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Clipping Educacional

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Mar 31, 2015, 11:15:40 AM3/31/15
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Terça feira, 31 de março de 2015

Matérias de Hoje

O Tempo - 31/03/2015 - Belo Horizonte, MG
Eles pretendem voltar a porta da escola Glória Marques Diniz nesta terça e impedir a entrada de professores durante outra manifestação
UOL Educação - 30/03/2015 - São Paulo, SP
Prática antiga, jeito novo
Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG
As datas de realização das provas variam conforme a etapa da educação básica
O Globo - 31/03/2015 - Rio de Janeiro, RJ
Escolas não recebem repasses do governo desde novembro
Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG
As crianças e jovens atendidos pelo projeto acabam seguindo carreira na música após completar a educação básica
UOL Educação - 30/03/2015 - São Paulo, SP
Em meio à greve dos professores da rede estadual de educação de São Paulo, o governo estadual prometeu encaminhar projeto de lei que estende a assistência médica aos professores temporários
Porvir - 30/03/2015 - São Paulo, SP
Gregory Light, diretor da Northwestern University, nos EUA, pede uma mudança de postura de professores
Revista Veja - 30/03/2015 - São Paulo, SP
Candidatos podem conferir lista preliminar e interpor recursos caso necessário. O resultado final será divulgado no dia 17 de abril
Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG
Pelo menos 60% dos recursos devem ser usados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais

Editoriais, artigos e opiniões

UOL Educação - 31/03/2015 - São Paulo, SP
Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG

Matérias

Escolas estão sem professores e pais de alunos fazem manifestações

JULIANA BAETA - O Tempo - 31/03/2015 - Belo Horizonte, MG

Pelo menos 20 escolas municipais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, sofrem com a falta de professores. Às 13h desta segunda-feira (30) pais de alunos se mobilizaram em uma manifestação na frente da escola Glória Marques Diniz, no bairro Nacional, e às 17h um novo protesto começou na frente da escola Maria do Amparo, no bairro Industrial.

A dona de casa Rosângela Silva, de 38 anos, que tem seu filho matriculado na escola Glória Marques Diniz reclama: “A situação na escola está sem controle. Não tem professores para dar aula, só hoje, três turmas ficaram sem aula por causa disso. O turno da manhã está feito em rodízio, e muitos alunos ficam sem aulas em vários dias. As aulas começaram no dia 19 de fevereiro, nós já estamos em março, e nada foi resolvido. Eles disseram que estão fundindo as turmas, mas algumas salas já estão ficando superlotadas”.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sind-Ute) Contagem, Gustavo Olímpio, diz que a categoria vai recorrer ao governo para que novos professores assumam os lugares vagos. “Tivemos uma reunião hoje às 9h com a Secretaria Municipal de Educação, mas nada foi resolvido. Eles só nos apresentaram alguns números e alegaram que estão em processo de distribuição de professores. Na nossa pauta de reivindicação, a gente exige do governo que seja criado um concurso público imediato para suprir essa demanda por professores”, diz.

Alguns pais de alunos que estiveram no protesto da escola Glória Marques Diniz decidiram voltar a escola nesta terça-feira (31) às 6h e impedir a entrada dos professores, enquanto outros manifestantes irão para a prefeitura de Contagem. Eles também avisam que irão colocar fogo em pneus para impedir a passagem de ônibus pelo local.

Por meio de nota, a Secretaria Educação de Contagem (Seduc) informou que tem se esforçado para evitar a falta de professores nas escolas municipais e que em 2015 já foram contratados 336 profissionais para atuar nas unidades, sendo a maioria deles, professores, e que nesta terça serão convocados mais 88.

A Seduc também informou que ainda está reorganizando as turmas de algumas escolas onde foi constatado o esvaziamento de estudantes e que constatou que em algumas escolas existem turmas com cerca de 12 alunos, “número bem baixo ao parâmetro estipulado pelo Ministério da Educação que é de 28 a 30 alunos”.

Novas tecnologias levam carona solidária a estudantes e pais

Estadão Conteúdo - UOL Educação - 30/03/2015 - São Paulo, SP

Para evitar o trânsito, economizar combustível e até fazer novos contatos, estudantes de colégios e universidades de São Paulo têm recorrido às chamadas caronas inteligentes. Além das costumeiras `camaradagens` entre pais ou colegas, agora eles usam sites e aplicativos que auxiliam no processo.

