Nuclear em Portugal?
A utilização crescente de energia, e particularmente de energias fósseis (também denominadas tradicionais), tem sido uma das principais características da sociedade industriai do século XX e início do século XXI. Desde que nos levantamos até irmos para a cama, e mesmo quando dormimos, estamos a consumir energia. Esta é indispensável para as sociedades humanas e, desde a invenção do fogo até à sociedade industrial, muita coisa mudou em termos energéticos.
A energia nuclear, conseguida
através da fusão do urânio, apesar de ter sido recebida com grande entusiasmo
(devido ao seu potencial energético e baixo custo) tem sido progressivamente
abandonada em consequência dos seus impactos ambientais e problemas
relacionados com os resíduos, agravados após o acidente de Chernobyl na Ucrânia
e mais recentemente em Fukushima no Japão. Atualmente, devido à escalada do
preço do petróleo, esta energia voltou a ser apontada como alternativa ao «ouro
negro». Portugal tem assistido, a espaços, a uma discussão sobre a
possibilidade da instalação de uma central nuclear. Os defensores da central
nuclear invocam a redução da dependência do petróleo, a redução de emissões de
C02 (fundamental para cumprir o Protocolo de Quioto) e a revitalização do
sector mineiro do Urânio em Portugal. No entanto, estes argumentos ainda não
chegam para a tomada de uma decisão final.
Sim ao nuclear.
Em 2005, o empresário Patrick Monteiro de Barros apresentou um projeto para a construção de uma central nuclear no país, com uma potência instalada de 16OO mega-watts, a construir em sete anos. Um investimento, na altura de 3,5 mil milhões de euros. Mas que, segundo as contas mais recentes da empresa criada para o desenvolver, a Energia Nuclear de Portugal, já subiu para 4 mil milhões de euros”. Porque entretanto tudo aumentou, incluindo o aço”, explicou ao DN Pedro Sampaio Nunes, o homem que fala em nome da sociedade anónima criada para o efeito.
O projeto, que visava ainda a recuperação das minas de urânio da Urgeiriça, permitia, segundo os seus promotores, a criação de 300 postos de trabalho diretos.
Na fase de construção, envolveria cerca de 3000 trabalhadores, explicou Pedro Sampaio Nunes. “A intenção de construir a central mantém-se e o projeto continua a ser atualizado”, assegurou aquele responsável, adiantando que a empresa já tem várias localizações estudadas, para a central, mas não as quer revelar. Agora, conclui, a central tem ainda mais condições para ser rentável.
Não ao nuclear.
Muitos habitantes da região lançam impropérios contra tudo e contra todos e falam ao Expresso com lágrimas nos olhos.
Já foi confirmado que os lençóis freáticos estão infetados desde há vinte anos, devido aos resíduos de uma antiga fábrica militar de enriquecimento de urânio, igualmente instalada em Tricastin. “Andámos com os nossos filhos, estes anos todos, a beber e a lavar-nos com água de um poço contaminado!”, exclama Sylvie Eymard, proprietária agrícola.
Os viticultores, os produtores de frutas e legumes e os proprietários de restaurantes e hotéis estão ameaçados de falência. “Porque a água estava conspurcada com urânio e foi proibida a rega durante um certo tempo. As cenouras, cebolas, manjericão, coentros e batatas estão enfezados”, diz Mareei Bernard, um dos 60 grandes empresários agrícolas atingidos pela poluição nuclear: “De qualquer modo, depois do que aconteceu, quem é que vai querer comprar os nossos produtos?”.
Devido à má imagem de toda a região, a cooperativa produtora do “Coteaux du Tricastin” (vinho de região demarcada) vai pedir a mudança do nome do conhecido néctar. Em Bolène (que tem 14 mil habitantes) os hotéis e os restaurantes não têm clientes e “os turistas desapareceram!”.
Perante isto, as perguntas impõem-se:
Eu também sou da opinião da Diana e concordo com tudo o que ela referiu, é verdade que uma central nuclear em Portugal poderia trazer muitos benefícios mas para mim os motivos contra pesam mais dos que a favor, e o que o professor referiu também é verdade mas não podemos ser egoístas ao ponto de nos esquecermos das pessoas que tem casas onde possivelmente será construída uma nuclear, essas de certeza que não vão gostar, de ter algo perto de si que lhes poderá fazer mal á saúde por consequência da poluição nuclear como já tivemos o exemplo em Tricastin.
Concordo com o que dizes e com as tua preocupações. Contudo o argumento de ter ou não uma central nuclear perto de casa, nos dias que correm, e perversamente, por até ser bom para muita gente que vê nela uma oportunidade de trabalho. Disparatado? Não sei...
Sim Vera, esse é um argumento de peso! De que nos adianta afirmar que não temos nuclear se do outro lado do rio há uma, da qual nada beneficiamos? Mas agora vê assim: Portugal promove-se "lá fora" por ser um país que, do ponto de vista ambiental, ainda se encontra mais ou menos preservado; esta nossa característica constitui-se, a par de outras, como chamariz para turistas estrangeiros (e até nacionais). Se junto à mata do camarido houvesse uma C. Nuclear, eu nunca na vida acamparia por ali perto!
