Re: RE: Abraça-me / Quero ser Como Criança - David Quinlan

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prole....@terra.com.br

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Oct 6, 2011, 12:39:39 PM10/6/11
to marcos vinicio ribeiro, entendes-o...@googlegroups.com
Um bom dia a todos.
Tenho ainda algumas considerações, que podem somar à discussão do assunto. A discussão é boa, porque nos desafia ao raciocínio, visando um posicionamento. Como estou na Conferência da editora Fiel, só agora achei um tempinho pra postar.

Pra ser objetivo, seguem 4 tópicos:

1) Quanto ao cântico ser humanista, continuo enxergando assim. A comparação com o Salmo 23 não me parece "compatível", porque, no salmo, apesar das diversas referências ao "eu", nós encontramos Deus na retaguarda:

Nada ME faltará                                          porque o SENHOR é o MEU pastor.
EU deito em verdes pastos                     porque o SENHOR me faz deitar.
EU estou junto às águas tranquilas       porque o SENHOR ME guia pra lá.
EU não temo quando EU ando pelo vale
    da sombra da morte                               porque o SENHOR está comigo
                                                                         porque o SENHOR ME consola.
bondade, misericórdia ME seguirão       habitarei na casa do SENHOR.

Enfim, o salmo não é egocêntrico ou humanista, porque ele destaca o que o Senhor faz. Para cada sentença relacionada ao "humano" há um fundamento no "divino".

Já o cântico em questão é diferente. O cântico fala do que o homem quer ser em relação a Deus, mas que tem dificuldade de alcançar isso, e quer que o Senhor o abrace, afague, etc.

2) Quanto a ser impróprio para o culto litúrgico, continuo vendo assim.
Reconheço que o cântico tem frases que sugerem contrição ou mesmo adoração... Mas olho para o cântico no seu contexto global, e pelas razões já mencionadas no e-mail anterior,  não penso que o cântico cumpra este papel. Até mesmo porque, se pegarmos frases isoladas, algumas músicas do Roberto Carlos poderiam ser colocadas no culto ("Jesus Cristo eu estou aqui", "Obrigado Senhor por mais um dia", etc).


3) Penso que toda a questão gira em torno da análise contextual do cântico. A exegese que aprendemos no seminário conservador é "histórico-teológico-gramatical" - Porque avalia a passagem à luz de seu contexto, da teologia bíblica e da gramática. Por isso, não entendo que nós tenhamos a obrigação de atribuir a um termo um único sentido, quando ele tem outros, e quando ele oferece um contexto que nos ajude a compreendê-lo, apurando assim o que o autor do cântico queria dizer com aquela palavra. Por exemplo, se a palavra "incrível" não possui um único sentido, e, se no nosso contexto aqui no Brasil as pessoas utilizam esta palavra e a entendem bem no sentido de algo "magnífico", "majestoso", e, quando o "Brilha Jesus" fala do Trono incrível - trono está ligado a Realeza, e realeza está ligado a majestade. Nós, teólogos, ensinamos a igreja que, apesar de aparecer na bíblia que "Deus se arrependeu", em vários textos, mas sabemos explicar que não foi exatamente isso que o autor quiz dizer. E nem por isso nós descartamos estes textos. O mesmo se aplica a Filipenses 2, quando diz que Jesus "não usou como usurpação o ser igual a Deus". A palavra "usurpação" não se aplicaria a Cristo, e a idéia é que Cristo "abriu mão de seus atributos". Mas nós não descartamos o texto em função disso. Então, é por aí que eu vejo. E a música "Brilha Jesus" também é uma tradução, ou versão... e que usa o recurso poético da rima.  

4) Quanto ao termo "inocência" no cântico "Quero ser como criança". Num e-mail anterior eu destaquei o meu entendimento quanto a este termo, fazendo uso de uma "fábula", procurando mostrar que as palavras são ricas em seu significado e que as pessoas nem sempre compreendem um termo pelo significado que o dicionário atribui. Contudo, pela letra do cântico em questão, não consegui apurar a qual tipo de inocência o cântico se refere, até mesmo porque acho a letra deste cântico muito confusa. Daí, teríamos que perguntar para o autor, o que ele realmente quiz dizer quando faz uso deste termo.
Clodoaldo.

