Olá, Focas.
A Cúpula da Amazônia chegou ao fim.
Embora dela tenha vindo a Declaração de Belém, carta de intenções para cooperação regional assinada pelos presidentes dos países Pan-Amazônicos, os resultados deixaram a desejar. E muito!
O principal motivo é que o texto da Declaração não traz uma vírgula sequer sobre combustíveis fósseis, ignorando a pressão contra a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e em outras regiões do bioma.
É, no mínimo, uma enorme contradição que os governantes não tenham ouvido as vozes de lideranças indígenas e organizações da sociedade civil - que ecoaram em diversos fóruns e protestos, tanto durante a Cúpula quanto dias antes, nos Diálogos Amazônicos.

Sabe o que mais causa espanto, Focas?
A Declaração aborda ações para conter as mudanças climáticas, mas não questiona o principal vilão em nível global - os combustíveis fósseis.
O porta-voz da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, Marcelo Laterman, criticou a omissão dos líderes.
Ele também comentou que, se o presidente Lula de fato deseja consolidar o país como uma liderança climática, “é imprescindível deixar a exploração de petróleo para trás”.
Não custa lembrar: a exploração de petróleo na Amazônia não apenas ameaça a maior floresta tropical do planeta e todas as formas de vida que nela existem.
Ela também coloca em risco comunidades pesqueiras e ribeirinhas que têm nas águas que banham a costa amazônica uma fonte de alimentação e de renda.
Por isso, precisamos nos unir por uma Amazônia sem petróleo!
Muito obrigada por estar comigo esses dias. Seguimos juntas e juntos, porque o trabalho continua!
Um abraço,