Fwd: [G. ABACLASS] sola scriptura como resposta ao ecumenismo

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Elias Nunes de Araujo

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Nov 5, 2013, 5:50:54 AM11/5/13
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A Sola Scriptura Como Resposta Ao Ecumenismo

O principal e primário embate dos reformadores contra a igreja Romana foi à questão da “sola fide” justificação pela fé somente, defendida peremptoriamente por Lutero, que afirmou que essa doutrina determina “se uma igreja está de pé ou se ela está caindo”. A outra questão de grande embate entre os reformadores e os romanos foi a “Sola Scriptura” tema que temos tratado. Somente as Escrituras e nada além dela deve ser a nossa regra de fé e conduta cristã.

Depois de quase quinhentos anos de separação houve no século passado uma tentativa de unir novamente todos os “cristãos” em torno da igreja romana, e grande parte deve-se ao advento do que tem sido chamado de ecumenismo, uma constante busca pelos pontos que “nos unem”.

Em 1994, um grupo de evangélicos e católicos romanos proeminentes assinou uma declaração intitulada: “Evangélicos e Católicos Juntos: A Missão Cristã no Terceiro Milênio”. O documento (ECJ) implicava a ação conjunta dos dois grupos para re-cristianizar a América, bem como o compromisso de um não fazer proselitismo em relação aos membros do outro. Para honrar o “compromisso”, os “evangélicos” esvaziaram as livrarias de publicações contra o romanismo, enquanto as editoras católicas publicam ampla literatura sustentando ser a igreja romana a única igreja verdadeira. O resultado tem sido o enfraquecimento das convicções evangélicas e o fortalecimento de Roma como o símbolo do verdadeiro cristianismo.

Quase vinte anos depois foi realizada no Brasil no mês de Julho de 2013, a Jornada Mundial da Juventude com a participação do “sumo-pontífice” da igreja de Roma; Papa Francisco. Sendo aprovada e tendo a participação de muitos “evangélicos”. Tendo como destacada participação o cantor Asaph Borba que declarou: “Queridos, hoje pude ver o que Deus pode fazer quando quebramos as barreiras que nos separam não apenas dos católicos, mas das vidas. Só podemos ser influência e bênção para alguém se estivermos próximos. Parece que vivemos uma GIRAD [jihad] evangélica. A transformação do Brasil sem dúvida passa pelos católicos. Hoje Cristo foi entronizado na JMJ – Rio – Sem sombra de dúvida estava no lugar certo fazendo a coisa certa – Exaltando Jesus nosso amado!”. Isso demonstra que o contexto evangélico brasileiro está cada vez mais secularizado e buscando formas para aderir ao ecumenismo.

Talvez você esteja pensando que não há nenhum mal em tudo isso, mas a resposta adequada e certa é que a verdade de Deus está em jogo, sua Glória e seu Reino. Mas quando pensamos no tema da sola Scriptura nossos olhos deveriam voltar-se tão somente para a Palavra de Deus e nos debruçarmos sobre ela e nela encontrarmos as repostas necessárias para a vida.

O catolicismo romano faz acréscimos a Palavra Suficiente de Deus, tornando-a assim inadequada e com valor inferior, assim negam a suficiência das Escrituras Sagradas. O cristão verdadeiro assuma verdade ensinada pela Bíblia que declara nos salmos que Deus elevou sobre todas as coisas o seu Nome e a sua Palavra.

No “catecismo” da igreja romana é explicitamente ensinado que “a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal modo entrelaçados e unidos, que um não tem consistência sem os outros, e que juntos, cada qual ao seu modo, sob a ação do Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas” [1].

Esta afirmação, dentre outras, coloca as Sagradas Escrituras em pé de igualdade com a tradição e a interpretação dada a ambas pelos “bispos” em consonância com aquilo que é definido pelo “substituto” de Pedro, o Papa. Isso coloca uma barreira intransponível entre os evangélicos bíblicos, e dos Católicos Romanos.

Infelizmente como fora acima citado existe um grande esforço e várias tentativas têm sido feitas no intuito de criar um ambiente propício para a fusão ou uma tolerância mútua, com um piedoso disfarce de levar-se a Palavra de Deus em conjunto para a salvação das almas.

