP

Pense na sua rotina diária. Da hora em que você acorda até a hora de dormir, mesmo sem perceber, você realiza diversas interações que geram informações sobre quem é você, o que você pensa e sobre os seus hábitos.

Nunca se gerou tanta informação no mundo como hoje. Num universo sempre conectado, produzimos um volume gigantesco e crescente de dados ao realizar todo tipo de atividade. Mas essas informações só tem valor se lhes foram atribuídas sentido. É aí que entra o Big Data.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

Big Data é um termo utilizado para descrever o conjunto de soluções tecnológicas ou uma ciência feita a partir das megabases de dados disponíveis na internet, que analisam e dão sentido a essas informações.

Entre especialistas, há consenso de que esses dados apresentam três características principais, iniciadas pelos três ’Vs’: volume, velocidade e variedade -- há quem já trabalhe com a ideia de mais outros três ‘Vs’, acrescentando veracidade, variabilidade valor.

A novidade com relação ao que podia ser feito antes por qualquer banco de dados é que agora as soluções tecnológicas podem lidar também com os chamados dados não-estruturados, que antes só podiam ser compreendidos quando analisados por pessoas.

Considerados um dos grandes desenvolvimentos tecnológicos em computação do século passado, os Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBDs), nos quais permitem que tratemos de forma eficiente milhões de contas bancárias e outros sistemas, não tem uma linguagem compatível com os dados não-estruturados.

São exemplos desses dados Tweets, posts no Facebook, vídeos, fotos, informações de geolocalização entre outros que só fazem sentido quando contextualizados. Hoje, esse tipo de dado representa a maior parte das informações geradas na internet.

E como geramos tanta informação? Ao usar aplicativos de celular ou tablet, GPS, câmeras ou interagir em canais digitais como sites, redes sociais e outros dispositivos dos mais diversos tipos, além de sensores, equipamentos médicos e outras plataformas que reúnem grandes quantidades de informação.

Os dados são armazenados em plataformas e Data Centers, que contam com sistemas e ferramentas para compilar resultados em questão de minutos, horas ou dias, combinando matemática, estatística e ciência da computação.

Com o cruzamento de informações, empresas e instituições buscam capturar, armazenar e analisar uma série de dados para apoiar decisões estratégicas, inovar e entender melhor o comportamento do consumidor ou de um determinado público ou ainda para identificar tendências de eventos de vida e oferecer um produto com antecedência, como um casal que vai se casar e recebe uma oferta para comprar um apartamento.

O Big Data também pode ser usado em informações de interesse social como no jornalismo e na análise de políticas públicas pelo Governo. Com a análise de informações, o setor público pode avaliar a qualidade de seus serviços e gerar modelos de previsão. Estatísticas de boletins de ocorrência policiais, por exemplo, podem fornecer dados sobre tendências da violência urbana e ajudar na prevenção do crime.

O mercado de Big Data se insere na economia da informação. Segundo a consultoria Gartner, em 2012, o mercado global de Big Data já movimentava 70 bilhões por ano. No Brasil, a previsão é de que a área movimente cerca de US$ 965 milhões em 2018.

No Brasil, o uso mais comum da Big Data é na venda de produtos, no relacionamento com o consumidor e no monitoramento de redes sociais por marcas que buscam avaliar o que está sendo falado na web e apontar tendências. A indústria de petróleo, em especial, também é grande criadora de dados, que vão da pesquisa sísmica inicial e monitoração eletrônica de poços até a venda de combustível na bomba dos postos de abastecimento.

Um dos impulsionadores do Big Data é a ascensão da Internet das Coisas, nome dado à rede de dispositivos conectados que se comunicam entre si. Com dispositivos integrados, diversos dados poderão ser gerados sobre meio-ambiente, cidades, energia, saúde, entre outros.

Privacidade: a grande questão do Big Data

Se o armazenamento e análise de todo e qualquer dado na internet pode ajudar a traçar comportamentos e tendências, ele também levanta outras questões: o que empresas e governos fazem com tantos dados privados? Que informação pode ser deduzida a partir de dados?