On Ter 4/10/11 13:20 , marcos vinicio ribeiro prver...@hotmail.com sent:



Bom dia irmãos, creio
que já estou entrando um pouco tarde na discussão, mas quero justificar o fato
de entrar meio tardiamente, primeiro procurei meditar melhor na letra do cântico
a partir da Escritura e segundo pelo volume de coisas que estou fazendo, ou
seja, os cursos estão tramando algum tempo de minha parte. Mas, gostaria de
postar minha opinião.

Quanto
ao músico:

Como falei
anteriormente, sou simpático ao posicionamento do Rev. Clodoaldo. Mais gostaria
de refletir um pouco mais sobre assunto, ou seja, o "músico" ou autor,
a letra, e se devemos ou não cantar em um culto solene:

1) Pelo que entendi, o autor não é de
linha reformada.

2)Tudo indica que o cântico foi
produzido em um daqueles momentos de intenso fervor.

3)Parece também que o autor desconhece a posição doutrinária dele, ou seja,
tudo leva a crer que ele nem sabe o que é ser calvinista ou armeniano.

Quanto
à letra:

Vamos
avalia-la a luz da bíblia, lembrando que essa é minha opinião e não a do autor,
como bem colocado pelo Clodoaldo teríamos que fazer exegese do autor e saber se
de fato ele foi movido por essas passagens, mas creio que ainda não é o caso
aqui. Temos textos que poderiam ser usados sim para defender a letra. Por
exemplo:

Que texto bíblico
representaria a mensagem deste cântico?

Quero
ser como criança= Mat 18.1-5= sinal de dependência,
humildade, fragilidade, afeto, confiança. Mais gostaria de destacar duas coisas
apenas: dependência e simplicidade.

Te
amar pelo que és: De fato, não podemos amar as pessoas por
aquilo elas tem, ou nos pode oferecer, amar a Deus é um mandamento incondicional,
devemos sim amá-lo, por aquilo que Ele é: Nosso Deus, nosso Criador, nosso
Senhor. Mat 22.37-40. Mat 17.24-26

Voltar
a “inocência”: Lembremos que a teologia reformada usa esse
termo para indicar o primeiro estado de Adão e Eva no Éden, eles dependiam de
Deus, não havia intensões impuras em seus corações, malicia ou outra coisa que
contrariasse a Deus. E de fato ainda que eles fossem perfeitos eles não tinham um
conhecimento do que era o mau, como temos hoje, só depois do pecado eles
ficaram sabendo a maldade do mau. E só sabemos a profundidade do mal por causa
da Escritura, pois, nós não teríamos uma compreensão exata do mau se a Bíblia
não nos revelasse. Bem, se a idéia por trás do termo inocência for esse não
vejo nenhum problema de cantá-lo. Lembro ainda que, apesar dos dicionários
serem de extrema importância para clarear determinados termos, precisamos
primeiro analisar as ideias a partir de um dicionário teológico. Para depois
compararmos com outras versões.     

e
acreditar em Ti: crer em Deus é um mandamento: Marcos 1.15,
Jo 3.16 e outros como Jo 14.1 e outros,

Mas
às vezes sou levado pela vontade de crescer: bem isso não
deixa de ser verdade, queremos tomar a gloria de Deus para nós. Foi assim com
Adão e é assim com a raça humana. Mesmo crentes são tentados a amarem a glória,
somos tentados a grandeza ao poder. Davi caiu nesse erro, o rei Ezequias,
Josias, Pedro, Paulo, veja esse exemplo: Mat 20.20-28.  Paulo fala de um espinho em sua carne e fala
do motivo do porque ele estava ali, vejam: 2 Cor 12.7-10. Sim somos levados
pela vontade de crescer. Vamos fazer um teste: tudo que nós fazemos é de fato
para a glória de Deus? Será que sempre que estudamos a Bíblia, oramos,
conversamos com alguém, aconselhamos alguém, questionamos alguém, comemos
bebemos e fazemos outra coisa qualquer é feito para a glória de Deus? Eu penso
que nem sempre. Eu gosto muito de Fanta uva, gosto também de torcer para o Corinthians,
contudo, as vezes que bebo ou comemoro a vitória e até me entristeço com a
derrota  do time que torço não tenho como
primeiro principio a glória de Deus. Bem se não é para a glória de Deus, qual
motivo me leva a fazer o que faço se não é para nós mesmo?

