Estou aqui pensando com meus botões, preparando a aula de anamnese e exame clínico para
o curso de atualização em DTM/DOF. Quem sabe algum de vocês quer me ajudar a pensar...
Espero com ansiedade o dia em que todos os que estudam e/ou tratam as dores orofaciais, entre elas a DTM, falem a mesma língua no que se refere a classificação e diagnóstico. Este seria, na minha opinião, o ponto de partida para a tal sonhada prática baseada em evidências.
É incrível a quantidade de artigos e revisões nesta área que concluem: "a falta de padronização dos estudos dificulta a comparação dos resultados". Como aplicar essa conclusão científica na prática clínica?
Examino um paciente e explico que a sua doença é totalmente desconhecida, que a etiologia é variada e que não há consenso sobre formas de tratamento pois há muitas falhas metodológicas nos estudos. Mas posso acalmar o sofrido(a) paciente com um consolo epidemiológico: "Você tem pouca chance de morrer disso, e provavelmente quando você atingir a melhor idade este problema vai deixar de lhe incomodar".
É claro que eu não faço isso, viu!
Mas o que podemos fazer como clínicos para ajudar a ciência a nos ajudar !?
Já foi-se o tempo, graças a Deus, em que testar formas de tratamento irreversívies e caros era prática comum na odontologia.
Hoje, podemos optar por tratamentos conservadores, minimamente invasivos e reversíveis, enquanto esperamos a evolução da ciência.
E podemos ajudar na evolução da ciência conversando sobre diagnóstico!
Como avaliar os pacientes?
- Quais os itens indispensáveis de uma boa ficha clínica?
- Qual classificação parece mais aplicável no dia a dia do clínico?
Sugiro que diagnóstico deva seguir uma classificação já existente e descrever as características sindrômica, topográfica e etiológica.