O Colégio Bandeirantes, na zona sul de São Paulo, foi pioneiro. A instituição adotou neste mês uma plataforma que interliga os pais por proximidade física e idade dos filhos. A tendência é que o sistema se expanda para pelo menos outras seis escolas, que já se cadastraram, como o Santa Cruz e Piaget, ambos da capital, mas que ainda não o implementaram.

A proposta já teve adesão de grande parte dos pais, segundo o colégio. O perfil dos usuários é o dos que enfrentam dificuldades com o rodízio de placas, horários variados de saída dos filhos ou até mesmo a demora do trajeto que hoje fazem as peruas escolares. `Agora tenho a possibilidade de encontrar outros pais cujos horários batem com os das minhas filhas`, disse a funcionária pública Gláucia Cotait, de 49 anos, mãe de gêmeas.

Hoje, as meninas vão ao Bandeirantes com a perua, mas devem aderir ao sistema. A principal reclamação de Gláucia é o horário diferenciado - às vezes uma sai mais cedo do que a outra e precisa ficar esperando.

Como os registros são feitos com a matrícula dos alunos, o sistema é fechado somente a quem realmente estuda no local. O primeiro passo, no caso do site Caronetas, adotado pelo Bandeirantes, foi realizar um mapeamento de endereços dos pais para identificar quais moravam em um mesmo bairro.

A analista de marketing Regina Jorge, de 43 anos, já oferece e recebe caronas mesmo antes de o Colégio Piaget, na zona norte, implementar o uso do site. Além de levar seu filho Leonardo à escola, dá carona a dois colegas do garoto. Em dias alternados, os pais desses colegas levam Leonardo para a escola. A expectativa é que o sistema encoraje outros pais. `Há menos carros nas ruas, ainda mais em uma região complicada como a do colégio, em uma travessa da Avenida Imirim. Também ajuda os alunos a conhecer colegas de outras classes e outras idades`, comentou.

Prática antiga, jeito novo

Nas universidades, as redes sociais sempre tiveram grupos para encontrar carona. A novidade é a `sistematização` e a tentativa de se criar mais segurança com os aplicativos. O preparador físico Ronaldo Finotti, de 45 anos, aproveitou sites como o Tripda para pedir e oferecer as caronas que já adotava desde a graduação. Morador da zona norte, ele oferece pelo site viagens para universitários da Unicamp e da Puccamp, em Campinas, uma vez que trabalha na cidade com uma equipe profissional de vôlei.

O valor que cobra pelas viagens (R$ 17) serve para custear o combustível e o pedágio. `É ótimo porque tem companhia, tem assunto na viagem`, afirmou Finotti.

A coordenadora de marketing Daiane Rocha, de 23 anos, também já pegava caronas na graduação, quando se deslocava de Alphaville, região metropolitana, até a faculdade Anhanguera, na região central da capital. Agora as oferece. `Fiz vários amigos em caronas na faculdade que hoje também estão na área e até ajudam e tiram dúvidas. Posso dar carona a um estudante que daqui a pouco vai ser profissional.`

Inscrições para as provas no exterior vão até 15 de abril

Assessoria de Comunicação Social com informações do Inep - MEC - Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG

Estão abertas até 15 de abril próximo as inscrições para o Exame Nacional de Certificação de Competências (Encceja) de 2015. O exame é destinado àqueles que não puderam concluir os estudos na idade apropriada. Podem fazer a inscrição para esta edição os brasileiros residentes no exterior e pessoas privadas de liberdade (Encceja PPL) no Japão.

Organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o Encceja no exterior terá provas em Ota, Hamamatsu e Nagoia, no Japão. Na Europa, o exame será realizado em Portugal, Bélgica, Espanha, Reino Unido e Suíça. Nas Américas do Sul e do Norte, os inscritos farão as provas na Guiana Francesa e nos Estados Unidos, respectivamente.

As datas de realização das provas variam conforme a etapa da educação básica. Para o ensino fundamental, em 30 de maio, nos turnos matutino e vespertino. Para o ensino médio, em 31 de maio, também de manhã e à tarde.

