Crônica: O VENTO

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hcaetano

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Sep 27, 2011, 11:44:28 AM9/27/11
to Crônicas de 2 minutos
Saudações!

Ele tambem foi no Rock In Rio. Inesperado e imprevisível, o vento
chegou com força na Cidade do Rock. Refrescou o clima para alegria de
uns, e aborreceu outros por provocar o fechamento de algumas
diversões. Como os grandes artistas, por onde ele passa, provoca
emoções.

A crônica deste mês é um brinde a este essencial e controverso
elemento da natureza: "O VENTO".
Leia aqui ou no blog. O link para o blog é
http://hcaetano.blogspot.com/2011/09/o-vento-e-seus-misterios.html
Espero por seu comentário no blog ou respondendo esta mensagem.

Obrigado e boa leitura.
Heron Caetano

Dica de livro que já li:
12 Semanas para Mudar uma Vida (Augusto Cury).
Baseado nas doze leis essenciais para a qualidade de vida, o livro
apresenta ferramentas psicológicas que contribuem para educar a
emoção, vencer o estresse, prevenir a ansiedade, administrar os
pensamentos,libertar a criatividade, reeditar o filme do inconsciente
e ser autor da sua história.
É um livro de leitura obrigatória para todos aqueles que querem
conhecer o seu próprio ser e dar um salto na qualidade de vida.


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enviarem
um email para hcaetano+...@googlegroups.com
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O VENTO

O dia de soltar pipa chegou. Os cartazes pela cidade chamavam desde as
crianças até os avós. Tornou-se um domingo esperado para muitos, como
o dia de pescaria ou de viagem de férias. E foi o dia do vendedor de
pipas tambem (bem que ele queria ser um polvo naquela manhã, pois
faltaram-lhe braços para entregar as pipas e recolher das pequenas
mãos o dinheiro em notas enroladas...).

Ali, no meio de tantas pessoas que estavam esticando em mais uma
geração esta tradição de brincar com o vento, entendi que quem faz a
pipa é o próprio vento. As partes da pipa se compram e se constroem,
mas o vento não se faz, não se compra, não se deixa dominar. Só há
pipa no céu quando ele quer. E pipa no chão é choro sem lágrima. Mas,
para alegria de todos, lá estava ele, invisível e intocável, sem
traços que o contornem ou pincéis e tinta que lhe deêm cores. Delgadas
e coloridas, as pipas no céu anunciavam a sua presença naquele dia.

Quem não sabe que o vento é livre, quase um soberano? Não há presídios
que detenham-no. Até Jesus, o único que dominou-o, afirmou que ele
sopra onde quer, e mesmo ao ouvir a sua voz, não se sabe de onde vem,
nem para onde vai. Os “neurônios divinos” só acharam um paralelo para
a nova vida que o cristão legítimo recebe na liberdade do vento.

Às vezes penso que o vento tem temperamento, ou melhor, varios
temperamentos e humores. Quem não se emociona com uma brisa terna da
tarde de Outono que encarna lembranças de momentos queridos? Travesso
e extrovertido é o vento de Agôsto que levanta as saias e desmancha
penteados. Súbito e intempestivo, o vemos chegar no Verão revirando
guarda-chuvas e fazendo telhados voarem.

Tão cheio de vontades e humores ele é, que torna vão todo esforço em
entendê-lo. Misterioso, temperamental, ora sopra, ora não sopra, sopra
de lá para cá e de cá para lá, como quer. Por isso, nem sempre ele é
bem entendido: Quando geme, alguns dizem que canta, e quando ele canta
há quem diga que ouve gemidos. Tão misterioso é, que o nome do
instrumento que se presta a entender sua direção foi batizado de
Biruta. Apesar de tudo isso, não é difícil concordar com o escritor
Fernando Pessoa que diz: "Só para ouvir o vento passar, vale a pena
ter nascido".

Heron Caetano
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