Quando se confunde a árvore com a floresta

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Galeriacores

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Apr 5, 2010, 4:02:21 PM4/5/10
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Quando se confunde a árvore com a floresta…

Muitas das notícias que nos chegam, no seu afã de propaganda
ideológica encapotada, contêm o erro fundamental de confundir a árvore
com a floresta… sobretudo quando o objectivo é denegrir. Ou seja, a
partir de um caso isolado, de preferência de contornos escabrosos,
generaliza-se de forma a induzir o leitor a pensar que todo o conjunto
é da mesma natureza. Tal generalização obviamente tem conotações
ideológicas e obedece a uma agenda política que visa desconstruir a
Sociedade Tradicional e todas as suas instituições seculares para
impor uma Nova Ordem Mundial à feição dos sinistros interesses da
Oligarquia Internacional, a mesma que manobra os mercados financeiros
e através destes, controla em grande parte a Economia Planetária.
Referimo-nos aos casos de Pedofilia no seu seio da Igreja Católica
recentemente mediatizados pelas Agências Internacionais de Notícias.

De facto as recentes notícias de Pedofilia, que envolve sacerdotes
católicos, têm contornos de uma campanha de ataque à hierarquia
Católica, muito para além da objectividade informativa que a
deontologia jornalística impõe, independentemente da sua gravidade
moral. Tais notícias suscitam desconfiança sobre a sua “bondade” até
entre os não católicos como nós. Embora discordando da doutrina da
Igreja, em alguns aspectos, reconhecemos no entanto a importância
capital do seu papel na nossa História, na defesa dos valores éticos
que enformam a nossa cultura judaico-cristã e a sua acção social
meritória em prol daqueles que têm sido vítimas da usura e da ganância
da Oligarquia Internacional, que é afinal a mais interessada em
destruir o Catolicismo e a Religião em geral, já que constituem um
obstáculo sério à consecução do seu objectivo final, que é o de
reduzir a Humanidade à condição de escravos robotizados.

Ressalvamos, antes que nos confundam estar a defender a Pedofilia, que
ao fazermos a defesa da Igreja Católica não estamos a justificar a
acção ignominiosa de homens que esqueceram de todo a sua mais
elementar obrigação de sacerdotes, o respeito pelo próximo, sobretudo
o mais fraco, como é a criança órfã, carente do afecto de uma
verdadeira família.

Um dos aspectos que nos leva a desconfiar da “boa vontade” destas
notícias é o facto de focalizarem em exclusivo os casos de Pedofilia
de clérigos católicos, quando se sabe que este vício é transversal à
sociedade. Encontramo-lo em todos estratos sociais e até nas famílias.
O pedófilo é em princípio muito próximo da vítima e da sua confiança,
ou seja, não é um estranho… podendo ser até um pai, um tio, etc.
Quando se argumenta que os padres devido ao celibato a que estão
obrigados são mais propensos à pederastia, como insistentemente se
procura justificar a tentação dos abusos sexuais, esquece-se que o
pederasta nem sempre é solteiro e muitas vezes é tido como “bom” chefe
de família, portanto uma pessoa aparentemente normal.

Outro detalhe que indicia que está em marcha uma campanha de
desmoralização da Igreja, é o facto das notícias sobre a Pedofilia no
seu seio surgirem como cogumelos que nascem a cada manhã, confundindo-
se o número das vítimas com o dos pedófilos, parecendo que estes são
tantos como um exame de abelhas… Quase a totalidade da hierarquia
católica… Evidentemente que isto não desculpabiliza os autores dos
abusos sexuais. Na verdade as vítimas são muitas, porém os abusadores
denunciados não passam de uma diminuta minoria. Do mal, melhor… Até se
tivermos em linha de conta a estatística nos USA, o número de vítimas
nas instituições católicas comparada com as restantes, nomeadamente no
ambiente escolar civil, é muito superior, uma proporção de 157 para 1,
num espaço de tempo de 52 anos, de 1950 a 2002. É obra, não? Tal
desproporção mostra por outro lado, no caso norte-americano, como a
Pederastia é um fenómeno social extensivo, ou seja, não se restringe a
um sector específico da sociedade.