Para concorrer ao certificado de conclusão do ensino fundamental, o candidato deve ter no mínimo 15 anos completos na data de realização das provas. Quem pretende obter o certificado do ensino médio deve ter a idade mínima de 18 anos completos. Aqueles que já participaram de edições anteriores (2011, 2013 ou 2014) devem informar o número do passaporte para fins de certificação.

Os gabaritos das questões objetivas serão divulgados na página do Inep na internet até o décimo dia útil seguinte ao de realização do exame.

PPL — A inscrição dos submetidos a penas privativas de liberdade no Japão ficará a cargo do responsável no Consulado-Geral, em Tóquio. O período para cadastramento no sistema, aberto nesta segunda-feira, 30, vai até 15 de abril, pela internet. As provas do PPL serão realizadas de 1º a 12 de junho próximo, em unidades prisionais da jurisdição do Consulado-Geral em Tóquio.

Mais informações sobre o Encceja no exterior e para os privados de liberdade no Edital do Inep nº 3, de 25 de março de 2015, publicado no Diário Oficial da União do dia 26 último.

As inscrições devem ser feitas na página do exame na internet.

Verba atrasada causa suspensão de aulas do Pronatec

O Globo - O Globo - 31/03/2015 - Rio de Janeiro, RJ

Atrasos no repasse de verbas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já causam interrupção nas aulas ministradas em escolas particulares. As unidades estão sem receber os valores referentes à manutenção dos cursos feito em parcelas mensais desde novembro do ano passado. O ministério da Educação (MEC) informou que já está providenciando os pagamentos.

De acordo com a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios, todas as instituições que oferecem os cursos pelo programa estão enfrentando a situação.

— Está tudo muito confuso. O governo pagou a parcela referente a outubro só em fevereiro deste ano. Novembro e dezembro seguem em aberto, enquanto janeiro, fevereiro e março não têm qualquer notícia — relata, sobre as parcelas que deveriam ser pagas em até 45 dias.

Segundo ela, algumas instituições chegaram a pegar empréstimos, mas outras não conseguem mais arcar com os gastos. Além disso, diante do quadro de incerteza, há unidades que deixaram de abrir novas vagas.

— Vamos fazer uma reunião com todas a empresas no próximo dia 8, em Brasília, para debater a situação. Em seguida, vamos buscar uma cobrança no âmbito judicial — afirma. — Tememos que essas unidades comecem a perder a saúde financeira por terem acreditado no programa.

No Centro de Educação Profissional Futura, em Guarapuava, no Paraná, as dez turmas de quatro cursos do Pronatec somam 220 alunos e estão com as aulas suspensas desde o último dia 23.

— Tínhamos um repasse médio mensal de R$ 85 mil. Recebemos apenas a parcela de outubro, no mês de fevereiro. Somando tudo, os atrasos já passam de R$ 200 mil. Dependemos dessa verba para pagar professores e cobrir nossos gastos — relata o diretor do centro, Marcos Aurélio de Mattos, que relatou que o Ministério da Educação não responde a e-mails enviados e não dá previsão de quando a situação será normalizada.

No Facentro, em Porto Alegre, onde 200 alunos compõem as turmas de Logística, as aulas ainda não foram suspensas. Mas o diretor da unidade, Rui Ramos, acredita que situação não se sustentará por muito tempo.

— Por enquanto, estamos bancando professores e material didático com nossos próprios recursos. Mas conseguiremos continuar assim por apenas mais alguns meses — avalia o diretor da escola, que recebia um repasse mensal de aproximadamente R$ 30 mil.

Já o Senai afirmou que não teve problemas e que os repasses estão sendo feitos de acordo com os prazos estabelecidos.

Por meio de nota, o MEC informou ter liberado em fevereiro R$ 119 milhões para pagamento das mensalidades das instituições privadas. Semana passada, a pasta liberou cerca de R$ 200 milhões referentes ao repasse de mais duas mensalidades. Os procedimentos de pagamento estão em tramitação e as instituições já podem consultar os valores. Segundo o órgão, os repasses vão regular o fluxo.

Cidade fluminense investe em projeto de música nas escolas

Letícia Tancredi - Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG

O município de Barra Mansa (RJ) é hoje conhecido no cenário musical brasileiro por ter uma das mais conceituadas orquestras sinfônicas do país. Além disso, grupos, bandas e corais da cidade participam de diversas apresentações e campeonatos, tanto nacionais quanto internacionais, e ganham prêmios com frequência. Isso porque, há 12 anos, a prefeitura decidiu investir em um projeto de música nas escolas, que atualmente atende a 22 mil estudantes em 72 unidades de ensino municipais e cinco estaduais.

