10 motivos para se capacitar em TV Digital

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Diemesleno

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Jan 5, 2011, 12:21:15 PM1/5/11
to gingams
1. Taxa de Penetração Imbatível

A TV é o meio de comunicação mais abrangente e influente do nosso
país. De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios
(PNAD) realizada pelo IBGE em 2006 [1], a taxa de penetração deste
meio é de 93% das residências, onde existiam 70 milhões de televisores
analógicos no país. A respeito dos equipamentos digitais, o Fórum
SBTVD trabalha com o número de 1,8 milhão de receptores digitais [2],
incluindo caixas conversoras, TVs com receptores embutidos, e
receptores 1-SEG (celulares, USB, aparelhos portáteis etc.).

2. O Poder do Mercado Publicitário

A TV analógica aberta recebeu 59% do investimento publicitário feito
no Brasil em 2002, que totalizou US$ 3,313 bilhões. Estima-se que
apenas a receita publicitária da Globo em 2005 foi próxima de R$ 4,170
bilhões, o que representou 26% dos R$ 16 bilhões que movimentou o
mercado brasileiro como um todo [3]. O setor de TV – aberta e paga –
naquele ano registrou receita publicitária anual de US$ 9,9 bilhões.
Imagine agora, com a TV Digital, que além de apenas anunciar pode-se
concluir as vendas através de aplicações interativas conectadas à
Internet.

3. Impulsão das Emissoras

As estimativas são de que o mercado de TV Digital vá movimentar US$ 62
milhões ao ano em soluções até 2027, segundo a Gazeta Mercantil [4]. A
mesma fonte indica que em 2007 (as transmissões digitais iniciaram em
2 de Dezembro de 2007), o mercado já havia movimentado mais de US$ 65
milhões até agosto. As emissoras estão impulsionando o mercado de TV
Digital com altos investimentos. Números do fim de 2007 indicam que a
Globo investiu cerca de R$ 200 milhões [5]. A Record aparece na
seqüência, com R$ 50 milhões, seguida da SBT, com R$ 80 milhões. A
Bandeirantes investiu R$ 40 milhões, a Gazeta R$ 20 milhões e a
Cultura, R$ 6 milhões. Lembrando que a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas de 2016, ambos no Brasil, impulsionarão ainda mais
investimentos.


4. Cronograma de Implantação Acelerado

Tais investimentos aceleraram a implantação da TV Digital no Brasil,
que anda em ritmo acelerado (em comparação com o cronograma estipulado
pelo governo [6]). Já são 25 cidades contempladas com o sinal digital
em todo o país, em sua grande maioria capitais. Segundo o cronograma,
em três anos todas as geradoras e retransmissoras do país já estarão
transmitindo em digital, e até 29 de Junho de 2016 todos os usuários
terão migrado seus equipamentos, visto que nesta data o sinal
analógico será desligado.


5. A Entrada de Novos Players

Além das emissoras e fabricantes de TV, a TV Digital inclui novos
participantes no mercado. Isso porque, além de melhorar som e imagem,
o equipamento digital executa software, o que abre o mercado para os
fabricantes de software. Mas não pára por aí, o sinal pode também ser
recebido por dispositivos móveis, o que alimenta a indústria de
gadgets. Agora existe uma outra forma de comunicação bidirecional
entre os receptores e a emissora, chamada Canal de Retorno ou Canal de
Interatividade, que também acessa a Internet. Assim, surge o papel dos
Provedores de Serviços Interativos, que criam novos serviços e os
disponibiliza pelo ar ou pela Internet. O estabelecimento do Canal de
Interatividade se dá por qualquer tecnologia de acesso ao meio, como
conexão discada ou por modem, 3G, Wi-Max, LTE, e PLC, por exemplo.
Dessa forma, este novo mercado também inclui as empresas de telefonia
fixa e móvel, TV a cabo, compainhas energéticas, Provedores de Serviço
de Internet, e novos provedores de infraestrutura de transmissão.

6. As Inovações Brasileiras

A partir de exposições e demonstrações em feiras internacionais, o
Brasil vem chamando atenção da indústria de TV mundial, e nosso
sistema é tido como o mais avançado do mundo. Além do uso de
tecnologias mais atuais, como as técnicas de transmissão e a
codificação MPEG 4, isto se deve principalmente pela possibilidade do
nosso sistema interagir com outros dispositivos móveis, como
celulares, PDAs, palm-tops, smart phones, etc. Este avanço resolve um
dos problemas da interatividade em TV Digital: uma tela única e
compartilhada com outros usuários, onde a ação de um não
necessariamente interessa aos outros participantes. Com o Ginga, o
nosso middleware, é possível redirecionar informações específicas para
dispositivos móveis de usuários específicos, ao invés de apresentá-las
para todos na tela grande. Nenhum outro sistema é capaz de fazer isso
hoje. Lembrando que o Ginga passa a ser obrigatório em dispositivos
celulares com receptor de TV Digital a partir de 1 de Junho de 2011.

7. A Participação do Governo

Certamente, as inovações brasileiras são fruto da ambiciosa meta do
governo de transformar a TV Digital como objeto de inclusão social,
aproveitando exatamente sua grande taxa de penetração nos domicílios
brasileiros. Desde de 2005, estas diretrizes fazem parte do SBTVD, por
decreto de lei. Recentemente, o governo está preparando um Processo
Produtivo Básico (PBP) para massificar a fabricação de conversores
digitais interativos no Brasil [7]. Neste sentido, já existem
negociações com empresa indiana que promete produzir conversores com
interatividade a um preço de U$ 38, cerca de R$ 72 [8]. O PBP também
inclui definições para o Canal de Interatividade, para massificar o
uso das tecnologias WiMax e LTE. Além disso, projetos do governo
fomentam a ampliação de redes banda larga em todo o país [9], e também
a produção de audiovisual [10].

