Professores da rede estadual
de São Paulo decidem manter greve
Elaine Patricia Cruz - Agência
Brasil - 24/04/2015 - Brasília, DF
Os professores da
rede estadual de ensino decidiram hoje (24) continuar com a greve iniciada
em 13 de março. A assembleia da categoria ocorreu em frente ao Museu
de Arte de São Paulo (Masp). Habitualmente, ela era feita no
vão-livre do prédio, mas, nesta sexta-feira, eles foram
proibidos de fazer a reunião no local. Os docentes reivindicam,
principalmente, aumento salarial de 75,33%.
`Isso demonstra a
disposição de luta dos professores depois do reajuste de 0%
dado pelo secretário da Educação. Se ele não
apresenta reajuste, isso significa que é reajuste de 0%`, disse a
presidenta do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de
São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
Momentos antes do
início da assembleia, quando havia poucos professores, os policiais
militares ocuparam o vão-livre, criaram uma barreira e foram
retirando os manifestantes do local, afastando-os em direção
à Avenida Paulista, onde a assembleia foi feita. A
ação policial não sofreu resistência dos
grevistas.
Um dos
responsáveis pela operação, um capitão da
Polícia Militar (PM) que não quis se identificar, disse
à reportagem da Agência Brasil que a ação foi
feita por solicitação do Masp, que reclama do barulho dos
carros de som que estão provocando danos à estrutura do
museu. Segundo o policial, isso ocorrerá em qualquer
manifestação que use como ponto de concentração
o vão-livre do prédio, que fica na Avenida Paulista. A
reportagem da Agência Brasil procurou o Masp, que não
confirmou ter feito tal pedido à PM.
A diretoria da
Apeoesp atendeu à solicitação dos policiais para
deixar o local e, do carro de som, orientou os professores a se
concentrarem na Avenida Paulista, sem forçar passagem para o
vão-livre do museu. A assembleia ocorreu sem confronto.
`Eles [policiais]
não permitiram [professores no vão-livre]. Isso nós
vamos querer discutir com o comando [da PM]. Vemos outros movimentos
fazendo manifestação aqui e não vão afundar [o
Masp]. Mas nós vamos fazer e vai quebrar? Como assim? O aspecto bom
disso é que mostra que eles se importam com a gente. Sempre ocupamos
o vão-livre e nunca deu problema. Acho isso uma certa
intolerância`, disse Bebel.
Além da
continuidade do movimento, os professores aprovaram uma nova assembleia
para a próxima quinta-feira (30), a partir das 14h, na Avenida
Paulista, em frente ao Masp. Neste momento, os grevistas fazem uma
caminhada pela Avenida Paulista, com destino à Secretaria da
Educação, localizada na Praça da República, no
centro. O trajeto passa pela Rua da Consolação.
Ontem (23), houve
confronto entre policiais e professores em frente à secretaria,
após uma reunião entre a Apeoesp e o secretário Herman
Voorwald, que terminou sem acordo. Depois da reunião, um grupo de
professores tentou ocupar o prédio, forçando a entrada e foi
reprimido pela PM com gás de pimenta.
`Acho que nada
justifica a violência. Mas não justifiquem essa
violência deixando os professores por 42 dias com 0% de reajuste ou
[sem] sentar em uma mesa, como fez o secretário, e ficar duas horas
dizendo não [às reivindicações]. Acho que,
quando se tem uma situação de impasse, [governo e
secretário] devem intermediar`, disse a presidenta do sindicato dos
professores.
Segundo ela, os
professores entraram com uma ação na Justiça para
evitar que eles tenham os dias parados descontados. Eles também
entraram com ação no Tribunal Regional do Trabalho pedindo
que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) atue como intermediário na
negociação com o governo.
Durante a
assembleia, a PM estimou a presença de mil professores no local, mas
avaliou que, até o fim do ato, o número pode aumentar e
chegar a até 10 mil. Já os organizadores calcularam em 50 mil
o número de participantes.
Escolas filmam
atuação de professores em sala de aula para melhorar
ensino
Raphael Kapa - O Globo - 27/04/2015 -
Rio de Janeiro, RJ
Ainda que
enfrentando resistências, alguns colégios no Brasil
começam a filmar as aulas de seus professores. O objetivo das
escolas é analisar o que acontece em classe para dar apoio em busca
de melhores práticas. A inspiração vem de fora. Um
projeto financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates iniciou
esta prática no começo da década, e despertou um
debate sobre a autonomia docente. Na experiência americana, as aulas
eram filmadas e, depois, avaliadas pelos seus pares. Sindicatos do
país começaram a criticar a iniciativa, chamando-a de
“caça as bruxas”, e afirmando ser uma invasão do
espaço do profissional.
No Rio, o
colégio Pensi foi o primeiro a adotar esta prática. A rede de
escolas criou uma plataforma, o “Aprimora”, onde as aulas
filmadas são disponibilizadas e uma equipe, também de
professores, analisa os pontos positivos e negativos.