O projeto foi concebido por Vantoil de Souza Júnior, maestro da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. Em 2003, o regente percebeu que educação e cultura eram dissociadas na cidade. Decidiu então ajudar a mudar esse quadro. Com a experiência de ter atuado como controlador municipal, ele analisou o orçamento da educação e propôs uma melhor utilização dos recursos, de modo a destinar uma parte ao programa de formação musical nas escolas.

Vantoil lembra que os recursos iniciais do projeto, naquele ano, foram de R$ 70 mil, para compra de equipamentos e capacitação de professores em duas escolas, com 300 alunos. Hoje, o orçamento do programa está em R$ 7 milhões, incluídos patrocínio e parceria de diversas empresas, órgãos e entidades. O atendimento é de 100% da rede municipal, que abrange educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos. A maior parte das escolas (87%) está localizada na periferia da cidade. Localizada no Sul Fluminense, Barra Mansa tem 177,8 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2010 do IBGE.

Carreira — As crianças e jovens atendidos pelo projeto acabam seguindo carreira na música após completar a educação básica. Vários deles, segundo Vantoil, fazem graduação e pós-graduação na área. Outros tornam-se profissionais dos grupos da cidade e de fora. “Sei que não vou ter 22 mil músicos, mas certamente terei 22 mil pessoas educadas, atentas, concentradas e disciplinadas, em boa parte por causa da música”, afirma.

O regente considera a experiência bem-sucedida, em especial por ter reduzido a ociosidade dos estudantes de baixa renda. “Conseguimos diminuir a delinquência infanto-juvenil, melhorar o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) das nossas escolas, dar visibilidade ao município no cenário musical, aumentar o turismo e gerar renda”, afirma.

O caso de Barra Mansa será apresentado no 1º Congresso Internacional de Gestão da Inovação no Setor Público (Cigisp), de 15 a 17 de abril, em Brasília. O evento tem por objetivo compartilhar experiências práticas de sucesso relacionadas à educação e à administração pública. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas na página do Cigisp na internet.

Alckmin promete melhorias para professores temporários em SP

Estadão Conteúdo - UOL Educação - 30/03/2015 - São Paulo, SP

Em meio à greve dos professores da rede estadual de educação de São Paulo, o governo estadual prometeu encaminhar projeto de lei que estende a assistência médica aos professores temporários. A pauta é reivindicação antiga da categoria. Em 2013, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou a vetar um projeto de lei com a mesma proposta.

O texto, que será encaminhado à Alesp (Assembleia Legislativa), estabelece a inclusão dos docentes na rede de atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).

A SEE (Secretaria Estadual de Educação) afirmou ainda que quer mudar o regime de contratação dos temporários. Atualmente, a partir do terceiro ano de atuação dos professores temporários, é necessário esperar 200 dias para uma nova contratação. Em estudo, a pasta fala em mudar o prazo para 40 dias, agilizando a convocação dos profissionais.

Na terceira semana em greve, os professores e o maior sindicato da categoria (Apeoesp) estão reunião com a pasta nesta segunda-feira, 30. A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 75,33%, para equiparação a outras categorias que têm ensino superior.

Entender aprendizado para mudar a universidade

Vinicius de Oliveira - Porvir - 30/03/2015 - São Paulo, SP

Gregory Light, diretor do Searle Centre para Ensino e Aprendizado Avançados da Northwestern University, de Illinois, nos Estados Unidos, provocou professores a mudarem seu entendimento do que significa aprendizado no mundo atual como forma de transformar o ensino superior. O especialista participou do encontro internacional sobre inovação acadêmica e aprendizagem ativa do Consórcio STHEM Brasil (iniciais em inglês de ciências, tecnologia, humanidades, engenharia e matemática), que reúne 31 instituições brasileiras de ensino superior, realizado na última sexta-feira, em São Paulo.

