Este é o caso
que chocou Indianapolis (Indiana, USA) em 1965.
Gertrude Nadine Baniszewski (19 de Setembro 1929 – 16 de Junho 1990), também conhecida como Gertrude Wright e Nadine Van Fossan, era uma mulher divorciada que, com a ajuda de alguns de seus filhos e filhos de vizinhos, facilitou e comandou a tortura, a mutilação e o eventual assassinato de Sylvia Likens.
A Vida de Gertrude Baniszewski: Baniszewski nasceu em 1929. Filha de Hugh M. e Mollie M. Van Fossan, e foi a terceira de 6 irmãos. Em 1940, viu seu pai morrer de um ataque do coração. Cinco anos depois ela largou a escola, e com 16 anos se casou com o deputado John Baniszewski, com quem teve 4 filhos. John era dono de um temperamento instável, mas ainda assim o casamento durou 10 anos, acabando em
divórcio. Após um matrimonio curto com um homem chamado Edward Guthrie, Gertrude e John se casaram novamente e tiveram mais 2 filhos, antes de se divorciar permanentemente em 1963.
Baniszewski, então com 34, mudou-se com Dennis Lee Wright (23 anos), e este a violentou. Tiveram um filho, Dennis Jr., mas após seu nascimento Wright abandonou-a e desapareceu.
Sylvia Likens: Em Julho de 1965, Lester e Betty Likens, que trabalhavam em um parque de diversões, sugeriram que Gertrude cuidasse de suas duas filhas – Sylvia Marie Likens, 16, e Jenny Faye Likens, 15. Eles pagariam a ela 20 dólares por semana enquanto trabalhavam em algumas cidades do país.
As meninas passaram a frequentar a mesma escola que os filhos de Baniszewski, e todos iam juntos a
igreja aos domingos. Tudo corria bem, até que o pagamento semanal atrasou pela primeira vez, e as duas meninas apanharam de Gertrude. A partir desse dia os abusos se tornaram frequentes, juntamente de acusações de roubo e prostituição.
A Tortura começa: Em agosto de 1965, Sylvia
começou a ser agredida física e verbalmente por Baniszewski e seus filhos. Ela também era obrigada a ouvir sermões sobre a podridão das prostitutas e mulheres em geral. Depois das irmãs Likens acusarem as filhas de Gertrude, Paula e Stephanie, de serem prostitutas, o namorado da segunda, Coy Hubbard, e outras crianças tanto da escola quanto vizinhos, foram levados para ajudar Baniszewski a bater em Sylvia. Jenny Likens foi forçada pela tutora a bater em sua própria irmã.
Sylvia era diversas vezes queimada com cigarros diariamente.
Ainda em agosto de1965, Phyllis e Raymond Vermillion mudaram-se para casa ao lado da família Baniszewski e imediatamente notaram os abusos e violências contra a menina. No entanto eles não avisaram as autoridades, sem qualquer preocupação.
Certo dia, Sylvia roubou uma roupa de academia da escola, mesmo ela não podendo frequentar as aulas de Educação Física. Assim que Baniszewski
encontrou a roupa e arrancou da menina a confissão espancando-a e queimando-a com pontas de cigarros.
Depois disso Sylvia foi obrigada a deixar a escola.
Baniszewski continuou com as constantes acusações de que Likens era uma prostituta, até que um dia forçou Sylvia a se despir e inserir uma garrafa de Coca-Cola em sua vagina diante de um grupo de meninos da vizinhança.
O Porão: Após o episódio da garrafa de Coca, Likens ficou inconsciente e foi trancada por Gertrude no porão da casa. Deste dia em diante Baniszewski se empenhou em "limpar" Sylvia através de banhos com água fervendo e sal nas queimaduras. A menina ficava quase sempre nua e raramente era alimentada. Por várias vezes, Baniszewski e seu filho John Jr. (12 anos) faziam-na comer as
próprias fezes, o vômito e tomar sua urina.
Uma única vez Jenny Likens conseguiu fazer contato com a irmã mais velha, Diana Likens, através de uma carta descrevendo os horrores que ela e Sylvia estavam passando. Pediu a irmã que chamasse a polícia, mas Diana ignorou a carta acreditando que não passavam de histórias inventadas pelas irmãs por estarem descontentes com alguns castigos impostos. Dias mais tarde Diana resolveu visitar as irmãs, mas Baniszewski não permitiu que a mesma entrasse. Após tentar conversar com Jenny, escondida atrás da casa, e vê-la fugindo, Diana Likens chamou o serviço social. Sob a ameça de sofrer os mesmos maus tratos que a irmã, Jenny mentiu sobre o paradeiro de Sylvia para o assistente social, que simplesmente preencheu sua papelada dizendo que não havia necessidade de outra visitas na casa de Baniszewski.