— Em um
primeiro momento acharam que estávamos avaliando os professores,
buscando erros que poderiam prejudicá-los no futuro. Não
é isso. O “Aprimora” veio para atender uma demanda da
sala dos professores — afirma Fábio Oliveira, diretor de
ensino da instituição.
No projeto, o que
era feito na hora do cafezinho entre uma aula e outra passou a ser
institucionalizado e expandido para diferentes regiões. Um professor
de uma unidade na Zona Oeste da cidade, por exemplo, tem acesso aos mesmos
serviços que outro da Zona Sul.
— Muitas
vezes vemos um profissional que dá uma excelente aula mas não
é percebido. Ele se sente sozinho, isolado e desprestigiado. Isto
é um erro. Também existem professores que possuem um bom
repertório de conteúdo, mas precisam aprimorar algumas
técnicas. Quando podemos fazer essas trocas profissionais em rede,
todo mundo ganha — conta Fábio.
Davidson Oliveira,
professor de Filosofia da escola, lembra que no primeiro momento estranhou
a iniciativa. Sempre bem avaliado por outros professores e pelos alunos, o
profissional teve resistência a participar.
— No
início, achei que era uma avaliação onde procurariam
problemas na minha aula que poderiam me comprometer no futuro. A partir do
momento que você pega o feedback dado pelos outros professores, o
coloca em prática e vê que dá muito certo, percebe a
importância dessa troca — conta Davidson.
Menos
‘datashow’, mais interação com alunos
O professor
recebeu um pequeno conselho que o fez mudar toda a dinâmica de sua
aula: escrever mais no quadro e usar menos datashow. O objetivo era criar
mais interação com os alunos e possibilitar que o professor
mencionasse outras questões que poderiam fazer parte da aula mas
não estavam escritas na apresentação original.
— O datashow
veio numa hora em que era preciso dar mais dinâmica à aula.
Depois de muito tempo usando-o, estava engessado nele e não percebi.
Agora, voltei a escrever mais no quadro e isto ampliou muito mais as minhas
possibilidades em sala — conta Davidson.
A sugestão
veio de outro professor, Marcelo Tavares, que assumiu a
função de “Professor Referência”, em que
recomenda técnicas para melhorar a atuação de outros
docentes.
— Na
realidade, sou só o mediador de um debate. Daqui um ano, outro
profissional vai assumir meu lugar e novas visões sobre a sala de
aula vão aprimorar mais este universo. Inclusive, deixarei de
analisar e passarei a ser analisado — afirma Tavares.
As câmeras
nas salas de aula são discretas e colocadas de forma que o professor
esteja em destaque e os alunos não percebam a
gravação. A iniciativa é similar a outro projeto que
acontece em São Paulo. O Instituto Elos fornece a filmagem da
prática de professores e a avaliação dos principais
pontos encontrados como um de seus serviços para escolas.
—
Começamos a fazer isso para ver a qualidade de nossa equipe de
consultores educacionais em campo e pensamos que poderíamos expandir
também para os professores — afirma Claudia Dalcordo, diretora
de projetos da instituição.
O modelo paulista
apresenta algumas diferenças em relação ao carioca.
Enquanto no caso do Pensi as aulas filmadas são avaliadas por outros
professores da mesma instituição, em São Paulo
é a equipe do instituto que elabora todas as análises —
e inclusive filma a conversa entre as avaliadoras e os professores.
— No
início, as pessoas ficavam com medo. Achavam que estavam produzindo
provas contra si mesmas. Apesar de ninguém admitir, a gente
observava que existia uma percepção de que estávamos
invadindo o espaço deles. Por outro lado, vimos vários
professores que se sentiam abandonados e passaram a ter suas
práticas valorizadas — relata Claudia.
Ela diz que
é necessário analisar os mais variados elementos que
influenciam no processo educacional, mas que o professor — aquele que
sempre está acostumado a avaliar — tem resistência a ser
avaliado:
— Existem
critérios básicos que podem melhorar qualquer aula: o melhor
uso do tempo, a forma como o professor engaja os alunos e a maneira como
ele expõe o conteúdo — explica. — Para ficar
atento a qualquer dessas questões, é necessário ter
noção das outras. Não é algo excludente. E o
professor não pode pensar que está num “Big
Brother” onde ele é filmado e eliminado. Um profissional de
educação nunca vai estar pronto, e quanto mais
informação e troca ele tiver, melhor. Filmar a aula
não é uma fiscalização, é uma
avaliação para o aprimoramento do professor.
Estudo demonstrou
desperdício do tempo
Algumas redes
públicas também participaram de estudos ou projetos-piloto
que envolviam filmagem em sala de aula. O mais amplo deles, que totalizou a
observação de mais de 15 mil salas de aula na América
Latina, gerou o estudo “Professores Excelentes”, do Banco
Mundial. A pesquisa mostrou que, no Brasil, 35% do tempo da aula era
perdido em tarefas não relacionadas à
instrução. Pelos critérios utilizados, este percentual
não deveria ser maior do que 15%.
