Segunda-feira, 20 de abril
de 2015
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Matérias de Hoje
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Agência Brasil
- 17/04/2015 - Brasília, DF
Além da
manutenção da greve, eles aprovaram uma nova assembleia para
a próxima sexta-feira (24), às 14h, no Masp. Um dia antes, os
professores devem se reunir com representantes do governo paulista na sede
da Secretaria Estadual da Educação
Revista
Gestão Universitária - 20/04/2015 - Belo Horizonte, MG
A pontuação
do TOEFL ITP é sigilosa e só é divulgada ao
próprio candidato que realizar o teste
O Globo - 17/04/2015
- Rio de Janeiro, RJ
A possível
intervenção federal em municípios com maus resultados
foi ponto mais sensível entre educadores
UOL
Educação - 17/04/2015 - São Paulo, SP
A decisão acontece
após uma candidata ter passado constrangimento por usar véu
muçulmano
IG
Educação - 18/04/2015 - São Paulo, SP
Ministério da
Educação avalia universidades com notas que vão de 1 a
5. Instituições com nota 1 e 2 sofrem
fiscalização
Revista
Gestão Universitária - 17/04/2015 - Belo Horizonte, MG
Começa nesta
segunda-feira, 20, o período para as universidades federais fazerem
conferência, ajustes e validação dos dados informados
no Censo da Educação Superior 2014
O Globo - 17/04/2015
- Rio de Janeiro, RJ
Ele vai assumir o cargo
ocupado pelo professor Jorge Guimarães, que deixa a
presidência do órgão após 12 anos
UOL
Educação - 19/04/21015 - São Paulo, SP
Para Rodrigo Janot, lei do
Amazonas fere o estado laico tornando Bíblia livro
obrigatório em bibliotecas
Porvir - 17/04/2015
- São Paulo, SP
Porvir reuniu sugestões
para professores incentivarem o aprendizado dos seus alunos em diferentes
plataformas
Revista Veja -
19/04/2015 - São Paulo, SP
A qualidade do ensino depende
menos de Brasília do que de prefeitos comprometidos: com base nessa
premissa, um novo prêmio destaca os municípios que promoveram
avanços extraordinários em sua rede de escolas. O primeiro
vencedor é Brejo Santo, no Ceará
Revista
Gestão Universitária - 17/04/2015 - Belo Horizonte, MG
A primeira
edição de 2015 do exame para obtenção do
Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para
Estrangeiros (Celpe-Bras) teve 5.197 inscrições homologadas
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Editoriais, artigos e opiniões
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O Globo - 20/04/2014 - Rio de Janeiro, RJ
UOL Educação - 16/04/2015 -
São Paulo, SP
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Matérias
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Professores estaduais de
São Paulo decidem permanecer em greve
Elaine Patricia Cruz - Agência
Brasil - 17/04/2015 - Brasília, DF
Os professores da
rede estadual de ensino de São Paulo decidiram hoje (17) pela
continuidade da paralisação, após mais uma assembleia
realizada à tarde, no vão-livre do Museu de Arte de
São Paulo (Masp). Em greve desde o dia13 de março, os
professores reivindicam aumento salarial de 75,33%.
Além da
manutenção da greve, eles aprovaram uma nova assembleia para
a próxima sexta-feira (24), às 14h, no Masp. Um dia antes, os
professores devem se reunir com representantes do governo paulista na sede
da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da
República.
Na assembleia de
hoje, os professores carregavam várias faixas e um caixão,
onde escreveram a mensagem “Aqui jaz a educação”.
Durante o protesto, o governador Geraldo Alckmin foi vaiado.
Em um momento de
tensão, os professores estranharam a presença de uma tropa
especial da Polícia Militar, normalmente chamada para atuar em
manifestações e, temendo confronto, pediram a retirada dos
soldados.
Segundo o
comandante da operação, capitão Diogo Rafael de Souza,
a tropa é da Companhia de Ações Especiais da
Polícia. “É uma tropa de efetivo de apoio, e nada tem a
ver com a tropa de choque. Não temos intenção de
confronto ou confusão”, afirmou o capitão.
Segundo a
professora aposentada Maria Sufaneide Rodrigues, integrante da diretoria da
Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo
(Apeoesp), a presença da tropa surpreendeu os professores, que
não pretendem entrar em confronto ou provocar confusão.
“Em outras manifestações, não havia esse
aparato. É claro que eles são da tropa de choque. Por mais
que o comandante tenha explicado, entendemos que eles são da tropa
de choque”, disse ela.
“Professor
não veio para ter confronto com policial. Professor veio reivindicar
salário e necessidades para sala de aula”, reforçou
Maria Sufaneide, lembrando que as demais assembleias ocorreram de forma
pacífica.
Até o
momento, a Polícia Militar estimou em cerca de 3 mil os presentes
à assembleia. Para a Apeoesp, são 60 mil participantes. Os
professores seguem em caminhada até a sede da Secretaria Estadual da
Educação. O caminho escolhido é pela Avenida 23 de
Maio.
Na quarta-feira
(15), eles ocuparam a sede da Assembleia Legislativa, após
audiência pública sobre a greve. Os professores dormiram no
Plenário Juscelino Kubitschek, onde permaneceram até a noite
de ontem (16).
Segundo o
sindicato da categoria, o objetivo da ocupação da sede do
Legislativo foi pressionar o governo estadual pela abertura de
negociação. Na próxima quarta-feira (22), às
16h, os professores participam de mais uma audiência pública
na Assembleia Legislativa.
