Perguntando aos Economistas do Grupo!

280 views
Skip to first unread message

AdrianoTT

unread,
Apr 30, 2013, 10:04:31 PM4/30/13
to discurs...@googlegroups.com
Como a Profa. Amanda está ocupada com as correçoes e por isso acho melhor nao atrapalha-la...

Entao gostaria da ajuda do colegas economistas participantes do grupo para ajudarem aos leigos do grupo, como eu.

Entao, fiquei com algumas duvidas com o comentario do espelho do simulado 1 questao 3 - item a.

O que seria o "enxugamento da economia" comentado pela professora? Ela citou 3 causas para tal enxugamento:
* venda [lançamento] de titulos publicos;
* emissao de moeda;
* e aumento da tributaçao.

Segundo deu para compreender esse enxugamento diminui a liquidez na economia, isso para mim pareceu o mesmo q diminuiçao da oferta monetaria. Mas acho q devo estar errado, afinal emissao de moeda aumenta a oferta de moeda e nao diminui.


AdrianoTT

unread,
Apr 30, 2013, 10:09:19 PM4/30/13
to discurs...@googlegroups.com
Ah, só para deixar claro, nao quis desprezar os "nao economistas", só q me pareceu q esses termos q me deixaram em duvida sao o q chamam de "economes", pq nunca tinha visto esses termos utilizados de tal forma, nem em livros e nem em materiais em PDF, pelo menos q eu me lembre.

Se alguem, nao economista conhecer tais termos sem estar só "achando" q nem eu, entao pode falar. :)
Message has been deleted

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 7:21:56 AM5/1/13
to fernandogyn, discurs...@googlegroups.com
Sou economista, mas nunca havia lido a respeito disso (tributo e emissão monetaria enxugam a liquidez), ou nao estou lembrada no momento, mas vamos ver se meu raciocínio está certo. Por favor, corrijam-me se eu estiver errada.

O enxugamento da liquidez no sistema financeiro está relacionado à redução da oferta de fundos emprestáveis, que derivam das poupanças (teoria dos fundos emprestáveis). Quando a oferta desses fundos é reduzida, há uma redução (enxugamento) da liquidez no sistema financeiro.

- A venda de títulos públicos diminui a quantidade disponível desses fundos para investimento privado;
- o aumento da tributação diminui a renda disponível das famílias, o que reduz o consumo e a poupança (Yd= c + s). Ao reduzir a poupança, a oferta dos fundos emprestáveis também é reduzida;
- por fim, a emissão monetaria gera o imposto inflacionário, que também reduz a renda disponível das famílias, diminuindo a poupança privada.



Em quarta-feira, 1 de maio de 2013, fernandogyn escreveu:
Olha colega,

não sou economista, mas no meu humilde entendimento, entendo que a emissão de moeda pode ocasionar enxugamento da economia quando for direcionada para o financiamento da dívida. Assim, ao invés dessa emissão ir diretamente para a economia, aumentando sua liquidez, ela é desviada para os serviços da dívida. Ademais, o governo não poderá emitir mais moeda para cobrir esse desvio, sob pena de incentivar a inflação.


Abraço

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 8:10:15 AM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Obrigado Fernando.




Em quarta-feira, 1 de maio de 2013 01h02min41s UTC-3, fernandogyn escreveu:
Olha colega,

não sou economista, mas no meu humilde entendimento, entendo que a emissão de moeda pode ocasionar enxugamento da economia quando for direcionada para o financiamento da dívida. Assim, ao invés dessa emissão ir diretamente para a economia, aumentando sua liquidez, ela é desviada para os serviços da dívida. Ademais, o governo não poderá emitir mais moeda para cobrir esse desvio, sob pena de incentivar a inflação.

Abraço

On Tuesday, April 30, 2013 11:09:19 PM UTC-3, AdrianoTT wrote:

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 8:25:46 AM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, fernandogyn
Obrigado Clarissa!

Ufa, se nem vc ouviu falar nisso, quem derá eu, q nao sou economista!

Mas o seu raciocinio faz sentido mesmo. :)

Vamos ver, se mais alguem dá uma opiniao confirmando a sua. :)

Vc falou de outro conceito q eu nunca havia ouvido falar: "oferta de fundos emprestaveis" [nem em Teoria dos Fundos Emprestaveis]. Mas pelo menos esse é mais compreensivel: oferta de dinheiro para ser emprestado [é proximo disso né?].

Eu só ouço falar em "oferta monetária", mas esses "fundos emprestaveis", parece-me uma "especie" do "genero" oferta monetaria. E pelo seu texto se entende que a liquidez dos sistema financeiro é diretamente relacionada com os "fundos emprestaveis".

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 8:34:37 AM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn
Parece que está na aula 4 do HEBER e no capitulo 3 do mankiw, 5 edicao. Explica a identidade S=I, usando oferta igual a demanda, em que o preço é a taxa de juros e o bem sao os fundos. 

Vamos aguardar outras pessoas se pronunciarem para ver se tem sentido mesmo. Rs!

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 8:35:51 AM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn
Oferta monetaria nao é igual a fundos emprestáveis. Esses fundos vêm da poupança. :)

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 9:23:33 AM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, AdrianoTT, fernandogyn
Vixe !!!

Fundos emprestaveis = depositos em bancos comerciais - dep. compulsorios - dep. voluntarios ?

Realmente, nunca ouvi falar disso com esse nome.

luma concursos

unread,
May 1, 2013, 9:28:24 AM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn
Segundo o Heber, os fundos emprestáveis são originados dos recursos que a sociedade poupa. 

Ele faz a seguinte relação:

muita poupança --> muitos fundos emprestáveis --> juros baixos
pouca poupança --> poucos fundos emprestáveis --> juros altos 


clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 9:31:18 AM5/1/13
to luma concursos, AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn
Isso mesmo, luma. Adriano, você esta somando os depósitos à vista, que nao fazem parte da poupança.

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 9:48:55 AM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, AdrianoTT, fernandogyn
Valeu Luma!

Nao lembro de ter lido isso no Heber.

Mas isso ai é praticamente a mesma relação de oferta monetaria:
maior oferta monetaria => menor taxa de juros [q ele chama de "preço" do dinheiro]

Q era a relação inicial q eu estava pensando. É por isso q dá pra confundir...

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 9:50:29 AM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, luma concursos, AdrianoTT, fernandogyn
Obrigado, Clarissa.

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 10:13:13 AM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, luma concursos, fernandogyn
Sao dois "mercados diferentes". Um relativo à oferta e demanda por moeda, e, outro, à oferta e demanda por fundos emprestáveis. Sao teorias baseadas em equilibrios parciais. Isso ajuda muito a confundir as coisas. 

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 10:14:19 AM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, luma concursos, fernandogyn
É a minha conclusão... 

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 10:33:19 AM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, AdrianoTT, luma concursos, fernandogyn
Nao é a toa q eu nao sabia disso, pq o Heber explicou as relaçoes entre Oferta/Demanda de Moeda e Taxa de Juros, mas nao a relaçao a Oferta/Demanda de Fundos emprestaveis x Taxa de Juros.