O Assassinato: Em 21 de outubro, Gertrude mandou seus filhos, John Jr. e Stephanie, e Coy (o namorado de Stephanie) levarem Likens pra cima e amarrá-la à uma cama. Na manhã seguinte, Gertrude ficou furiosa por Sylvia ter feito xixi na cama, e resolveu castigá-la. Baniszweski esquentou um agulha de costura até a mesma ficar vermelha, e começou a escrever no abdómen da menina
“eu sou uma prostituta e estou orgulhosa disso”. Quem teve que terminar a frase foi Rick Hobbs. Terminada a queimadura, Sylvia foi forçada novamente a inserir a garrafa de Coca-Cola na vagina. No dia seguinte, Baniszewski acordou Sylvia e ditou uma carta para comprovar a suposta fuga da menina, e enviar para seus pais.Assim que terminou a carta, Baniszewski formulou um plano para fazer com que John Jr. e Jenny Likens largassem Sylvia perto de um depósito de lixo para morrer. Ao ouvir o plano de sua tutora, Sylvia saiu correndo escada abaixo tentando escapar, mas foi detida por Baniszewski assim que saiu da casa, sendo novamente jogada no porão.
Em 24 de outubro, Gertrude desceu ao porão para ameaçar bater em Linkens com uma pá larga de madeira, mas errou e acidentalmente atingiu a si mesma. Foi então que Coy Hubbard entrou e começou a bater em Sylvia feroz e repetidamente na cabeça com um cabo de vassoura, deixando-a
inconsciente no chão do porão.
Na noite de terça-feira, 26 de outubro, Baniszewski disse aos filhos que ia dar um banho em Likens, mas com água morna dessa vez. Stephanie Baniszewski e Richard Hobbs levaram Sylvia para cima e colocaram-na na banheira com roupa e tudo. Logo tiraram, colocando-a nua em um colchão no chão. Foi então que notaram que a menina não estava respirando. Stephanie tentou ressuscitá-la, mas a essa hora, Sylvia Linkens já estava morta.
Quando a policia chegou, Gertrude Baniszewski entregou a carta escrita por Sylvia dizendo que ela havia fugido. Mas Jenny Likens, também tentando fugir do mesmo destino da irmã, cochichou para um dos policiais que se ele a tirasse da casa ela contaria tudo. Seu depoimento bateu com a descoberta do corpo de Sylvia, fazendo com que Gertrude, Paula, Stephanie, Jonh Jr., Richard Hobbs e Coy Hubbard fossem presos por assassinato. Algumas crianças da vizinhança presentes no
momento (Mike Monroe, Randy Lepper, Judy Duke e Anna Siscoe) foram presos por injúria.
O Julgamento: Gertrude, seus filhos, Hobbs e Hubbard ficaram presos sem direito a fiança.
Um exame e a autopsia no corpo de Sylvia Likens revelaram inúmeros
ferimentos, queimaduras, danos nos musculos e nervos. Ela sofreu espasmos, sofrimentos, torturas, contorções de dor, e ainda mordeu o interior dos lábios arrancando pedaço. A cavidade vaginal estava fechada de tão inchada, mesmo assim um exame detalhado comprovou que o hymen de Sylvia estava intacto. Causa da Morte: inchaço no cérebro, hemorragia interna no cérebro, e choque por
danos prolongados na pele.
Gertrude Baniszewski alegou no julgamento não ter total consciência do que aconteceu a Sylvia, pois estava sob efeito de drogas. Também tomou para si toda a responsabilidade do que ocorreu em sua casa. Foi considerada culpada de assassinato em primeiro grau e sentenciada a prisão perpétua sem direito a condional. Porém, ela apelou e em um novo julgamento foi condenada a 18 anos de prisão.
Em 1985 a comunidade de Indiana ficou chocada com a notícia da condicional de Baniszewski. Jenny Likens, junto de sua família, e membros de grupos anti-crimes passaram cerca de 2 meses em uma campanha contra a liberdade de Baniszewski, e arrecadaram 4500 assinaturas de cidadãos de Indiana pedindo para que ela permanecesce atrás das grades. Todos os esforços foram em vão, e Gertrude conseguiu a condicional. Ela saiu da prisão no dia 4 de dezembro de 1985 e mudou-se para Iowa, onde morreu de cancer no
pulmão 5 anos depois.
Minha opinião… Gertrude Baniszewski era o tipo de mulher que tinha um espelho dentro de casa, olhavá-o todos os dias e não gostava nem um pouco do que via. Ela era mãe
solteira de SETE crianças, usuária de drogas e remédios tarja preta, pedófila (adorava “brincar” com as criancinhas que iam a sua casa torturar Sylvia) e completamente mal-amada. Como todos sabem, mudar não é, e nunca será, o caminho mais fácil. Então surgiram as irmãs Likens, e Sylvia deu um motivo qualquer para que Gertrude lhe causasse a dor que ela própria sentia merecer. Antes que digam besteiras, não acho que Sylvia teve qualquer culpa do que lhe aconteceu, acho que ela agiu como uma garota de sua idade sem saber com quem realmente estava lidando. Gertrude era fria, metódica e cruel, embora tivesse sim seus momentos de insanidade. E filhos de peixe, geralmente, peixinhos são!
Agora me digam, que pai e mãe no mínimo cautelosos deixam suas filhas na mão de um completa estranha? Que irmã lê uma carta contando as barbaridades pelas quais suas irmãs são submetidas e ignora para que elas não venham morar na sua casa?
Como pode um ser humano assistir uma tortura diária contra uma menina e simplesmente agir como se nada estivesse acontecendo? Para mim, Gertrude Baniszewski não foi a única culpada pela morte da menina Sylvia, porém ela foi a única que não fingiu estar chocada com este desfecho.