Idiomas sem Fronteiras
amplia a aplicação do teste de nivelamento em língua
inglesa
REDE DE COMUNICADORES - Revista
Gestão Universitária - 20/04/2015 - Belo Horizonte, MG
O Programa Idiomas
sem Fronteiras – Inglês ampliou a aplicação do
teste de nivelamento TOEFL ITP para que seja a porta de entrada nas demais
ações do programa. A partir de maio, um dos requisitos para a
inscrição no curso My English Online e nos cursos presenciais
de inglês será o resultado do teste, que pode ser realizado
mais de uma vez e gratuitamente por meio Idioma sem Fronteiras.
Esse programa foi
criado em 2012 pelo Ministério da Educação com o
objetivo de aumentar a proficiência dos estudantes interessados em
intercâmbio para o exterior como bolsistas pelo Ciência sem
Fronteiras.
O teste
será aplicado nas universidades da rede federal credenciadas pelo
Programa Idiomas sem Fronteiras. O resultado do teste não
interferirá no nível em que o aluno está cursando no
My English Online ou na sua promoção. Porém, esse
resultado indicará como o aluno está em termos de
certificação nacional e auxiliará o Núcleo
Gestor do Programa na avaliação da proficiência
nacional.
A
pontuação do TOEFL ITP é sigilosa e só é
divulgada ao próprio candidato que realizar o teste. Denise de Abreu
e Lima, presidente do Programa Idiomas sem Fronteiras explica o que
é o TOEFL ITP.
O benefício
do teste de nivelamento estava restrito aos estudantes das universidades da
rede federal e aos candidatos do Programa Ciência sem Fronteiras. Os
alunos das instituições privadas que são alunos do My
English Online, ativos ou bloqueados, deverão se cadastrar para
realizar o teste em instituições da rede federal. Nas
instituições estaduais, somente alunos da
graduação e pós-graduação poderão
fazer o teste.
Nas universidades
e institutos da rede federal, poderão fazer o teste técnicos
administrativos, alunos e docentes.
Com a
ampliação da oferta, o teste de nivelamento poderá ser
feito por qualquer estudante inscrito no My English Online, inclusive
alunos de instituições privadas e aqueles que, por algum
motivo, estejam com senha bloqueada. O resultado geral dos testes
auxiliará na avaliação geral do Programa e no desenho
de ações para melhoria do ensino da língua.
A
relação das instituições credenciadas para
aplicar o TOEFL-ITP pode ser consultada no endereço
isf.mec.gov.br/ingles.
Estratégias de
Mangabeira Unger para educação no país geram
divergência
Paula Ferreira - O Globo - 17/04/2015 -
Rio de Janeiro, RJ
As
declarações do Ministro de Assuntos Estratégicos,
Roberto Mangabeira Unger, a respeito dos planos para o país
alcançar de fato o título de `Pátria Educadora` gerou
divergência entre profissionais da área. A possível
intervenção federal em municípios que apresentem maus
resultados foi o ponto mais sensível entre os educadores.
Embora com
ressalvas, a ideia de uma comissão de intervenção foi
vista de maneira positiva pela presidente da União Nacional dos
Dirigentes Municipais, Cleuza Repulho. De acordo com ela, é
importante que o Governo Federal volte o olhar para os municípios em
crise.
- É
positiva (a intervenção) no sentido da
preocupação com a educação, por isso, ela
precisa ser feita com muito cuidado. Se ela fosse uma
intervenção apenas punitiva, para cortar recursos, seria
ruim, mas uma comissão organizada para ver onde está esse
recurso e para ajudar os gestores e professores seria positiva. Importante
que ela seja composta por pessoas das três esferas (municipal,
estadual e federal)ou por observadores autônomos. As crianças
não podem dar sorte ou azar de nascer em determinados lugares-
afirmou.
Cleuza destacou
ainda a necessidade de mais recursos para todos os municípios,
discordando do ministro, ela afirma que não existem cidades ricas no
que diz respeito à educação.
- Hoje não
existem mais municípios ricos, com a expansão das creches,
que é um modelo muito caro, estamos no limite do investimento.
Precisamos ter boa gestão, boas ideias, mas também bons
recursos- ressaltou.
Doutor em
educação e diretor do Instituto Alfa e Beto - ONG de apoio
à educação das redes municipais- , João Batista
Oliveira critica a proposta de Mangabeira Unger de intervir nos
municípios. Para ele, a postura do governo beira a arrogância
ao considerar que uma ação federal resolveria o problema das
escolas.
- Existe um
pressuposto que o Governo Federal sabe o que é bom e sabe fazer e
que o município que é ruim, então `vamos lá e
vamos resolver`. O governo não só não sabe como
também não consegue. Não tem braço e perna para
isso. As estratégias que funcionam são através da
apresentação de propostas e incentivos para que haja
pluralidade de ideias, não essa arrogância de achar que tem um
ente super poderoso que pode resolver- critica Oliveira, completando que o
Brasil deve levar em consideração experiências
concretas de estados e municípios que reformaram suas estruturas
educativas e conseguiram obter resultados.
Para a
pesquisadora da USP Paula Louzano, a visão do ministro é
equivocada ao pressupor que para resolver o problema basta intervir para
trocar a gestão local.
- De onde
vão vir essas pessoas (para intervir)? Funcionários do MEC
que vão chegar e tomar frente do processo? Não conheço
nenhuma experiência no mundo onde isso funcione - disse.
Especialista em
currículo, Paula considera fundamental que o ministro analise a
experiência de outros países na implementação de
bases curriculares. A pesquisadora destaca que modelos não devem ser
copiados, mas utilizados como ponto de partida e de reflexão para
desenvolvimento de um método que se aplique à realidade
brasileira.
- Acho que o foco
do debate currículo tem que ser a progressão do conhecimento.
Se em matemática eu tenho como objetivo que o aluno no fim do Ensino
Médio consiga calcular juros simples. Isso passa pelo conceito de
proporcionalidade e fração, eu tenho que criar a
progressão desses conteúdos. O grande diferencial do
currículo australiano, citado pelo ministro, é a
preocupação com a progressão, observar esse caso e
outros é importante- explica.