A
publicação do Banco Mundial mostrava ainda que esta
proporção de tempo desperdiçado variava muito dentro
de uma mesma escola. Ou seja, mesmo trabalhando nas mesmas
condições e com os mesmos alunos, havia professores que
conseguiam envolver os alunos em atividades pedagógica em mais de
80% do tempo, enquanto outros não chegavam sequer a 20%.
Tal como nos EUA,
os sindicatos de professores no Brasil também são
críticos da iniciativa.
— Mais uma
vez a discussão sobre o fracasso do sistema educacional cai em cima
do professor. É o discurso de culpabilização dos
professores que surge quando é preciso avaliar vários
elementos, como os aspectos sociais, culturais e o ambiente de trabalho,
por exemplo — afirma Suzana Gutierrez, coordenadora do Sindicato
Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ).
Tanto nos casos do
Rio quanto nos de São Paulo as instituições afirmam
que somente professores voluntários participam e que não
há penalidade para aqueles que se negam. Suzana, porém,
defende que a avaliação do professor é complexa e que
sua prática não pode sofrer interferência.
— Quando
você filma, está vigiando. Você quebra a
relação que existe entre o professor e o aluno. Não
pode existir essa interferência. Além disso, não
há um modelo correto de aula. Ela se adapta a cada realidade e ao
projeto do colégio. O aluno de Pedra de Guaratiba é diferente
do aluno do Leblon ou da Rocinha, logo o ensino também deve ser
diferente. Não tem como avaliar o progresso da prática
docente desta forma.
Tavares, o
professor de referência do “Pensi”, concorda que cada
professor é diferente e que não se deve padronizar as aulas
para realidades diversas, mas acredita que é na troca de
experiências que cada profissional vai buscar o que lhe pode servir
melhor:
— Não
existe técnica para se dar a melhor aula. Existem instrumentos que
podem ajudar o professor a dar uma aula melhor. Somente vendo suas
práticas é que se pode influenciá-lo de modo que ele
se aprimore. E essas análises ficam melhores quando são
feitas entre pares: de professor para professor.
Sob pressão do
governo, professores realizam assembleia decisiva nesta segunda
Marcela Balbino - UOL
Educação - 26/04/2015 - São Paulo, SP
A greve dos
professores, que já dura quase 20 dias, chega esta semana a um
momento decisivo. As punições prometidas pelo governo de
Pernambuco começaram a ser cumpridas e os docentes realizam nova
assembleia, nesta segunda-feira (27), no Clube Português, para
planejar os rumos do movimento.
Aqueles que
aderiram à paralisação começam a sentir os
efeitos no bolso. Outros já receberam comunicados informando as
transferências das escolas de referência para unidades regular.
Com isso, os professores também perdem no salário. Os que
lecionam nas escolas de referência ganham duas vezes o
salário-base.
A deputada
estadual Teresa Leitão (PT), inclusive, entrou com uma
representação no Ministério Público do Estado
(MPPE) contra o governo estadual por conta das remoções dos
professores que participam da greve da Rede Estadual de Ensino.
O presidente do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco
(Sintepe), Fernando Melo, em conversa com o Blog, explicou que não
tem o número oficial de professores que foram afastados, mas disse
que foi procurado por cinco docentes.
“Diante
disso, nós entramos na Justiça com um mandado de
segurança para nos contrapormos às medidas punitivas adotadas
pelo governo. Entramos no dia 15, mas ainda não foi julgado pelo
Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Se essa nossa
ação for julgada procedente, todas as medidas punitivas do
governador perdem o efeito”, disse o presidente do Sintepe.
Os descontos nos
contracheques dos grevistas também já vieram. Não
há um valor exato, explica Fernando Melo, o corte depende da
quantidade de faltas e da carga horária do docente.
“Já
recebi informações de gente que teve desconto de até
R$ 1,5 mil, professores da Escola de Refêrencia”,
comentou.
Em contato com o
Blog, o professor Luís Carlos Silva Lins, da Escola de
Referência Monsenhor João Rodrigues de Carvalho, em Escada,
já viu o desconto no contracheque.
“Venho a
público denunciar o governador Paulo Câmara pelo desconto de
R$ 687 no meu salário do mês de abril, apenas porque exijo um
direito previsto em lei, apenas por querer ser reconhecido como
profissional”, disse o docente, por e-mail. “Quando estiver
fazendo compras, pagando minhas contas, reunido com minha família,
lembrarei do senhor, governador”, desabafou.
O
calendário de pagamento também sofreu
alterações. Docentes que não aderiram à
paralisação recebem na próxima quarta (29). Os
grevistas só terão o pagamento no dia 5 de maio, após
o feriadão, e com os descontos.