O caso da Casa Pia de Lisboa é também ilustrativo quanto à tipificação
do pedófilo. Este orfanato do Estado Português, fundado nos finais do
Século XVIII, pelo Intendente da Polícia Pina Manique, homem da
confiança do Marquês de Pombal, com um processo de Pedofilia a
decorrer, reúne mais arguidos suspeitos de abusos sexuais a menores
que todos os casos mencionados recentemente na “mídia” para denegrir a
imagem da Igreja. Estão indiciados pelo Ministério Público dez
arguidos, incluindo uma cúmplice. Contudo há quem diga que a “farra
sexual” naquele instituto envolve muito mais gente e bem graúda, uma
vez que remonta há década de 80 do século passado e muitas das
vítimas, hoje adultos, não estão dispostos a passar pelo tormento dos
inquéritos policiais e menos ainda pela vergonha pública a que têm
sido sujeitos os “putos casa pianos” directamente envolvidos no
processo. Há a ressaltar, em abono da verdade, que nem todas as
acusações serão genuínas. Há quem se aproveite para extorquir
dinheiro. Daí talvez a dificuldade de se apurar até onde vai a verdade
e começa a mentira… quer de um lado, quer do outro. Acresce referir
que problemas de sexualidade, como a sodomia e outros, sempre
ocorreram em colégios internos, inclusive entre os internos, embora
sejam severamente reprimidos, deixando marcas indeléveis para o resto
da vida.

A fúria anticlerical do lobby laicista vai ao ponto de ressuscitar
velhos casos como o do padre Lawrence Murphy, que remonta a 1975, para
atacar insidiosamente o actual Papa e por essa via, a própria Igreja.
A 25 de Março do corrente ano, o conceituado New York Times publicou
uma matéria em que pretensamente acusa Bento XVI de encobrir o pároco
de Milwaukee quando em 1995 o Papa ainda era Cardeal e responsável
pela Congregação para a Doutrina da Fé. È preciso ter muito ódio ao
Catolicismo para 35 anos depois levantar tal questão… A denúncia é
tanto mais insidiosa quando ignora de todo que aquele organismo tem
como função específica vigiar os desvios doutrinários, heresias, pelo
que nada tem com o Direito Canónico, que julga casos de indisciplina,
como o são os actos que violam a castidade a que os clérigos estão
obrigados. Ignora que o referido padre foi na oportunidade ilibado
pelo Direito Civil, que não apurou provas da prática de Pedofilia
sobre rapazes surdos que tutelava. Como ignora que a hierarquia
católica manteve-o sob vigilância e o fez, não tanto pela suspeição de
abusos sexuais em menores, mas por desvios doutrinários. Foi essa e só
por essa razão que o então Cardeal Ratzinger, em 1995, o sancionou,
tendo então limitado as suas funções pastorais. Quatro meses depois
Murphy faleceu. Não cremos que aquele diário nova-iorquino
desconhecesse em absoluto estes factos. Daqui se conclui que existe má
fé e em marcha uma campanha difamatória articulada mundialmente contra
a hierarquia católica.

E compreende-se. O actual Sumo Pontífice, coerente com os princípios
da Igreja Católica, tem desenvolvido uma tenaz resistência contra as
propostas contra-natura e fracturantes, veiculadas por organizações
laicas apostadas em impor uma visão sexista e hedonista da Sociedade,
reduzindo o homem à sua condição animal para negar a sua dimensão
espiritual. Tais organizações não surgiram obviamente por “geração
espontânea”, nem vivem do ar… Foram criadas e são apoiadas à sorrelfa
por Fundações ditas filantrópicas como a da família Rockfeller. Os
interesses financeiros das mesmas estão ligados a um vasto leque de
sectores económicos, que vão desde a banca, o petróleo, a indústria
farmacêutica, a indústria militar, etc, aos meios áudio visuais,
incluindo a “mídia”, a qual evidentemente cumpre uma agenda ditada
pela Elite Global à qual pertencem.

Ademais, quem postula que a Humanidade tem que ser reduzida a 1/3 da
população actual e contribui para a miséria de milhões de seres
humanos não pode ver com bons olhos a acção caritativa da Igreja,
precisamente nas áreas onde a pobreza é mais sentida, coincidindo por
vezes com subsolos ricos explorados por essa mesma Elite Global.

Há portanto uma intenção neste tipo de notícias, que vai muito além do
desejo de informar… Se assim fosse não omitiam o mesmo fenómeno
noutras instituições análogas. Mais, numa apreciação equilibrada da
responsabilidade da Igreja na Pedofilia, deveriam referir os processos
civis e canónicos que têm sido levantados aos clérigos acusados de
abuso sexual a menores, seu desfecho, e não apenas publicitar
denúncias, que podem não ser genuínas, como se tem conhecimento em
processos deste género.
Artur Rosa Teixeira

(artur.tei...@gmail.com)

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