Isso ai me parece algo mais tecnico e q nunca caiu em provas da ESAF, por isso ele desprezou tal assunto. Apesar de te-lo citado brevemente, mas sem se aprofundar.

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 10:34:54 AM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, luma concursos, fernandogyn
Você tem razão. Ele nao aprofundou o suficiente. 

Ágatha Lechner da Silva

unread,
May 1, 2013, 12:13:12 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, luma concursos, fernandogyn
Agora eu fiquei confusa mesmo.... Fui perguntar pra um amigo que é professor de economia, daí ele me disse assim:
- A emissão monetária aumenta a liquidez.
- Não dá pra afirmar que o aumento da tributação reduz a liquidez, porque se ela for acompanhada de aumento proporcional dos gastos do governo não haverá mudança da base monetária e, assim, não haverá alteração na liquidez...

--
Ágatha Lechner da Silva

recife

unread,
May 1, 2013, 12:29:11 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, clarissa pernambuco, AdrianoTT, luma concursos, fernandogyn
Ágatha, 

Sobre a questão da proporcionalidade dos gastos do governo, isso depende. Se o aumento da tributação for acompanhado de aumento proporcional nos gastos correntes do governo, haverá redução da liquidez, pois os gastos não estarão estimulando geração de emprego e renda. Já se o aumento for em gastos de capital, aí sim poderá não haver mudança na base monetária (aumento de liquidez).

Pelo menos é assim que vejo.

recife

unread,
May 1, 2013, 12:31:13 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, clarissa pernambuco, AdrianoTT, luma concursos, fernandogyn
Ops... "poderá HAVER mudança na base monetária (aumento da liquidez)".

=)

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 12:34:04 PM5/1/13
to recife, discurs...@googlegroups.com, AdrianoTT, luma concursos, fernandogyn
A gente tambem pode olhar sobre outro ponto de vista. A emissão monetaria aumenta a inflação e faz com que a taxa de juros real da economia seja reduzida, o que pode fazer com que as pessoas reduzam a preferencia por ativos financeiros, e aumentem a demanda por ativos reais. Já o aumento dos gastos no mesmo montante do aumento da tributação faz com que a pouca nacional diminua, visto que a poupança publica permanece constante e a poupança privada é reduzida. Logo reduz a liquidez no sistema financeiro. Vixe... O negocio tá ficando cada vez mais complicado!

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 12:41:59 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, recife, AdrianoTT, luma concursos, fernandogyn
Clarissa,

De novo, acho q tudo q vc escreveu faz sentido! :)

E se vc acha q isso tá ficando complicado, depois de tudo q escreveu, mostrando o seu nivel de dominio do assunto.

Imagine para mim, q nao sou economista?!

Apesar de entender - lendo - o q vc escreveu, lembrar e colocar isso no papel em uma discursiva, nao vai ser nada facil.
 Espero mesmo é q nao caia nada similar a isso na discursiva! Senao vou tentar lembrar essa nossa conversa aqui e tentar coloca-la no papel no domingo. :p

Maria Laura Paiva

unread,
May 1, 2013, 12:58:14 PM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
Clarissa, 
quando o governo gasta o mesmo montante que arrecada de impostos, a liquidez não permanece inalterada segundo o teorema do orçamento equilibrado de Haavelmo? Penso que o a renda nacional  aumentará no mesmo montante do aumento dos gastos do  governo (G) e dos impostos recolhido (t) e o multiplicador keynesiano será 1.
Corrijam-me se estiver errada...

Maria Laura

Abraão

unread,
May 1, 2013, 1:12:07 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, recife, AdrianoTT, luma concursos, fernandogyn
Clarissa,

Acredito que a emissão monetária aumentará a poupança, pois deslocará a curva LM para a direita e para baixo, o que aumentará a renda (a poupança é função direta da renda, quanto maior a renda maior será a poupança), diminuirá a taxa de juros e aumentará a inflação. A renda só não aumentará com a emissão de moeda no caso da armadilha da liquidez (curva LM horizontal), pois mais moeda provocaria apenas a queda da taxa de juros e o aumento da inflação.
O "enxugamento da economia" (diminuição da liquidez) é a "retirada" M1 da economia. Sinceramente, também não compreendi porque a professora afirmou ser possível "enxugar a economia" com a emissão de moeda, que aumenta a oferta desse bem e que provoca naturalmente a diminuição de seu preço (taxa de juros).



Em quarta-feira, 1 de maio de 2013 13h34min04s UTC-3, Clarissa Pernambuco escreveu:

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 1:13:11 PM5/1/13
to Maria Laura Paiva, AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
Clarissa, a inflação pode ter esse efeito indireto que você descreveu sobre a demanda por ativos. Porém, ela tem um efeito direto (que acredito ser mais forte) de aumentar a demanda por ativos financeiros, pois através deles os agentes podem se proteger contra a inflação.
Assim, a inflação diminui a monetização da economia (diminui a demanda por meda e aumenta a demanda por títulos).

Maria Laura, com o Teorema de Havelmo, aumentando os gastos e os impostos no mesmo montante, a renda varia também com o mesmo montante, mas o multiplicador keynesiano continua o mesmo. O que seria igual a 1 é o resultado do multiplicador de gastos menos o multiplicador de impostos. D qualquer forma, o aumento dos impostos acompanhado de um aumento igual dos gastos provoca um aumento da renda mesmo.

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 1:19:22 PM5/1/13
to Maria Laura Paiva, AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
Essa relação da inflação com a demanda por moeda (ou com a monetização) está no Froyen ou no Dornbusch, agora não lembro direito, mas é fundamentada na teoria de Tobin de Preferência pela Liquidez

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 1:36:02 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, recife, AdrianoTT, luma concursos, fernandogyn
Tô sentindo como tivesse mexido em um vespeiro de abelhas ! :p

Abraao,

Gostei dessa sua definiçao para a minha pergunta sobre "enxugamento da economia", ou seja, retirada de M1 da economia.

MAS isso me fez retomar a minha ideia inicial, pq falando de alteraçao na quantidade de M1 parece simplesmente retomar a ideia de alteraçao na oferta monetaria.

E vc reforçou a minha duvida, pq entao emissao de moeda provocaria tal "enxugamento", se ela faz é lançar dinheiro na economia?

Só mesmo se considerarmos, o q a Clarissa disse no inicio, como a mesma visao da Profa. Amanda.

Ana Luísa Marques

unread,
May 1, 2013, 1:36:01 PM5/1/13
to Pedro Sant'Angelo, Maria Laura Paiva, AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
o governo é considerado setor financeiro da economia quando ele recolhe tributos e realiza gastos? pois só haverá monetização ou desmonetização da economia se a operação for entre o setor financeiro e o setor não financeiro. 

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 1:42:13 PM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
Bem lembrado Ana Luísa. Se for pensar em M1, o governo gastar ou tributar não altera, pois é uma troca entre o setor não financeiro.