Outro ponto
polêmico da entrevista de Mangabeira Unger, a escolha de diretores
com base na utilização de mecanismos meritocráticos
foi alvo de críticas do Sindicato Estadual dos Profissionais de
Educação do Rio (Sepe).
- Com a
meritocracia você cria ilhas de excelência, cria rankings entre
as escolas. O problema não é profissional que trabalha melhor
e pior, é o investimento público na carreira, não
só a nível salarial, mas na valorização do
investimento público, de verbas só para escolas
públicas- defendeu Alex Trentino, coordenador-geral do Sepe.
Em meio às
estratégias de Mangabeira e às discussões entre os
atores envolvidos na questão, a pesquisadora Paula Louzano
identifica o que considera uma das principais barreiras ao desenvolvimento
da educação: o fato de existirem dois ministérios com
gerência sobre o tema- Assuntos Estratégicos e
Educação- prejudica a implementação do
programa. E questiona sobre quem, de fato, bate o martelo sobre as
políticas educacionais no país.
- Agora tem dois
polos que pensam a educação no mesmo governo: o MEC e a
Secretaria de Assuntos Estratégicos, não fica claro quem
representa a visão do governo. Quem vai colocar os planos em
prática é o MEC, com os estados e municípios, mas
não sabemos se o ministro da educação concorda com os
planos do ministro Mangabeira.
Em nota, O MEC
comentou as medidas propostas pelo ministro de Assuntos
Estratégicos.
`O MEC está
em constante diálogo com outros ministérios. O ministro
Mangabeira Unger é um grande pensador que contribuirá muito
para o projeto de educação do governo federal. O
Ministério da Educação já trabalha em parceria
com os estados e municípios no sentido de dar assistência
às escolas e redes que tenham piores resultados no Ideb, priorizando
a participação dos mesmos em programas do MEC. Todas essas
ações são feitas por adesão. O MEC está
discutindo com o Consed e a Undime sobre os currículos da
educação básica, em particular do ensino médio.
O MEC também está em diálogo com a sociedade na
construção da Base Nacional Comum Curricular, para atender
à Lei do PNE`.
OAB vai permitir uso de
roupas religiosas no Exame da Ordem
Da redação - UOL
Educação - 17/04/2015 - São Paulo, SP
A OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) irá passar a permitir o uso de roupas
religiosas nas salas de prova do Exame da Ordem. A decisão acontece
após uma candidata ter passado constrangimento por usar véu
muçulmano.
Segundo o
presidente da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho,
será determinado à banca examinadora contratada para aplicar
o Exame de Ordem que altere os termos dos futuros editais.
Charlyane Souza,
29, foi retirada da sala e ameaçada de eliminação no
exame realizado no dia 15 de março deste ano. `Eu fiquei totalmente
constrangida, não consegui mais fazer o exame e, apesar de ter
estudado muito, não fui aprovada`, contou a estudante à
epoca.
O item do edital
de abertura do exame que trata do porte de objetos dizia que seria
eliminado o examinando que for surpreendido durante a prova portando
aparelhos eletrônicos diversos `ou quaisquer acessórios de
chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro etc`, mas nada
falava sobre a vestimenta.
Sobre o caso, a
OAB afirmou que o edital do exame previa a `vedação ao uso de
quaisquer acessórios de chapelaria`, porque existem dispositivos que
permitem a comunicação entre pessoas, o que é
proibido.
Além da
permissão de vestimentas religiosas, o Conselho Federal da OAB
irá vedar aos fiscais que façam perguntas aos candidatos
sobre a sua origem religiosa, social ou ainda de informação
sobre a sua intimidade. `Os fiscais só tem uma
obrigação: a de verificar se está havendo cola ou
não`, disse Marcus Vinicius.
Veja as melhores faculdades
do País, segundo o Ministério da
Educação
Da redação - IG
Educação - 18/04/2015 - São Paulo, SP
Todas as
instituições de ensino superior do País são
avaliadas pelo Ministério da Educação, que é
responsável por autorizar o oferecimento de cursos de
graduação e pós-graduação stricto sensu
no Brasil.
O Índice
Geral de Cursos (IGC) é a nota da instituição
divulgada anualmente pelo MEC. O índice é composto pela
média ponderada das notas dos cursos de graduação e
pós-graduação de cada instituição e
inclui o desempenho dos alunos na prova do Enade.
As notas
vão de 1 a 5, sendo que 1 e 2 são consideradas notas
insuficientes para manutenção de cursos, a nota 3 é
regular, e 4 e 5 são notas boas.
O MEC
disponibiliza ainda a página e-MEC, em que é possível
consultar as notas da faculdade e dos cursos de graduação do
País.
Universidades podem conferir
e validar os dados de 2014
INEP - Revista Gestão
Universitária - 17/04/2015 - Belo Horizonte, MG
Começa
nesta segunda-feira, 20, o período para as universidades federais
fazerem conferência, ajustes e validação dos dados
informados no Censo da Educação Superior 2014. O prazo
encerra-se no dia 15 de maio. A realização desta etapa do
levantamento estatístico fica a cargo do representante legal e
pesquisador institucional da universidade.
As atividades do
processo de realização do Censo iniciaram-se em fevereiro,
quando as universidades começaram a preencher os
questionários e importar os dados para o sistema digital do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep). Esta semana, foi a vez dos especialistas da autarquia
verificarem a consistência das informações fornecidas
pelas instituições.
