JARDIM BOTÂNICO INHOTIM

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Fred Caju

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Jul 2, 2012, 2:09:49 PM7/2/12
to
Para que todos tomem conhecimento:

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: almazen <alm...@uol.com.br>
Data: 2 de julho de 2012 11:05
Assunto: Fwd: COLETA ILEGAL JARDIM BOTÂNICO INHOTIM
Para: Ze Renato <zena...@gmail.com>






R e p a s s a n d o

Para conhecimento.
Caros amigos.
Na quarta-feira desta semana, vários amigos entraram em contato para
saber sobre a história que se segue e se eu tinha algo a ver com isso.
O site diz tudo por conta própria, sigam o link:
http://afavordecavalcante.wordpress.com/2012/05/10/inhotins-vem-a-cavalcante-se-explicar-pela-remocao-de-palmeiras/
Em 2009, fui convidado para trabalhar no Instituto Inhotim. Até então,
era um lugar belíssimo, com um museu de arte contemporânea e o
interesse em gastar para estruturar uma coleção de plantas. Percebi
que era o momento perfeito de tentar criar um novo jardim botânico,
com dinheiro e força política para alavancar os outros Jardins
Botânicos no cenário brasileiro. Eu acredito em Jardins Botânicos!
Envolvi-me profundamente na empreitada e conseguimos (eu, minha esposa
e vários parceiros idealistas) estabelecer um jardim botânico com uma
estrutura incomum, mesmo para padrões internacionais. Quando escrevi
pessoalmente cada palavra da missão que consta no site oficial,
cristalizei aquilo que pensei ser a missão do jardim botânico
perfeito.  Instituímos uma área de pesquisa, contatamos outros
jardins, intercambiamos plantas e trabalhamos em importantes projetos
de resgate em áreas sujeitas a supressão de vegetação. Em 2010,
lançamos o Jardim Botânico Inhotim, com uma bela cerimônia e presença
da Rede Brasileira de Jardins Botânicos (e muitos de vocês...). Em
2011, sediamos a própria reunião da RBJB. Era um sonho concretizado.
Mas nem tudo são flores...
Quando cheguei para trabalhar no Inhotim, o Sr. Bernardo Paz (o
proprietário) costumava comprar plantas retiradas da natureza sem
autorização, em grandes quantidades. Por mais que tentássemos
convencê-lo a mudar esta prática (pois sabemos que existem
alternativas sustentáveis) não consegui mudar esta cultura. Achei que
a criação do Jardim Botânico simplesmente traria outras possibilidades
para a obtenção legítima de material botânico. Nós da área de
meio-ambiente esclarecemos aos diretores (executivo, financeiro e
jurídico) que a simples conversão do Instituto a Jardim Botânico
obrigaria a suspensão destas práticas. A proposta foi prontamente
apoiada por estas instâncias, por dois motivos. Sair da ilegalidade e
redução de gastos (cada carreta de palmeiras custava R$ 50.000,00 e
isso abalava as contas do instituto). Sugerimos um termo de ajuste de
conduta, para "zerar" o passivo. Mas não adiantou... Então expliquei
que, era possível retirar plantas da natureza, desde que em pequena
quantidade (de preferência na forma de sementes) e e com autorização.
Falei sobre resgate de flora, como forma de obter exemplares adultos.
Mostrei que existia o SisBio e todo o protocolo. Nós, os curadores,
chegamos a escrever cartas tanto de alerta quanto de repúdio  (envio a
quem quiser ver) em relação a estas práticas. Mas foi em vão.
Hoje, vejo o jardim botânico que visceralmente ajudei a criar, usando
autorizações "oficiais" para retirar três carretas de palmeiras, ainda
mais em uma área de vereda, que são protegidas por lei por serem APPs.
Sei que ninguém do ICMBio (em sã consciência) daria autorização para
tal empreitada. Para multiplicar esse material, bastava apenas três a
cinco plantas adultas e bem cuidadas, desde fossem escolhidas plantas
geneticamente distantes. Sempre achei que jardins botânicos deveriam
ter autorização absoluta de coleta, pois ninguém mais que nós sabe
como podemos retirar plantas para conservação ex situ sem destruir uma
população. Hoje vejo uma instituição usando os recursos legais (que eu
e outros mostramos) para extrair plantas da natureza para fins pouco
nobres, como completar o paisagismo. Para isso, existem viveiros
comerciais, que multiplicam legalmente seus plantéis.  Hoje biólogos e
outros profissionais são usados de "laranjas" e o ICMBio usado como
"parceiro".  É o mais autêntico caso de Greenwashing que eu conheço..