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 1:43:30 PM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
 Vocês tem razão, mas o que a questao pergunta é sobre a liquidez no mercado financeiro (relacionado aos fundos emprestáveis), ou seja, o enxugamento acontece no mercado financeiro, e nao em M1.
A poupança é uma função direta da renda, mas, também, da taxa de juros. Logo, a redução da taxa de juros também induz a redução da Poupanca... Nao sei que, vence essa briga, demo aumento da renda ou a redução dos juros.



Em quarta-feira, 1 de maio de 2013, AdrianoTT escreveu:
Tô sentindo como tivesse mexido em um vespeiro de abelhas ! :p

Abraao,

Gostei dessa sua definiçao para a minha pergunta sobre "enxugamento da economia", ou seja, retirada de M1 da economia.

MAS isso me fez retomar a minha ideia inicial, pq falando de alteraçao na quantidade de M1 parece simplesmente retomar a ideia de alteraçao na oferta monetaria.

E vc reforçou a minha duvida, pq entao emissao de moeda provocaria tal "enxugamento", se ela faz é lançar dinheiro na economia?

Só mesmo se considerarmos, o q a Clarissa disse no inicio, como a mesma visao da Profa. Amanda.

Em quarta-feira, 1 de maio de 2013 14h12min07s UTC-3, Abraão escreveu:
Clarissa,

Acredito que a emissão monetária aumentará a poupança, pois deslocará a curva LM para a direita e para baixo, o que aumentará a renda (a poupança é função direta da renda, quanto maior a renda maior será a poupança), diminuirá a taxa de juros e aumentará a inflação. A renda só não aumentará com a emissão de moeda no caso da armadilha da liquidez (curva LM horizontal), pois mais moeda provocaria apenas a queda da taxa de juros e o aumento da inflação.
O "enxugamento da economia" (diminuição da liquidez) é a "retirada" M1 da economia. Sinceramente, também não compreendi porque a professora afirmou ser possível "enxugar a economia" com a emissão de moeda, que aumenta a oferta desse bem e que provoca naturalmente a diminuição de seu preço (taxa de juros).


Em quarta-feira, 1 de maio de 2013 13h34min04s UTC-3, Clarissa Pernambuco escreveu:
A gente tambem pode olhar sobre outro ponto de vista. A emissão monetaria aumenta a inflação e faz com que a taxa de juros real da economia seja reduzida, o que pode fazer com que as pessoas reduzam a preferencia por ativos financeiros, e aumentem a demanda por ativos reais. Já o aumento dos gastos no mesmo montante I aumento da tributação faz com que a pouca nacional diminua, visto que a poupança publica permanece constante e a poupança privada é reduzida. Logo reduz a liquidez no sistema financeiro. Vixe... O negocio tá ficando cada vez mais complicado!

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 1:44:59 PM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
Nao tou querendo ser teimosa aqui, só tou querendo entender e fazer com que fique bem claro para a gente nao errar na prova! :)

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 1:45:11 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
Qual foi o contexto da pergunta?

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 1:46:25 PM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, recife, luma concursos, fernandogyn
Ah, sim! O aumento da demanda por ativos reais de maneira significativa só acontecerá em casos de inflação muito alta mesmo.. 

Julio Ribeiro

unread,
May 1, 2013, 1:48:27 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos

Exato... Além do mais esse fenômeno, no Brasil, foi mitigado pelos títulos do governo lastreados com a inflação...

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 1:49:35 PM5/1/13
to Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
Olha aqui a questao:

Confisco pode chegar a 60% para os clientes do Banco de Chipre: Situação só não é pior do que no banco Laiki, onde os correntistas com recursos acima de  € 100 mil perderão 100%”  Considerando o texto acima, responda:  a) qual o impacto da dívida pública de um país sob a liquidez do sistema financeiro?;  b) qual a importância do sistema financeiro na propagação da política monetária de um país?; c) qual a importância dos bancos na criação de moeda

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 1:51:38 PM5/1/13
to Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
 Gente, se tiver erro esquisito de português no meu texto, é por conta do meu autocorretor que fica me sabotando!

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 1:52:06 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
Na verdade títulos públicos lastreados com a inflação só aumentam o movimento de desmonetização na presença de inflação, pois se torna uma forma das pessoas se protegerem ao invés de manter a moeda e ver ela perdendo valor... mas realmente isto só é significativo com inflação alta

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 2:01:20 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
Valeu Clarissa!
Na verdade o que não entendi foi em que contexto ela falou que uma expansão monetária iria enxugar a economia.

Em relação ao mercado monetário, a expansão monetária provocaria aumento da oferta de moeda e queda da taxa de juros, o que provoca queda da da demanda por títulos (pois seus preços sobem).
Assim, teria um excesso de oferta de títulos, o que, pela tal teoria dos fundos emprestáveis, resultaria numa queda da liquidez? tá certo meu raciocínio?
Da mesma forma, quando o governo emite títulos, provoca um excesso de oferta de títulos e, assim, queda da liquidez.


clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 2:08:19 PM5/1/13
to Pedro Sant'Angelo, Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
Pedro, eu também nao sei em que contexto foi.... 
O enxugamento da liquidez tem a ver com a oferta dos fundos, e nao com a demanda. A redução dos juros diminui a poupança. Logo diminui a oferta.
 Nao entendi a sua pergunta sobre excesso de oferta de títulos, mas vou tentar explicar. Quando o governo aumenta a oferta de títulos, ele abocanha uma arte da poupança privada, reduzindo a liquidez no mercado financeiro. Foi isso ue perguntou? 

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 2:12:11 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
A minha dúvida era se o meu raciocínio faz sentido... rsrs
Achava que o o que importa é se há excesso ou escassez de oferta de fundos, o que leva em consideração a demanda também.

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 2:16:59 PM5/1/13
to Pedro Sant'Angelo, Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
Ah! Sei nao! Kkkkk!
Bom, pelo jeito Amanda vai ficar folgada amanha, então, acho que ela vai tirar a duvida! 

daniel

unread,
May 1, 2013, 2:19:39 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, Pedro Sant'Angelo, Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos

" Assim, teria um excesso de oferta de títulos, o que, pela tal teoria dos fundos emprestáveis, resultaria numa queda da liquidez? tá certo meu raciocínio?"



Creio que sim Pedro. De acordo com a teoria dos fundos emprestáveis, a oferta e a demanda por títulos determina a taxa de juros. Assim, um excesso de oferta de títulos (= excesso de demanda por empréstimos) fará com que a taxa de juros se eleve, reduzindo a liquidez.

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 2:20:40 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, Julio Ribeiro, recife, discurs...@googlegroups.com, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
ahuahuhaua
Bom, acho que é por aí mesmo
de qualquer forma, a discussão foi boa

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 2:24:38 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, Pedro Sant'Angelo, Julio Ribeiro, recife, fernandogyn, AdrianoTT, luma concursos
Clarissa,

Nao espere por isso nao, vc nao viu o post dela sobre o simulado 4?

Ela só deverá ter tempo livro no domingo!!!

E ai já nao vai dar mais tempo para nos ajudar com essas duvidas.

