PRIMEIRO DEUS, DEPOIS FAMÍLIA, POR ÚLTIMO IGREJA

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Elias Nunes de Araujo

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Feb 12, 2013, 11:31:42 AM2/12/13
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É o que penso também. Só não tinha conseguido colocar em palavras escrita. 

DEUS, FAMÍLIA, IGREJA
 
A ordem das coisas na vida de um crente tem que ser: primeiro Deus; em seguida a família; em terceiro lugar a igreja.
 
Nada mais falso que essa afirmação. Onde está isso na Palavra de Deus?
 
"Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos mando?"
 
1) Porque a minha mulher não deixa não.
2) Porque as minhas responsabilidades de pai de família não me permitem.
3) Porque tenho uma agenda lotada.
4) Porque não quero causar desavenças com os meus pais.
5) Porque é minha responsabilidade atender a família antes.
6) Porque não é a igreja que paga as minhas contas e não é ela que se deita comigo de noite.
7) Porque tenho tradições a zelar.
 
Então, na filosofia politicamente correta da educação religiosa moderna, DEUS não passa de algo abstrato, de um ideal meramente simbólico, de um ícone apenas espiritual e sem muito sentido. Porque, caso fosse real, causaria um desconforto enorme, haveria conflito de poderes e de prioridades:
 
1) PRIMEIRO DEUS - Ele diz: "quem amar mais A SUA FAMÍLIA (pai, mãe, filhos etc) não é digno de mim". E agora? Primeiro Deus ou primeiro o meu pai, a minha mãe, os meus filhos etc? Isto não significa ABANDONO da família, pois daí seria incompatível com as Escrituras (Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. 1Tm 5:8)
 
2) PRIMEIRO A FAMÍLIA - Diz a Palavra: "não deixeis de congregar-vos; ou não abandoneis as vossas congregações", mas a família diz: "não iremos à igreja e você não irá nessa igreja, sua família vem primeiro". O que fazer? A quem atender? Um rapaz disse: "Deixa-me primeiro enterrar o meu pai (viver com ele até que morra, assim cumprirei meu compromisso familiar). O Senhor disse: "Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos. (Mt 8:22). Aqui não está um convite à insensatez, mas o estabelecimento de uma legítima PRIORIDADE BÍBLICA.
 
3) IGREJA SÓ POR ÚLTIMO - O valor da igreja é o menor na escala de valores dos politicamente corretos. Então precisaríamos condenar os cristãos primitivos que, por amor à igreja, que era uma expressão do seu amor por Deus, deram a vida, foram espoliados, saqueados, esquartejados etc. Por amor às igrejas Paulo dava a sua vida, sofria prisões. E seu amor pela igreja tinha uma razão: AMAVA A DEUS E ISSO PRESSUPUNHA AMAR A IGREJA DE DEUS.
 
Quem ama a Deus colocando-o em primeiro lugar de sua vida não faz essa hierarquia mental de valores, DEUS, FAMÍLIA, IGREJA. Ela não se sustenta diante da contradição entre TRÊS AMORES DISTINTOS. Seriam três senhores do coração e ninguém pode servir a três senhores. Essa filosofia é pagã.
 
A maneira bíblica de se encarar DEUS, FAMÍLIA E IGREJA É: O MEU AMOR ÚNICO AO SENHOR e, por causa disso, atenderei à demanda que Ele desejar que eu atenda. E isso Ele me mostrará na Palavra dEle, nos sinais evidentes de minha vida, na necessidade do bom testemunho, no meu cumprimento de Sua vontade. E, claro, Ele já estabeleceu papéis familiares distintos aos quais os que o amam devem apegar-se; papéis para esposas, para maridos, para filhos, para pais. Ele não se contradiz, mas na Sua hierarquia é capaz de dizer: "sai da tua terra e da tua parentela... Gn 12.1)
 
Por amar a Deus eu amo a minha família. Mas se a minha família quiser impedir-me de amá-lo, servi-lo e submeter-me à sua vontade, eu o escolherei e optarei pela sua vontade e não a da minha família.
 
Por amar a Deus eu amo a Igreja do Senhor. Ela não será minha última opção. Eu não vivo igreja como um clube de cristãos; igreja é a Noiva do Cordeiro. Logo, igreja para mim é prioridade. Servir ao Senhor em amor, congregar, repartir dons, ser fiel, tudo isso é prioridade em minha vida, porque Deus é prioridade para mim. Não cocheio entre "FAMÍLIA E IGREJA", para mim igreja é família de Deus, e a minha família faz parte de tudo isso.
 
Quando vejo os heróis da obra missionária de dois séculos atrás, deixando filhos na Inglaterra enquanto davam as suas vidas no campo missionário; quando vejo maridos ou esposas morrendo na Obra do Senhor na igreja onde serviam, nos povos a serem alcançados, quando ouço testemunhos dos nossos pioneiros no campo paulista gastando dois meses nos sertões a semear o evangelho e pregar a Palavra de Deus, regressando de quando em quando para rever família e trocar as malas de roupas, então eu vejo o que é a verdadeira prioridade de valores diante do Senhor.
 
Primeiro DEUS. Depois DEUS. Em seguida DEUS. E isto me basta.
 
Assim, por ter DEUS como centro, a Igreja do Senhor terá o meu afeto e serviço e não a verei como CONCORRENTE COM A FAMÍLIA, pois uma família cristã integra-se amorosamente em sua igreja.
 
No coração de um crente verdadeiro as instituições têm plena harmonia. No coração de um liberal, igreja é concorrente com a família e nessa disputa a família vem primeiro. Deus, no topo, não passa de um cabeçalho educado e emblemático, não uma realidade imanente.
 
Finalizando: foi por amor ao Senhor e por me envolver na igreja que tive, em 1980, que optar pelo amor e o afeto de minha mãe, meu pai e meu irmão ou o amor de Deus e de sua igreja. Ao converter-me desfiz-me dos ídolos. Minha mãe chorou e desfiliou-me de seu coração. O meu pai prometeu descarregar um 38 em meu peito caso eu me batizasse; o meu irmão deu-me um bofetão e disse que eu não era mais seu irmão. Optei por contrariá-los todos: converti-me, integrei-me na igreja e em 27 de abril de 1980 fui batizado. Resultado: por ter escolhido DEUS e não outras prioridades, meu pai, meu irmão e minha mãe converteram-se a Cristo e a nossa família tornou-se FAMÍLIA DE DEUS. Papai morreu salvo; mamãe também. Meu irmão serve ao Senhor comigo na igreja. E somos felizes!
 
É o que penso.
 
Wagner Antonio de Araújo
 


 

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