Bom dia, pessoal.
Desde a criação do Programa Pedala BH na BHTrans em 2007, vários grupos e pessoas buscaram diálogos com a PBH/Bhtrans para participar e contribuir da pauta da mobilidade por bicicletas na cidade.
Em 2012, seguindo uma onda que também acontecia em outras cidades, foi criado o GT Pedala BH, com cidadãos e técnicos da BHtrans debatendo e conseguindo por algumas vezes interceder nas ações sobre o tema na prefeitura.
Os anos passaram, reuniões, iniciativas saíram do papel, muitas outras ficaram "no coração dos ciclistas" e o grupo foi usado infinitas vezes para o marketing da PBH/Bhtrans e também como currículo pessoal de alguns.
Há alguns anos, quando a prefeitura nos colocou no bolso após aprovar o Planbici e engavetá-lo (assim segue até hoje), a BH em Ciclo anunciou sua saída do GT. Anos depois, já com a pandemia, outras ações de marketing da PBH (as famigeradas ciclofaixas temporárias, as fantasiosas Zonas 30...) ganharam até prêmio, e o GT teve alguns espasmos de vida.
Infelizmente, ao longo dos anos, quem é a porta-voz da bicicleta dentro da PBH/BHtrans deixou de ser o ponto de diálogo dos ciclistas com a PBH/BHtrans. É uma pessoa muito boa, capacitada, enfrenta muitas grandes batalhas dentro do meio institucional, mas para "fora", não cumpre o papel básico de informar o que anda acontecendo na Prefeitura/BHTrans/Sumob. Mas continua com o posto de "porta voz" do poder público municipal em todos os canais: audiências públicas, entrevistas, seminários...
Bom, dito isso tudo, chegamos à enésima morte do GT Pedala BH, cuja última reunião foi em Agosto de 2023, onde algumas das ciclovias que estão em obras/concluídas tiveram alguns informes. Houve também o anúncio que haveria uma proposta de reformulação do GT, para que fosse melhor a interação com a PBH/BHTrans/Sumob.
E, silêncio geral desde então. As perguntas não são respondidas, nada mais foi informado.
Pessoas e outros grupos, além da própria BH em Ciclo, têm trabalhado em diversas frentes, com pontes isoladas com vereadores e dentro da PBH. De algum modo, isso sempre aconteceu, mas havia a ilusão que o GT seria a ponte "oficial" de diálogo, e sempre foi convenientemente usada pra isso.
Com as eleições que se aproximam, com a "polêmica" eleitoral da ciclovia da Afonso Pena tendo incendiado a aversão a ciclistas por boa parte da população, incitada por vereadores, fica mais uma vez a pergunta: o que será da pauta da mobilidade por bicicleta na PBH nos próximos anos? Vamos continuar sem política pública a respeito, pingando ciclovia aqui e ali.
Vamos seguir observando e reagindo ao que 'brota" por aí, já que não há um canal de comunicação com o poder público, digamos "democrático e oficial"? Existem outras propostas para esse foro de discussão / ação junto ao poder público que pode representar a pauta (Obsmob? Comurb? outros?)
Enquanto isso vemos que há mais ciclistas pela cidade, temos ciclovias em andamento, temos a pauta na imprensa com alguma regularidade, ciclistas agredidos / mortos, mas não temos nem política pública, nem movimentos coordenados entre os ciclistas para acelerar a evolução da estrutura cicloviária, sua manutenção, campanhas educativas, fiscalização, orçamento público...
O que podemos pensar a respeito disso tudo?
Abraço e boas pedaladas pra todos.
#BHPedala
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Vinícius Mundim Zucheratto e Figueiredo
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