Embora seja um direito não garantindo por lei em muitos países (no Brasil o direito é inviolável e garantido pela Constituição Federal), o direito à privacidade é considerado parte essencial da liberdade, mas passou a enfrentar novos desafios com o advento da internet. Na era da informação, muita gente acreditou que estaria seguro e isolado em seu computador, e que tudo o que acontecesse entre o indivíduo e a tela seria privado, o que não se mostrou verdadeiro.

No caso do Big Data, estamos falando de quantas informações sobre você podem ser armazenadas sem a garantia de que serão utilizadas de maneira ética ou compartilhadas sem que o indivíduo concorde.

A Internet criou um contexto em que as questões de privacidade precisam ser repensadas. Se por um lado acessar informações públicas ficou mais fácil, a coleta de informações particulares, sem autorização dos indivíduos, também se tornou mais frequente. E para conter este segundo avanço, marcos, leis e normas precisam ser criadas para atender ao que acontece no ciberespaço.

Os Estados Unidos e países europeus possuem regras para a manutenção desses dados. No entanto, isso não impediu a Agência de Segurança Nacional, a NSA, de coletar e armazenar inúmeros dados de cidadãos norte-americanos e chefes de Estado de outros países. O caso foi revelado ao mundo pelo ex-agente Edward Snowden.

No Brasil, o acesso a dados particulares é um dos pontos que o Marco Civil da internet regulamenta. Ficou estabelecido que a privacidade é um direito e uma condição para `o pleno exercício do direito de acesso à internet`. O usuário tem direito à inviolabilidade da intimidade e da vida privada, `sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial`. Além disso, está previsto que as operadoras não podem fornecer `a terceiros seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei`.

No entanto, o texto do Marco afirma que provedores de internet e sites ou aplicativos devem guardar registros de acesso de usuários -- e não o conteúdo acessado -- por um ano e por seis meses, respectivamente, o que ainda gera polêmica, já que para críticos, tais dados não deveriam ser mantidos.

O grande desafio do Big Data é armazenar com segurança esse “oceano de dados” e proporcionar um rápido acesso aos dados quando necessário, ou seja, a tarefa é equilibrar a balança entre capacidade de armazenamento e a velocidade de geração de dados. Será possível?

DIRETO AO PONTO

Nunca se gerou tanta informação no mundo como hoje. Num mundo sempre conectado, geramos um volume gigantesco e crescente de informações ao realizar todo tipo de atividade. Mas essas informações só tem valor se lhes foram atribuídas sentido. É aí que entra o Big Data.

Big Data é um termo utilizado para descrever o conjunto de soluções tecnológicas ou uma ciência feita a partir das megabases de dados disponíveis na internet, que analisam e dão sentido a essas informações.

Esse cruzamento de informações é usado por empresas, instituições e órgãos públicos que buscam capturar, armazenar e analisar uma série de dados para apoiar decisões estratégicas, entender melhor o comportamento do consumidor ou de um determinado público, identificar tendências de eventos de vida, avaliar a qualidade de serviços, entre outros.

Uma questão delicada sobre o tema diz respeito à privacidade. O que empresas e governos fazem com tantos dados privados? Que informação pode ser deduzida a partir de dados?

A Internet criou um contexto em que as questões de privacidade precisam ser repensadas. Se por um lado acessar informações públicas ficou mais fácil, a coleta de informações particulares, sem autorização dos indivíduos, também se tornou mais frequente. E para conter este segundo avanço, marcos, leis e normas precisam ser criadas para atender ao que acontece no ciberespaço.

Crianças e a valorização da vida

Ariadne Cantú - Por Isabel Clemente - Revista Época - 12/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ

Promotora de Justiça, escritora e poetisa aborda de forma lúdica o tratamento de câncer infantil em livro e fala sobre a capacidade dos pequenos de enfrentar as adversidades

Há sete anos, Ariadne Cantú lançou seu primeiro livro infantil inspirada por frases que marcavam seu trabalho como Promotora da Infância e da Juventude em Campo Grande (MS), e não parou mais. São 16 livros, que vão da poesia à realidade de crianças em tratamento contra o câncer, retratada em dois livros: O planeta dos carecas (2010) e Xampu para carecas (2014).

