Estrutural diz Não ao trabalho infantil e Sim a educação de qualidade - sábado (27/06) das 8 às 12 horas
Coracy Coelho
Caso de violência contra criança na Cidade Estrutural
Nota Pública da Rede Social da Cidade Estrutural
Estrutural, 17 de junho de 2015
A Rede Social da Estrutural vem a público se manifestar sobre o caso veiculado em jornais do DF nos últimos dias, em que uma criança de 11 anos foi espancada de forma violenta e covarde e suas imagens foram divulgadas em redes sociais com informações falsas, sensacionalistas e com duvidoso interesse político. A Rede expressa seu posicionamento de total repúdio a atos desse tipo e convida a sociedade da Estrutural e de Brasília a se mobilizar para combater de forma efetiva esse e qualquer outro tipo de violência cometida contra crianças e adolescentes.
A Rede entende que é necessário dar resposta a violência e construir estratégias para enfrentar essa realidade. Uma de nossas propostas é a organização de um ato público no evento que estamos organizando no dia 27 de junho, que apesar de ser pontual é muito simbólico e serve para mostrar que a população, instituições e grupos organizados não estão inertes ao que vem acontecendo na cidade. Outro caminho essencial que a rede aponta é a necessidade de reforçar as políticas públicas desenvolvidas pelo Estado dentro desse território. Em seus trabalhos e pesquisas a Rede tem feito uma série de levantamentos sobre a região da Santa Luzia, onde aconteceu a agressão, e identificou um número expressivo de crianças que não estão frequentando a escola, e este é apenas uma das formas de violação de direitos que têm sofrido essas crianças.
Juntam-se a esse caso outros tantos acontecimentos que representam sinais da gritante necessidade de políticas públicas efetivas e da mobilização da sociedade na proteção das crianças e adolescentes da cidade. Recentemente um outro caso chocou a cidade e todo o DF, um homem invadiu a Escola CEF 01 da Estrutural e agrediu indiscriminadamente crianças, professores e funcionários da escola. Apesar de parecerem casos isolados e sem vinculação social, esses acontecimentos se somam a todo cenário de violências com as quais convivem os moradores da Estrutural cotidianamente. Violências como o trabalho infantil no Lixão, a falta de escolas e a precarização dos serviços do território.
A Rede Social da Estrutural tem desenvolvido ações e pesquisas sobre a cidade e vem construindo propostas concretas para enfrentar esses problemas, mas esta não é uma luta de uma só organização ou grupo, mas de toda a cidade. Por isso, conclamamos a toda sociedade da Estrutural e de Brasília para construirmos uma unidade em torno da luta pelos direitos das crianças e adolescentes da Cidade Estrutural.