DEFINIÇÕES – Questionado sobre os rumos
da greve, Fernando Melo antecipou que esta segunda será um dia
decisivo. “Vamos avaliar como nós vamos amanhecer, a
disposição da categoria e também a
participação do pessoal na assembleia”, explicou.
“Porém o sentimento que captamos dos
professores até sexta é que existia muita revolta com o
governo. Um sentimento de muita força, muita fibra e o pessoal
disposto a continuar, porque o pessoal se sente traído pelo
governo”, afirmou Fernando.
Para a diretoria
do sindicato, não há clima ou motivo para o movimento ser
encerrado amanhã. “A gente vai sair pior do que entrou?
Entramos para melhorar a situação e não vamos sair
pior. Esperamos, com muita sinceridade, que o governo apresente
propostas”, disse o representante da categoria.
RELEMBRE –
Os profissionais deflagraram a greve em 10 de abril. Eles reivindicam a
extensão do reajuste de 13,1%, previsto pelo piso nacional do
magistério, para toda a categoria. Lei aprovada pelos deputados
estaduais concede o aumento apenas aos professores com nível
médio.
De acordo com
levantamento feito pelo sindicato, 60% das escolas aderiram à
paralisação no Estado. Já segundo dados divulgados na
última sexta pela Secretaria de Educação, apenas 7%
das escolas (72) aderiram totalmente à paralisação.
Além disso, 57% (599 escolas) não paralisaram as atividades,
enquanto 36% (374 unidades) paralisaram parcialmente e 7% (72
escolas).
Em nota, a
Secretaria de Administração diz que foram contabilizadas
37.688 faltas, até o último dia 20, número que
será descontado da folha de pagamento dos grevistas, em cumprimento
à Portaria Conjunta SAD/SEE n° 15.465 de 08 de abril de
2015.
TEMPORÁRIOS
– Na agenda do Todos por Pernambuco, na última sexta-feira
(24), o governador Paulo Câmara pregou um entendimento com a
categoria, mas disse que já pensa em recorrer a temporários
caso a paralisação se estenda. “Se for o caso, vamos
contratar professores para que os alunos não sejam
prejudicados”, disse.
Blog divulga ferramentas
educacionais inovadoras
Marina Lopes - Porvir - 24/04/2015 -
São Paulo, SP
O
dicionário aponta ferramenta como um instrumento que se usa para
realizar um trabalho. Na concepção do mineiro Alex Bretas,
criador do projeto Educação Fora da Caixa, essa
definição vai além. Para ele, ferramentas são
portais que podem abrir novos mundos, principalmente quando o assunto
é educação. Na tentativa de inspirar educadores que
desejam experimentar novas metodologias, o jovem irá compartilhar
semanalmente, no blog do projeto, técnicas, métodos e
instrumentos inovadores de educação que conheceu durante suas
andanças para escrever um livro sobre modelos alternativos de
aprendizagem para adultos.
A ideia é
criar uma caixa de ferramentas para que as pessoas possam inovar suas
práticas educacionais. “Em um sentido mais amplo, elas podem
ser desde práticas educacionais até ferramentas propriamente
ditas, que proporcionam um aprendizado mais autônomo”, definiu
Bretas. Divididas em diferentes categorias, elas irão apresentar uma
série de instrumentos didáticos a serem utilizados por
educadores, como a metodologia de conversação World
Café, onde são formados círculos de diálogos
que estimulam os participantes interagirem entre si.
As postagens com
dicas de ferramentas serão atualizadas toda segunda, quarta e
sexta-feira, começando na semana que vem. Cada uma deverá vir
acompanhada de uma explicação sobre o que é, porque
é útil e quais são suas possíveis
aplicações. Diferente de divulgar projetos inovadores de
educação, a ideia é mostrar quais foram os
instrumentos usados por cada um desses projetos para alcançar
resultados. “Vamos entregar conhecimento pronto para agir”,
diz.
As ferramentas
serão compartilhadas de forma aberta no blog do projeto
Educação Fora da Caixa. Porém, quem desejar contribuir
financeiramente com a proposta poderá ter acesso a materiais
exclusivos, incluindo e-mails e uma pasta compartilhada no Google Drive com
informações. As contribuições variam entre
valores de R$10 a R$ 100, oferecendo opções adicionais como o
recebimento de uma lista mensal de conteúdos sobre
inovação em educação e apoio com mentoria,
curadoria de conteúdo e networking.
Inicialmente, as
dicas de ferramentas serão apresentadas com base em descobertas que
Alex Bretas fez ao ter contato com diferentes projetos inovadores de
educação. No entanto, a tendência é que a
iniciativa também possa receber sugestões de pessoas que
já testaram instrumentos úteis na educação e
desejam compartilhar com outros educadores. “Se um educador de uma
escola vê uma ferramenta legal, ele consegue testar e compartilhar
isso.”