O Censo da
Educação Superior reúne dados sobre os cursos de
graduação (presencial, a distância e sequenciais),
dentre elas, vagas ofertadas, matrículas, ingressantes, corpo
docente, organização acadêmica e infraestrutura. As
informações são fundamentais para a
definição e o monitoramento de políticas
públicas e o conhecimento da realidade do ensino superior, bem como
para a transferência de recursos da União às
instituições federais.
Os prazos das
etapas e atividades do processo de realização constam na
Portaria nº 85, de 25 de março de 2015. O modelo do Censo da
Educação Superior é definido pelo Decreto nº
6.425, de 4 de abril de 2008.
Acesse aqui o
Sistema do Censo da Educação Superior 2014, para validar ou
ajustar os dados do Censo.
Professor e pesquisador
Carlos Nobre será o novo presidente da Capes
Da redação - O Globo -
17/04/2015 - Rio de Janeiro, RJ
O professor e
pesquisador Carlos Afonso Nobre, da Academia Brasileira de Ciências
(ABC), será o novo presidente da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). De
acordo com informações do Ministério da
Educação (MEC), o convite foi feito na última
quarta-feira pelo ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro.
Nobre assume o
cargo ocupado pelo professor Jorge Guimarães, que deixa a
presidência do órgão após 12 anos. Em nota,
Janine destacou o histórico do novo presidente:
`Carlos Nobre
é um dos maiores cientistas brasileiros, com forte experiência
na coordenação da área interdisciplinar da Capes. Ele
também é uma referência importante no debate
ético sobre vida e sustentabilidade.”
Natural da cidade
de São Paulo, Nobre formou-se em engenharia eletrônica em
1974, no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em
São José dos Campos (SP). Concluiu o doutorado em
meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) em 1983.
Iniciou a carreira profissional no Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa), em 1975. Atuou como pesquisador do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1983 a 2012.
Ele também
teve uma forte atuação na Capes, onde foi coordenador da
Comissão de Cursos Multidisciplinares (2006-2008). Ele exerce, desde
fevereiro de 2011, a função de secretário de
políticas e programas de pesquisa e desenvolvimento do
Ministério de Ciência, Tecnologia e
Inovação.
Atualmente, Nobre
também representa o Brasil no International Institute for Applied
System Analysis (Iiasa). É membro do International Scientific
Advisory e do High Level Scientific Advisory Panel on Global
Sustainability, da Organização das Nações
Unidas (ONU).
Procurador-geral da
República quer derrubar lei que obriga Bíblia em escolas do
Amazonas
Janaina Andrade - UOL
Educação - 19/04/21015 - São Paulo, SP
Para o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o Estado do Amazonas
tenta influenciar a escolha religiosa de alunos da rede estadual ao obrigar
que as escolas da rede estadual de ensino e as bibliotecas mantenham em
seus acervos um exemplar da Bíblia Sagrada.
Por causa disso,
Janot quer derrubar a Lei Estadual n° 74/2010, de autoria da
ex-deputada estadual Conceição Sampaio (PP), que obriga a
manutenção de um exemplar do livro nas bibliotecas.
Para isso, no dia
18 de fevereiro, o procurador-geral da República ingressou com uma
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo
Tribunal Federal (STF) questionando a lei aprovada pela Assembleia
Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), em 2010.
De acordo com lei,
a obrigatoriedade da disposição de um exemplar da
bíblia, “não implica em restrição ou
impedimento para a manutenção, nos acervos, de livros
sagrados de outras tradições religiosas.
Janot tem outra
interpretação da matéria, e argumenta que a lei viola
o princípio constitucional da laicidade estatal.
A relatora da ADI
é a ministra Cármen Lúcia. A Procuradoria-Geral da
ALE-AM tem até o dia 8 de maio para responder ao Supremo os
questionamentos levantados por Janot na ação, de acordo com o
procurador-geral da Casa, Vander Góes.
“A
posição da procuradoria da ALE-AM, a quem compete prestar as
informações quanto às ações do Poder
Legislativo, é a de oposição (a Janot). E o
procurador-geral (ALE-AM), enquanto advogado, enquanto cidadão e
enquanto cristão, considera que o procurador da República,
Rodrigo Janot, age com excesso de preciosismo, se prendendo assim a
detalhes”, avaliou Góes.
Conceição Sampaio (PP), agora deputada
federal, disse lamentar a interpretação do procurador-geral
da República. “Recebi a informação com surpresa.
A Bíblia é o livro mais antigo e mais vendido do mundo e
portanto, uma fonte de pesquisa. Não vejo como um exemplar da
Bíblia no meio de tantos outros livros numa biblioteca de escola
pode ferir o estado laico. É bom lembrar que a nossa
Constituição, a mesma que define como estado laico,
não só confere a liberdade de culto como assegura a
prestação de assistência religiosa nos presídios
e nas escolas”, disse a parlamentar.
Para o rabino
Izaac Dahan, “não havendo a obrigatoriedade da aula de
religião, tudo bem”.
“O ruim
nesta lei é a expressão
‘obrigação’, isso que fica estranho, obrigar por
lei, e acho que é aí que o procurador está
questionando”, afirmou Dahan.
Dahan diz que as
bibliotecas devem ter exemplares do Novo e Velho Testamento.
“É importante que se fale, pois temos que conhecer a
Bíblia inteira. Essa turma que gosta de influenciar muito e
só colocar o Novo Testamento. Acaba complicando, pois os estudantes
perdem todo o início da história quando só lê
uma parte”, comenta o rabino.