Por outras palavras José, uma central nuclear representa autonomia financeira, criação de empregos e um rejuvenescimento demográfico. Mas faço-te a mesma questão que fiz ao Pedro M. - se pusesses decidir, onde construías a central e porquê?
Na minha opinião , Portugal deveria apostar na construção de uma Central Nuclear , devido aos vários benefícios anteriormente referidos , pela Vera , pelo Pedro e não só . Não vejo o porquê de não corrermos o risco e de evoluirmos ! Já agora, no meu ponto de vista ao construir uma Central Nuclear , construía-se na zona interior do país .
Eu concordo
com algumas opiniões aqui formuladas pois penso que Portugal deveria aderir à
Energia Nuclear devido ao facto que é uma das energias mais limpas que existem
e também uma das mais rentáveis, ajudando ao facto que o nosso país possui
urânio logo os custos de produção seriam praticamente nulos. Se fosse
devidamente gerida provavelmente dava para a nossa subsistência sem a
necessidade de usar outros tipos de energia, e quem sabe se não dava ainda para
exportar. Também existiam benefícios com a criação de empregos e ajudava no
combate à litorização pois uma central nuclear (ou várias) deviam ser construídas
no interior no país devido ao facto que as centrais nucleares são uma forma de poluição visual podendo assim ao mesmo tempo "esconde-las" dos turistas já que a zona interior é uma zona em que quase não há turismo.
Quanto à questão da segurança devíamos arriscar porque tal como várias pessoas referiram, Espanha tem centrais nucleares nas imediações da nossa fronteira portanto se acontecer algo de grave, nós também arcaremos com as consequências sendo por isso um risco que devíamos estar dispostos a correr. É claro que quando pensamos em energia nuclear pensamos logo em Chernobyl, mas esse foi um caso único em que a negligência humana foi a causa dessa horrorosa catástrofe.
Portanto concluindo penso que devíamos aceitar a energia nuclear no nosso país embora com algumas precauções.
Pedro Carvalho 11ºD
Na minha opinião, devemos apostar na construção de centrais nucleares em Portugal, porque , apesar de reconhecer que existem várias desvantagens à utilização desta energia, são mais as beneces da utilização da mesma. Se pensarmos coerentemente , o país geograficamente mais próximo de nós, o nosso vizinho Espanha, tem uma central nuclear bem perto da fronteira logo , em caso de acidente nuclear, uma grande parte de nós sofrerá os efeitos. Vou-me focar essencialmente em vantagens das centrais nucleares em diferentes ambitos: Economicamente, caso usemos a energia nuclear, as importações diminuirão siginificativamente, o que só por si, significa menos dinheiro gasto, logo ; ecologicamente, esta energia não contribui para o efeito de estufa e não polui o ar com gases como o de enxofre ou o nitrogénio. Por fim, paisagisticamente, as centrais não utilizam grandes porções de terreno, devido ao facto de estas centrais necessitarem de pequenos espaços para instalações. São muitas as vantagens ....
Pois é Diogo, pois é! O Japão também andou para a frente e deu no que deu. Quanto ao ambiente, acho que deve ser sempre o ponto de partida destas decisões. Esquecê-lo corresponde a desprezarmos a nossa própria essência! Não obstante, gosto do teu discurso ultra-pragmático e, na minha opinião, veloz em demasia (não és o único).
Ou seja, com uma C.N. não podemos dormir descansados!
De facto Ângela, Espanha tem várias centrais e mesmo assim não chega para o seu consumo energético. Se calhar, lá como cá, temos de nos adaptar a um menor gasto de energia, e isso vai levar a mudar muita coisa!
Com certeza, construiria centrais num local onde a energia nuclear pudesse visar um grande parte da população. E só para que conste o meu comentário é o do e-mail (zelop...@gmail.com), o comentário que tem aí do mail jojosi...@gmail.com é da Joana e não meu.
Na minha opinião , eu acho que em Portugal não deveriam de existir centrais nucleares , porque com a sua existência é mais provável de existirem elevados níveis de poluição , que traria como consequência problemas de saúde , entre outros .
- Atualmente em Portugal , um dos assuntos mais falados e que mais preocupação gera à volta das famílias portuguesas é o desemprego . Neste momento , Portugal apresenta uma percentagem de 14,9% da população desempregada , equivalente a (segundo dados de:http://economico.sapo.pt/noticias/desemprego-em-portugal-dispara-para-recorde-de-149_144671.html) 819,300 mil pessoas . Se investíssemos na construção de Centrais Nucleares , aumentariam os postos de trabalho , quer na construção da própria , quer na exploração mineira do urânio , e de forma consequente diminuiria a taxa de desemprego , logo mais famílias com emprego e dinheiro para sustentar a sua devida família !