O Dr. Robert Godfrey faz algumas asseverações que mostram a impossibilidade de aceitarmos tamanho descalabro, com uma pequena e simples observação das diferenças entre os ensinos da tradição e o das Escrituras, ele alista sete delas, que transcrevo a seguir:

(1)  A Bíblia ensina que o ofício de bispo e presbítero é igual para ambos (Tt. 1.5-7), mas a tradição diz que são ofícios diferentes.

(2)  A Bíblia ensina que todos pecaram, exceto Jesus (Rm. 3.10-12; Hb. 4.15), mas a tradição afirma que Maria, mãe de Jesus, era sem pecado.

(3)  A Bíblia ensina que Cristo ofereceu seu sacrifício de uma vez por todas (Hb. 7.27, 9.28, 10.10), mas a tradição repete o sacrifício de Cristo por meio do sacerdote na missa, sobre o altar.

(4)  A Bíblia ensina que não devemos nos inclinar diante de imagens ou estátuas (Ex. 20.4,5), mas a tradição defende a idéia de que devemos nos curvar diante delas.

(5)  A Bíblia ensina que todos os cristãos são santos e sacerdotes (Ef. 1.1; 1Pe. 2.9), mas a tradição sustenta que os santos e sacerdotes pertencem a uma classe dentro da comunidade cristã.

(6)   A Bíblia ensina que Jesus é o único mediador entre Deus e o homem (1 Tm. 2.5), porém a tradição afirma que Maria é co-mediadora com Cristo.

(7)  A Bíblia ensina que todos os cristãos devem saber que tem a vida eterna (1 Jo. 5.13), mas a tradição diz que os cristãos não podem e não devem saber que têm a vida eterna.

Tal qual disse Jesus aos fariseus, os reformadores notaram que as mesmas palavras seriam aplicáveis à sua época: “invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição” (Mt. 15.6).

Poderíamos ainda citar inúmeros outros exemplos de discrepância entre a autoridade das Escrituras e o ensino romano da tradição, inclusive o fato de historicamente não permitirem a Bíblia para ser lida no vernáculo pátrio de em todas as nações, conforme declarado pelo Papa Pio IV, em 1559;

“Uma vez que a experiência ensina que, se a leitura da Bíblia Sagrada na língua vernácula é geralmente permitida sem discriminação, mais prejuízo do que vantagem resultará por causa da ousadia dos homens, o julgamento dos bispos e inquisitores podem, de acordo com o conselho do sacerdote e confessor local, permitir traduções católicas da Bíblia para serem lidas por aqueles que se convencerem que tal leitura não causará prejuízo, mas sim aumento da fé e devoção. A permissão deve ser dada por escrito. Qualquer pessoa que leia ou tenha uma tradução em seu poder sem esta permissão, não poderá ser absolvido de seus pecados até que devolva a Bíblia”.

Já o Vaticano II afirma que a Bíblia deve ser de fácil acesso a todas as pessoas sob a supervisão da igreja, em todos os tempos...

Afinal a igreja romana reconhece qual das verdades acima citadas, qual Papa estava certo? A Bíblia é útil ou perigosa?

Os verdadeiros cristãos são àqueles que ouvem a Palavra de Deus, Sua Escritura Sagrada e nada mais, portanto não existe espaço para o diálogo, em um sentido ecumênico com os romanos, pois não crêem nela como autoridade final.

É impossível que um documento como o que fora acima citado de “evangélicos e católicos juntos” ou as palavras de Asaph Borba, possam soar como legítimos para os que crêem serem as Escrituras nossa autoridade final.

Não há possibilidade de darmos as mãos aos seguidores de Roma, este fato por si só é suficiente para não aceitarmos o ecumenismo como uma forma legítima de comunhão e celebração em conjunto ou ainda para pregarmos juntos o evangelho.

O Evangelho não pode ser adulterado ou contaminado, não pode sofrer alterações ou justaposições, não pode ser acrescido de mais nada além daquilo que o próprio Senhor nos Ensinou na Sua Santa Palavra. Assim como os reformadores devemos no voltar para “somente as Escrituras”, pois essa realidade afasta qualquer possibilidade caminharmos, em questão de fé e de verdade, junto com nossos amigos de Roma.  



[1] Cetecismo da igreja Católica, artigo 2, parágrafo 95. Ed. Vozes 1993.


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Messias Santos


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