Devo explicar-me. Até então, calei-me por questões contratuais, mas
descobri recentemente com advogados que não preciso me calar sobre
questões de ilegalidade. Não sou mais curador do Inhotim e nunca
compactuei com estas ações. Mas devo satisfações a vocês, que me
ajudaram quando eu tinha um sonho na cabeça.
Eu ajudei a criar um monstro e posto aqui o meu mea culpa.
Atenciosamente,
Eduardo.
Prof. Dr. Eduardo Gomes Goncalves
Depto. de Botânica, ICB, UFMG
Av. Antonio Carlos, 6627, Pampulha
31.270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil
Fone: (31) 3409-2689
Fax: (31) 3409-2684
edua...@ufmg.br
Dirijo este e-mail ao IBAMA e a todos que possam se mobilizar e fazer
parar algo absurdo que está acontecendo em Minas Gerais.
O Museu Inhotim sob a égide de OSCIP ambiental retira palmeiras
ameaçadas de seu habitat (sem autorização) e transplanta para seus
jardins babilônicos pra qualquer visitante ver, chega a ser tão
descarado que nem se preocupam em esconder e convidam membros do MMA
para eventos ambientais, além de honrados pesquisadores dos jardins
botânicos brasileiros e internacionais. Imagino que as plantas que
eles estão comercializando na lojinha bonita com preços bem salgados
também devem ter origem ilegal. Eles não poupam nada nem ninguém.
Sou colecionador, apaixonado por plantas e procuro por sementes raras
em todo o Brasil. Ano passado estive em Itaobim (MG) atrás de sementes
de uma palmeira que pouca gente conhece – Siagrus kellyana. Não tinha
frutos maduros,então voltei esse ano. Fiquei chocado por encontrar
apenas seis palmeiras no local, onde antes havia mais de 200! As
palmeiras tinham sido arrancadas, só tinham os buracos! Mais chocado
fiquei depois, quando fui acompanhar um amigo na visita ao Museu
Inhotim em Brumadinho, famoso por causa das suas palmeiras. Andando
pelo jardim encontrei as palmeiras extraídas!!! Elas só existiam
naquela região de Minas. As plantas estavam meio secas, porque tinham
sido plantadas recentemente , mas ainda pude reconhecer. Perguntei
para um jardineiro que trabalhava no terreno e ele disse que as
palmeiras chegam no caminhão do “seu Ricardo” e quem manda trazer é o
“Pedro Néri”. Não sei quem é o Seu Ricardo, mas o Pedro “Néri” foi bem
fácil descobrir. É o sr. PEDRO NEHRING CESAR , paisagista do Inhotim,
irmão de JOSE ROBERTO.
Essa dupla fez o famoso JARDIM DA CASA DA DINDA por 2,5 milhões de
dólares, um escândalo que derrubou o Presidente COLLOR em 92. Esse
fato está registrado no “Livro Negro da Corrupção”, de Modesto
Carvalhosa. Nunca pensei que a corrupção de Brasília invadiria nosso
Estado através do extrativismo predatório de plantas nativas! Fiquei
me perguntando como é que um museu que é considerado um PARQUE
AMBIENTAL pode cometer um ato tão desprezível e sair impune???
Sei que o Inhotim é um museu muito rico mantido por um milionário.
Quanto está custando o silêncio da imprensa? Pergunto isso porque o
dono do Inhotim, o Sr. Bernardo Paz está sempre cercado de VIPs, seu
irmão é o sócio do Marcos Valério, do mensalão, lembram? Agora Sr.
Bernardo se associa aos paisagistas Nehring. Só não vê quem não quer,
basta seguir o rastro de sujeira.
Deixo aqui a denúncia com dados suficientes para apuração da imprensa
ou do IBAMA, porque coleciono palmeiras há muitos anos, mas respeito
as natureza e só colho sementes. Será que a ganância e o cinismo de
BERNARDO PAZ E PEDRO NEHRING são tão grandes que eles pensam que podem
tirar plantas do seu habitat natural para enfeitar seus jardins e
ainda posar de ONG AMBIENTAL?
Imaginar que eu paguei para entrar nesse lugar para ver isso!!!
Vamos mostrar nosso repúdio a esse “paraíso da corrupção”, não visite
o Museu Inhotim enquanto se portarem com tanto desrespeito pelas leis
brasileiras e pelos cidadãos!
Envie essa mensagem para todos os seus amigos e ONGs que se importam
com o meio ambiente e vamos protestar contra a aniquilação de uma
espécie rara em MG!
Friends of plants




--
Pedro Henrique V.B.P. da Silva
Graduando em Ciências Biológicas
Bolsista do Laboratório de Ornitologia
Instituto de Ciências Biológicas
Universidade Federal de Minas Gerais
Tel.: (31) 9293-8669
pedrohenri...@gmail.com















--
Saudações ecológicas,

Frederico Araújo Mesquita
Ecojornalista
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