Eu a entrevistei pela primeira vez no final de 2011 por causa do relançamento de Retalhos de Verdades (Editora Alvorada), seu primeiro livro, com crônicas sobre a vida de crianças que sofreram maus tratos e estavam à espera de uma nova família. Ariadne conseguiu, por telefone então, transmitir todo o entusiasmo que sentia pelo trabalho e seu profundo amor pelas crianças. Percebi que do outro lado da linha, havia alguém especial.

No ano seguinte, um outro livro de Ariadne (Enquanto mamãe não vem) seria o estopim para um projeto mais ousado e profundo: realizar oficinas de arte para que as crianças sem lar e sem família pudessem expressar as emoções desse momento difícil. Os desenhos foram compilados num livro de arte, que ela ajudou a divulgar.

Hoje, Ariadne é procuradora de Justiça. Na segunda instância, não lida mais diretamente com histórias de adoção e perda de guarda familiar. Mãe de três (uma jovem universitária, um adolescente e um menino de 5 anos), Ariadne continua produzindo, estimulada pelos filhos e pela vida ao redor. Seus mais recentes livros, A pipa e a lua – escrita a partir de um passeio com o filho caçula no parque e lindamente ilustrada – e Xampu para carecas, levaram o selo da ONU `Oito jeitos de mudar o mundo`, uma honra concedida àqueles cujo trabalho tenha o propósito de contribuir com a humanidade. Nesta coluna, reproduzo uma nova conversa com Ariadne, que com sensibilidade e um olhar atento constrói pontes unindo margens destinadas a não se encontrar.

ÉPOCA – Quando e como começou esse trabalho de se aproximar das crianças em tratamento contra o câncer?

Ariadne Cantú – Essas coisas acontecem meio sem querer. A diretora presidente da Associação de Apoio às Crianças com Câncer (AACC) pediu um material para ajudar as crianças a enfrentar a perda dos cabelos, mas eu me aproximei e vi que a realidade ia muito além da queda do cabelo. Primeiro porque criança nenhuma gosta de ser diferente. Ninguém quer ser diferente. É um momento muito marcante. O Planeta dos Carecas se destina a todas as crianças porque resolvi falar sobre o que é sentir-se diferente, tanto que nesse livro o diferente é o que tem cabelo. O livro ajudou no debate sobre bullying, a conversa cresceu e foi muito bacana. O livro vendeu bastante e doei todos os direitos autorais para famílias sem condições. Então surgiu o grupo interessado em montar uma peça de teatro, foi um encanto.

ÉPOCA – No livro Xampu para Carecas há referências a personagens e situações reais, poderia contar mais?

Ariadne – Numa dessas visitas à AACC para falar do Planeta dos Carecas, fizemos uma grande roda e pedi que as crianças sentassem perto de mim, mas uma adolescente não quis, então eu perguntei se a gente podia mudar para sentar perto dela. As conversas começaram a evoluir, até que ela se abriu. Contou que, quando o cabelo começou a cair, soube que os cabelos poderiam nascer diferentes. Ela tinha cabelo crespos e queria saber se havia alguma chance de eles renascerem lisos. Ela estava tão convencida que ia nascer liso que pediu para a mãe comprar xampu e condicionador para cabelos lisos porque ela queria usar já. Aquilo era muito simbólico para uma menina numa situação tão crítica. Depois daquele dia ela ainda teve que amputar um braço e ficou tão fragilizada que, aos 14 anos, disse assim `eu vou perder meu bracinho`, como se fosse uma criança pequena. Ao mesmo tempo, havia uma demonstração tão grande de coragem porque ela acreditava não só na cura como no cabelo liso. Ela assumiu uma postura de coragem diante da doença e eu transformei essa história no livro Xampu para Carecas, que também conta com outros personagens `reais`, como o Dr Marcelo Curatudo, personagem em homenagem a um médico de Campo Grande que se tornou referência em câncer infantil e é muito amado pelas crianças, o Marcelo dos Santos Souza. O menino de cabelo moicano também foi criado por causa de um garoto que não perdeu todos os fios e pediu para raspar com um estilo moicano. E tem ainda uma assistente social que raspou a cabeça para provar para as crianças que cabelo só serve para esquentar a cabeça. A menina do xampu, aliás, está ótima. Mora em Rondônia, namora, é uma mocinha muito linda, mas o cabelo está crespo (risos).

