Olá Elizabeth e Clarice,
Elizabeth, fico lembrando de um grupo que participei lá em 2001 e 2002 chamado Centro Para Cura das Atitudes, onde nas reuniões as pessoas deviam falar de si e não podiam opinar sobre o que as outras pessoas falavam. A finalidade era exercitar a escuta.
Seguindo um pouco este espírito é que estou escrevendo para você.
Tenho vivido um desafio que se renova de tempos em tempos, que é o de vencer um mal estar interior marcado pela angústia e uma auto-cobrança muito grande. De agosto para cá tenho me deparado com estas questões novamente. Tenho feito um exercício interior muito difícil que é dar nome para os sentimentos e emoções que me acompanham nestes momentos difíceis. Acho que quando damos nome para as coisas ela ficam pelo menos mais claras.
O que tenho feito é não ficar paralisado por estes estados da alma. Procuro fazer o que está ao meu alcance, mesmo que não seja tudo o que gostaria de fazer. Este procedimento vem me ajudando a melhorar um passo depois do outro.
Para mim ajuda muito não querer dar conta de tudo, mas também não desistir de tentar fazer o que está ao meu alcance.
Muita luz e força,
Jorge
Amigos e Amigas,
Segue uma música que gosto muito:
http://www.youtube.com/watch?v=qnNCjtvAe7c
Abraços,
Jorge
Apesar da concentra��o e tudo o mais ser um complicante, permanecer
apenas lendo quando conseguir vai juntando informa��es e, quando sua
cabe�a resolver, essas informa��es v�o dando id�ias que talvez n�o
sa�ssem se vc as tivesse discutido antes...
Eu brinco que sou meio "pai de santo" porque de vez em quando estou
olhando/ouvindo algo e me v�m informa��es que eu estruturo e falo (E
muitas vezes n�o lembro direito depois), numa percep��o que
anteriormente n�o havia aparecido... E � bonito, porque elas v�m com
tantos detalhes, tanta coisa...
Nada anormal porque as informa��es estavam l�, sendo unidas numa colcha
de retalhos e de repente, quando eu me afasto um pouco, consigo enxergar
um desenho maior, os motivos que levam a isso ou aquilo...
O debate em si n�o precisa ser "imediato e o tempo todo".
Apenas "ouvir" tamb�m � muito importante (ou, no nosso caso agora, ler).
Eu demorei um bom tempo (Adolesc�ncia � fogo, eu sei...) para aprender a
ouvir o que os outros diziam, e principalmente pra "ouvir" e "entender".
Sou bastante emp�tica com as pessoas (ou, do outro lado, pode me chamar
de advogada do diabo). Apesar de eu n�o ter postura X ou Y, entendo
porque certas pessoas as t�m.
Isso ajuda quando vamos entrar na proposi��o de id�ias para os outros e
n�o s� pra si.
Mas isso tamb�m trava, porque vc p�ra pensando no que importaria pra 300
pessoas, ent�o o que seria "mais" importante acaba ficando obscuro e n�o
d� pra decidir quem deve ser "relevado" e quem deve ser "elevado"...
Quando descobri que tinha FM e comentei com um reumatologista (Que
diziam que era b�o...) sobre grupos de apoio, o coment�rio gracioso dele
foi: imagine, um grupo desses seria terr�vel, porque o pessoal � t�o
deprimido que acaba deprimindo os outros.
Em compensa��o, nesses 5, 6 anos de orkut, sinto-me muito recompensada
porque algumas pessoas, que n�o tinham conhecimento do que � a FM, do
manejo, das condi��es e caracter�sticas da doencinha praguenta e por
isso sofriam bastante, aprenderam a manej�-la e ganharam muito em
qualidade de vida, por conta desse grupo virtual de apoio.
J� vi coisas bem feias no mundo virtual, mas tamb�m vi v�rias muito bonitas.
Moniquinha
Olá Mônica e Elizabeth,
Monica, muito legal a sua mensagem!
Eu trabalho em um ambiente acadêmico bastante sofisticado e exigente, sempre tenho mais coisas interessantes do que tempo.
Nos últimos tempos tenho aprendido a ter mais foco nas minhas atividades.
Sou muito reconhecido no que faço, mas não caio na armadilha de viver em função de reconhecimento externo. Fico atento para o meu mundo interior e em coisas que fazem sentido para ele. Diferente da fibromialgia, na esquizofrenia sempre há o risco de descolar da realidade e ficar preso no próprio mundo interno.
Tenho tentado transpor os desafios desde que possa crescer com eles, e para mim isto vai de dando passo a passo.
É muito legal trocar experiências, acho que é uma forma de crescimento coletivo.
Vamos conversando...
Abraços,
Jorge
De: fibromial...@googlegroups.com
[mailto:fibromial...@googlegroups.com] Em nome de Monica Uratsuka
d´Ávila
Enviada em: domingo, 17 de outubro de 2010 02:40
Para: fibromial...@googlegroups.com
Assunto: Re: Participação em debate
Eu aprendi muito sobre mim nesses 14 anos de FM.
Diante de tudo o que é aqui exposto sobre o assunto da fibro os
peritos do INSS não reconhecem esta doença que geralmente trazem para
nós portadores desta enfermidade uma infinidade de outras doenças que
associadas à fibro nos causam uma dor quase que intolerável nas 24
horas do nosso dia,chegando muitos peritos a nos chamarem de
vagabundos por não termos mais condições de trabalharmos em empresas.O
que nós juntos poderemos fazer sobre este descaso dos peritos médicos
do INSS visto que os reumatologistas,os fisioterapeutas,os
neurologistas,os geriatras reconhecem esta doença terrível.Será que
eles estão errados e somente os peritos estão certos,para que estes
especialistas estudaram tanto se os seus laudos e exames as vezes e
quase sempre não são nem observados na consulta pericial.
Desculpem o meu desabafo e melhora a todos nós.
Deolindo - São Carlos/SP.
De: fibromial...@googlegroups.com
Para: fibromial...@googlegroups.com
Cópia:
Data: Thu, 21 Oct 2010 11:48:52 -0400
Assunto: Re: Participação em debate