Há cinco anos desmereciam o mashup como moda passada, nicho geek ou um
jeito fácil de remixar uma música, quando começamos a erguer a
bandeira do gênero no Brasil. Em setembro de 2006, no falecido Bar
Treze, em frente à Faap, tinha início uma nova era da noite
paulistana, quando os brasilienses Luciano Kalatalo e Alexandre Matias
juntaram suas forças para mudar o jeito de se fazer festa. Era um
tempo em que indies só ouviam new rock e indie rock, manos só ouviam
hip hop, dance music era coisa de playboy e roqueiros dançavam fazendo
air guitar. A norma da noite era a cara fechada, o ar blasé, virar o
rosto se alguém tivesse tirando foto. Em nossas jornadas noturnas por
aquela São Paulo pré-Vegas, reclamávamos dessa segregação, um jeito
xiita de olhar pra música.
Crescemos em Brasília, nascemos em 1975 e fizemos parte de uma geração
que descobriu rock clássico ao mesmo tempo em que o rock brasileiro, a
MPB, o indie rock (“guitar”, era como nos referíamos na época), a soul
music, a música eletrônica e o hip hop. Estávamos lá quando o
Technotronic, o New Order, os Beastie Boys e o Nirvana destruíram as
barreiras entre gêneros e hierarquias entre músicos, não-músicos,
produtores e popstars. Essa bagagem cultural não nos permitia viver em
uma cidade que não se permitia a troca de músicas.durante a noite.
Foi por isso que erguemos a bandeira do mashup. Se dois gêneros
conviviam na mesma música, óbvio que conviveriam numa mesma festa. E
aos poucos a noite de São Paulo foi sendo mudada. A começar pelo nome
da festa, Gente Bonita Clima de Paquera, que ia de encontro a todos os
nomes em inglês e metidos a sério que existiam nas festas da época.
Fora a experimentações sonoras: fomos palco para a primeira
discotecagem séria de muita gente boa que hoje seguiu seu próprio
rumo, como Dani Arrais, do Don’t Touch My Moleskine, o DJ Goos além
dos primeiros nomes do mashup brasileiro, que tocaram pela primeira
vez em São Paulo em duas Gente Bonita: João Brasil e André Paste.
Cinco anos depois, a noite de São Paulo é outra. As pessoas sorriem
quando dançam, o carão acabou, flashes pipocam na frente de meninas
fazendo gracinhas pra câmera, indie rock, hip hop, música brasileira e
techno convivem em pistas de danças espalhadas pela cidade, as festas
assumiram a diversão, os DJs abriram a cara, a noite de São Paulo
ganhou o toque de frescor das velhas festas na Asbac no início dos
anos 90.
Mas seguimos mudando e a primeira novidade dos 5 anos de Gente Bonita,
é a festa OK Pop, que engloba um novo gênero - o K-Pop, pop produzido
na Coreia que mashup tudo que a gente conhece com tudo que eles
conhecem do outro lado do mundo. E pra mostrar que distâncias não são
barreiras, trazemos para a primeira festa o DJ Masa, principal DJ
brasileiro de K-Pop, que mora em Belém (!) mas já tocou mais de uma
vez para coreanos. Engrossando o caldo da noite, a Gente Bonita ainda
recebe o mestre Camilo Rocha e os compadres da Hang the DJ - ampliando
os horizontes da GB sem perder suas principais características: as
melhores músicas do mundo e as melhores músicas pra dançar. Venha se
acabar conosco nessa sexta, no Lab, na Augusta. E ver o início da nova
fase de perto.
- Ok Pop @ Lab Club Dia 23/09/2011 (sexta-feira) Horário: 23h
- Preço com nome na lista: Mulher VIP até 2h, após 20 entrada ou 30 consumação. Homem 30 entrada ou 60 consumação. Para entrar na lista amiga basta confirmar presença no evento do facebook: http://www.facebook.com/event.php?eid=256698744354837&view=wall¬if_t=event_wall
- Preço na hora: Mulher 30 entrada ou 50 consumação Homem 40 entrada ou 80 consumação
- Cartões: Master e Visa
- Apenas Maiores de 18 anos
- Estacionamento ao lado
- Acesso a cadeirantes