Ou então, tem que ficar dependendo de resultados, números concretos, coisas que outros decidem - uma confusão de irar os deuses, realmente.
Tem que ver quantos participantes contribuindo mensalidades, quantos equipamentos, quantos voluntários X quanto consome e quanto ajuda cada, que tipo de voluntários ou funcionário aparece, quanto saem as contas fixas...
Simplificando, chutaria que 50 pessoas contribuindo entre R50-150 por mês, resultando numa média de de R$100/mes cada, mais umas 5 horas semanais de trabalho de cada uma, deveria dar pra manter um espaço desse.
No Garoa acho que as contribuições atualmente resultam em uns $70/mes cada, de 45 pessoas, e talvez 30 minutos ou 1 hora semanal de mão de obra de cada, na média. Suficiente para manter uma porta aberta, basicamente.
Mas um espaço desses exige uma estrutura organizativa que consiga administrar espaço, máquinas, agenda, pessoal, projetos variados.
Uma forma é pedir algum número de horas de trabalho de cada pessoa - além de contribuição financeira - é uma forma de criar compromisso geral, necessário para que um grupo funcione. Ainda assim é difícil - e ninguém vai querer concordar com isso.
Acho que esse seria o "modelo hackerspace". Alguns espaços exigem mais mão de obra ou dinheiro que outros. No Garoa não se exige nada, ajuda quem quiser. Mas também dá trabalho encontrar, e às vezes não se acha, o que é preciso para fazer coisas. E geralmente as pessoas tem pressa.
Mesmo com funcionários pagos, muitas vezes as pessoas não entendem o trabalho que as coisas consomem - e acabam criando mais tarefas e trabalhos desnecessários, apenas por não saber. Por exemplo, desgastar, quebrar, sujar, atrapalhar projetos - mesmo sem se dar conta.
A outra forma é cobrar mais, e ter mais funcionários, pra resolver tudo. Esse talvez seria o "modelo TechShop." Provavelmente vai acabar sendo uma taxa mensal, uma taxa por uso, e uma taxa para cada assistência, curso, serviço, etc.
Sempre dá para criar uma religião, seita fanática, ditadura, lavagem cerebral em todos, e pronto, só ditar que um inferno ou paraíso aguarda a cada um, dependendo se fizer a coisa funcionar, todo dia, o dia todo.