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Juventude de Ilhota

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Nov 26, 2011, 1:00:31 PM11/26/11
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Um agradecimento e um pedido pela Conferência Estadual da Juventude

by Juventude de Ilhota

Terminada a 2ª Conferência Estadual da Juventude, após o longo e puxado fim de semana, deitei-me em minha cama, exausto, e me perguntei: será que valeu esse esforço todo?

É fato, inquietei-me com muitas cenas que vi durante esse período, especialmente nos bastidores; mas me inquietei ainda mais com a "gurizada" que estava do "lado de lá". Segundo eles, nós que estávamos "do lado de cá", estávamos falando muito de licitações, adições, supressões, acordos, bancadas... enquanto eles chegaram a nos mandar "rasgar esses documentos", porque era "preciso inventar outro sistema".

Alguns queriam cobrir a COE de porrada, chegaram até a nos dar de dedo e fazer "paredão"; mais, chegaram até a direcionar uma moção de repúdio a nós, porque se sentiram desrespeitados. Embora minha posição me impedisse de chorar naquele momento, chorei de alegria ao lembrar de tudo aquilo. Alegria porque vi naquela revolta a cobrança de que nós não estávamos dando o melhor de nós, cobrança de que poderíamos fazer muito mais, sem nossas tradicionais "desculpas sabonetes", segundo as próprias palavras deles. Estavam exigindo de nós o DIREITO de terem uma conferência de qualidade, a qual n ão fosse um repeteco dos tradicionais congressos estudantis, marcados por grupos de trabalho esvaziados e trios elétricos de votação.

Curiosamente, nos acusaram de dar pouco tempo para os trabalhos em grupo; nos acusaram de não termos dado a devida atenção para o aprofundamento de todas as propostas que vieram dos municípios e regionais. Lembro-me, então, da manhã desse domingo, na qual um grupo (n.º 3) decidiu ir contra o cronograma do regulamento, e deram continuidade ao seu grupo a partir das 7 horas da manhã de domingo. E não pensemos que eles não se divertiram: foram à praia, fizeram festa, beijaram na boca (nossa, quanta "coisa feia"), teve gente que até caiu de skate na madrugada... e lá estavam de manhã, fazendo acontecer e cobrando o início dos trabalhos.

Na hora da votação dos delegados, sequer deixaram falar aqueles que diziam que "participar do trabalho em grupo era facultativo", que sumiram da conferência e então "apareceram" para apenas na hora de concorrer à eleição. Não poderia esperar um resultado diferente, afinal, como ousaram chamar de "facultativo" aquilo que para os jovens era o mais caro?

Esses "jovens malditos" tiraram sarro de nossa cara, fizeram piadas de nossas palestras, criticaram nossos métodos textuais. Embora não pudessem ter realizado plenamente seus desejos, fizeram um "bom estrago" na conferência. Afinal, tornou-se inesquecível a cena de perguntar: "e aí, quem vai para a mesa final"? Onde todos nós, marmanjos, parecíamos tremer na base com aquela plenária doida para nos "morder".

Descobrimos que nosso medo era "coisa de criança", pois não apenas estavam lá a tirar sarro de nossa cara, como também assistiam à contagem de delegados como se estivessem num jogo de futebol, vibrando à cada voto, acolhendo cada nova pessoa que se agregava à caravana de delegados de Santa Catarina para a etapa nacional.

Teve um jovem eleito que me disse "é a primeira vez que eu vou voar de avião", e aquilo me destruiu, me pegou de jeito. Como é que eu não pude me atentar para o significado disso? Não era apenas uma eleição de delegados, uma discussão textual... aqueles jovens que nos enfrentaram estavam crescendo, e nós com eles. Nós todos com nossas inseguranças, nossos medos, nossos vícios.

Celebrei aquele momento, em minha cama, chorando, rezando, agradecendo, lembrando... dos amigos que fiz e os que "perdi", daqueles que me abraçaram e, especialmente, daqueles que "quase me mataram". Eu demorei um tempo para entender o que tudo aquilo significava, e ainda estou entendo.

Por fim, é fato, me alonguei, mas precisava dividir essas coisas com vocês.

Obrigado por terem me confiado a missão de fazer parte da COE e auxiliar nesse processo, e ainda mais por terem respeitado minhas limitações, impulsividades.

Se não for abuso, gostaria de pedir um favor a vocês, que são "mais velhos" e estarão indo para Brasília: conversem com essa "gurizada", independente dela fazer ou não parte de sua "bancada". Para alguns deles, o que irá acontecer em Brasília é muito mais que uma simples conferência, e as coisas que vocês podem descobrir juntos não são poucas. Não precisa se preocupar em cooptar ou ser cooptado, porque a beleza da vida é a diferença, ser quem se é, do jeito que se é.

Muitas pessoas ficarão por aqui torcendo por vocês, na expectativa do que vocês levarem daqui e trouxerem de lá. Escrevam, participem, ajudem a montar o nosso Conselho Estadual de Juventude, cobrem o que é de direito de vocês.

Com saudades, de alguém que dividiu tantas inquietações e frios na barriga com vocês, e que também "tremeu na base".

Helio Rodak de Quadros Junior, Fone: (48) 8414-1646 [OI], Skype: helioqj, MSN: heli...@gmail.com

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