Torno-me
independente e deixo simplesmente de crer: outra coisa
verdadeira, uma vez que me sinto independente deixo de crer. Veja o que Cristo
diz: Marcos 10.17-31. Eu preciso todos os dias confessar a Deus meu pecado de auto-dependência.
Quantas vezes deixamos de usar a Escritura em nossas decisões? Quantas vezes
subi ao púlpito confiando na minha medíocre oratória. Quantas vezes agi sem
confiança em Deus? Entendo esse dois momentos do cântico como uma confissão
mesmo, ou seja, quero crescer e quero ser independente, e muitas vezes não
creio mesmo. Exemplo: Marcos 6.45-52. Lucas 18.9-14 e 18-23. Como o fariseu,
como o Jovem rico. Veja em Apocalipse 3.14-22.   

 

Não posso viver longe
do teu amor, Senhor.

Não posso viver longe do teu afago, Senhor.

Não posso viver longe do teu abraço, Senhor.

 Vou
tomar essas expressões amor, afago, abraço, como expressão de carinho da parte
de Deus, isso também é possível e verdadeiro: Exemplo Isaías: 40.10-11, Mat
23.37. Ap 21.4. Ef  5.22-33. Poderia citar
outros mais não é o caso. Deus é um Deus que demonstra amor e carinho para com
o seu povo, bem se Deus demonstra isso, o que me proíbe de pedir seu carinho
seu amor seu afago? Não somos autos-dependendes, Jesus disse que: João 15.4,5;
Col 1.16,17, Atos 17.24-25 e 28.

Abraça-me,
Abraça-me, Abraça-me com seus braços de amor: Salmo:
23.1-6, Salmo 91.1-4 – se Deus promete cuidar de nós, se Ele mesmo tem se
revelado em sua palavra um Pai carinhoso, amoroso e romântico (Cantares e
Oséias) por não sermos também, que mal em pedir isso a Deus?  Eu quero ser abraçado por Deus, ele é meu Pai,
quero sim ser amado por Deus, quero sim experimentar seus braços de amor em
minha vida, Salmo 16.11 - 11 Tu me farás conhecer a
vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há
delícias perpetuamente. Eu quero experimentar disso mais profundamente.

Quanto
ao Termo “Inocência”

Teólogos
reformados usam e usaram esse termo para descrever o primeiro estado de Adão e
Eva, ou seja, de perfeição, de santidade, retidão, felicidade e comunhão com Deus.
O Catecismo maior de Westminster em sua pergunta 21diz:

21.
Continuou o homem no estado em que Deus o criou no princípio?

Nossos
primeiros pais, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, pela
tentação de Satanás transgrediram o mandamento de Deus, comendo do fruto
proibido, e por isso caíram do estado de inocência
em que foram criados.

Se vamos considerar a palavra “inocência” como inadequada
temos que rever também o termo nesse símbolo de fé que adotamos. Entendo que o
termo deve ser explicado e ensinado corretamente, como é o caso da palavra “incrível”,
que literalmente é o contrario de crível. E sabemos Biblicamente voltaremos ao
primeiro estado de nossos pais, aquele estado que eles se encontravam antes, ou
seja, perfeição. Se o desejo do autor é esse, que de errado ele esta pedindo ou
querendo? Se eu e você cantamos com essa intenção que mal estamos cantando ou
pedindo? Seria pecado pedir a Deus isso? Se for, como podemos explica a oração
do Pai nosso que diz: seja feita a tua vontade aqui na terra como nos céus. Desejamos
agradar a Deus, e para tanto temos que ser perfeitos (em Cristo somente).

 

 

A letra do cântico é
boa?

Existe alguma inverdade nela? Ela tem elementos de confissão,
de almejo ou desejo por Deus, de adoração de dependência. Que são partes essências
de um culto. Desejo por Deus, confissão de pecados, ou seja, o reconhecimento
de nossa pecaminosidade, suplicas por misericórdia e pedido. Esses elementos se
encontram todos aqui.

Quanto a os “eus”  

Vamos ver no caso do salmo 23 aparece 17 vezes, não entendo
que esta salmo seja antropocêntrico. Fato de ter muitos eus em um cântico não o
desqualifica, mas, sim se houver heresias. Que não é o caso do cântico em
análise.

1 O Senhor é o meu pastor; nada me
faltará.

2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranquilas.

3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,
não temerei mal algum, porque tu
estás comigo; a tua vara e o teu
cajado me consolam.