Para ilustrar sua ideia, Light contou uma pequena história de uma recente viagem à Palestina para realizar oficinas com professores e gestores universitários. Um taxista que não falava uma palavra de inglês o levaria até o aeroporto de Tel Aviv em uma viagem de 200 km, mas um posto de controle do exército israelense fez com que o carro tivesse que dar meia volta. A todo o momento, o taxista fazia ligações e perguntava sobre qual direção tomar até que, em um determinado momento, estacionou à beira da estrada e pediu para que descesse e esperasse um outro táxi.

“Eu estava no meio do nada na Palestina e percebi que era um homem de sorte. E só notei isso porque o taxista tinha pensamento crítico para resolver os problemas e achar soluções quando viu que não conseguiria passar pelo primeiro posto de controle”, disse. O professor descreve que foi somente graças aos contatos com moradores locais e à mentoria recebida ao telefone que conseguiu chegar à estrada certa e pegar o voo a tempo.

Ao comparar essa experiência na estrada com o que acontece nas salas de aula de universidades mundo afora, Light lembrou das queixas de colegas. “Em 50 anos, não houve muita mudança. Há mais tecnologia, mais estudantes chegando ao ensino superior, mais diversidade de gênero e pessoas vestindo roupas coloridas. Mas a pedagogia não muda”, analisa.

Light lançou então algumas hipóteses levantadas em suas pesquisas sobre o que acontece na mente do professor para barrar mudanças ou ajudar na transformação do modo de dar aula. Uma delas mostrava que professores entendem que ensinar significa dar aos estudantes uma enorme quantidade de informação, ou seja, repassar fatos. Uma outra abordagem apontava que, na visão de professores, alunos julgam importante que alguém experiente transmita conhecimento do jeito que dizem os livros. Uma terceira veio de professores que julgam importante participar como mentor e permitir aos alunos criar e reconstruir o conteúdo por si mesmo.

“Eles podem não saber, mas seguem as palavras de Paulo Freire”, disse Light, citando em inglês a frase: “Uma educação que estimule a alegria de criar e o prazer do risco, sem o qual não há criação”. Foi a deixa para o diretor da Northwestern University ressaltar que, para professores, é importante arriscar. “Não são apenas os métodos, mas o entendimento do que é ensinar que também precisa mudar. Quando professores entenderem que a função do aprendizado é criar pensamento crítico em alunos, tudo muda”, explica.

Para reforçar sua ideia, lembrou ainda de uma outra pesquisa, desta vez envolvendo 50 professores, que foram questionados sobre seus projetos de pesquisa. “Perguntamos se viam essa atividade como um processo de aprendizagem”, disse Light. “Eles disseram que sim e usaram essas palavras para descrever: aprendizado profundo, pensamento crítico, método analítico, poder de entender, desafiador, possibilidade de conectar com outras pessoas, etc”.

Em seguida, a pergunta foi repetida para que avaliassem o curso que davam a seus alunos. As respostas incluíram “acho que sim”, “não sei” e “não quero saber”. Um dos pesquisados, segundo Light, disse que estudantes precisam aprendem o básico, seja dos professores ou dos livros. Outros disseram que apenas reproduziam a própria experiência de aprendizado que tiveram.

Light terminou sua exposição dizendo que a percepção é que problema não é o jeito que o professor ensina, mas o que significa aprendizado. “Existe um aprendizado para alunos e outro para professores, e juntar esses dois tipos é o maior desafio que vivemos atualmente”, diz. E conclui: “Se quisermos fazer das universidades um lugar de aprendizado real, precisamos do pensamento de Paulo Freire, que empodera a todos, sejam alunos ou professores”.

OAB divulga lista de aprovados para a 2ª fase do XVI Exame de Ordem

Da redação - Revista Veja - 30/03/2015 - São Paulo, SP

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nesta segunda-feira o resultado preliminar da 1ª fase do XVI Exame de Ordem, que foi realizado no dia 15 de março. Os candidatos poderão interpor recurso contra o resultado a partir das 12h da próxima terça-feira, 31. O resultado definitivo está previsto para o dia 17 de abril.

A prova da primeira fase foi de múltipla escolha. Conteve 80 questões e exigiu conhecimento nas disciplinas integrantes do currículo do curso de direito, como código do consumidor, direitos humanos, estatuto da criança e do adolescente, direito ambiental, bem como estatuto da advocacia e da OAB, seu regulamento geral e código de ética e disciplina da OAB. Para ser aprovado, o candidato teve que acertar no mínimo 50% das questões.

