É um facto, o papel da mulher ocidental é hoje completamente diferente daquele que possuía há quatro décadas atrás. Há uma aproximação da mulher ao homem nos cargos que ocupa, nas funções que desempenha e na consequente falta de tempo. Mas se esta nova assunção da mulher é plena de direito, coloca no entanto uma dificuldade acrescida no seu papel de mãe.
A maternidade e a profissão são situações que requerem muito tempo e esforço por parte da mulher, provocam desgaste físico e emocional, ou simplesmente são incompatíveis. Por isso, torna-se muitas das vezes imperiosa a escolha entre investir o seu tempo e esforço na carreira profissional ou dedicar-se à estruturação da família.
Será que devem optar por ficar em casa, para tomar conta do seu filho e acompanhá-lo constantemente ao longo do seu crescimento? Ou deverão investir na carreira, avistando uma ascensão profissional? Ou o ideal será conciliar tudo?
Está dado o mote para este primeiro debate da temporada do Geodilema. Participa!
Quando uma rapariga brinca com uma boneca, não é só uma brincadeira inocente como nós vemos, ela está treinando para ser mãe. Depois, vem a adolescência, a primeira menstruação e aí o sonho acaba ou muda um pouco de figura. Embora a mulher traga consigo o dom de ser mãe não quer dizer que o queira ser. As mulheres que queiram tirar um curso superior talvez iram ser mães mais tarde, depois dos 30 anos, e a média de filhos por mulher diminuiu drasticamente. Se continuar assim a natalidade ficará mais cedo ou mais tarde baixa ou negativa. A carreira profissional, muitas vezes, fica em primeiro plano na vida das mulheres. Porém, para quem tem a vontade de ser mãe, não costuma ser impeditivo.
É um facto, o papel da mulher ocidental é hoje completamente diferente daquele que possuía há quatro décadas atrás. Há uma aproximação da mulher ao homem nos cargos que ocupa, nas funções que desempenha e na consequente falta de tempo. Mas se esta nova assunção da mulher é plena de direito, coloca no entanto uma dificuldade acrescida no seu papel de mãe.
De facto, com a evolução dos tempos tem-se assistido a uma preponderância da mulher que passa a assumir cargos que até então eram exclusivos do homem, e este factor é crucial para a diminuição da natalidade, porque a mulher quer instruir-se, quer estabilizar-se profissionalmente (e economicamente, principalmente economicamente) e isso motiva o atraso na gravidez. De facto, a tese que defendo dita que "Primeiro a carreira, depois a gravidez" porque, de facto, é necessário criar condições para que se possa criar um filho. No processo da reprodução também se assiste a realidades paradoxas porque a mulher enfrenta um forte desgaste físico que é compensado emocionalmente ( ou não, porque podem dar-se as tão conhecidas depressões pós parto). Friso também o lado estético que tem sido tão notório no século XXI e, não podemos mentir, a gravidez cria um modelo corporal não muito desejado pela mulher da atualidade. Por vezes, a ideia de ascensão no emprego também é uma grave condicionante à natalidade porque quando se tem de dar provas de fogo no emprego, não há tempo a perder ( ou melhor, não há tempo para a licença de parto). Com todas estas variantes negativas, continuo a manter a minha posição e a achar que se o tempo for gerido, tudo se consegue, e sublinho que é nosso dever permitir a renovação geracional, talvez não tão cedo como há umas décadas atrás, mas mais tarde, quando houverem condições mínimas para que este processo se concretize e tiver-mos consciência de que ter um filho é (ou deve ser) um compromisso para a vida, porque as novas gerações são o espelho do que nosso ser, são a garantia da cultura e o pilar da nação. Em suma, temos que admitir que as novas gerações vêm para "fazer o que ainda não foi feito" !!!
Alexandra vou discordar de ti. Quando é que um filho é menos importante do que a carreira? Penso que estou a debater sobre as mulheres quererem primeiro a carreira e depois os filhos, mas mesmo assim preferiam um filho só que a vida não é um sonho cor-de-rosa. Quando os filhos não são a prioridade, melhor é dedicarmo-nos ao que para nós é importante, a carreira. O que por vezes falta é a tomada de consciência das escolhas que as mulheres escolhem, iram necessariamente arrepender-se mais cedo ou mais tarde, pelo ato de não ter tido um filho e de fazer uma grande pausa na carreira. Após o nascimento do bebé, a mãe acaba por ficar ausente do trabalho devido à licença de maternidade. Esta é a oportunidade para se dedicar exclusivamente, durante seis meses, ao seu filho. De facto, é nesta fase que a criança precisa de mais cuidados maternos.
A presença da mãe é fundamental durante os primeiros seis meses a um ano de idade, fase em que se estruturam as bases do desenvolvimento biológico, psicológico e social. É necessário que a mãe esteja disponível para atender às necessidades físicas e emocionais do desenvolvimento inicial do bebé. Obtar pelos filhos é o melhor caminho, mas como caso é um caso ...
Na minha opinião,eu acho que a carreira deve de vir primeiro, porque é ela que nos dá dinheiro para organizar-mos a nossa vida ,incluindo ter filhos .Acho que se deve de ter consciênçia que nos tempos que correm , é preciso ter uma boa estabilidade económica para constituir família .
Ana Pinto concordo contigo ter dinheiro para criar um filho é praticamente a base para a sua establidade condicional obvio. Mas uma mulher que queira ter um filho normalmente não pensa na sua establidade financeira, mas sim no grande desejo de ter um filho. Também na maior parte das vezes, demoram tanto a establizar a sua vida que quando se dá conta já é tarde.