Aluno de universidade
britânica é preso por hackear sistema para melhorar
notas
Da redação - O Globo -
27/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
Um aluno que
invadiu os sistemas de computador de sua universidade para melhorar suas
notas foi preso por quatro meses. Imran Uddin, 25, escondeu quatro
dispositivos que rastreiam o que é digitado em computadores da
Universidade de Birmingham para roubar logins pessoais, disse a
polícia em Midlands Ocidentais.
Ele, então,
teria usado as informações para acessar o sistema de notas e
melhorar as suas em bioquímica. No entanto, foi descoberto quando um
professor percebeu uma das caixas pretas e retangulares no computador,
secretamente gravando tudo que era teclado.
Uma
investigação interna foi iniciada e descobriu-se mais
três - incluindo um ligado a uma máquina em uma área
segura do campus que teoricamente só é acessível aos
funcionários.
A polícia
foi chamada e os detetives da Unidade Regional de Crime Cibernético
decifrou os dados e chegou à conclusão de que Uddin estava
acessando o sistema usando contas de funcionários para melhorar suas
notas. No tribunal, ele foi culpado por seis delitos pela Lei de Desvio de
Informática.
“A
audácia de Uddin de instalar não apenas um, mas quatro desses
dispositivos mostrou quão determinado ele estava em falsificar para
conseguir uma nota melhor”, disse o detetive Mark Bird.
Do lixão ao
doutorado: “Eu era um ser invisível`, diz ex-catador de
reciclagem
Ana Flávia Oliveira - Ig
Educação - 27/04/2015 - São Paulo, SP
Quem via o menino
mirrado e tristonho de quatro anos ano ao lado da mãe e das duas
irmãs mais velhas revirando o lixão da cidade de Piedade, no
interior de São Paulo, atrás de objetos e produtos que
pudessem ser vendidos e muitas vezes até servir de
alimentação para família, não imaginaria que
quando adulto Dorival Gonçalves dos Santos Filhos, hoje com 32 anos,
estaria prestes a concluir o doutorado em Linguística na
Universidade Federal de Santa Catarina.
Santos teve sua
primeira experiência no lixão da cidade natal por causa das
condições precárias em que vivia a família.
“Nessa época, eu ainda não tinha noção de
tudo que faltava, mas a gente passava fome. Fiquei doente, acho que era
desnutrição”, lembra.
Enquanto o pai
trabalhava na área de construção em outras cidades do
Estado, e quase não ficava com a família, a mãe tinha
a responsabilidade pelos três filhos – além de Santos,
ela tinha duas meninas mais velhas, que tinham sete e dez anos.
“A gente
conseguia de tudo no lixão: comida, roupa, mas o foco principal era
tentar colher todo material que desse para vender e conseguir
dinheiro”, diz. “Como era muito pequeno, eu ficava tentando
achar brinquedo”, lembra.
Por um curto
período, a mãe e as irmãs deixaram o lixão
foram trabalhar na agricultura. Mas a sazonalidade do setor permitia apenas
trabalhos temporários. A solução para compor a renda
da família foi voltar a trabalhar com materiais considerados lixos
para os outros, mas dessa vez longe do lixão. Quando tinha cinco
anos, ele e as irmãs percorriam as lixeiras da cidade atrás
de materiais que pudessem ser reciclados.
Precoce, aos seis
anos, Santos foi matriculado na 1ª série. Todos os dias, ele
acordava antes do sol nascer para percorrer a cidade atrás do lixo
dos outros. Ao meio-dia, ia para escola. “Meus colegas me viam
recolhendo lixo e me chamavam de lixeiro. Na época, eu vivia muito
triste, porque não tinha infância. Enquanto eles brincavam, eu
trabalhava.`
Quando o menino
tinha por volta de dez anos, o pai voltou definitivamente para casa. Mas o
casamento acabou logo em seguida. Divorciada, a mãe arrumou um
emprego como gari e os filhos tiveram de voltar para o lixão.
“A gente
não tinha escolha. Se quiséssemos sobreviver, tinha de ser
desse jeito`, diz ele, que na época já tinha outros dois
irmãos mais novos.
A partir dos 13
anos, quando concluiu a 8ª série, abandonou de vez a escola e
passou a trabalhar quase exclusivamente (às vezes conseguia um posto
temporário na colheita ou na plantação de morangos e
alcachofras) no lixão pelos próximos dez anos. Ele lembra com
tristeza dessa decisão. “Foi triste largar a escola, mas eu
não conseguia dar conta, ficava muito cansado. A partir da 5º
série, eu estudava À noite, trabalhava o dia todo e
não conseguia acompanhar as aulas”.
Livros: as
pérolas do lixo
No período
em que trabalhou como catador de material reciclável, Santos se
sentia como um ser invisível perante a sociedade. “Nesta
época, percebi o quanto éramos invisíveis aos olhos de
todo mundo. Nem mesmo os lixeiros dos caminhões olhavam para
gente.”
