70 Série Alimentação - A Alimentação no Novo Testamento (Atos 10. 14)

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Cristian Dahmer

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Apr 5, 2011, 9:29:33 PM4/5/11
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Bom dia a todos.

Envio a reflexão semanal que fiz.
 
Aos que nunca receberam minhas mensagens, informo que são passagens retiradas da Bíblia, seguidos de uma análise da Palavra. Faço-o para que, os que desejarem conhecer o Senhor Jesus, que salva, transforma e liberta, possam começar a entender Sua vontade.
 
Conforme o Senhor Jesus ordenou: "... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16. 15).
 
Se você crê, repasse esse artigo à sua lista de amigos e conhecidos, cole no mural de sua empresa, mostre à sua família, e ajude a propagar o evangelho. Você nunca sabe quem está precisando de uma palavra.
 
Abraço a todos. Na fé.

-- 
 
CRISTIAN DAHMER

SÉRIE ALIMENTAÇÃO: A ALIMENTAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

 

“Pedro respondeu: — De jeito nenhum, Senhor! Eu nunca comi nenhuma coisa que a lei considera suja ou impura!”

 (Atos 10. 14, Bíblia Sagrada, Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

 

Falaremos esta semana sobre a alimentação no novo testamento. Muitos cristãos aprenderam que, no novo testamento, Deus, através dos apóstolos, autorizou a se comer de tudo, inclusive carnes consideradas impuras em Levítico 11. Neste artigo não descreverei todos os textos utilizados para referência da explanação, por isso sugiro que o leitor esteja com a Bíblia ao seu lado para que, quando citar um capítulo e versículo, possa se contextualizar lendo-o na Bíblia, e depois refletir sobre o que foi dito neste artigo. Gostaria de dizer a todos que eu mesmo, quando me converti, achei convincente todas as passagens citadas nesse artigo para concluir que não existia mais carnes impuras. Contudo, passei a olhar com mais atenção alguns textos, e relacioná-los com outros do antigo testamento, e mudei minhas conclusões.

O verso em epígrafe faz parte de uma visão que o apóstolo Pedro teve. O relato encontra-se registrado em Atos 10. 9-17. Na visão, Pedro viu um lençol descer do céu cheio de animais impuros, e uma voz lhe disse para comê-los. Após Pedro dizer que não iria comer, pois nunca havia comido nada impuro, a voz disse: “Não chame de impuro aquilo que Deus purificou.” (Atos 10. 15). Com este texto, se lido até o versículo 16, alguém pode compreender que Deus purificou a carne de porco, o camarão, o urubu, o rato, entre outros, e que estes animais não são mais impróprios para a alimentação da raça humana. Todavia, o texto não acaba ali, pois no versículo 17 a Bíblia relata o seguinte: “Pedro começou a perguntar a si mesmo o que aquela visão queria dizer. [...]”. Percebamos que detalhe interessante: Se aquela visão significava a liberação para comer carnes impuras, por que Pedro ainda ficaria pensando qual o seu significado? Pedro sabia, e todo cristão também sabe, que as visões que Deus dá a Seus profetas não têm um significado literal. O Senhor Se usa de simbologias para mostrar algo. No decorrer do capítulo 10, Pedro conclui que a visão se referia aos gentios (ou não-judeus) que eram considerados impuros pelos judeus (no que tange a relacionamentos). Jesus disse para Pedro não chamar mais os não-judeus de impuros, pois o próprio Senhor os havia purificado (leia também atos 11. 1-18). Outro texto que chama atenção é Romanos 14. 1-4, onde Paulo fala que uns comem de tudo, mas os fracos na fé comem somente legumes e verduras. Este texto pode dar margem, também, para se afirmar que quem é forte na fé não tem “problemas de consciência” ao comer carnes impuras. Mas se Paulo estivesse se referindo a carnes (que é a grande dúvida no mundo cristão), ele não teria falado da forma como está escrito (de verduras e legumes), mas sim, da seguinte maneira: “Por exemplo, algumas pessoas crêem que podem comer de tudo, mas quem é fraco na fé come somente carnes de animais puros.” (Romanos 14. 2 – texto em negrito adaptado). Quando Paulo fala em comer de tudo ou apenas legumes, provavelmente ele esteja se referindo ao mesmo problema enfrentado em Corinto, onde alguns cristãos não queriam comer carne (de animais puros) por achar que elas podiam ter sido sacrificadas a ídolos, e o povo de Israel não as comia. Leia inteiramente 1° Coríntios, capítulo 8, e faça a conexão com o explanado em Romanos 14, e este texto ficará mais claro.

Mais um versículo que aparece num entendimento de “liberdade” alimentar é 1° Coríntios 10. 25, onde Paulo afirma “Vocês podem comer de tudo o que se vende no açougue, sem terem nenhuma dúvida de consciência.” Num primeiro momento, devemos compreender que para os judeus não existia carne suína no açougue. Tudo que se vendia no açougue eram carnes consideradas puras, segundo a lei de Deus. Por isso Paulo falou desta forma. Ademais, o açougue dos judeus era tão diferente do nosso quanto o nosso é em relação ao da China ou Índia. Em segundo lugar, percebam que ao final Paulo fala “sem terem dúvida de consciência”. Este detalhe nos leva a crer que este texto, mais uma vez, se refere ao problema de Romanos 14 e 1° Coríntios 8, qual seja, o consumo de carnes sacrificadas aos ídolos pagãos. Esta conclusão se confirma quando se lê na sequência os versículos 27 a 29. Para concluir, temos um texto em Marcos 7. 18-19. Será que neste caso, Jesus estava falando de pureza física, de animais puros e impuros? Quando Marcos diz que “todos os tipos de alimento podem ser comidos” creio que é temeroso crer que a palavra “alimento” se refere a carnes proibidas em Levítico 11, principalmente porque a carne de porco, por exemplo, não era considerado um “alimento” pelos judeus, portanto, Marcos e Jesus também não consideravam. O texto pode ser dúbio, todavia temos que nos perguntar: Jesus desautorizaria as ordens do Pai, dadas em Levítico 11? O próprio Jesus disse: “Eu e o Pai somos um.” (João 10. 30). Ou seja, o que um pensa, o outro também pensa. Toda a lei de Deus foi dada para proteger o Seu povo, a menos que afirmemos que Deus não amava o povo de Israel, o que seria ilógico. Deus quer cuidar de nós e nos dar saúde; devemos refletir sabiamente sobre todos os textos da Bíblia que tratam deste assunto, colocando-os sempre dentro do contexto bíblico e histórico, ainda que a alimentação não seja a fonte da salvação.

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Deus abençoe a todos com libertação, entendimento e salvação!                                    CRISTIAN DAHMER       02/04/2011


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