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 2:27:22 PM5/1/13
to AdrianoTT, discurs...@googlegroups.com, Pedro Sant'Angelo, Julio Ribeiro, recife, fernandogyn, luma concursos
:(

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 2:35:32 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com, AdrianoTT, Pedro Sant'Angelo, Julio Ribeiro, recife, fernandogyn, luma concursos
Pessoal,

Aproveitando q esse topico tem um "titulo generico". Entao, vou aproveitar para perguntar se vcs sabem uma definiçao para "solidez fiscal", busquei em outro topico da comunidade q pensava q tinha e nao achei.

Eu nao sei se "criei" uma definiçao ou acabei "memorizando", qdo estava estudando esse assunto, q eu nunca tinha lido em livros e materiais para concursos, ANTES do simulado 2 da Profa. Amanda.

A definiçao q eu coloquei no simulado foi a seguinte:
Solidez fiscal é a capacidade do governo de manter as contas publicas sob controle.

Isso está errado, certo, mais ou menos, existe uma definiçao para tal conceito em algum lugar?

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 3:57:49 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Então vou lançar aqui algumas duvidas minhas.... Estava esperando por amanha. 
Se alguém puder me ajudar, eu agradeço! :)

1)  alguem sabe explicar como ocorrem os deficits gemeos? pelo que li, nao há uma explicacao certa para isso. Parece que é uma aceitacao geral e ponto. Os deficits sao explicados pela redução da poupanca nacional e nao pela valorização da taxa de cambio, que causa redução das exportações liquidas.... Vejam o que achei num artigo:

"Não há consenso sobre a relação entre déficit público, déficit em transações correntes e poupança nacional. É comum o argumento de que o déficit público causa insuficiência de poupança nacional em relação a uma dada taxa de investimento"
2)  por que a ocorrência de bolhas no mercado financeiro tende a ser menor em economias cujo investimento é mais inelastico em relação à taxa de juros?

3) no modelo de lindhal, terá apenas um preço de equilíbrio para os bens públicos, ou dois, um para cada contribuinte? Se lindhal nao considera no modelo que os agentes revelam suas preferencias, como ele constrói aquele diagrama com as curvas de demanda para os bens públicos

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 4:02:31 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Então vou lançar aqui algumas duvidas minhas.... Estava esperando por amanha. 
Se alguém puder me ajudar, eu agradeço! :)

1)  alguem sabe explicar como ocorrem os deficits gemeos? pelo que li, nao há uma explicacao certa para isso. Parece que é uma aceitacao geral e ponto. Os deficits sao explicados pela redução da poupanca nacional e nao pela valorização da taxa de cambio, que causa redução das exportações liquidas.... Vejam o que achei num artigo:

"Não há consenso sobre a relação entre déficit público, déficit em transações correntes e poupança nacional. É comum o argumento de que o déficit público causa insuficiência de poupança nacional em relação a uma dada taxa de investimento"
2)  por que a ocorrência de bolhas no mercado financeiro tende a ser menor em economias cujo investimento é mais inelastico em relação à taxa de juros?

3) no modelo de lindhal, terá apenas um preço de equilíbrio para os bens públicos, ou dois, um para cada contribuinte? Se lindhal nao considera no modelo que os agentes revelam suas preferencias, como ele constrói aquele diagrama com as curvas de demanda para os bens públicos

Ândrius Gabriel

unread,
May 1, 2013, 4:09:27 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, discurs...@googlegroups.com
1) Segue a explicação do Prof. Héber:

"A teoria Keynesiana, somada ao que aprendemos em Contas Nacionais, nos permite estabelecer uma relação entre o déficit
orçamentário decorrente de uma política fiscal expansionista e o déficit no comércio exterior de bens e serviços (X – M).

Nós sabemos que:

Y = C + I + G + (X – M)

Se chamarmos (X – M) de exportações líquidas (NX), teremos:

Y = C + I + G + NX

Se isolarmos NX, temos:

NX = Y – C – G – I

Sabemos que (C + G) é o consumo final (CFINAL), e que a renda menos o consumo final é igual à poupança bruta do Brasil (ou poupança nacional; ou poupança interna), de tal forma que:

NX = (Y – CFINAL) – I

S (poupança nacional) = (Y – CFINAL)

Então:

NX = S – I

Pela expressão, percebe-se que a redução da poupança nacional faz reduzir também o saldo do comércio exterior de bens e serviços. Assim, podemos entender que o excesso de gastos de governo, consubstanciado no déficit orçamentário (decorrente de políticas fiscais expansionistas), provoca também déficit comercial.

Desta forma, podemos entender que uma mudança na política fiscal que reduza a poupança nacional acarreta um déficit comercial. Ou seja, os déficits orçamentário e comercial andam juntos; daí, o termo “déficits gêmeos”.

Abraços,

Ândrius Gabriel C. C. Lima

Viveros Fernando

unread,
May 1, 2013, 4:51:37 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, discurs...@googlegroups.com


3) no modelo de lindhal, terá apenas um preço de equilíbrio para os bens públicos, ou dois, um para cada contribuinte? Se lindhal nao considera no modelo que os agentes revelam suas preferencias, como ele constrói aquele diagrama com as curvas de demanda para os bens públicos

Um preço para cada agente.. só olhar no diagrama que tem como eixo horizontal quantidade e vertical % do custo.. ele defende a cooperação entre agentes para viabilidade economica de oferta do bem.. defende que o agente deve pagar pelo benefício que espera receber, daí que surge a curva de demanda x preço a ser pago..  discorda da demanda por bem público ser obtida pela soma das demandas individuais..

aprovadasdq

unread,
May 1, 2013, 5:25:13 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Não sou economista e estou gostando bastante do debate....a galera aqui é top dos tops.

Em relação aos déficits gêmeos, raciocino assim: ao praticar uma política fiscal expansionista (aumento de G ou redução de T), sem as devidas compensações (tipo, se reduz T, reduz também G, p. exemplo), o governo incorre em déficit orçamentário. Isso gera deslocamento da curva IS para a direita, aumento o produto e os juros. Ao aumentar os juros, há crescimento do fluxo de entrada de divisas. Isso gera uma apreciação cambial, levando ao aumento das importações e redução das exportações, gerando, assim, um déficit em transações correntes. 

Com relação à reduzida quantidade de bolhas financeiras em economias que possuem investimento inelástico, penso o seguinte: as bolhas financeiras são aumentos dos preços dos ativos que não refletem seu valor real, mas sim, expectativas demasiadamente otimistas. Se o investimento é inelástico, não importa se a taxa de juros está alta ou baixa, ele se manterá mais ou menos no mesmo nível. Sendo assim, não há expectativas, não há especulações, pois os agentes economicos sabem que a economia se manterá no mesmo patamar. Dessa forma, esse tipo de economia possui menos bolhas financeiras. Estou só tentando forçar meu raciocínio econômico, bem simplório,não sei se tá certo. Se alguém sabido puder dar um help :P

Em terça-feira, 30 de abril de 2013 23h04min31s UTC-3, AdrianoTT escreveu:
Como a Profa. Amanda está ocupada com as correçoes e por isso acho melhor nao atrapalha-la...

Entao gostaria da ajuda do colegas economistas participantes do grupo para ajudarem aos leigos do grupo, como eu.