Apesar da
convivência diária com sensação de
invisibilidade, o lixão lhe despertou a paixão pelos livros.
Silva recolhia os volumes do lixão e os lia nas horas de folga.
Chegou a juntar cerca de 3 mil exemplares, com a colaboração
dos colegas do lugar.
“Guardava
todos que encontrava e pedia para colegas me daram aqueles que achavam.
É impressionante a quantidade de livros que aparecia no
lixão, desde infantis até clássicos da literatura e
livros pré-vestibular`.
O gosto pela
leitura foi incentivado pela mãe, que só estudou até a
4ª série, mas o presenteava com gibis velhos. “Quando a
gente lê muito, começa a sonhar. Eu tinha sonhos de sair do
lixão, do País, não via perspectiva nenhuma aqui, mas
esses sonhos foram ficando para trás porque eu precisava
trabalhar”, conta.
A guinada
começou quando as condições da família
começaram a melhorar, com o auxílio de programas de
transferência de renda, como o Bolsa-Família. Nesta
época, ele tinha 20 anos e pôde `se dar ao luxo` de voltar
para escola. Apesar de poder optar por um supletivo, resolveu se inscrever
no módulo normal do Ensino Médio. Nos três anos,
dividiu seu tempo entre o lixão e o estudo. Incentivado pelas
professoras, no final de 2006 prestou a prova da Unesp (Universidade
Estadual de São Paulo). O curso escolhido não poderia ser
outro: Letras, com habilitação em Francês.
Vida na
universidade
A entrada na
universidade o possibilitou largar a vida no lixão, mas o deixou
longe da família. Com a passagem de ônibus paga por uma
professora da escola, ele chegou à cidade de Assis, a pouco menos de
500 km de Piedade, em janeiro de 2007. No bolso, tinha R$ 200 para pagar um
mês de aluguel e, na cabeça, a esperança de ser
contemplado com a bolsa proporcionada pela universidade.
“As pessoas
diziam que era loucura, mandavam eu esquecer essa história de fazer
faculdade. Mas eu já estava com outra cabeça e muita vontade
de vencer. Sai com o coração partido de deixar minha
família, mas com muita esperança de voltar e dar uma vida
melhor a eles”, conta.
A bolsa no valor
de R$ 200 demorou quase dois meses para ser aprovada. Neste período,
Santos lembra que conseguia tomar café de graça em um mercado
perto da casa. No entanto, as contas continuavam não fechando e ele
quase foi despejado do quarto onde morava.
Foi quando ele
conheceu a dona de uma lavanderia que alugou uma casa para ele por R$ 100 e
o contratou por R$ 300 para trabalhar no local. O jovem ainda conseguiu um
emprego de cuidador de idosos na madrugada.
“Eu
trabalhava na lavanderia até as 17h, ia para faculdade até as
23h e era acompanhante de idoso de noite. Saia de manhã e voltava
para faculdade. Só estudava aos fins de semana, mas curiosamente foi
nessa época que tirei as melhores notas”, conta
orgulhoso.
Foi assim que, no
ano de 2011, Santos se tornou o primeiro integrante da família a
concluir a graduação. Com o diploma, ele seguiu para Santa
Catarina atrás da família que havia se mudado para Estado.
Lá, chegou a dar aulas por três meses, até ser aprovado
para fazer o mestrado em Linguistica na UFSC (Universidade Federal de Santa
Catarina), em agosto daquele ano. Em 2013, concluiu o curso e voltou a dar
aulas por seis meses até ingressar no doutorado na mesma
área, com foco em semântica.
Futuro
“As pessoas
dizem que sou um exemplo. Mas eu não consigo me ver dessa forma.
Nunca havia contado essa história para ninguém até o
ano passado. Achava que era normal, mas agora estou me convencendo que
não é tão normal assim”, diz, modesto. `Penso em
melhorar ainda mais para ajudar a minha família. Cheguei até
aqui pensando no que de melhor eu poderia oferecer a eles. Penso em ser um
bom pesquisador e, quem sabe um dia, falar sobre a minha história e
mostrar que o País mudou e é possível que pessoas
invisíveis se tornarem protagonistas.”
Sociedade complexa é
desafio para estudantes, diz ministro
Assessoria de Comunicação
Social - MEC - Revista Gestão Universitária - 24/04/2015
- Belo Horizonte, MG
O ministro da
Educação, Renato Janine Ribeiro, ao falar, em São
Paulo, sobre as perspectivas para um modelo de universidade do futuro,
desafiou os estudantes “a buscar uma formação mais
abrangente para integrar uma sociedade complexa”. O ministro esteve
na capital paulista nesta sexta-feira, 24, para participar, de
manhã, de palestra na Universidade de São Paulo (USP) com 15
estudantes estrangeiros e brasileiros de doutorado.
