A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...
A gente - eu e meu companheiro, Rodrigo - não quer só comida. A gente quer conhecer boa parte da América do Sul a pé, de ônibus, trem ou carona, a partir de Santiago, no Chile. Queremos conhecer a geografia, a política, a cultura, a culinária, e as pessoas de cada lugar pelo qual passarmos. Hospedagens em casa de amigos, conhecidos, desconhecidos, acampamentos e albergues, garantem a criatividade culinária.
Eu sou a Elaine Santana, e posso dizer que algo que me define muito bem é o meu amor por comida. Eu amo experiências 'comedorísticas' e eu amo, igualmente, o processo de criar algo para se comer. Especialmente, especialmente mesmo, se esta comida for ser dividida com outras pessoas.
Nossa viagem começou faz três semanas. E deve se estender por pelo menos seis meses. Mas a gente pensa em esticar para um ano ou pelo tempo que durar. E tem um bolão rolando pela família: Dezoito meses é o prazo mais longo do bolão. Três é o menor. :) A gente é competitivo. Com três a gente não volta nem a paus! :)
Desmontamos nossa vidinha semi-pacata em São Paulo (levou dois meses para conseguir emprestar, doar, cancelar, desfazer ou encaixotar tudo que a gente tinha e não ia levar). Resumimos tudo em dois mochilões e duas mochilas menores, nos despedimos das pessoas queridas que confortam a existência e embarcamos nesta aventura. Nos abrimos para o improviso.
Santiago é uma cidade onde já estivemos - separadamente - antes. Uma cidade com amigos e hospedagem garantida. Um jeito gostoso e confortável de começar a jornada. Uma amiga, de surpresa, nos buscou no aeroporto e daí em diante, basicamente, tivemos só facilidades.
Depois de três semanas em Santiago, começamos a fazer pequenas viagens para outros lugares. Agora estamos em Valparaíso, mas ainda visitaremos Cajon del Maipo, nos Andes, perto de Santiago, antes de partirmos para La Serena, na costa da região de Coquimbo, por onde devemos acampar por boa parte do trajeto até chegarmos à região desértica, ao redor e ao norte de São Pedro do Atacama, onde calculamos passar nosso próximo mês.
Improviso da semana:
Dois dias atrás nos hospedamos na casa do irmão (Fede) de uma amiga (Yuyo). Chegamos tarde, saímos para andar pelo bairro e no fim, percebemos à meia noite que estávamos com fome e sem acesso a comida: o metrô já tinha fechado e os restaurantes da redondeza também. Com a devida permissão, nos servimos do que eles tinham à geladeira.
Eles tinham:
- Tortillas (aquelas massas de fazer burrito, já achei no Carrefour e no Extra em São Paulo, mas podia ser pão de forma, francês, italiano...),
- Queijo mantecoso (parecido com a nossa mussarela),
- Abacate maduro (bem diferente da nossa cultura, aqui no Chile come-se muito abacate com sal e pimenta, no pão, com torradas, além de receitas básicas de guacamole),
- Cebola
- Cenoura (já) ralada.
Fede e a noiva têm uma horta com algumas ervas, frutas e verduras, algo comum em casas aqui em Santiago. Colhemos:
- Tomates e Laranjas
Fritamos a tortilla numa frigideira (elas vêm cruas e precisam passar pelo fogo, mas se fosse outro tipo de pão, eu teria esquentado porque estava tãaaaao frio... Brrrrr), derretemos o queijo e colocamos fatiados o abacate, o tomate, a cebola e a cenoura com um pouco de sal. Tchãran: Tacos!
E com as laranjas da horta, fizemos um suco.
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