A segunda fase do exame será realizada no dia 17 de maio e consiste em uma prova prático-profissional que também terá a duração de cinco horas. Os candidatos terão de elaborar uma redação e solucionar quatro situações-problemas dentro da área de opção escolhida na hora da inscrição.

A prova é obrigatória para bacharéis em direito que querem exercer a profissão da advocacia em território nacional.

FNDE repassa R$ 773 milhões de complementação ao Fundeb

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG

Estarão disponíveis a partir desta terça-feira (31) os recursos referentes à terceira parcela de 2015 da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Responsável pelo repasse, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transferiu R$ 773,1 milhões a estados e municípios beneficiados na última sexta-feira (27).

Principal fonte de financiamento da educação básica pública, o Fundeb é formado por percentuais de diversos impostos e transferências constitucionais, a exemplo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Conforme a lei que instituiu o Fundeb, a União transfere recursos aos estados e respectivos municípios que não alcançam com a própria arrecadação o valor mínimo nacional por aluno estabelecido a cada ano – em 2015 esse valor é de R$ 2.576,36. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

Pelo menos 60% dos recursos devem ser usados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais. O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, compreendendo, entre outras ações, o pagamento de outros profissionais ligados à educação, bem como a aquisição de equipamentos e a construção de escolas.

Sobre o Fundeb

É um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual formado, na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação.

Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente.

Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica.

Editoriais

Renato Janine Ribeiro e o desafio do pacto federativo na educação

Daniel Cara - UOL Educação - 31/03/2015 - São Paulo, SP

O PNE revê o pacto federativo na educação, a partir do CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial). O prazo para implementá-lo é junho de 2016. A partir dai, o Governo Federal terá que participar mais do financiamento da educação básica.

Após o anúncio, foi grande a repercussão de Renato Janine Ribeiro como novo titular do MEC (Ministério da Educação). Além de me surpreender positivamente com a escolha, neste espaço e nos jornais “Folha de S. Paulo”, “Estado de S. Paulo” e o “O Globo” defendi a centralidade da implementação do PNE 2014-2024 (Plano Nacional de Educação) como prioridade para o novo ministro.

Em matéria educacional e pelos próximos 10 anos, cumprir este plano é uma obrigação para todos os gestores públicos que atuam na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. É o que determina o artigo 214 da Constituição Federal, além do compromisso firmado pela própria Lei 13.005/2014, que estabelece o PNE.

No entanto, implementá-lo não é trivial. Em seus 26 discursos desde a posse, a presidenta Dilma Rousseff sequer mencionou o PNE. E isso é uma contradição: o novo plano foi sancionado por ela mesma, sem vetos, em junho de 2014. Ademais, ao eclipsar o PNE, Dilma enfraquece o lema de seu segundo mandato: “Brasil: pátria educadora”.

O principal motivo do escanteamento é simples: o PNE demanda uma revisão federativa dos investimentos em políticas públicas educacionais. Em fevereiro de 2012, quando Mercadante tinha acabado de assumir o MEC, publiquei na Folha de S. Paulo o artigo “Mais dinheiro federal na educação básica”. Ali demonstrava que a União, maior e mais eficiente arrecadadora, deveria ter uma participação mais decisiva nos custos educacionais.

Naquele momento, segundo o último dado disponível, a cada R$1,00 investidos em educação pública, o Governo Federal colocava R$0,20. Sobrava a Estados e Municípios o restante da conta: R$0,41 e R$ 0,39, respectivamente. Em 2014, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) produziu novos dados. Contudo, a distribuição piorou: a cada R$1,00 investidos em educação pública, a União passou a colaborar com R$0,18, cabendo aos Estados uma participação de R$0,40 e aos Municípios, R$0,42.

Para corrigir essa discrepância, o PNE elegeu o CAQi (Custo Aluno-Qualidade Inicial) como primeiro mecanismo de equilíbrio federativo. Criado e desenvolvido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação desde 2002, o CAQi foi aprovado nas edições de 2010 e 2014 da Conae (Conferência Nacional de Educação). Ele busca materializar o direito de brasileiros e brasileiras a escolas públicas com professores condignamente remunerados, estimulados por uma política atrativa de carreira, formação continuada e turmas com o número adequado de alunos. Além disso, todas as unidades escolares devem ter bibliotecas, laboratórios de ciências, laboratórios de informática, quadras poliesportivas cobertas e acesso à Internet de banda larga.