O encontro fez
parte de uma série de eventos organizados pelo Instituto de Estudos
Avançados da USP. Segundo Janine Ribeiro, foi um exemplo de como
aumentar a interação entre alunos de doutorado de todo o
mundo.
À tarde, o
ministro manteve reunião com os reitores da Universidade Federal do
ABC (UFABC), Klaus Capelle; da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB),
Naomar de Almeida Filho, e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
José Tadeu Jorge. Janine Ribeiro destacou os avanços na
educação superior a partir das iniciativas de
interiorização de unidades universitárias promovidas
pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e
Expansão das Universidades Federais (Reuni). Participaram do
encontro os secretários de educação básica,
Manoel Palácios, e de articulação com os sistemas de
ensino do MEC, Binho Marques.
O ministro
reuniu-se também com representantes de entidades como a União
Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a
Ação Educativa e a Campanha Nacional pelo Direito à
Educação.
Veja 5 dicas valiosas para
se adaptar ao ensino a distância
Da redação - Terra
Educação - 25/04/2015 - Belo Horizonte, MG
Segundo o Censo da
Educação Superior 2013, realizado pelo Instituto de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), existem mais de 1,2
mil cursos a distância no Brasil. Em 2003, havia 52. Isso significa
que, hoje, a modalidade a distância representa 15% nas
matrículas de graduação. Para o professor da Faculdade
de Educação da Universidade de Brasília Elicio Bezerra
Pontes, muitas pessoas ainda veem este tipo de ensino como um curso mais
fácil ou de qualidade inferior. “Muito pelo contrário.
O ensino a distância exige ainda mais seriedade,
dedicação e organização”, afirma
Pontes.
A coordenadora
Central de Educação a Distância da PUC-RIO, Gilda
Bernardino de Campos, afirma que a procura por um curso a distância
geralmente vem de alguém que mora longe das
instituições de ensino, adultos que querem realizar uma
graduação e que não têm tempo para frequentar as
aulas presenciais. Seja qual for o motivo, é importante que o
estudante tenha em mente algumas dicas que facilitarão a
adaptação com esse tipo de ensino.
Responsabilidade
Para ter um bom
desempenho nos estudos é necessário responsabilidade, seja
curso presencial ou não. Contudo, estudar a distância vai
exigir um pouco mais do seu comprometimento, visto que o seu aprendizado
vai depender exclusivamente do seu empenho. É muito importante que
você leve a sério e seja responsável com os prazos para
a entrega dos trabalhos e provas para um bom aproveitamento.
Autonomia
O aluno que vai
estudar por meio de uma plataforma a distância precisa ter autonomia
para fazer perguntas, pesquisar e ir atrás de
informações online. Não pode esperar pelo colega ou
professor. Os conteúdos serão disponibilizados, mas
será você que construirá seu conhecimento.
Planejamento
É
necessário verificar quais são suas atividades pessoais e
profissionais e pensar em como conciliar com o ensino a distância.
Assim, você pode determinar quantas horas por dia ou semana
você vai dedicar aos estudos. Planejar seu tempo ajudará a
cumprir as tarefas, fazer as leituras e não deixar com que as
atividades acumulem. Sem planejamento e disciplina fica fácil se
perder nos conteúdos e ficar desestimulado para prosseguir o curso.
“Muitas vezes a instituição ajuda o aluno a desenvolver
técnicas de estudo. Sem planejamento, o aluno pode se
esforçar muito e realizar pouco”, afirma Pontes.
Leitura
Algumas aulas
podem ser disponibilizadas em vídeos, mas a grande maioria do
conteúdo é em texto. Ao decidir estudar neste formato
você tem que estar ciente de que vai precisar muito das suas
habilidades de leitura e interpretação de texto. “A
dificuldade de leitura acontece no curso presencial, mas no online é
maior. No curso presencial a falta de afinidade com leitura pode ser
amenizada pela troca com os colegas e professores. O que não
é possível no método a distância”, explica
Pontes.
Escrita
Saber se expressar
na forma escrita também é fundamental, visto que esta
será a maneira pela qual você entrará em contato com o
seu professor, tutor e colegas. É preciso saber formular perguntas,
sustentar discussões e lidar com a dinâmica das conversas
online para poder ter um aproveitamento melhor nas aulas. Participar das
aulas e interagir com o grupo vai ajudar você a se sentir mais
confortável e criar efetivamente uma comunidade virtual.
Documento detalha
ações do plano “Pátria
educadora”
Vinicius de Oliveira - Porvir -
24/05/2015 - São Paulo, SP
O lema
“Pátria educadora”, escolhido para o segundo mandato da
presidente Dilma Rousseff, começa a tomar forma em um documento
preliminar elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República e obtido pelo Porvir. Chamado
“Pátria educadora: A qualificação do ensino
básico como obra de construção nacional”, o
texto de 22 de abril traz diretrizes de um possível pacote de
medidas que tem o objetivo de tirar a educação brasileira de
um cenário classificado como “dramático”.
