Segue abaixo um bom texto para refletir sobre o processo de reorganização
nacional do Movimento Estudantil. Se a reorganização perpassa primeiro pela
construção de lutas, precisamos então construir espaços que apresentem uma
perspectiva de consolidação de lutas nacionais fortes, que não se dêem de forma
fragmentada.
Precisamos superar o método de atacar nossos verdadeiros companheiros com o falso discurso de que a ANEL é sectária e aparelhada pelo PSTU, e avançar na construção da unidade. Muitas vezes reproduzimos esse discurso, sem nem ao menos nos permitirmos perceber a materialidade das coisas, como que elas são de fato na prática.
Quando comecei a construir na ENECOS, junto com os companheiro do Barricadas, o coletivo Aos que Virão, em 2009, enfrentei um duro processo de superação de preconceitos, de compreensão da realidade, para perceber que eles não eram sectários, aparelhados por um partido, ou que não sabiam dialogar, e sim que tinham um programa político coerente e avançado para a executiva. Enfrentei, inclusive, uma grande crise dentro do Coletivo ENECOS Piauí, quando as pessoas decidiram não discutir, nem se posicionar quanto ao processo eleitoral nacional da ENECOS naquele ano.
Agora estamos diante de violentos ataques a educação pública e aos trabalhadores. Portanto, peço a todos os companheiros e companheiras do Movimento Estudantil Geral, da ENECOS, dos C.A's, do Barricadas e de outros coletivos, que se permitam refletir mais abertamente sobre o processo de reorganização do Movimento Estudantil e da contrução de unidade nas lutas.
O texto é um pouco grande, mas vale muito a pena parar um instante para ler.
![]() Jorge Badauí, da Secretaria Nacional de Juventude do PSTU |
Doug, os atritos podem ser uma coisa boa ou ruim, depende da perspectiva. Por exemplo, “na física, o atrito é a componente horizontal da força de contato que atua sempre que dois corpos entram em choque e há tendência ao movimento”. Adorei esse conceito de atrito hehehe.
Agora falando sério, fazendo uma metáfora com essa
perspectiva apontada pela física, para superarmos nossas divergências, em prol
da unidade na luta, é necessário abrirmos um campo de diálogo para expormos claramente
e superarmos nossas reais divergências. O
1º Congresso da ANEL, por exemplo, é um espaço para isso. É um espaço
aberto e democrático para discutirmos perspectivas de lutas nacionais e debatermos
junto a isso a reorganização do Movimento Estudantil.
Quanto ao boletim que você enviou, Doug, achei ele muito bom para
desmistificarmos algumas idéias deturpadas que muitos de nós temos contra
nossos companheiro de luta. Falamos tanto que os camaradas do PSTU são
sectários, mas desde 2005, quando as lutas do Movimento Estudantil não se davam
mais por dentro da UNE, os camaradas do PSTU já fazem um chamado aos demais setores
de esquerda e combativos do Movimento Estudantil a construir a unidade em torno
de lutas.
E eu estou falando especificamente do PSTU, porque assim como muitas vezes tratam a oposição de esquerda da UNE dentro de um só bloco, como Alexis advertiu, os vários blocos de esquerda da UNE, como o próprio Barricadas e os outros partidos, como o PSOL, também fazem o mesmo com o PSTU e a ANEL, como se fosse uma coisa só e não é. Assim como no caso desse boletim de 2005, a Conlute era uma organização que o PSTU também construía, não era o PSTU.
Assim como você, Alexis, eu também não gosto desse modo de resumir e caracterizar as coisas. Mas não acho que esse seja o caso desse texto “O Congresso da Anel é o lugar da esquerda da UNE”. Acredito que ele esteja voltado mais para um chamado a todos os blocos de esquerda da UNE e, inclusive, faz uma pequena caracterização: “Alguns dizem que essa idéia, ou essa ‘ideologia’, só tem servido para dividir, confundir e desviar a esquerda de debates que realmente importam. Outros até dialogam com a possibilidade de que haja mesmo uma reorganização, mas insistem em afirmar que a única estratégia possível é disputar a UNE por dentro. Ou, ainda, que a única forma de disputar a base do governo é no marco das entidades por ele controladas”.
Quanto ao fato desse texto ter sido escrito pela juventude do PSTU, acredito que isso não seja uma contradição ao fato da ANEL ser um entidade autônoma. Na verdade, para mim, é uma demonstração dessa condição. Ela é de tal forma autônoma ao partido, que se fosse aparelhada, o PSTU simplesmente escreveria essa nota e colocaria em nome da entidade, sem antes passar por uma discussão com os outros grupos e estudantes que constroem a ANEL. Então o PSTU escreve esse texto sobre a ANEL, fazendo um chamado aos estudantes, grupos e coletivos que hoje, de alguma forma, ainda fazem parte da esquerda da UNE, assim como qualquer grupo, coletivo ou C.A., também poderiam ter feito. Enquanto um partido, eles defendem um programa específico para o Movimento Estudantil e por isso, eles têm mais é que defender esse programa. Além do mais, todos ou a maioria dos textos no site do PSTU são assinados pelos militantes que o escrevem. Isso não quer dizer que esses textos não sejam resultado de uma construção coletiva, já que reflete a política de todo um partido, que se organiza em núcleos de base, em torno dos princípios do centralismo democrático.
Um forte abraço
Compas,Não costumo entrar nesses atritos da própria esquerda combativaMas Irei responder o texto compas
Mas pra lembrar o passado.repare o que o PSTU falava em 2005.abs
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"Os verdadeiros revolucionários são movidos por grandes sentimentos de amor"
Vinícius Oliveira
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