O CAQi está amplamente amparado na legislação nacional. É estabelecido em estratégias da meta 20 do PNE (financiamento da educação), mas também está alicerçado nos artigos 205, 206 e 211 da Constituição Federal, além do inciso IX do artigo 4º da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Em síntese, o CAQi concretiza o padrão mínimo, digno e necessário de qualidade do ensino.

Segundo o novo plano educacional, o prazo para implementação do CAQi é junho de 2016. Em um contexto de crise arrecadatória e econômica, será preciso estabelecer critérios de transitoriedade e prioridade para a distribuição dos novos recursos a serem transferidos da União para Estados e Municípios.

Em outras palavras, caberá ao novo ministro e sua equipe negociar com seus colegas da área econômica (Fazenda e Planejamento), além de governadores, prefeitos, entidades da sociedade civil, gestores educacionais, conselheiros de educação, sindicatos e parlamentares. E a base da conversa deve ser institucional: as Leis precisam e devem ser cumpridas.

Sem dúvida o desafio é complexo e o contexto é um dos mais difíceis, mas como concluí no artigo de 2012, “até o momento, nenhum ministro da Educação quis ou soube enfrentar a espinhosa agenda para regulamentar`` o pacto federativo na área. O desafio permanece. Agora está com Renato Janine Ribeiro.

BABÁ OU PROFESSORA? DILEMA CRUEL

ANTONIO VASQUES, Pós Doutor em Educação. - Revista Gestão Universitária - 30/03/2015 - Belo Horizonte, MG

O piso salarial do magistério foi reajustado em 13,01% em janeiro de 2015, conforme determina o artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O vencimento inicial dos profissionais do magistério público da educação básica, com formação de nível médio modalidade normal, com jornada de 40 horas semanais, em 2015 é de R$ 1.917,78 O piso foi criado em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal, no artigo 60, inciso III, alínea e do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Levantamento do mês corrente da Consultora Catho do salário médio nacional de várias categorias profissionais (publicado neste Jornal no domingo, dia 15) revela que uma babá, com remuneração de R$ 3.500,00 percebe quase o dobro de um professor (aliás, professora, pois 82% dos mestres no ensino fundamental são do sexo feminino), com salário de R$ 1.800. Muito mais do que o dobro, pois geralmente tem alimentação e transportes pagos por fora.

No final do gráfico da Catho estão os garis, com salário de R$ 1.500,00, um pouco abaixo dos salários pagos aos professores.

Enquanto nossos filhos são formados por uma categoria muitíssimo mal remunerada, o mesmo professor de ensino fundamental percebe US$ 18 mil anuais no Chile (R$5.250, mensais), US$ 29mil (R$8.502) em Portugal, US$36mil nos Estados Unidos (R$10.500), na Alemanha US$50 mil (R$14.585) e, na média da OCDE, US$ 29mil ou o correspondente a R$8.578! E em todos esses países o ensino fundamental é de muito melhor qualidade que o brasileiro. Pelo simples fato de, nesses países, ser professor atrai uma parcela significativa de jovens de alta escolaridade.

Esses dados servem para desmitificar o argumento usado pelos planejadores educacionais de que o salário do professor não é o problema principal do ensino fundamental e, sim, a gestão do sistema municipal de educação.

O baixíssimo salário de nossos professores é o principal problema de nosso sistema educacional, sim! Esconder esta cruel realidade é um crime de lesa pátria. Elevar os salários de nossos mestres pelo menos ao nível médio da OCDE deve ser prioridade URGENTE. E implantar uma carreira de Estado para os nossos mestres. Assim como a federalização do ensino fundamental, livrando-o da má gestão de prefeito corrupto, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2013, de autoria do senador Cristóvão Buarque que responsabiliza a União pelo financiamento da educação básica pública.

“Escola é professor, o resto é acessório” diz com muita propriedade o educador Ariosto Holanda. Este País somente será desenvolvido, em futuro que almejo ainda distante(uma geração), quando aluno do ensino médio com excelente desempenho acadêmico escolher fazer vestibular para as licenciaturas da UECE, motivado pelos salários altos que o professor então perceberá.

A permanecer o quadro atual fica o dilema cruel: ser babá ou ser professora?

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