ÉPOCA – As pessoas de maneira geral fogem da tristeza, evitam se confrontar com a dor, por medo, ignorância, e várias outras questões, no entanto, você vai lá, encara tudo com as perdas e as superações. São emoções muito fortes. Qual o balanço que fica?

Ariadne – Eu sempre ganho mais do que dou. É tão pouco o que faço e ganho tão mais. As crianças ficam muito contentes por viverem esse momento de troca porque estão todas no mesmo barco. Riem, dão gargalhadas daquilo que passou, e os pais se juntam.O saldo é esse, apesar da dificuldade do enfrentamento. O que me faz continuar é poder transmitir essa mensagem porque faz outras pessoas perceberem também que a vida delas não é tão ruim e que pode ser leve. O teatro foi muito alegre. Eles transformaram o livro num musical. E a gratidão dos que conseguem se expressar é libertadora. Eu digo que esses meninos são os verdadeiros meninos-coragem, um presente que a vida me deu. Muitos viraram meus amigos sim. Cada conversa, sorriso, frase vai enchendo essa mochila onde a gente guarda as experiências da vida para um dia voltar a olhar. Quando você intervém na vida de alguém, trazendo um sorriso, um sopro de alegria, a vida ganha outra dimensão. São presentes inesperados.

ÉPOCA – Como crianças enfrentam o risco de morte iminente?

Ariadne – É curioso porque até as crianças que não estão conscientes dos riscos, por serem muito pequenas e não compreenderem tudo, se desenham longe do chão, com pássaros em volta. As crianças que têm que lidar com a possibilidade real de morrer valorizam a vida de uma forma muito diferente dos adultos. São imbatíveis. Teve um menino que disse assim para o médico: `tio, eu tô muito triste porque meu pai vai sentir muita falta de mim e eu quero dar uma televisão para ele não sentir tanta falta`. Compraram a TV e ele morreu um pouco depois. É triste demais, eu sei, mas a preocupação dele com a vida que ia seguir, com o pai...

E tem também os pais que heroicamente seguram o sofrimento para poupar os filhos. Um pai me chamou muita atenção. Ele disse que quando os cabelos da filha começaram a cair, prometeu para ela que não ia chorar, mas ele me confessou que chorava todo dia sozinho no trajeto de ida e volta para o trabalho. Eram 30 quilômetros chorando na ida, e 30 quilômetros chorando na volta.

ÉPOCA – De maneira geral, você acha que as crianças encaram a doença com mais leveza do que os adultos?

Ariadne – Não sei se leveza é a palavra, mas elas têm uma coragem que não percebo muito nos adultos. Não sou profunda estudiosa sobre o que é estar na iminência de morte, mas conheci histórias e nelas os adultos estavam sempre muito céticos. A criança não tem esse ceticismo, como o menino que queria comprar TV para o pai. O adulto não tem essa percepção. Ele vai pensar no que queria ter feito e não fez. A criança tem essa grandeza que se sobressai se a gente pensar o quanto elas são vulneráveis e puras. A menina que botava fé no cabelo liso...ela comprou aquela ideia e seguiu adiante. Foi uma barra pesada, mas ela enfrentou.

ÉPOCA – Qual é a reação das crianças ao se verem retratadas nas histórias?

Ariadne – É o máximo, elas se sentem megaimportantes. Todo mundo agora quer protagonizar um livro. É a coisa mais divertida. Sentem-se agradecidos e valorizados. Imagina num público muito maior? Tinha que ver a alegria dos pacientes ao assistirem à peça com um auditório cheio de crianças saudáveis. A peça - Zion, o planeta dos carecas - será reapresentada em Campo Grande e a ideia é levá-la para Brasília e São Paulo.