Entao, fiquei com algumas duvidas com o comentario do espelho do simulado 1 questao 3 - item a.

O que seria o "enxugamento da economia" comentado pela professora? Ela citou 3 causas para tal enxugamento:
* venda [lançamento] de titulos publicos;
* emissao de moeda;
* e aumento da tributaçao.

Segundo deu para compreender esse enxugamento diminui a liquidez na economia, isso para mim pareceu o mesmo q diminuiçao da oferta monetaria. Mas acho q devo estar errado, afinal emissao de moeda aumenta a oferta de moeda e nao diminui.


Marcus Thulio

unread,
May 1, 2013, 5:28:26 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Marcus Thulio <marcusthu...@gmail.com>
Data: 1 de maio de 2013 18:22

Assunto: Re: Perguntando aos Economistas do Grupo!
Para: Viveros Fernando <fernand...@yahoo.com.br>


2)  por que a ocorrência de bolhas no mercado financeiro tende a ser menor em economias cujo investimento é mais inelastico em relação à taxa de juros?

Clarissa, a resposta, ao meu ver, é simples.

As taxas de juros são determinantes para o afluxo maior ou menor dos investimentos estrangeiros, para a entrada de dólares no país. Quanto mais volátil for a economia de um país, maior tendem a ser as taxas de juros para que haja atração de capitais. Lembre-se do Brasil dos anos 90, por exemplo, Por ter de lidar com a "herança" da crise méxicana e russa, o Brasil tinha de incentivar o investidor com altas taxas de juros. Só assim o dindin entrava. Em economias sólidas, o investimento é menos inelástico a taxas de juros, pois há outros atrativos.

Em 2009, o governo adotou medidas macroprudenciais (aumentou o prazo e a tarifa do iof para operacoes internacionais, por exemplo), com o intuito de afungentar o investimento especulativo e atrair investimentos sólidos. O fato de o Brasil diminuir a taxa de juros e manter-se como um top 3 em entrada de capitais estrangeiros é um indicativo de que o país tem um investimento (ao menos internacional) inelástico à taxa de juros.

Quanto mais elástico a taxa de juros for o investimento, maior é o grau de especulação desse mesmo investimento; maior, portanto, a possibilidade de formação de bolhas.



--
Marcus Thulio Rocha Bezerra



--
Marcus Thulio Rocha Bezerra

Marcus Thulio

unread,
May 1, 2013, 5:28:43 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Marcus Thulio <marcusthu...@gmail.com>
Data: 1 de maio de 2013 18:25

Assunto: Re: Perguntando aos Economistas do Grupo!
Para: Viveros Fernando <fernand...@yahoo.com.br>


Em relacao ao investimento privado, acho que tem muito a ver com a queda do investimento público. Fazem toda essa arruaça em relação ao aumento de 0.25 da taxa SELIC, mas essa taxa esta à beira do piso histórico. Ou seja, é muito baixa em relação aos nosso padrões. Há um bom artigo no sitio do STN (não lembro mais onde) que faz a relação entre o investimento público e o privado. Conclui-se, ali, que o baixo investimento privado atual se deve ao baixo investimento público atual. O Estado brasileiro serve, mais do que em outros lugares, como indutor da economia. O histórico mostra que o investimento público, em torno de 22% na época do milagre, hj gira em 14%, e essa queda é acompanhada pelo investimento privado.


Em 1 de maio de 2013 18:22, Marcus Thulio <marcusthu...@gmail.com> escreveu:
2)  por que a ocorrência de bolhas no mercado financeiro tende a ser menor em economias cujo investimento é mais inelastico em relação à taxa de juros?

Clarissa, a resposta, ao meu ver, é simples.

As taxas de juros são determinantes para o afluxo maior ou menor dos investimentos estrangeiros, para a entrada de dólares no país. Quanto mais volátil for a economia de um país, maior tendem a ser as taxas de juros para que haja atração de capitais. Lembre-se do Brasil dos anos 90, por exemplo, Por ter de lidar com a "herança" da crise méxicana e russa, o Brasil tinha de incentivar o investidor com altas taxas de juros. Só assim o dindin entrava. Em economias sólidas, o investimento é menos inelástico a taxas de juros, pois há outros atrativos.

Em 2009, o governo adotou medidas macroprudenciais (aumentou o prazo e a tarifa do iof para operacoes internacionais, por exemplo), com o intuito de afungentar o investimento especulativo e atrair investimentos sólidos. O fato de o Brasil diminuir a taxa de juros e manter-se como um top 3 em entrada de capitais estrangeiros é um indicativo de que o país tem um investimento (ao menos internacional) inelástico à taxa de juros.

Quanto mais elástico a taxa de juros for o investimento, maior é o grau de especulação desse mesmo investimento; maior, portanto, a possibilidade de formação de bolhas.
Em 1 de maio de 2013 17:51, Viveros Fernando <fernand...@yahoo.com.br> escreveu:
--
Marcus Thulio Rocha Bezerra



--
Marcus Thulio Rocha Bezerra

Marcus Thulio

unread,
May 1, 2013, 5:29:18 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Viveiros, desculpa, mandei as respostas só pra vc. Agora to mandando pro grupo

aprovadasdq

unread,
May 1, 2013, 5:42:10 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Marco Thulio, fiz a mesma coisa..hahaha

Bom, já que o pessoal está usando esse tópico pra tirar dúvidas genéricas, não custa postar a minha, também em relação ao simulado 1:

c) Efeitos sobre o PIB corrente e o PIB potencial
Com essa pressão inflacionária, há a tendência de aumento do PIB corrente (ou nominal). Contudo, o aquecimento no mercado de trabalho não altera variáveis de longo prazo, não há alteração do PIB Potencial.

Gente, pensei que "aquecimento do mercado de trabalho" significasse aumento da demanda pelo fator de produção trabalho. Então, o aquecimento do mercado de trabalho leva a um aumento das contratações, e aumento do fator de produção trabalho na economia. Isso provocaria aumento do produto natural, fazendo a curva de oferta agregada deslocar para a direita. Mas a Professora diz que não altera o pib potencial.....e agora?

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 5:47:02 PM5/1/13
to Marcus Thulio, discurs...@googlegroups.com
Em relação aos déficits gêmeos, acho que a explicação mais simples seria pelo modelo IS-LM-BP mesmo.
Outra explicação seria pela igualdade Poupança Interna + Poupança externa = 0, assim, um déficit diminuíria a poupança doméstica, o que provocaria aumento da poupança externa. Essa poupança externa maior provocaria mais pagamentos de juros, renda e amortizações nos períodos seguintes, provocando desequilíbrios no BP.

Quanto ao investimento ser inelástico em relação à taxa de juros, podemos ver pelo gráfico IS-LM também. Quanto menos elástico for o investimento à taxa de juros, mais inclinada será a curva IS, o que torna os efeitos de deslocamentos da LM (provocados no mercado monetário) sobre a renda menores.

Mas, como a maioria das coisas em economia, pode ser apresentado por outras abordagens também. De qualquer forma, em provas sempre prefiro a mais simples e conhecida.