Blog: Sadi Caldas,
Pastor
“Eu
não acho que essa lei fira o estado laico, na verdade eu tenho
certeza que não. A Bíblia é a palavra de Deus, e ela
é lâmpada para os pés e luz para o caminho, logo, ela
enobrece, engrandece. A Bíblia é como a
Constituição Federal que rege o procurador-geral da
República (Rodrigo Janot). E a Constituição Federal
é que rege ele, então se é para tirar a Bíblia,
tem que tirar também a Constituição que rege o
procurador-geral, para ver como é que ele fica. A
Constituição que rege a ele, se for extirpada, retirada dele,
ele vai ser o quê? Então, eu até parabenizo a deputada
Conceição Sampaio, autora da lei. E olha: lê a
Bíblia quem quer. Não é obrigado ninguém ler a
Bíblia, nós é que aconselhamos”. É o que
defendo o pastor da igreja Assembleia de Deus do Amazonas e presidente da
Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas (Omeam), Sadi
Caldas.
Lei faz
juízo de valor de livro
Nos argumentos
apresentados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a
lei que estabelece a manutenção de ao menos um exemplar da
Bíblia Sagrada nos acervos das bibliotecas e das unidades escolares
do Estado “faz juízo de valor sobre livro religioso adotado
por crenças específicas, considerando fundamental,
obrigatória e indispensável sua presença nos
espaços públicos”.
“O Estado do
Amazonas, ao divulgá-la (a Bíblia) e torná-la livro
obrigatório nas bibliotecas públicas e unidades escolares,
acaba por contribuir, ainda que indiretamente, para a
divulgação, o estímulo e a promoção do
conjunto de crenças e dogmas nela presentes, em prejuízo
daquelas por ela condenadas, em afronta à laicidade estatal”,
declarou Janot no texto da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) apresentada ao Supremo Tribunal Federal
(STF).
Para o
procurador-geral da ALE-AM, Vander Góes, o “procurador-geral
da República (Rodrigo Janot) agiu com excesso, e querendo ser mais
realista que o rei”. “E eu chego até a pensar que ele
está confundindo estado laico com estado ateu”, afirmou
Góes.
Personagem: Padre
da Paróquia N. S. de Lourdes, Francisco Paulo Pinto
‘O
procurador está confundido as coisas’
Para o padre
Francisco Paulo Pinto, da paróquia Nossa Senhora de Lourdes,
localizada no bairro Parque Dez de Novembro, zona Centro-Sul, considerando
a tradição do Brasil, onde a maioria das religiões
são cristãs, a lei questionada pela Procuradoria-Geral da
República não fere o laicismo.
“Ter um
exemplar da Bíblia na biblioteca ou nas escolas é como ter um
livro de qualquer outra coisa. É para pesquisa. Biblioteca é
biblioteca. O procurador-geral da República está confundindo
uma coisa com a outra. Biblioteca é biblioteca, o estudante vai para
lá pesquisar”, disse o padre.
De acordo com o
padre Francisco, se, por exemplo, o estudante for fazer um trabalho sobre o
lcorão, a biblioteca vai ter que disponibilizar um exemplar.
“A biblioteca é uma coisa, outra coisa é você
obrigar as crianças e jovens a terem aulas de uma determinada
religião, isso aí, sim, feriria a Constituição
Federal”, afirmou.
30 dicas para ensinar com
ajuda das redes sociais
Marina Lopes - Porvir - 17/04/2015 -
São Paulo, SP
Curtir,
compartilhar, seguir, tuitar e comentar. Cada vez mais, as redes socais
fazem parte da rotina de adolescentes e jovens. De acordo com a pesquisa
TIC Kids Online, 79% dos brasileiros com idades entre 9 e 17 anos, que
utilizam a internet, já possuem perfil em alguma das redes. E por
que não aproveitar o interesse dos alunos e utilizar essas
ferramentas como estratégia para promover o aprendizado?
Para ajudar os
professores, o Porvir reuniu dicas de como utilizar as redes sociais como
um recurso educativo. As sugestões foram retiradas a partir de
referências encontradas em diferentes publicações,
guias e sites especializados em educação e tecnologia. As
dicas apresentam estratégias para o uso do Facebook, Twitter,
Google+, Instagram, YouTube e o Edmodo.
Confira as
dicas:
Facebook
1. Crie grupos com
sua turma para postar informações, avisos e dicas.
2. Compartilhe
conteúdo multimídia relacionado aos temas trabalhados em sala
de aula.
3. Use a rede
social como canal de jornalismo estudantil. Crie uma página para que
seus alunos postem novidades sobre projetos e eventos da escola.
4. Faça o
seu próprio quiz para que os alunos possam interagir com os
conteúdos das aulas. O Facebook tem algumas ferramentas que
facilitam essa tarefa, como o aplicativo Quiz Maker.
5. Estimule os
alunos a postarem resenhas de livros e resumos de estudos no grupo da
classe. Isso pode ajudar no desenvolvimento de projetos de revisão
por pares.
Fontes: Edudemic e
Online College
Twitter
6. Use o Twitter
como ferramenta para criar histórias coletivas com os alunos.
Escreva o começo de uma narrativa e fale para eles tuitarem a
continuação.
7. Publique
desafios diários para os alunos. Professores de disciplinas como
matemática, química e física também podem
incentivar alunos a resolver problemas e a compartilhar o resultado na rede
social.
8. Faça
tuítes diários com informações sobre diferentes
carreiras. Isso pode ajudar seus alunos a conhecer diferentes
profissões e conseguir identificar seus interesses.
9. Crie uma
hashtag original (ex: #auladoprofze) e incentive os alunos tuitarem suas
anotações durante a aula.
10. Apresente
estratégias de pesquisa para que os alunos possam encontrar
conteúdos relevantes com o uso de hashtags.
Fontes: Edudemic e
TeachHUB
Google+
11. Crie
comunidades para compartilhar conteúdos com os seus alunos.
12. Faça
conferências com a sua turma utilizando o Hangout. A ferramenta
permite realizar transmissões ao vivo para um número
ilimitado de pessoas e também gravá-las para assistir mais
tarde.
