a polêmica atual sobre a EAV...

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fabiana santos

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Mar 7, 2016, 4:29:24 PM3/7/16
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Caros do Fórum,

escrevo porque realmente não sei o que pensar de tudo que vem acontecendo em torno do que vou chamar, por falta de termo melhor, de "destruição da EAV"...
Estive numa reunião na EAV, convocada por alunos e professores indignados com as demissões que foram anunciadas pela OCA Lage, assim: como fato consumado.
O que me impressionou é que uma parte dos professores não estava presente na reunião, outra parte, da parte que estava presente, estava preocupada em não criar constrangimentos para Marcio Botner  e a OCA Lage, outra parte estava (a meu ver) um pouco perdida politicamente no meio da situação esdrúxula... E um ou dois estavam decididos a ficar contra o projeto ventilado pela Oca Lage de cobrar ingresso, com catraca, para entrar na escola...

Ninguém estava tendo muita clareza da dimensão da questão política em jogo, tentei falar mas não consegui desenvolver, pq havia muita resistência a qualquer discordância. Eu estava discordando deles!
Primeiro porque achei que tinha sido um erro estratégico da direção da escola e da Oca Lage, não ter reunido a ESCOLA INTEIRA, alunos, professores e funcionários, para fazer frente coletivamente à crise financeira do Estado, criar uma resistência interna e na relação com o governo, ao invés de demitir seletivamente... Mas agora vejo que também há dúvidas sobre isso! "Erro estratégico" ou "política intencional"? Quais os desdobramentos, de lá pra cá?...
Não tenho acompanhado de perto, mas tem muita gente pedindo para a Oca Lage e a direção da EAV abrirem a caixa preta, dar transparência às suas opções e decisões...

O que acho importante pensar, após esta notícia de afastamento da atual gestão, é sobre o projeto que sempre quisemos para a EAV, que foi traduzido num plano diretor e satisfatoriamente implementado em gestões anteriores, com discordâncias e debates (parte de qualquer processo democrático de gestão) mas mantendo a escola unida e em funcionamento! Inclusive superando outras crises, em diferentes momentos históricos, e saindo fortalecida delas. Importante pensar sobre a "razão social" da EAV! O que seria o diferencial de ser uma escola? E não uma galeria, ou um centro cultural, ou um espaço de turismo cultural?... Qual o projeto educacional que fez com que a EAV se tornasse a EAV ao longo do tempo? Acho que esse projeto de escola não pode se perder... É claro que as diferentes gestões modificaram aspectos desse projeto, mas o núcleo tem se mantido. É o momento de avaliar em que medida este projeto foi desconsiderado? Talvez...

Não entro em maiores detalhes sobre a polêmica atual pq me faltam elementos... mas acho importante colocar aqui outro abaixo assinado, com outros argumentos e objetivo oposto, para conhecimento de todos! Foi criado também por ex alunos, ex funcionários, artistas e professores da escola. São interesses contrariados? Pode ser, pode não ser, podem estar, como eu, perplexos e preocupados com o futuro da escola livre que a EAV sempre foi, à custa de muita luta e resistência! Não pode ser naturalizado o fato da escola ter tomado o rumo que tomou, configurando uma aproximação à política de privatização do ensino de arte (do ensino em geral) que vem sendo implementada (quando e onde não há resistência) em resposta às exigências do mercado...

Esclareço que não assinei nenhum dos dois abaixo-assinados, e não sei se vou assinar algum...
Sempre fui - e sou - a favor de debates abertos e, mesmo desagradando alguns, mantenho essa posição.



Fabiana








Fabiana Éboli Santos
Artista Visual 
exposições, textos, curadorias, oficinas
Mestre Linguagens Visuais EBA-UFRJ
Co-autora do livro Mario Carneiro Trânsitos - Prêmio Procultura de estímulo às Artes Visuais do MinC
 Tel: 55 21 22244132 / 985909719 vivo

Pablo Pinheiro

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Nov 18, 2017, 10:58:20 AM11/18/17
to forumnaciona...@googlegroups.com

Olá gente.

 

Caso não me conheçam, ou não lembrem, sou Pablo Pinheiro, fotógrafo, educador, pai, sonhador, etc. Membro de alguns agrupamentos, associações, fóruns e grupos de prosas. Sou responsável pelo projeto Construindo Novos Olhares que acontece em Natal/RN e é deste projeto que vou falar.


Não sei como andam as coisas por aí, mas por aqui, continuo a pensar nas soluções para melhorar nossos caminhos. E definitivamente a educação é um dos mais firmes para se andar.


Este ano estamos completando 4 anos do projeto Construindo Novos Olhares. É um projeto um pouco diferente do perfil do social convencional. É uma construção política, social, cultura e real em que se trabalhou, até o momento, com a imagem.  


A proposta inicial foi de trabalhar com a fotografia em sala de aula, tanto com os alunos como com os professores. E é lógico que o projeto foi e está sempre se adaptando aos desafios encontrados no momento. Uma coisa bacana de não termos tantas amarras é que nos permite termos uma visão clara do que existe na relação escola – aluno – professor. Apesar de muitos acreditarem que estamos perdidos, eu ainda não cheguei neste ponto, mas sinto que estamos cada vez mais perto. É claro que vejo saídas, do contrário não tentaria continuar algo.


Ano que vem será um ano importante para o projeto. Será o 5º ano sem parar e é um período maior do que de uma gestão pública! Com isso, teremos um dado e experiência de uma autonomia experimental. Algo importante para começarmos a existir e pedir mais braços e pernas para o desenvolvimento com experiência. Pode ser que algumas metodologias possam começar a ser propagadas após 2018. Mas 2018 ainda é um desafio. É aí que entra um pedido.


Estou colocando na plataforma do Catarse o primeiro passo para solicitar apoios. Iniciamos agora, antes do ano acabar, uma campanha para viabilizar a ampliação do serviço na escola em que atuamos. Até o momento venho mantendo o projeto na garra como o único educador, mas é preciso iniciar o processo de continuidade e trazer para perto uma ex-aluna (hoje está se formando no ensino médio), Sterffany Andrade (vídeo 06) e um novo educador para compor o quadro da nossa equipe para 2018. Com esta formação vamos poder alcançar novos resultados e poder criar alguns documentos que vão poder ser compartilhados e distribuídos para interessados em diversos territórios.


Com a chegada de uma equipe, vou ter mais autonomia para retomar as atividades com os professores e funcionários da escola. Busco um caminho em que será possível termos uma verdadeira participação por todos da escola. E preciso garantir que todos que fazem a escola entendam o que os alunos começam a usar como fala: a imagem.

 

O meu pedido é simples. Gostaria que desse uma olhada na plataforma do Catarse (www.catarse.me/cno2018 ) e contribuísse como for possível, opine sobre a campanha, compartilhe com seus contatos e ajude com algum apoio. É lógico que o apoio é muito bem-vindo, mas ter-lhes por perto e espalharmos aos 4 ventos o projeto pode ser um excelente apoio.

 

Fico na escuta por aqui.

 

Um grande braço

Pablo Pinheiro

84 99999-9111

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