Laís Inagaki

unread,
May 1, 2013, 5:50:17 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
2)  por que a ocorrência de bolhas no mercado financeiro tende a ser menor em economias cujo investimento é mais inelastico em relação à taxa de juros?

Eu teria uma explicacao pra INelasticidade... Mas acabei de ler no Heber o contrario, e agora fiquei na duvida:

Deve-se ressaltar que, do ponto de vista pós-keynesiano, as bolhas não são um fenômeno inevitável  do  processo  de  comportamento  dos agentes e  formação  de  expectativas  inerentes  às economias capitalistas. Na verdade, sua ocorrência será mais provável em economias em que:  
 
  O investimento é inelástico (pouco sensível) às variações da taxa de juros; 
  
  Os  mercados  financeiros  não  são  tão  organizados  (são  pouco desenvolvidos);  
 
  Existam  reduzidas  possibilidades  de  substituição  entre  moeda  e demais ativos financeiros na carteira dos investidores.  
 
Em economias onde os mercados financeiros são bastante regulados (ou organizados) e onde o investimento é bastante elástico às variações da taxa  de  juros,  a  fragilidade  financeira  será  menor  e  as  bolhas  são  mais difíceis de ocorrer (ou até mesmo tendem a não ocorrer). 



E agora, jose?
--
Laís Inagaki
Sent from my iPad

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 1, 2013, 5:51:12 PM5/1/13
to Marcus Thulio, discurs...@googlegroups.com
Quanto ao PIB potencial, ela pode estar querendo falar que o aquecimento do mercado de trabalho não está sendo acompanhado de um aumento da produtividade dos trabalhadores (o que de fato acontece no Brasil). Esse problema causa perda de competitividade para a indústria doméstica e podem até argumentar que está sendo prejudicial para o produto potencial. Mas, o aquecimento do mercado de trabalho sem dúvidas estimula o produto corrente através da demanda mesmo.

Viveros Fernando

unread,
May 1, 2013, 5:53:01 PM5/1/13
to aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Ave Phillips!
 
segundo o modelo Solow, diria que única coisa que pode aumentar esse produto natural é o progresso tecnológico.. no caso da sua consideração, aquecimento do mercado de trabalho, a taxa de desemprego dessa economia ficará menor que a taxa de desemprego natural, gerando apenas inflação pela equação de Philips.

De: aprovadasdq <raissas...@gmail.com>
Para: discurs...@googlegroups.com
Enviadas: Quarta-feira, 1 de Maio de 2013 18:42
Assunto: Re: Perguntando aos Economistas do Grupo!

Viveros Fernando

unread,
May 1, 2013, 5:53:48 PM5/1/13
to Marcus Thulio, discurs...@googlegroups.com
Percebi agora que havia recebido emails iguais.. sem problema.. voltemos a discussão que estou acabando meu dia de estudo ;)

Raul Santos

unread,
May 1, 2013, 5:59:06 PM5/1/13
to aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
aprovadasdq,

No contexto da questão não há um crescimento do fator L, mas sim uma saturação. Ele não cresce mais porque falta mão-de-obra disponível. Isso limita o crescimento da produção(oferta).



Enviado de meu ASUS Pad

aprovadasdq <raissas...@gmail.com> escreveu:

aprovadasdq

unread,
May 1, 2013, 6:04:24 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Raul Santos, não tinha "captado" esse fato...sendo assim, faz sentido! Obrigada a todos que tiveram a boa vontade em esclarecer...tirando a dúvida alheia a gente aprende até, ne?

AdrianoTT

unread,
May 1, 2013, 7:34:09 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Pessoal,

Vcs viram o q a Lais falou abaixo? O Heber afirma exatamente o contrario do que a Clarissa perguntou !?

Quem está certo: Clarissa ou Heber? :p

Em quarta-feira, 1 de maio de 2013 18h50min17s UTC-3, linagaki escreveu:
2)  por que a ocorrência de bolhas no mercado financeiro tende a ser menor em economias cujo investimento é mais inelastico em relação à taxa de juros? [CLARISSA]

cris

unread,
May 1, 2013, 8:42:40 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com

Não sou economista, mas acredito que que quanto mais elástico/sensível for a o investimento em relação à taxa de juros, mais retorno a autoridade monetária terá através de suas políticas, podendo regular com mais eficácia o mercado. Clarissa Pernambuco, vc disse num post acima que a poupança não está incluída nos depósitos à vista. Mas, se M1 = PMPP + DV, de onde vem a poupança então?

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 8:46:38 PM5/1/13
to cris, discurs...@googlegroups.com
poupanca é M2.

tb acho esquisito dizer que a fragilidade é maior qnd investimento é mais inelastico! alguem poderia ajudar?

clarissa pernambuco

unread,
May 1, 2013, 8:48:51 PM5/1/13
to cris, discurs...@googlegroups.com
entendi seu ponto de vista, cris, sobre a elasticidade!

Laís Inagaki

unread,
May 1, 2013, 9:11:16 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com


--
Laís Inagaki
Sent from my iPad

Begin forwarded message:

From: clarissa pernambuco <clariss...@gmail.com>
Date: 1 de maio de 2013 21:33:33 BRT
To: Laís Inagaki <laisi...@gmail.com>
Cc: Itan Cruz <itani...@gmail.com>
Subject: Re: Perguntando aos Economistas do Grupo!

oi, geit!
aprovadas, o problema é que o deficit gemeo é explicado pela redução da poupança. vou colocar o decoreba mesmo.
adrianott e cia, eu errei! sorry! tem falando que as bolhas tem mais probabilidade de acontecer em economias cujo investimento é mais inelastico à taxa de juros! mais esquisito ainda!

o aquecimento do mercado de trabalho, ceteris paribus, faz com que o nivel dos salarios fique maior que a produtividade marginal do trabalho. Isso faz aumentar os custos das firmas, o que faz deslocar a curva de oferta agregada para esquerda e para cima, fazendo com que, no equilibrio, o produto volte para o nivel de pleno emprego, mas com o nivel de preços mais elevado.


Em 1 de maio de 2013 20:39, Laís Inagaki <laisi...@gmail.com> escreveu:
Faz sentido, Itan!!!
Mas tomara que nao caia isso, pq achei um pouco controverso! Kkk
Valeu pela ajuda! :))


--
Laís Inagaki
Sent from my iPad

On 01/05/2013, at 19:17, Itan Cruz <itani...@gmail.com> wrote:

Minha explicação: o investimento ser inelástico faz com que ele varie pouco com a emissão de moeda, ou seja, o banco central tem que imprimir caminhões de dinheiro para estimular a economia, e é mais fácil surgirem bolhas com muito dinheiro em excesso porque ele tem que ir para algum canto ;)

Em 01/05/2013 18:50, "Laís Inagaki" <laisi...@gmail.com> escreveu:

2)  por que a ocorrência de bolhas no mercado financeiro tende a ser menor em economias cujo investimento é mais inelastico em relação à taxa de juros?