5 Preparas uma mesa
perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

6 Certamente que a
bondade e a misericórdia me seguirão
todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos
dias.

Considerações
finais

A teologia reformado são lentes que nos
ajuda a ver melhor as coisas a nosso redor, ela me faz enxergar o que é
verdadeiro e o que é falso. Ele me ajuda a aplicar melhor minha razão, meu
sentimento e minha vontade a serviço de Senhor, ela me faz agir em conformidade
as Escrituras, isto é, Fil 4 8 Quanto ao mais,
irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo tudo
o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma
virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. 9
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso
praticai; e o Deus de paz será convosco.

Não vejo nem um problema em cantá-la em um
culto solene, pois, entendo que se ela não esta contra a posição reformada
bíblica. Talvez seja contra minha preferência, ai são outro detalhes.  

Postarei outras reflexões sobre esse cântico
para o momento penso ser o suficiente. Assim como os irmãos tenho minhas
preferencias, contudo, tenho que me policiar para não fazer de minhas preferências
uma regra para todos. Sou corintiano que bom que todos vocês fossem. Será?
KKKKK abraços volto logo. também estou aberto a críticas e pronto a mudar desde que seja convencido pela bíblia.




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________________________________

> Date: Mon, 12 Sep 2011 22:16:09 -0300

> Subject: Re: Re: Re: Abraça-me / Quero ser Como Criança - David Quinlan

> From: alexandre...@gmail.com

> To: entendes-o-que-can...@googlegroups.com

>

> Olá pastor,

>

> em primeiro lugar, quero agradecê-lo pelos excelentes argumentos práticos.

> Nivelar a conversa "por cima" é extremamente motivante, então, vamos lá...

>

> Quanto ao termo "inocência",

> confesso que não cheguei a considerar a teologia profunda da palavra em sí,

> mas considerei o uso e o entendimento mais comum na nossa língua e cultura,

> que aliás é predominantemente católica e arminiana. :-)

>

> Dos 7 possíveis significados registrados no Michaelis,

> 5 referem-se à falta de culpa.

>

> Mas é inegável que é possível entender, dentro do contexto,

> que o termo pode referir-se à ingenuidade, falta de experiência,

> simplicidade, etc...

>

> 1 Qualidade de inocente.

> 2 Falta de culpa.

> 3 Singeleza, ingenuidade.

> 4 Estado de pureza, castidade.

> 5. batismal: a que procede da isenção do pecado original pelo batismo.

> 6. original: estado de isenção de toda culpa em que o primeiro homem

> foi criado.

> 7. primitiva: estado da alma anterior ao pecado atual.

>

> Ainda continuo achando que o cântico não é dos melhores

> porque não é completamente claro na mensagem,

> mas diante das argumentações já não estou tão encanado com o "inocência",

> afinal, há uma saída... e uma boa saída para a mente de um calvinista.

>

> []s

>

> A.

>

>

> 2011/9/12 <prole....@terra.com.br<prole....@terra.com.br>>

> Numa interpretação fiel, o que se leva em conta: a) O que a pessoa quiz

> dizer; b) O que a pessoa disse, de fato.

>

> Proponho uma FÁBULA, de minha autoria, rss.

>

> Digamos que um teólogo reformado trabalhe numa imobiliária. Conversando

> com o patrão, o teólogo fala de um cliente, o senhor Fulano de Tal da

> Silva, que quer alugar um ap. O patrão, revoltado, responde: "Não

> alugue pra ele! Eu o conheço! O desgraçado já me deu prejuízo". O que

> seria normal o teólogo responder pra ele?

> a) Resposta 1: Mas, patrão, quando o senhor diz que ele é desgraçado, o

> senhor não está se referindo à graça de Deus na eleição, visto que o

> cara nem é crente!

> b) Resposta 2: Mas, patrão, o senhor é Calvinista ou Arminiano, afinal?

> Porque, se for Calvinista, sabes que se o cara for um eleito, ele pode

> estar desprovido da graça hoje, mas poderá vir a ser alcançado pela

> graça!

> c) Resposta 3: Mas, patrão, quando o senhor fala de "desgraçado", seria

> uma referência à graça comum, ou o cara é crente? De qual tipo de graça

> ele é desprovido?

