Boa, Gabriel.
Espaço existe muito ainda para expandir. E uma coisa que acho
excelente que pode ser uma excelente chave para resolver esses
problemas é a criação compartilhada.
Quando você cria um briefing do personagem para ser feito o concept
dele, partindo de um brainstorm seu ou uma inspiração espontânea,
deixa esse personagem na mão de mais alguém e espere ela adicionar as
ideias para serem centrifugadas e sair de lá algo que pode ser algo
completamente diferente daquilo que você imaginava mas que agradou, ou
exatamente aquilo que você esperava. No primeiro caso a surpresa é
magnifica porque dá uma expansão maior nas ideias e consequentemente
nos personagens. Já no caso da segunda ideia, é porque o personagem
tem uma personalidade tão forte, um conceito idem, que o objetivo terá
um maior chance que o personagem seja absorvido em sua essência pelo
público jogador. Ou seja, ele será lembrada de alguma forma já que o
seu próprio conceito sobreviveu por mais dois brainstorms distintos
feitos por pessoas distintas.
Quanto a saturação, Gabriel; Bom é aquela máxima que a segurança
incluso na familaridade de temas e imagens para os jogadores passam
uma falsa sensação de confiança da qualidade do produto. Todos nós
estamos carecas de saber que envolve muito dinheiro em grandes
produções e quase nunca uma produtora/publisher aposta fichas em um
conceito TOTALMENTE inovador.
Os concepts desses personagens são apelados para uma mídia já
estabelecida, ou pelo menos com um forte referêncial já estabelecido.
O soldado fodão, filmes de ação/guerra, o Soldado espacial musculoso
são os bonecos e personagens do anos 80s nos desenhos e o Aventureiro
moreno são referências óbvias ao novo esteriótipo meio termo que
permeia a cultura atual sem tirar o pé em Indiana Jones. Eu
acrescentaria ainda os elementos pós-apocalipticos que apoiam-se no o
já estabelecido por filmes como MadMax e com uma vantagem, eles estão
ficando datados e toda uma nova geração está vivendo sem ter
praticamente nenhum contato com aqueles carga cultural. Daí inclusive
o montante de reboot e novas "interpretações" para as mesmas obras.
Mas e quanto aos videosgames ? a diferença é que tendemos a ter a
memória melhor quanto ao passado dos jogos, tanto tem se falado da
história, glorificado os pilares da industria que fica quase
impossível um geração perder totalmente o contato com jogos antigos, e
com isso ficamos mais atentos para as "reciclagens".
Quer melhores exemplos? Mesmo quem não nasceu na década de 80/90
provavelmente ainda tem contato com icones tão fortes como o Mario,
reconheceria facilmente o Sonic. Agora conheço diversas pessoas que
foram assistir ao Prometeus e não assistiram nem aos primeiros Aliens.
Isso por uma questão de tempo mesmo, de prazo de validade para
determinados produtos e de cultura que cerca a industria X ou Y.
Não se admire um dia ter um jogo: um Roqueiro, uma Meniniha Magricela
e um Nerd em uma aventura espaço-tempo e as pessoas exaltarem esses
conceitos de jogo como inovador, só pelo fato que elas nunca jogaram o
"Day of The Tentacle". Para alguns isso pode ser apenas lucro sem
criatividade outros como uma oportunidade de re-ler para um geração
uma obra que marcou o tempo da sua.
Abraços.
2012/7/24 Gabriel Luis <
gabrie...@gmail.com>:
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