ÉPOCA – À frente da Promotoria da Infância, você conheceu histórias dramáticas e agora o drama envolve saúde. O que é mais difícil de encarar, a criança sem família ou a criança doente?

Ariadne – As crianças sem família. Por mais doloroso que seja conhecer uma criança na iminência da morte, porque morrer é uma possibilidade, a sensação diante de um menino preocupado com o pai é que a vida dele tinha um propósito e que uma missão foi cumprida. De alguma forma, as pessoas encontram sentido para aquela dor e vivem um rito. A criança sem laços é o auge do abandono, como uma mesa sem pé, que não se equilibra, porque a ela falta amor, e amor é tudo.

ÉPOCA – A fantasia ajuda as crianças a enfrentar as adversidades?

Ariadne – Sim, a fantasia dá base para ela se segurar. A criança sem amor não consegue nem desenvolver a fantasia. É muito doloroso ver crianças sem família.

ÉPOCA – Quais as maiores lições dessas histórias?

Ariadne – A melhor pergunta que já me fizeram em entrevista veio de uma criança sem uma das pernas que me questionou por que eu tinha escrito aquele livro, o Planeta dos Carecas. Eu já tinha respondido aquilo tantas vezes, então eu disse de novo que era para dar visibilidade às dificuldades da vida e às diferenças, porque ao perder os cabelos as crianças ficam diferentes, mas ela insistia olhando dentro dos meus olhos: `eu quero saber por quê`. E me perguntou se eu tinha alguém na família com câncer, se eu já tinha tido câncer. Só assim eu consegui dar a resposta correta. Eu escrevi por amor. Só isso.

Jiya, heroína do desenho animado ‘Burca vingadora’, defende as meninas de injustiças e está mudando costumes no mundo muçulmano

Adriana Carranca - O Estado de São Paulo - 14/04/2015 - São Paulo, SP

O desenho animado “Burca vingadora”, de produção paquistanesa, é uma das melhores notícias do mundo muçulmano recentemente. Primeiro porque foi escrita e é dirigida por um muçulmano, o ídolo do rock no Paquistão e ativista social Aaron Haroon Rashid, conhecido como AKA Haroon. Não é, portanto, uma visão ocidentalizada do Islã ou da realidade.

Jiya, a heroína do desenho animado, usa uma burca que lhe dá super poderes para combater crimes contra meninas, como o casamento precoce e o trabalho forçado, e defendê-las de injustiças como proibi-las de ir à escola. De uma forma bastante sutil, a série traz mensagens importantes sobre direitos das crianças e das mulheres. É uma das mais criativas formas de vencer as barreiras impostas por costumes ultrapassados ainda em vigor no país. Símbolo da opressão feminina no mundo, a burca é no desenho o instrumento que dá poder a uma heroína em defesa de meninas e mulheres. As armas usadas por Jiya têm o formato de lápis e canetas.

O desenho animado “Burca vingadora”, de produção paquistanesa, é uma das melhores notícias do mundo muçulmano recentemente. Primeiro porque foi escrita e é dirigida por um muçulmano, o ídolo do rock no Paquistão e ativista social Aaron Haroon Rashid, conhecido como AKA Haroon. Não é, portanto, uma visão ocidentalizada do Islã ou da realidade.

Jiya, a heroína do desenho animado, usa uma burca que lhe dá super poderes para combater crimes contra meninas, como o casamento precoce e o trabalho forçado, e defendê-las de injustiças como proibi-las de ir à escola. De uma forma bastante sutil, a série traz mensagens importantes sobre direitos das crianças e das mulheres. É uma das mais criativas formas de vencer as barreiras impostas por costumes ultrapassados ainda em vigor no país. Símbolo da opressão feminina no mundo, a burca é no desenho o instrumento que dá poder a uma heroína em defesa de meninas e mulheres. As armas usadas por Jiya têm o formato de lápis e canetas.

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