>

> Solução - Embora o teólogo esteja teologicamente correto em sua

> interpretação da palavra "desgraçado" - (desprovido da graça) Qualquer

> leitor simples entende que o patrão não estava falando de nenhum tipo

> de graça. Ele estava simplesmente xingando alguém que lhe deu prejuízo,

> e qualquer pessoa ao redor entenderia isso... mas, o teólogo, por vezes

> prefere complicar as coisas!

> Assim como fazemos exegese da bíblia, devemos também fazer uma exegese

> das pessoas.

> Portanto, penso que devemos, primeiramente, procurar entender o que o

> autor das palavras quiz dizer. Porém, devemos observar quando há uma

> distância muito grande entre o que a pessoa disse e o que ela quiz

> dizer. Não havendo esta "distância", por mim, tudo bem.

> Por isso, sem querer trazer de volta a outra discussão, não condeno no

> Brilha Jesus a questão do trono incrível. Quem fez a letra, falando

> sobre Deus, certamente usou a palavra no contexto em que a maioria das

> pessoas usa, como algo formidável, especial.

>

> Clodoaldo.

>

>

> On Seg 12/09/11 13:32 , Alexandre Rodrigues dos Santos

> alexandre...@gmail.com<alexandre...@gmail.com>

> sent:

> Olá,

>

> vale o registro de que até então eu não tinha notado a ênfase deste

> cântico no "eu".

>

> Por isso é bom compartilhar as diversas opiniões e tijolinho a

> tijolinho, montar posições sólidas.

>

> Mas minha principal dificuldade continua sendo a questão da alegada

> INOCÊNCIA. Seria um termo poético? Seria um sinônimo mal utilizado?

> Confesso que tentei achar explicações para poder cantar a música, mas

> ainda não consegui... :-)

>

> Em um culto ao Senhor, depois de reconhecer o nosso estado em "trapos

> de imundícia" e confessar os pecados, não me sinto bem para abrir os

> pulmões e dizer que quero voltar à inocência... porque tenho por

> convicção de que nunca visitei tal estado.

>

> Pelo contrário,

> sinto-me um "sempre culpado" que, pela Graça, foi perdoado.

>

> Agora, tenho o desejo de "ser como criança"... de sempre depender mais

> e mais do Pai.

>

> []s

>

> A.

>

> 2011/8/23 <prole....@terra.com.br>

> Boa noite a todos.

> Confesso que não gosto da letra, e que gosto muito da melodia... Mas

> isso é apenas opinião pessoal, e vou tentar, de forma neutra,

> apresentar uma análise.

> 1) "Quero ser como criança, te amar pelo que és..." - O instinto da

> criança não é, naturalmente, esse. Há crianças interesseiras, que amam

> quem não lhe dá bronca, quem lhe dá presentes, quem faz o que elas

> gostam. Não é uma teoria natural que a criança ame alguém pelo que a

> pessoa é. Este tipo de amor é algo mais amadurecido.

> 2) Quanto a uma referência bíblica para o cântico, no momento não me

> ocorre. Encontramos nos ensinos de Jesus e na 1a carta de Pedro

> referência a criança, mas não me parece ser o sentido exato do

> cântico... Talvez poderíamos comparar o cântico ao Salmo 131 - "...como

> a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, assim é a minha

> alma para comigo...".

> 3) Não vejo diretamente um problema que leve a descartar a música, ao

> passo que também não vejo na música elementos úteis para um culto

> litúrgico... Particularmente, não gosto de romantismos evangélicos, e

> não aprecio a parte final "abraça-me, etc" e "não posso viver sem o teu

> afago, sem o teu abraço" e coisas do gênero. Sei que a poesia foi

> instrumento de Deus na revelação. Mas não me lembro de ler na poesia

> bíblica este tipo de romantismo. Acho que Deus não afaga ninguém, e não

> abraça ninguém. Ele faz obras maiores; mas levo pelo campo da liberdade

> poética, ressaltando que, não parece ser esse o tipo de linguagem

> poética encontrada nas Escrituras. E o ensino de Cristo quanto ao amor,

> está ligado à obediência (João 14.15; 15.14; 21.14). Quanto ao culto

> litúrgico, que tem por finalidade adoração ao Senhor, vejo no cântico

> um caráter muito voltado para o "eu" - EU quero ser como criança, EU

> quero te amar, EU quero voltar à inocência e acreditar, mas às vezes EU

> sou levado... EU deixo de simplesmente crer, EU não posso viver longe

> de..., abraça-ME, etc. Isso é muito humanista, e não o vejo encaixado

> no culto, a não ser que a mensagem bíblica também seja humanista.

