E POR
FALAR
EM
ELEIÇÕES...
O clima no Brasil é
aterrorizante. O rolo compressor da máquina governamental estimula a dúvida
quanto aos números das pesquisas: são tantos assim a favor do atual governo e de
suas idéias? O sobe-e-desce das bolsas de valores comprova: os sintomas de uma
suposta vitória governamental no pleito transformará o país numa terra de
extremo pessimismo e desesperança. Esperança têm apenas aqueles que são
idealistas com os ideiais da situação e aqueles que vivem das verbas que a
máquina reparte com famílias, grávidas e todos quantos ganham bolsas. O
empresariado não suporta mais o atual cenário. Quem é empresário
sabe!
No meio das cidades e dos
estados a realidade dura é evidente: empresas fechando as suas portas, vagas de
trabalho desaparecem com a recessão, a seca a ceifar grandes conglomerados de
indústrias, a inflação a acumular perdas e mais perdas no bolso dos cidadãos. O
Brasil está se tornando inviável para todos os negócios. Apenas o meio
governamental e de entretenimento tem algum lucro, o resto é bravata. O país não
produz mais, não vende mais, não cresce mais. Dêem um pulo na antiga zona
industrial da capital paulista e verão milhares de galpões fechados, onde antes
borbulhava o ir-e-vir de operários felizes que tinham seu trabalho e profissão.
Hoje é zona morta.
Um país dividido.
Absolutamente dividido. Uma sensação de que, seja quem for que venha a ganhar, o
outro grupo não poderá conviver mais num mesmo lugar. O governo ganha, os
opositores não aceitarão. Os opositores ganham, o governo não aceitará. E o
motivo é simples: não há democracia para quem for voto vencido; ou todos aceitam
como verdade a cartilha do poder e sua filosofia de valores, ou serão amassados,
destruídos, sucateados e processados pela justiça subalterna. A justiça,
infelizmente, está mais para AMÉM ao poder do que JULGAR um fato pelo
fato.
O caso do candidato que
disse verdades sobre o homossexualismo tornar-se-á célebre, pois demonstra de
forma inequívoca que neste país e nesta sociedade contemporânea quem distoar da
filosofia dos que detém o poder será processado, esculachado, podendo ser preso
e até deportado do país. Que situação patética! Que democracia é essa? Que
pátria é essa que o atual governo construiu? Uma pátria sem cérebros? Que
valores são esses, valores de cartas marcadas?
Que sociedade brasileira é
essa, refém de um partido e de forças políticas que impõe a cartilha do ateísmo
e da nova moralidade sem princípios? O que há de acontecer depois das eleições?
Teremos todos que louvar o homossexualismo? Teremos todos que aplaudir os
governos totalitários e revolucionários de Cuba e dos países da América Latina?
Teremos todos que nos tratar de companheiros uns com os outros? Teremos que
concordar com o tipo de educação imposta pelos partidos do poder? Continuaremos
a bancar as bolsas retrógradas? Onde está a consciência, onde está a
inteligência, onde está a LIBERDADE?
Acredito que os cristãos
devem recolher-se à oração no restante desta semana. Esta é a orientação que
darei àqueles que, sob minha responsabilidade, servem ao Senhor na igreja que
pastoreio. Assim como não aceitamos um estado com funções eclesiásticas, não
aceitamos igrejas com funções políticas. Cada poder e cada instituição deve ter
a sua relevância e não invadir a alheia. A nossa, como igreja, é ORAR. Não é ir
à rua militar contra isto ou aquilo; não é fazer barulho e defender candidatos.
As armas dos cristãos são a oração, a ordem, o respeito e a reflexão sensata e
construtiva, nunca a covardia, sempre a coragem!
A hora é urgente, é
drástica, é dramática. Não se trata apenas de uma vitória ou de uma derrota, mas
da existência de um pós-eleição, de uma sociedade que ainda queira trabalhar,
viver, crescer, caminhar. Não podemos dividir a sociedade e mandar os perdedores
embora da pátria. Aliás, se o governo eleger-se, serei do grupo dos que perdem,
porque não rezo em sua cartilha. Não me sinto representado por nenhum candidato
e por nenhum partido atualmente no poder ou por algum candidato em disputa.
Represento os órfãos da sociedade que não são mais representados. Porém, alguém
terá que ganhar. E quem ganhar terá que ser justo, não destruindo o
seu grupo oponente; a sabedoria ensina a construir pontes para que
ambos convivam num país que é de todos. Que país restará após as
eleições?
Não me contaminarei com
novas pesquisas. Não creio mais nelas. Umas ganham dinheiro para pesquisar em
redutos favoráveis ao poder. Outras mentem em seus números. Umas exageram;
outras subestimam. E vou além: enquanto não houver um meio legal, neutro, não
governamental, que credencie cada urna eletrônica, sinto no coração um receio
profundo de que as mesmas possam não representar realmente o que votarmos. Não
há papéis que comprovem o voto dado, e, diante das possibilidades de fraude
cibernética, somente a graça de Deus para nos dar alguma paz no voto concedido.
No dia da eleição darei o meu voto e peço a Deus que seja mesmo o meu voto a
entrar na urna. Pode não fazer diferença para quem eu votar, mas fará diferença
na minha consciência: eu fiz a minha parte. Aliás, o meu voto é meu e não da
igreja onde sirvo a Deus. Não uso o ministério para fins políticos e nem uso o
meu papel de formador de opinião para incitar os crentes a votar em quem quer
que seja. Opinião política sim; incitação a votar em alguém, não. Mas
concordância com o erro também não, seja de quem estiver no poder ou
não!
Que Deus tenha piedade do
Brasil. Que Deus não permita que o mal continue ceifando a mocidade brasileira.
Que Deus erga os heróis da fé para lutarem pela semeadura do evangelho e que não
temam os inimigos travestidos de anjos de luz. Que Deus impeça o estabelecimento
de uma democracia de uma opinião só, que não destruam a família, a moral, a
decência, o direito, o respeito, o pudor, as tradições! Que as eleições não
sejam um início de guerra civil entre três gigantescos blocos de
sociedade, mas que sejam um lampejo de esperança para aqueles que desejam o
melhor para a nação.
Senhor, olha para o nosso
Brasil! Amém!
Wagner Antonio de
Araújo
29/09/2014
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