Ágatha Lechner da Silva

unread,
May 1, 2013, 9:19:30 PM5/1/13
to clarissa pernambuco, cris, discurs...@googlegroups.com
Acho que a questão do investimento inelástico quer dizer que ele é mais relacionado às expectativas do que à taxa de juros.
O maior problema da fragilidade financeira tem relação mesmo é com as expectativas....
--
Ágatha Lechner da Silva

FH

unread,
Apr 3, 2013, 8:58:58 PM4/3/13
to Ágatha Lechner da Silva, clarissa pernambuco, cris, discurs...@googlegroups.com
Acho que a Cris matou a questão... Qdo inelastico os investimentos com relação ao juros a autoridade perde o controle deles.. Surgindo uma bolha fico pensando o que o bacen poderia fazer antes que ela ganhe grandes
proporções jah que nao adianta reduzir juros para desestimular investimentos..

Enviado via iPod

cris

unread,
May 1, 2013, 11:36:35 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com

Quer dizer então que a poupança não é utilizada pelas instituições financeiras no processo de criação de moeda (depósito, empréstimo, depósito...)? Pois se o multiplicador bancário é M1 = K . BM; e BM = PMPP + Encaixes (estes são uma parcela dos DV), e poupança é M2, acho que dá pra chegar nessa conclusão. Mas por outro lado é a poupança que forma os fundos emprestáveis, não é! Então o processo de canalizar a poupança para os investimentos não cria moeda? Agora deu um nó viu!

aprovadasdq

unread,
May 1, 2013, 11:43:30 PM5/1/13
to discurs...@googlegroups.com
Pessoal, vocês estudaram sustentabilidade do endividamento público? Temos mesmo que saber aqueles cálculos malucos?? Consegui 3 artigos sobre isso, um no livro do Biderman e os outros 2 são artigos do premio do tesouro nacional....todos 3 cheios de contas cabulosas! Vocês estão estudando essas contas??

clarissa pernambuco

unread,
May 2, 2013, 6:25:07 AM5/2/13
to aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Oi, Cris. Com base no que eu li na aula 3 de HEBER, haveria, sim, criação de moeda, mas nao pelo sistema de depósitos e empréstimos dos bancos comerciais. Seria pela troca de haver monetário entre o setor bancário e o nao-bancário da economia. Pagina 17.

Ana Luísa Marques

unread,
May 2, 2013, 7:52:37 AM5/2/13
to aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Raissa, espero que não!! essa parte tá bem resumida na aula do Heber e não tem nenhuma fórmula.

cris

unread,
May 2, 2013, 11:26:54 AM5/2/13
to discurs...@googlegroups.com
Obrigado Clarissa! Mas ainda acho estranho essa criação de moeda via  poupança não entrar no cálculo do multiplicador bancário, o qual eu acreditava que servia pra toda economia...

aprovadasdq

unread,
May 2, 2013, 11:27:50 AM5/2/13
to discurs...@googlegroups.com
Pois é, Ana Luísa, estou preocupada com essa parte. Dívida pública é uma área fim da STN.....então receio que caia na discursiva algo do gênero....podíamos trocar informações sobre esse assunto.....o STN tem um livro chamado Dívida Pública: a experiência brasileira. A parte de sustentabilidade da dívida é bem complexa, altamente estatística....eu particularmente não entendi nada. 

clarissa pernambuco

unread,
May 2, 2013, 5:19:09 PM5/2/13
to aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Gente, como vocês responderam o tópico 3 da questao 2 do simulado 5? É a que pergunta quais as medidas utilizadas para medir o grau de aversão ao risco. Seriam as medidas utilizadas para saber se é propenso, neutro ou avesso, ou sao as medidas para medir o grau de aversão mesmo? Nao sei se fui clara. 

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 2, 2013, 5:56:21 PM5/2/13
to clarissa pernambuco, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Clarissa,
não fiz o simulado, mas as medidas de aversão ao risco que conheço são as de Arrow-Pratt, que pode ser tanto uma medida absoluta quanto relativa, quando se multiplica a medida absoluta pela renda (o W ou X da questão).
A medida absoluta é o negativo da razão entre a segunda derivada da função utilidade e a primeira derivada da função utilidade. Como o indivíduo avesso ao risco tem uma função de utilidade côncava, a segunda derivada seria negativa e, assim, a medida de aversão ao risco de Arrow-Pratt seria positiva (já que é o negativo da relação entre a segunda e a primeira derivada).
Assim, a medida de Arrow-Pratt diz se é propenso (caso a medida seja negativa), avesso (caso a medida seja positiva) ou neutro ao risco, e também mede o grau de aversão ao risco.

Entendeu? Meio difícil explicar sem um exemplo matemático...

clarissa pernambuco

unread,
May 2, 2013, 5:59:21 PM5/2/13
to Pedro Sant'Angelo, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
É a que vemos em finanças privadas, né? 

Max

unread,
May 2, 2013, 6:01:02 PM5/2/13
to Pedro Sant'Angelo, clarissa pernambuco, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
avesso: função de utilidade da renda côncava -> prêmio do risco positivo.
propenso: função de utilidade da renda convexa -> prêmio do risco negativo.
neutro: função de utilidade da renda linear -> prêmio zero.



2013/5/2 Pedro Sant'Angelo <santang...@gmail.com>

Julio Ribeiro

unread,
May 2, 2013, 6:23:53 PM5/2/13
to Max, Pedro Sant'Angelo, clarissa pernambuco, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Na verdade não existe eu acho "prêmio de risco negativo", mas eu entendi o que você quis dizer... O indivíduo vai pagar para correr risco.

Utilizar Arrow - Pratt é uma boa tb...alias se caisse isso derrubaria meio mundo de concorrentes...

Max

unread,
May 2, 2013, 6:29:16 PM5/2/13
to Julio Ribeiro, Pedro Sant'Angelo, clarissa pernambuco, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
O prêmio de risco negativo é interpretado geometricamente por meio de gráfico. 
O termo dá a entender que o agente econômico propenso ao risco tem por escolha correr o risco a pagar um  prêmio (ou seguro).


2013/5/2 Julio Ribeiro <juli...@gmail.com>

clarissa pernambuco

unread,
May 2, 2013, 6:30:02 PM5/2/13
to Julio Ribeiro, Max, Pedro Sant'Angelo, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
É o que consta na aula 2 de Raul cordeiro?

Max, a minha duvida é sobre o que pede a pergunta... Os meios de se calcular? Porque, se for, então acho que tem mais a ver com   a medida de Arrow-pratt....

daniel

unread,
May 2, 2013, 6:32:35 PM5/2/13
to clarissa pernambuco, Julio Ribeiro, Max, Pedro Sant'Angelo, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Eu respondi assim:

As  medidas utilizadas para medir a aversão ao risco são baseadas nas derivadas segundas das funções de utilidade. Se a derivada segunda da função de utilidade de um indivíduo for menor do que zero, diz-se que esse indivíduo é avesso ao risco. Se esse valor for maior do que zero, então ele é propenso ao risco. Por outro lado, se o valor encontrado for igual a zero, ele é neutro em relação ao risco.


aprovadasdq

unread,
May 2, 2013, 6:46:26 PM5/2/13
to discurs...@googlegroups.com
Gente, eu não comprei o simulado 5, mas me digam uma coisa: isso não é finanças? Ou é algum topico de macro, micro ou esp?

