Saudações!
Existem dias que a gente sabe que chegarão, e não há pensamento
positivo que os afastem.
Sexta-feira passada foi um deles com o falecimento do "seu" Nishimura.
Entretanto, as grandes pessoas até nesta hora nos abençoam. Como
estrelas, mesmo que morram, sua luz continuará enriquecendo os céus e
os olhos de muitas gerações.
Quero compartilhar com você, querido(a) leitor(a), a experiência que
tive neste fim de semana com tons de cinza. Fique com a crônica
"INQUIETANTE PERGUNTA - Adeus 'seu' Nishimura".
No blog postei fotos do velório. Se você tem algo a dizer sobre ele,
visite o blog e escreva em comentários sua homenagem ao 'seu'
Nishimura. Daqui alguns dias enviarei a crônica e os comentários à
família dele como uma modesta homenagem nossa.
Link para visitar o blog:
http://hcaetano.blogspot.com/2010/04/inquietante-pergunta.html
Um abraço e tenha uma boa semana.
Heron Caetano
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INQUIETANTE PERGUNTA - Adeus 'seu' Nishimura
Na última sexta-feira duas palavras entraram por um dos meus ouvidos e
não quiseram sair pelo outro. Elas se embrenharam com minhas idéias
durante o almoço de comemoração pelo dia do trabalho aos funcionários
da Jacto. As palavras nos chamavam de “honrados funcionários”, e
formavam as ultimas frases de agradecimento aos que trabalham na
empresa. Imediatamente a pergunta “porque honrados funcionários?”
começou gravitar meus pensamentos. Mas diante dos clamores de fome do
estomago, minha mente foi induzida a pensar mais no almoço do que
naquelas palavras.
Entretanto a questão foi respondida na noite daquele dia. Vestindo uma
camiseta com a nova logomarca da empresa estive com minha família num
grande evento regional. Um deputado que andava entre os populares ao
ver-me com aquela marca, estendeu a mão para cumprimentar-me, e disse
ao pé do meu ouvido: “Você sabia que o seu Nishimura faleceu hoje à
tarde?”.
Não sei se foi pela cara que fiz, mas o político afastou-se do mesmo
modo fugaz que veio. Triste, mas surpreso lembrei-me daquelas palavras
ouvidas no meio do dia. Naquela hora, senti-me um funcionário honrado
ao receber a notícia da morte do fundador da empresa que trabalho
através de um deputado em meio a tantas pessoas. A honra daquele
patrono desceu até os funcionários mais distantes, assim como a glória
de Cristo descerá sobre todos que nEle confiam.
No sábado o sol puxou uma cortina de nuvens e escondeu-se atrás delas.
O dia nasceu solene, como que guardando um luto solidário aos
pompeienses. No velório num ginásio, encontrei um lugar ao fundo. Ali
em pé, via uma pequena multidão sentada à minha frente. Um dos filhos
do seu Nishimura, representando a família, confidenciou aos presentes
que seu pai não desejava que no seu velório chorassem por ele, mas que
o aplaudissem.
Em seguida algo marcante aconteceu. De onde eu estava vi formar-se uma
verdadeira “ola” como num estádio. Iniciada pelas pessoas nos
primeiros lugares, e sucessivamente imitadas pelas de trás, num gesto
contínuo como uma onda, todos se levantaram dos acentos e aplaudiram
ruidosamente até chegar aos últimos. A sensação foi intensa como de um
coquetel de alegria, dor e gratidão. E cresceu ainda mais quando olhei
ao lado e vi, com as mãos batendo uma contra a outra, o tal deputado
que na noite anterior foi um simples mensageiro para responder a
inquietante pergunta “porque honrados funcionários?”.
Heron Caetano
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