13. Convide
diferentes profissionais, como autores e pesquisadores, para participar de
videoconferências com os seus alunos.
14. Compartilhe
arquivos e atualizações, integrando outras ferramentas como
Google Drive ou Agenda.
15. Separe os seus
alunos em círculos de usuários (opção
disponível na rede social) de acordo com a turma e os interesses de
cada um.
Fontes: Google+
for Schools, TeachThought e Educational Technology
Instagram
16. Poste uma foto
como prévia para o assunto da próxima aula. É
possível interagir com os alunos, pedindo para que eles façam
uma pesquisa ou comentem o que já sabem sobre o tema.
17. Crie uma conta
para a sua sala e registre momentos como apresentações,
desenvolvimento de projetos e excursões. Para manter a privacidade,
deixe o conteúdo fechado para acesso restrito aos alunos.
18. Destaque
habilidades dos estudantes. Tire fotos de bons trabalhos e projetos
realizados por eles.
19. Ensine
conceitos básicos de fotografia para os seus alunos, trabalhando
iluminação, enquadramento, composição e
linguagem. Incentive que eles registrem imagens do cotidiano escolar.
20. Deixe os
alunos explorarem seus interesses e diferentes identidades, compartilhando
opiniões e comentários por meio de imagens.
Fontes: Universia,
Pearson School Systems e Education World
YouTube
21. Engaje os
alunos com dicas de vídeos que são relevantes para eles e
fomente a discussão de diferentes pontos de vista.
22. Escolha
vídeos curtos para apresentar em sala de aula. Isso garante que os
alunos tenham um tempo para discutir com base no que foi mostrado.
23. Faça
uma conta Google para a escola e utilize o YouTubeEDU com os alunos. Esse
ambiente possui conteúdos com foco educativo e permite que os
professores e administradores da escola selecionem os vídeos que
aparecem como visíveis para o seus alunos.
24. Inverta a sua
sala de aula. Mande vídeos para que os alunos assistam os conceitos
básicos em casa. Aproveite o tempo em classe para promover a
aplicação desses conceitos e incentivar trabalhos
colaborativos.
25. Crie listas de
reprodução que contemplem temas relacionados às aulas,
contextualização para assuntos do mundo real e visões
divergentes para fortalecer o posicionamento e o senso crítico.
Fontes: Edudemic e
Edutopia
Edmodo
26. Faça
postagens para incentivar que os alunos participem de diferentes
discussões e compartilhem sua opinião sobre determinados
temas.
27. Utilize o
construtor de questionários para avaliar o aprendizado dos alunos
durante o desenvolvimento das atividades.
28. Organize
clubes de leitura para os alunos compartilharem os livros que estão
lendo. Eles também podem postar indicações para os
colegas.
29. Conecte seus
alunos com salas de aula de outros países para que eles possam
trocar experiências e conhecer outras culturas.
30. Crie um grupo
com atualização sobre eventos que irão acontecer na
escola.
Fontes:
TeachThought e Support Edmodo
Brejo Santo, no
Ceará, é exemplo de `cidade educadora`
Bianca Bibiano - Revista Veja -
19/04/2015 - São Paulo, SP
Localizada aos
pés da Chapada do Araripe, a 521 quilômetros de Fortaleza,
Brejo Santo é uma cidade bem brasileira. Com pouco menos de 50?000
habitantes, situação de quase 90% dos municípios do
país, ela ostenta IDH pouco inferior à média nacional
e renda por habitante quase 70% menor. Poderia repetir também os
péssimos resultados da educação brasileira, mas vem
conseguindo escapar ao destino. No Ideb de 2013, índice do governo
federal que combina taxas de evasão e repetência com
desempenho escolar no nível fundamental, a cidade exibe nota 7,2 - a
média brasileira é 5,2. Em uma das unidades locais de ensino,
a Escola Maria Leite de Araujo, a presença de galinhas no
pátio de terra batida não permite suspeitar de uma nota
invejável: 9,2. O curioso é que, até 2009, a cidade
cearense era ainda mais parecida com o Brasil. Cerca de 70% dos alunos
não aprendiam o esperado em português e matemática. De
lá para cá, a rede de ensino vem registrando avanços
seguidos. Em 2013, finalmente, virou o jogo: 72% dos estudantes do 5º
ano atingiram o patamar adequado de aprendizagem em matemática, por
exemplo, taxa que chegou a impressionantes 100% na Maria Leite de Araujo. O
índice brasileiro é 32%.
O que faz da
cidade uma referência de qualidade é uma política pouco
pautada por invencionices e muito apoiada em eficiência, meritocracia
e equidade. No dia a dia, isso se traduz em práticas eficazes em
sala de aula, avaliação e premiação de
professores e garantia de que todos os alunos recebem o mesmo ensino.
`Coloquei a educação no centro do meu projeto
político, porque sei que isso terá impacto nos demais setores
na vida local`, explica o prefeito Guilherme Sampaio Landim (PSB). Pelo
serviço, o jovem médico de 29 anos receberá na semana
que vem, em cerimônia em São Paulo, o Prêmio Prefeito
Nota 10, promovido pela primeira vez pelo Instituto Alfa e Beto (IAB). O
prefeito vencedor ganha 200?000 reais.
O objetivo do
Prefeito Nota 10 é identificar a rede municipal de ensino com melhor
desempenho na Prova Brasil, exame federal que avalia estudantes de 5º
e 9º anos do ensino público e que compõe o Ideb.
Concorriam ao prêmio somente cidades com mais de 20?000 habitantes em
que ao menos 80% dos alunos tivessem participado da Prova Brasil. Desses,
70% tinham de provar que sabiam o que se esperava deles. Nenhuma cidade,
nem mesmo Brejo Santo, preencheu esse último critério. O IAB
chegou então a doze municípios com resultados destacados e
apontou os melhores em cada região do Brasil. Na Região
Norte, infelizmente, nenhum município atingiu os índices
necessários.