Para a
transformação profunda na maneira de ensinar e aprender, que
saia do “enciclopedismo raro e informativo” e reorganize o
sistema nacional de ensino, as propostas iniciais estão concentradas
em quatro eixos:
–
organização da cooperação federativa;
–
reorientação curricular e da maneira de ensinar e de
aprender;
–
qualificação de diretores e de professores;
–
aproveitamento de novas tecnologias.
Cooperação federativa
Para construir o
federalismo cooperativo na educação e garantir ao setor uma
administração semelhante a do SUS (Sistema Único de
Saúde), o governo federal propõe reconciliar a gesta~o das
escolas pelos estados e municípios com padro~es nacionais. Para
isso, seriam necessárias novas leis e três instrumentos:
sistema nacional de avaliação (Prova Brasil daria origem ao
Cadastro Nacional de alunos) e acompanhamento (INEP identificaria e
ajudaria a disseminar as experiências de sucesso), mecanismo para
distribuir recursos e profissionais de lugares mais ricos para outros mais
pobres e procedimentos para reparar redes escolares.
Currículo
Como forma de
abandonar a chamada “decoreba” e adotar uma
capacitação analítica, a proposta é abrir
espaço ao aprendizado por projetos (Clique para ver o plano da
Finlândia).
Em outra novidade,
“o Enem pode ser modificado - mais facilmente ao se tornar Enem
digital - para dar força a esta concepção da base
curricular comum”. Neste novo formato, um banco de milhares de
questões permitirá ao aluno prestar o exame a qualquer
momento. No entanto, a medida ainda depende de consultas públicas e
só teria início com estudantes que ainda não
concluíram o ensino médio.
De acordo com o
esboço, o Currículo Nacional consistiria de uma
sequência de capacitações, divididas em
“padrão” e “especial”. Esta última
ajudaria alunos com dificuldades por meio de métodos de ensino
alternativos e também se dividiria em duas frentes aos que mostrarem
maior potencial: programas exclusivos nas escolas regulares e possibilidade
de concorrer a vaga na nova rede de escolas médias de
referência que seriam chamadas Escolas Anísio Teixeira.
O governo diz
pretender trabalhar competências pré-cognitivas, ou
socioemocionais, para ajudar a “grande massa de alunos pobres a
superar obstáculos intransponíveis”. O documento diz
que o trabalho envolveria desenvolver “capacitac¸o~es
pre´-cognitivas [com destaque a disciplina e
cooperação] que faltam a crianc¸as sai´das da
pobreza mais comumente do que faltam aos filhos da classe
me´dia”. Entre os benefícios, são listados o
empoderamento do aluno para etapas posteriores da vida escolar e
também a possibilidade de enfrentar e corrigir suas
limitações.
Secretário destaca
importância de sistema de monitoramento
Assessoria de Comunicação
Social - MEC - Revista Gestão Universitária - 24/04/2015
- Belo Horizonte, MG
O
secretário-executivo do Ministério da Educação,
Luiz Cláudio Costa, destacou nesta sexta-feira, 24, a
importância do Sistema Integrado de Monitoramento,
Execução e Controle (Simec) do Ministério da
Educação como instrumento de acompanhamento e controle de
recursos e ações do MEC nas esferas estadual e municipal.
Luiz Cláudio Costa participou do Seminário Internacional
Brasil 100% Digital, promovido pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, no hotel Royal Tulip, em
Brasília.
Em mesa-redonda,
ele apresentou a palestra O Uso de Dados para Gestão de
Políticas Públicas de Educação, sob o tema
geral Tecnologia a Favor da Transparência com a Sociedade. “Se,
por exemplo, uma obra não se atualiza no sistema dentro de um
período de 30 a 60 dias, ela, primeiramente, recebe um aviso;
depois, deixa de receber recursos” disse. “É
extremamente importante mantermos esse indicador atualizado; os principais
programas do MEC são acompanhados em tempo real pela
população e pelos setores responsáveis do
ministério.”
Segundo o
secretário, esse acompanhamento é feito dia após dia.
Assim, a sociedade e o governo têm controle sobre o uso de recursos
públicos para a educação. “Existe tanto o
esforço nacional, quanto o estadual e o municipal”, salientou.
“Sabemos que nosso país tem diferenças; não
posso ter a mesma medida para todos. É um trabalho de respeito e de
parceria com esses agentes.”
Costa esclareceu
que o Simec tem vários níveis de acesso. O público em
geral pode verificar as informações ali registradas, mas
não alterá-las.
Da mesa-redonda
ainda participaram a jornalista turca Eva Constantaras, com palestra sobre
jornalismo de dados, e a diretora de coordenação de
tecnologia e contratações do Departamento de Finanças
da Austrália, Pia Waugh, que discutiu estratégias de
engajamento social para uso de dados abertos.