Max

unread,
May 2, 2013, 6:47:21 PM5/2/13
to aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Item 3 de micro do edital.


2013/5/2 aprovadasdq <raissas...@gmail.com>

clarissa pernambuco

unread,
May 2, 2013, 6:57:13 PM5/2/13
to Max, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Obrigada, meninos. Isso tem em livros de micro? Sei como funciona, mas será que poderia ser pedida essa medida de Arrow-pratt? 

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 2, 2013, 7:08:44 PM5/2/13
to clarissa pernambuco, Max, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Clarissa, não lembro de ter visto em nenhum livro. Só lembro mesmo da medida de Arrow-Pratt por causa da época que estudei pra Anpec.

A explicação do Daniel está certa também, mas, na dúvida, colocaria a medida de Arrow-Pratt mesmo, porque, além de medir se é avesso ao risco ou não, pode medir quem é mais ou menos avesso ao risco. Pra isto acho que seria melhor usar a medida relativa, que leva em consideração a renda da pessoa também.

Max

unread,
May 2, 2013, 7:08:53 PM5/2/13
to clarissa pernambuco, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Clarrisa,

a medida de Arrow-Pratt tem no livro de Finanças do Elton e Gruber.

Em concursos, só vi uma vez essa questão, na prova do BACEN de 1997, cuja banca foi CESPE. 





2013/5/2 clarissa pernambuco <clariss...@gmail.com>

Max

unread,
May 2, 2013, 7:12:29 PM5/2/13
to clarissa pernambuco, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com

Olha ela aí:


❹  Se existirem apenas um ativo com risco e um ativo sem risco, um indivíduo que tenha função utilidade com coeficiente de aversão relativa ao risco crescente, quando a sua riqueza aumentar, investirá uma proporção menor dessa riqueza no ativo com risco.



2013/5/2 Max <max....@gmail.com>

clarissa pernambuco

unread,
May 2, 2013, 7:15:34 PM5/2/13
to Max, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Obrigada, Max! 

clarissa pernambuco

unread,
May 2, 2013, 7:18:39 PM5/2/13
to Pedro Sant'Angelo, Max, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
 Se caiu na anpec é porque deve estar em algum livro de micro... Pedro, quando você fala em grau de aversão, está restringindo apenas ao caso dos avessos ao risco, né?

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 2, 2013, 7:40:34 PM5/2/13
to clarissa pernambuco, Max, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Eu ACHO que essa medida pode indicar também que um agente é mais propenso ao risco do que o outro (quanto mais negativa for a medida).
Acho muito difícil que caia alguma coisa do tipo na prova...

Ana Luísa Marques

unread,
May 2, 2013, 7:48:57 PM5/2/13
to clarissa pernambuco, Pedro Sant'Angelo, Max, aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
No Pindyck fala só do formato das curvas, mas não fala desse índice não...


Em 2 de maio de 2013 20:18, clarissa pernambuco <clariss...@gmail.com> escreveu:

aprovadasdq

unread,
May 2, 2013, 9:51:33 PM5/2/13
to discurs...@googlegroups.com
Pessoal, em relação aos modelos de crescimento economico, quais modelos vocês estudaram?

Gabriela Queiroz

unread,
May 2, 2013, 10:03:24 PM5/2/13
to aprovadasdq, discurs...@googlegroups.com
Mais detalhadamente só o de Solow mesmo e de forma superficial os modelos de crescimento endógeno (AK e o de Romer). Creio que não precisa ir além disso...

aprovadasdq

unread,
May 2, 2013, 10:28:36 PM5/2/13
to discurs...@googlegroups.com
Tomara viu Gabriela.......amanhã vou ler uns outros modelos.....acredito que vão cobrar algo bem específico, já que querem perfil de economista, ou seja, os próprios economistas.....vamos lá....a noite é uma criança, tem muita coisa pra rolar ainda :P

Gustavomnf

unread,
May 2, 2013, 11:52:37 PM5/2/13
to discurs...@googlegroups.com
Acho que nessa questao bastaria dizer que as medidas de aversão são a de aversão relativa e a de aversão absuluta. São as duas de arrow-pratt, mas talvez nem precise dizer. Acho qeu citar essas duas formas e explicar cada uma estaria suficiente. Abs!

Gustavomnf

unread,
May 2, 2013, 11:56:43 PM5/2/13
to discurs...@googlegroups.com
Pessoal vou voltar nessa aqui pra dar minha opiniao, pq acho que fomos profundos demais rs. Acho que quando a profa. diz emissão de moeda, não ta dizendo aumento da oferta de moeda. É simplesmente um meio de financiar os gastos, assim como os tributos e os título. Ou seja, na verdade o efeito seria na curva IS, aumentando juros e enxugando a liquidez da economia. Não pode ser isso? Abs!

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 3, 2013, 7:35:26 AM5/3/13
to Gustavomnf, discurs...@googlegroups.com
Gustavomnf, se o aumento dos gastos for financiado por expansão monetária, tanto a IS quanto a LM são deslocadas para a direita, assim, não dá pra afirmar o que vai acontecer com os juros.
Essa questão ficou bem confusa mesmo...
Como havia falado, acho que a expansão monetária provoca uma queda da taxa de juros, o que diminui a demanda por títulos (já que o preço deles cai). Assim, teria um excesso de oferta de títulos, o que, pelo que entendi da teoria de fundos emprestáveis, diminui a liquidez do sistema financeiro.
Foi o máximo que minha imaginação permitiu... rsrs

Pedro Sant'Angelo

unread,
May 3, 2013, 7:51:50 AM5/3/13
to daniel, discurs...@googlegroups.com
Corrigindo:

Gustavomnf, se o aumento dos gastos for financiado por expansão monetária, tanto a IS quanto a LM são deslocadas para a direita, assim, não dá pra afirmar o que vai acontecer com os juros.
Essa questão ficou bem confusa mesmo...
Como havia falado, acho que a expansão monetária provoca uma queda da taxa de juros, o que diminui a demanda por títulos (já que o preço deles AUMENTA). Assim, teria um excesso de oferta de títulos, o que, pelo que entendi da teoria de fundos emprestáveis, diminui a liquidez do sistema financeiro.
Foi o máximo que minha imaginação permitiu... rsrs



Em 3 de maio de 2013 08:49, Pedro Sant'Angelo <santang...@gmail.com> escreveu:
Isso.. bem observado. o preço aumenta, senão a demanda não caíria. Confundi na hora de digitar mesmo


Em 3 de maio de 2013 08:46, daniel <danih...@gmail.com> escreveu:

Pedro Sant'Angelo



"Como havia falado, acho que a expansão monetária provoca uma queda da taxa de juros, o que diminui a demanda por títulos (já que o preço deles aumenta*). Assim, teria um excesso de oferta de títulos, o que, pelo que entendi da teoria de fundos emprestáveis, diminui a liquidez do sistema financeiro."


--
Daniel Horn


It is loading more messages.
0 new messages