Reconhecendo a
cidade com melhor média, o prêmio retira dos holofotes
administrações que mantêm escolas-modelo, mas
não replicam a qualidade desses centros de excelência em toda
a rede. `A qualidade do ensino de nossas crianças depende menos de
Brasília do que de municípios e de prefeitos comprometidos`,
diz o educador João Batista Araujo e Oliveira, presidente do IAB. De
fato: 54,7% dos quase 30 milhões de alunos do ensino fundamental
brasileiro estudam em unidades municipais. `O prêmio quer identificar
quem consegue fazer um grande trabalho em escala, levando qualidade a todas
as escolas que administra`, acrescenta Oliveira.
A receita de Brejo
Santo não tem lugar para ingredientes exóticos. `Fazemos
feijão com arroz benfeito todos os dias`, diz Ana Jacqueline Braga
Mendes, secretária de Educação. O cardápio
inclui regras rígidas para alunos e professores. Os 11 771
estudantes têm dever de casa. Se um deles falta, a escola entra em
contato com sua família. `Isso reduziu drasticamente o abandono`,
diz a secretária. O prefeito também mexeu em leis e recorreu
a medidas inicialmente consideradas impopulares. Unidades que mantinham as
chamadas classes multisseriadas, em cujos bancos se sentavam lado a lado
crianças de 7 a 12 anos, foram fechadas, e os alunos, transferidos
para locais mais distantes, porém estruturados. Professores, por sua
vez, passaram a ser avaliados, e aqueles que não demonstraram bons
resultados foram retirados das salas de aula: parte foi demitida, parte
assumiu funções administrativas. Com os melhores em sala de
aula, a prefeitura aumentou os salários. O piso inicial é de
2?673 reais, diante do salário mínimo de 1917,78 reais
estabelecido pelo Ministério da Educação.
Brejo Santo faz um
grande trabalho. Porém, há muito que avançar. Embora
mantenha a melhor rede municipal do país, a cidade ainda não
chegou ao marco de 70% das crianças com conhecimento adequado
à série em que estudam. O caminho, no entanto, está
traçado.
Exame de
proficiência tem mais de 5 mil candidatos confirmados
Assessoria de Comunicação
Social do Inep - MEC - Revista Gestão Universitária -
17/04/2015 - Belo Horizonte, MG
A primeira
edição de 2015 do exame para obtenção do
Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para
Estrangeiros (Celpe-Bras) teve 5.197 inscrições homologadas.
As provas serão aplicadas de 19 a 21 de maio próximo, em 23
postos credenciados no Brasil e em 61 no exterior (em 34
países).
No México,
de acordo com o posto aplicador Instituto Politécnico Nacional,
há um caso especial nesta edição do exame, que
é a inscrição de uma pessoa de 90 anos de idade. No
caso desse candidato, a prova terá caracteres ampliados (macrotipo),
com tempo adicional para a realização. O examinando é
aluno do curso de língua portuguesa da
instituição.
As
avaliações do Celpe-Bras têm uma parte de prova
escrita, com duração de três horas, a ser realizada em
19 de maio; e outra de prova oral, de 20 minutos, entre 19 e 21 de
maio.
De acordo com a
pontuação obtida, o participante será classificado em
quatro níveis de proficiência. Aqueles que obtiverem
pontuação entre 2 e 2,75 serão classificados no
intermediário. Entre 2,76 e 3,5, no intermediário superior.
Entre 3,51 e 4,25, no avançado. Entre 4,26 e 5, no avançado
superior. Quem obtiver menos de 2 pontos não conseguirá a
aprovação.
Para
obtenção do certificado, o participante deve realizar as
provas das duas partes do exame. A ausência em qualquer uma delas
acarretará a eliminação automática, sem direito
à restituição da taxa de inscrição.
O Celpe-Bras
é o único documento brasileiro de proficiência em
português como língua estrangeira reconhecido e aceito
oficialmente em empresas e em instituições de ensino, para
ingresso em cursos de graduação e em programas de
pós-graduação. O exame é elaborado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
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Editoriais
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Fuga de
professores
Antônio Gois - O Globo -
20/04/2014 - Rio de Janeiro, RJ
Maioria dos alunos
que ingressam em licenciaturas de física, biologia,
matemática e química não conclui o curso
Ao investigar a
base de dados do Censo da Educação Superior no Brasil, a
pesquisadora Rachel Pereira Rabelo descobriu um dado inédito e
preocupante: dos alunos que ingressaram em 2009 nos cursos de licenciatura
em física, biologia, matemática e química, apenas uma
minoria consegue concluir o curso. A situação mais
preocupante está em física, onde somente um em cada cinco
(21%) estudantes obtém o diploma. Em matemática e
química, a relação é de apenas um em cada
três universitários (34% em ambos os cursos). Em biologia, a
taxa é de 43%.
Os dados constam
de sua dissertação de mestrado na Escola Nacional de
Ciências Estatísticas do IBGE. Rachel, que é
também servidora do Inep (instituto vinculado ao MEC
responsável pelas avaliações e censos educacionais),
conseguiu trabalhar pela primeira vez com dados longitudinais dos
estudantes, ou seja, pôde acompanhar até 2013 a
trajetória de uma mesma geração de alunos que
ingressou nesses cursos cinco anos antes. Isso só foi
possível porque, a partir de 2009, os dados do censo permitiram
identificar cada universitário em todo o seu percurso
acadêmico.
