Consulta sobre Mestre indígena

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Wilmar D Angelis

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Jan 14, 2022, 7:51:06 PM1/14/22
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Caros colegas, 
algumas vezes mencionei (talvez até já tenha escrito, em algum lugar) que Nanblá Gakran, do povo Laklãnõ-Xokleng, foi o primeiro indígena no Brasil a obter o título de Mestre em Linguística (isso se deu em 2005, na Unicamp).
No entanto, tenho uma "lembrança" de ter lido, em algum lugar, o nome de uma mulher indígena que teria obtido o referido título antes daquela data.
Tendo introduzido esse tema, peço ajuda, a quem puder, sobre duas coisas:
1. Sabem de algum/a indígena que se tornou Mestre em Linguística antes de 2005?
2. Podem informar, do programa de Linguística da sua Universidade, quem e quando se formou o primeiro indígena Mestre e o primeiro Doutor em Linguística?
Agradeço aos que puderem contribuir. São dados que vão contribuir a um capítulo que estou escrevendo. 
Um abraço

Wilmar D'Angelis

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Departamento de Linguística / Linguistic Department
Instituto de Estudos da Linguagem - IEL 
UNICAMP (State University of Campinas, Sao Paulo, Brazil)

Susana Grillo

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Jan 15, 2022, 8:49:47 AM1/15/22
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Maria das Dores de Oliveira - Pankararu. UFAL, 2001. 

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A lista Etnolingüística é parte das iniciativas da Biblioteca Digital Curt Nimuendajú, um projeto mantido integralmente por voluntários. Siga-nos no Twitter:
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Angel H. Corbera Mori

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Jan 15, 2022, 8:49:52 AM1/15/22
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Wilmar, Talvez seja a Maria Pankararu.
Ela fez doutorado com a língua Ofaye, ficou um semestre no IEL (com bolsa da Ford). Seu mestrado em letras e linguística foi em 2001 na Federal da Alagoas.


Maria das Dores de Oliveira é indígena do povo Pankararu, do Estado de Pernambuco, Brasil, possui Graduação em História pela Autarquia de Ensino Superior de Arco Verde-AESA (1990); Graduação em Pedagogia (1997); Mestrado (2001) e Doutorado (2006) em Letras e Linguística, todos pela Universidade Federal de Alagoas-UFAL. É professora da Fundação Nacional do Índio-FUNAI, com lotação na Coordenação Técnica Local de Ilhéus/Bahia, onde desenvolve atividades relacionadas às políticas públicas para educação escolar para os povos indígenas, em especial, o povo Tupinambá com o qual atua.
Angel

Wilmar D Angelis

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Jan 15, 2022, 9:48:57 AM1/15/22
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Ok, Juliana, Susana e Angel, obrigado.
Sim, na verdade me ocorreu verificar isso, mais tarde da noite, ontem, porque me lembrei justamente que eu tinha - sei lá porquê - a ideia de que Maria das Dores tivesse mestrado em Educação, antes do Doutorado em Linguística, mas que teria visto em algum lugar que ela era tb Mestre.
Entre o Mestrado dela, de 2001, e a defesa do Osias (Tikuna) na Unicamp em 2021, cataloguei 20 Mestrados em Linguística e 10 Doutorados.

abç
Wilmar

Aurea Cavalcante

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Jan 15, 2022, 3:45:04 PM1/15/22
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Caro Wilmar,

Me lembrei de Darlene Yaminalo Taukane, mas ela é a primeira mestre em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso.
Título: Educação Escolar entre os Kura Bakairi - Ano de Obtenção: 1996 - sob a orientação de Edir Pina de Barros.

Profª Drª Áurea Cavalcante Santana
PPGEL/UFMT - Cuiabá, MT
GEDDELI/ CNPq - Grupo de Estudos, Descrição e Documentação de Línguas Indígenas

" É preciso falar de esperança todos os dias só para que ninguém esqueça que ela existe"
Mia Couto


Aurea Cavalcante

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Jan 16, 2022, 4:00:33 PM1/16/22
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Caro prof. Wilmar,

Em 2017 no GELCO apresentei este levantamento sobre as Dissertações e Teses defendidas por indígenas:

Dissertações de Mestrado:

·       2001 - Maria das Dores OLIVEIRA. A Variação Fonética da Vibrante /r/ na Fala Pankararu. Análise Linguística e Sociolinguística. Orientação: Adair Pimentel Palácio. Universidade Federal de Alagoas, 2001.

·       2005 - Nanblá GAKRAN.  Aspectos morfossintáticos da língua Laklãnõ (Xokléng). Orientação: Wilmar da Rocha D'Angelis. Unicamp, 2005.

·       2009 - Edilson Martins MELGUEIRO. Sobre a natureza, expressão formal e escopo da classificação linguística das entidades na concepção do mundo dos Baniwa. Orientação: Ana Suelly Arruda Câmara Cabral. Universidade de Brasília, 2009.

·       2010 - Aisanain Páltu KAMAIWRÁ. Uma análise linguístico-antropológica de exemplares de dois gêneros discursivos Kamaiurá. Orientação: Ana Suelly Arruda Câmara Cabral. Universidade de Brasília, 2010.

·       2010 – Mutua MEHINAKU. Tetsualü: pluralismo de línguas e pessoas no Alto Xingu. Orientação: Bruna Franchetto. Museu Nacional/UFRJ, 2010.

·       2011 - Joaquim Paulo de Lima KAXINAWÁ. Confrontando registros e memórias sobre a língua e a cultura Huni Kui : de Capistrano de Abreu aos dias atuais. Orientação: Ana Suelly Arruda Câmara Cabral. Universidade de Brasília, 2011.

·       2012 – Warý KAMAIURÁ. Awetí e Tupí-Guaraní, relações genéticas e contato linguístico. Orientação: Ana Suelly Arruda Câmara Cabral. Universidade de Brasília, 2012.

·       2014 – Kaman NAHUKUA. Um outro olhar sobre o nome em Nafukuá-Kalapálo, uma das línguas Karib faladas no Alto Xingú. Orientação: Ana Suelly Arruda Câmara Cabral. Universidade de Brasília, 2014.

Teses de Doutorado:

·       2006 - Maria das Dores OLIVEIRA. Ofayé, a língua do Povo do Mel. Fonologia e Gramática. Orientação: Januacele Francisca da Costa e Adair Pimentel Palácio. Universidade Federal de Alagoas, 2006.

·       2015 - Aisanain Páltu KAMAIWRÁ. O kwaryp de Kanutari: uma abordagem linguística e etnográfica. Orientação: Ana Suelly Arruda Câmara Cabral. Universidade de Brasília, 2015.

·       2016 - Warý KAMAIURÁ. Awetýza Ti?ingatú: Construindo uma Gramática da Língua Awetý, com Contribuições para o Conhecimento do seu Desenvolvimento Histórico. Orientação: Ana Suelly Arruda Câmara Cabral. Universidade de Brasília, 2016.


Para nossa alegria esse número já aumentou consideravelmente de 2016 até hoje...

Um abraço,
Profª Drª Áurea Cavalcante Santana
PPGEL/UFMT - Cuiabá, MT
GEDDELI/ CNPq - Grupo de Estudos, Descrição e Documentação de Línguas Indígenas

" É preciso falar de esperança todos os dias só para que ninguém esqueça que ela existe"
Mia Couto
Em sexta-feira, 14 de janeiro de 2022 20:51:07 GMT-4, Wilmar D Angelis <wilmar....@gmail.com> escreveu:


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