8. Expansão no Mercado Internacional

A atuação do governo brasileiro não se limitou apenas em fomentar o
mercado interno, muito pelo contrário. O governo está apoiando a
ampliação do escopo do nosso sistema de TV, transformando-o em um
sistema internacional sob a sigla ISDTV. O resultado é que, além do
Brasil, Peru, Argentina, Chile e Venezuela já adotaram o nosso padrão.
Tudo indica que muito em breve também façam a adoção Equador, Cuba,
Bolívia e Paraguai [11]. A expansão do mercado para a América Latina
pode tornar nossa TV Digital a mais competitiva do planeta [12]. E
isso não só em se falando de hardware, mas também para o middleware, o
software que garante a interatividade. O Brasil tem acordo com a Sun
para preços reduzidos das máquinas virtuais Java embarcadas nos
dispositivos de TV. A própria Sun foi parceria do Fórum SBTVD no
desenvolvimento de APIs de programação Java para a TV Digital
brasileira, ambos inclusive abrindo mão dos royalties dessa
especificação (acontecimento único na história da TV Digital mundial).
Além disso, o Brasil desenvolveu uma plataforma de desenvolvimento
própria, o NCL/Lua, que vem despontando internacionalmente. A própria
União Internacional de Telecomunicações (UIT), ligada à ONU,
recentemente aprovou as definições brasileiras como recomendações
internacionais [13]. Com a oficialização, a adoção do nosso sistema
por outros países passa a ser incontestável. Só no Peru (o primeiro
país a aderir o SBTVD fora o Brasil), estima-se que empresas
brasileiras investirão cerca de U$ 100 milhões na fabricação de
conversores, a partir do próximo ano [14].

9. A Força do Java

A norma ABNT que define o Ginga prevê um ambiente de apresentação, em
NCL/Lua, chamado Ginga-NCL, e um ambiente de execução, em Java, chamdo
Ginga-J. A especificação da parte Java diz que o Ginga-J adota as APIs
JavaTV e JavaDTV, além das APIs de inovação do SBTVD. Isso significa
aliar o estado da arte, ou seja, o que há de mais moderno e avançado
no paradigma de programação imperativo (aquela capaz de implementar
algoritmos, de forma procedural ou orientada a objetos) para TV
Digital do mundo, com a maturidade e a liderança de mercado da
tecnologia Java. Dessa forma, alia-se as soluções inovadoras JavaDTV e
SBTVD à plataforma líder no mercado multimídia: JavaTV + CDC/PBP/FP. A
API JavaTV já é por mais de 10 anos a API padrão adotada por todos os
middlewares de TV no mundo, inclusive pela recomendação internacional
que define o GEM. Aliando-se JavaTV ao CDC/PBP/FP, temos a base das
soluções Tru2way, usada nas redes à cabo dos EUA, e Blu-ray, a
tecnologia de armazenamento multimidía que está substituindo o DVD.
Também, a API JavaDTV traz como interface gráfica de alto nível o
LWUIT, um ferramental gráfico que está dominando o mercado de mobile.
Além disso, o CDC tende a se tornar padrão nos dispositivos móveis,
substituindo o CLDC no desenvolvimento Java para dispositivos móveis
(J2ME). Ou seja, dominar a tecnologia Java para o Ginga é também
dominar as tecnologias Java convergentes no mundo. O resultado é que,
com Java, pode-se criar middlewares, aplicações de TV Interativa,
aplicações de interação nos dispositivos móveis, aplicações de
transmissão nas difusoras, aplicações de geração de contéudo nas
emissoras, e aplicações servidoras nos grandes data centers dos
Provedores de Serviço Interativo. Temos, no Brasil, 120 mil
desenvolvedores Java para isso.

10. Carência de Profissionais Qualificados

Desde de 2007, grandes empresas sofrem com a carência de profissionais
especializados em TV Digital. Agora, com as primeiras aplicações
interativas chegando ao mercado, este déficit tende a piorar bastante.
Existem diversas vagas há muito anunciadas, mas que não conseguem ser
preenchidas, basta pesquisar para ver. Dentre as empresas que mais vêm
contratando, destacam-se Samsung, Philips, RF Telavo e Linear [15]. A
NEC, em 2007, já previa que a TV Digital poderá gerar 25 mil empregos
diretos em 10 anos [16]. Mas a sensação é que o número poderá ser
maior, já que, viajando pelo Brasil, temos presenciado o surgimento de
diversas empresas de spin-off acadêmico investindo na formação de seu
pessoal, e já sofrendo para conseguir montar o corpo técnico de sua
equipe. Esse movimento também pode ser constatado pelo número de
pequenas empresas da área de TV Digital pelo Brasil recentemente
contempladas pelo programa PRIME, com um financiamento FINEP. Além
disso, agora passaremos a exportar mão-de-obra qualificada para a
América Latina [12], o que ampliará consideravelmente os postos de
emprego. Enfim, temos o sistema de TV mais avançado do mundo, capaz de
estender os serviços de TV e criar novas possibilidades nunca antes
exploradas. Porém, o sucesso de tudo isso depende agora das aplicações
que vão surgir, e isso será fruto da criatividade de nossos
desenvolvedores!


Autor: Prof. Me. Daniel da Costa Uchôa
Diretor de Inovação da Overmedia Networks
15/10/2009

Fonte: http://www.overmedianetworks.com.br/mercado.html
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