Além de uma
minoria de alunos conseguir se diplomar nessas licenciaturas, a tese mostra
que, desses poucos que se formam, a maioria, uma vez no mercado de
trabalho, acaba desistindo da profissão e migra para outras
ocupações, possivelmente em busca de melhores
salários.
O olhar de Rachel
para essas quatro licenciaturas se justifica porque elas estão entre
as de maior déficit de professores em sala de aula. A tese mostra
que somente 20% dos profissionais que dão aulas de física no
país possuem formação adequada para esta disciplina.
Esses percentuais são um pouco maiores nos casos de química
(35%), biologia (52%) e matemática (64%).
Outro dado que
revela o tamanho do problema nessas áreas é o percentual de
alunos na educação básica que não tiveram
professores nessas disciplinas. Em 2013, de acordo com o Censo Escolar, um
terço das turmas do ensino médio não tiveram docentes
de biologia (33%), química (35%) ou física (36%) para dar
aulas. Em matemática, a proporção foi de 25%.
Ou seja, uma
parcela nada desprezível de nossos jovens têm
formação precária nessas disciplinas porque sequer
havia professor com titulação adequada para dar aulas.
O problema
não é novo, e, nos últimos anos, o Ministério
da Educação tentou combatê-lo estimulando a
criação de novos cursos ou tentando atrair mais alunos para
essas áreas de formação de professor, oferecendo
bolsas e outros incentivos tanto para professores já em
atuação, mas com formação inadequada, quanto
para novos alunos que pretendem seguir a carreira docente.
Esse
esforço, até agora, tem se mostrado insuficiente para dar
conta do desafio. Com base nas taxas de ingresso, conclusão, e em
componentes demográficos e do mercado de trabalho, Rachel fez
projeções do número de professores em sala de aula
até 2028. Elas indicam que o problema é mais preocupante em
física e matemática, pois, mesmo no cenário mais
otimista, a estimativa é de que chegaremos em 2028 com um
número menor de professores até do que o verificado hoje
nessas duas áreas.
Ao fim, a
conclusão do estudo é de que seria muito mais eficiente
desenvolver políticas para evitar a evasão nesses cursos do
que priorizar a ampliação do número de vagas. É
como se estivéssemos insistindo em colocar mais água numa
banheira com vazamentos por todos os lados.
Os desafios para a
democratização da educação superior
pública
Daniel Cara - UOL Educação
- 16/04/2015 - São Paulo, SP
Na última
sexta-feira (10/4) estive no auditório da reitoria da Unifesp
(Universidade Federal de São Paulo) para debater a
situação das universidades públicas (leia mais sobre o
evento aqui).
Logo após
as eleições de 2014, defendi em artigo que as
políticas de democratização do acesso à
educação ajudaram a eleger Dilma – e também o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
O povo brasileiro
valoriza a escolarização. Mas se antes a
população demandava acesso à educação
secundária (ensino médio, o antigo colegial), desde os anos
1990 ela começar a almejar o ensino superior. É uma
reivindicação justa, lógica e com enorme potencial
para o desenvolvimento da sociedade brasileira.
Democratizar o
ensino superior, especialmente o público, é medida correta e
urgente. Demorou muito, mas enfim a questão social chegou às
universidades públicas. Para estudarem, além de boas aulas,
convivência acadêmica, oportunidades no desenvolvimento de
pesquisas e interlocução com a sociedade, uma boa parte dos
novos alunos necessita de políticas de auxílio e
assistência estudantil.
Ou seja,
não se trata apenas de aumentar vagas, embora o esforço de
expansão seja marcadamente meritório. É
imprescindível também criar meios para viabilizar transporte,
alimentação e moradia estudantil. Além, é
claro, de boas instalações, bons professores, bons
laboratórios, boas bibliotecas, incentivo à pesquisa,
disponibilização de insumos pedagógicos, etc.
Na reitoria da
Unifesp, uma faixa verde levada pelos alunos concluía: “nenhum
direito a menos”. Questionada, a reitoria explicava detalhadamente
medidas relativas ao bandejão (alimentação
universitária), moradia, falta de recursos pedagógicos,
calendário de obras, etc. Não é a toa que as demandas
eram muito próximas das reivindicações empunhadas
pelos jovens nas jornadas de junho de 2013. Aumenta a pressão pela
qualidade dos serviços públicos. É uma nova etapa da
nossa democracia, talvez a mais difícil e necessária.
Com um novo modo
de discursar, os alunos argumentaram que a ausência de
políticas adequadas de auxílio e assistência estudantil
gera abandono e evasão. Como consequência, muitos projetos de
vida ficam inviabilizados; e também a sociedade brasileira deixa de
ter o benéfico do investimento feito na formação
daqueles alunos que, sem alternativas, desistem. Ou seja, todos
perdem.
Como resultado dos
debates do dia, ficou evidenciada a necessidade de unir forças. O
PNE (Plano Nacional de Educação) demanda a
criação de cerca de 2 milhões de matrículas em
instituições públicas de ensino superior. Além
do acesso, o objetivo do plano é manter e aprimorar a
qualidade.
Para organizar o
trabalho, a ideia foi estabelecer um amplo “Fórum em Defesa da
Educação Superior Pública``. Como norte, está
sendo redigido um manifesto com o objetivo imediato de evitar os cortes
orçamentários nas políticas públicas
educacionais.
A
estratégia é fazer desse documento uma plataforma comum de
orientação e negociação perante os governos
federal e estaduais, especialmente no contexto atual de crise
arrecadatória e econômica.
Os pessimistas
dirão que é pouco, mas o primeiro passo sempre é o da
articulação de esforços com base em princípios
e programas. O princípio geral é o da
democratização da educação superior
pública com qualidade. O programa é que isso seja feito
garantindo condições de acesso e permanência dos
estudantes, excelência na pesquisa e uma ampla agenda de
extensão.
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