Olá, Focas.
Você deve ter ouvido por aí que começou hoje (08/08) a Cúpula da Amazônia - reunião entre chefes de Estado da Pan-Amazônia para tratar sobre os desafios da região.
Mas o Greenpeace Brasil e outras organizações da sociedade civil já estão em Belém (PA) desde a última sexta-feira (04/08), quando tiveram início os Diálogos Amazônicos.
Embarcamos para lá com um objetivo claro: cobrar que os países amazônicos assumam um novo olhar para a maior floresta tropical do mundo.
Precisamos de compromissos concretos, capazes de superar a concentração de renda e pobreza, conviver com a biodiversidade e respeitar os direitos humanos.
Mas afinal, qual o balanço dos Diálogos Amazônicos? Temos o que comemorar? 🤔
Nem tanto ao céu, nem tanto à Terra. A exploração de petróleo na Foz do Amazonas esteve em pauta e o receio de que ela seja liberada nos deixa em estado de alerta.
Não podemos tolerar a monetização da floresta!
Para dar esse recado, no domingo (06/08), lideranças de povos tradicionais e voluntários do Greenpeace Brasil receberam governadores e ministros com a manifestação pacífica Amazônia livre de petróleo para sempre.
| "O protagonismo que o presidente Lula pretende assumir no âmbito climático e amazônico pode perder a credibilidade se ele mantiver os planos de avanço de novas fronteiras na bacia amazônica, onde países e povos lutam historicamente contra os impactos da indústria petrolífera, extremamente predatória e poluidora" - Marcelo Laterman, porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil. |
Mas, para não dizer que não falei de flores, o Greenpeace Brasil celebra a criação do ‘IPCC da Amazônia’, que reunirá informações científicas sobre clima e biodiversidade regional.
Outra boa notícia veio da ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco: a criação do Comitê de Monitoramento da Amazônia Negra e de Enfrentamento ao Racismo Ambiental, em conjunto com o Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Não menos importante, nós também acompanhamos as discussões do movimento indígena, com a solicitação de demarcação das Terras Indígenas, assim como o fim do garimpo em toda a região.
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"Na contramão do que foi propagado pelo mercado e por muitos agentes públicos, os Diálogos Amazônicos expressaram uma profunda preocupação dos movimentos populares com o falso consenso de que a floresta só tem valor se for transformada em commodity. É urgente que os agentes públicos ouçam aqueles que de fato convivem e sobrevivem da floresta” - Danicley de Aguiar, porta-voz de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil.
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🔗 Quer saber mais sobre o que rolou nos Diálogos Amazônicos? Clique aqui e leia o blog completo!
A semana segue intensa, com dois dias de muitas negociações durante a Cúpula da Amazônia. Acompanharemos de perto, sempre lutando por um mundo verde e justo!
Um abraço,