> CONCLUINDO - a) Não acho que o cântico seja apropriado para o culto

> litúrgico, e não o colocaria na liturgia, mas penso que ele pode ser

> cantado em outros contextos; b) Reservo-me ao direito de não cantar as

> partes "românticas", porque eu não seria sincero ao cantar.

> Clodoaldo.

>

> On Ter 23/08/11 16:49 , Alexandre Rodrigues dos Santos

> alexandre...@gmail.com sent:

> Caros,

>

> parece-me que a mensagem central do cântico "Abraça-me"

> é sobre a nossa dificuldade em depender mais de Deus

> e o desejo de sempre estar perto do Pai.

>

> Os trechos "Quero ser como criança", "Torno-me independente"

> "Não posso viver longe do teu amor/afago/abraço" reforçam tal idéia.

>

> No entanto, penso que o autor, induzido pelo termo "criança",

> fez uma associação inadequada com a palavra "inocência".

>

> Talvez "dependência" fosse uma palavra mais apropriada.

>

> Segundo o "Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaellis"

> (http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=inoc%EAncia)

> a palavra "inocência" significa:

>

> sf (lat innocentia)

> 1 Qualidade de inocente. 2 Falta de culpa.

> 3 Singeleza, ingenuidade. 4 Estado de pureza, castidade.

> I. batismal: a que procede da isenção do pecado original pelo batismo.

> I. original: estado de isenção de toda culpa em que o primeiro homem

> foi criado.

> I. primitiva: estado da alma anterior ao pecado atual.

>

> Mesmo nas igrejas de doutrina reformada, que crêem na Depravação Total,

> é comum ver membros associarem as nossas criancinhas a termos como

> inocentes, anjinhos, puros, etc.

>

> Enfim, gostaria de saber se, na opinião de vocês,

> tal deslize prejudica a música como um todo?

>

>

> []s

>

> A.

>

>

> 2011/8/22 Alexandre Rodrigues dos Santos lexandre....@gmail.com target="_blank">

> Ola caros irmãos,

>

> para quem tiver disponibilidade, segue mais um cântico para ser analisado:

>

> O cântico "Abraça-me" foi composto por David Quinlan

> (http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Quinlan<http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Quinlan>),

> um líder de louvor de origem irlandesa.

>

> Parece que seu pai foi um grande líder Católico

> e ao converter-se ao protestantismo, a família veio refugiada para o Brasil.

>

> Atualmente, David reside em Minas Gerais

> e faz parte da Igreja Batista de Contagem (http://www.igbc.com.br/).

>

>

> --> Letra

>

> Quero ser como criança

> Te amar pelo que és

> Voltar à inocência e acreditar em Ti

> Mas às vezes sou levado pela vontade de crescer

>

> Torno-me independente

> E deixo simplesmente de crer

>

> Não posso viver longe do teu amor, Senhor.

> Não posso viver longe do teu afago, Senhor.

> Não posso viver longe do teu abraço, Senhor.

>

> Abraça-me, abraça-me,

> Abraça-me com seus braços de amor.

>

>

> http://www.cifraclub.com.br/david-quinlan/abraca-me/

>

>

> --> Vídeo

>

> http://www.youtube.com/watch?v=uUw8vvYX5Fw

>

>

> --> Outras informações

>

> O ministério de David Quinlan no Brasil

> começou através do casal de missionários carismáticos

> norte-americanos Dan e Marti Duke,

> para quem trabalhou como ministro musical e intérprete.

>

> Oito anos mais tarde,

> foi "enviado" por seus líderes para prosseguir em seu trabalho de

> forma independente,

> passando a chefiar o Ministério "Paixão, Fogo e Glória"

> (http://www.pfg.com.br/),

> através do qual realiza conferências de louvor e adoração em

> diversas cidades...

>

>

> --> Análise

>

> (a) A letra do cântico é boa?

> (b) Que texto bíblico representaria a mensagem deste cântico?

> (c) Dentro do contexto, o que vocês entendem por "Voltar à inocência..."?

> (d) Que outras observações poderiam ser feitas?

>

> em Cristo,

>

> Alexandre

>

>

> ________________________________

> Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.

> Atualizado em 23/08/2011

>

>

>

> ________________________________

> Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.

> Atualizado em 05/09/2011

>

>


Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.
Atualizado em 05/09/2011


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