A Morte da Teoria da Invasão Ariana - 3

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Giridhari Das

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May 2, 2009, 3:43:18 PM5/2/09
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A Morte da Teoria da Invasão Ariana

 

Death of the Aryan Invasion Theory

 

Stephen Knapp

 

Continuação (parte 3 de 4)

 

MAIS EVIDÊNCIAS ACERCA DA MORADA ORIGINAL

DOS ARIANOS VÉDICOS

 

Os sacerdotes brahmanas e os estudiosos indianos acreditam que a região do vale do Sarasvati e do Ganges é a origem da civilização indiana e da sociedade ariana. Isto pode ser creditado quando observamos as cidades nesta região. No norte de Delhi, por exemplo, está a cidade de Kuruksetra, onde a grande batalha do Mahabharata se desenrolou quando Sri Krsna ainda estava no planeta há mais de 5.000 anos. Há também a antiga cidade de Hastinapura, a qual esteve situada ao longo do Ganges até o rio mudar seu curso e findar a cidade em 800 a.C. Esta é a antiga capital da dinastia Kuru no Mahabharata. Remanescentes de cerâmica foram encontrados próximo dessa localização datando de, pelo menos, 1.200 a.C. Em Nova Delhi, encontra-se o sítio Purana Qila, que se sabe ter sido parte da antiga cidade de Indraprastha.

 

Uma interessante citação pode ser encontrada no multimilenar Srimad-Bhagavatam (10.72.13), a qual pode nos dar uma idéia de quão proeminente Indraprastha foi. Ali se afirma que, durante o período histórico em que Sri Krsna estava neste planeta, 5.000 anos atrás, o rei Yudhisthira enviou para fora seus irmãos, os Pandavas, a fim de que conquistassem o mundo em todas as direções. Tal ato destinava-se a fazer com que todos os países participassem da grande cerimônia Rajasuya, que seria realizada na antiga Indraprastha. Todos os países teriam de pagar uma taxa para auxiliar na realização da cerimônia e também teriam de enviar representantes para o dia da realização da mesma. Caso não quisessem cooperar, teriam, então, que batalhar contra os Pandavas. Deste modo, o mundo inteiro se subordinou à jurisdição da administração védico-ariana.

 

Ao sul de Nova Delhi, estão as cidades sagradas de Vrndavana e Mathura, ao longo do rio Yamuna. Estas duas cidades são conhecidas como locais dos passatempos de Krsna e de lendas Védicas que remontam milhares de anos, as quais também se descrevem na literatura Védica. Mais ao sul, localizada à beira do Yamuna, está a muitíssimo antiga cidade Kaushambi. Esta cidade ainda possui os remanentes de sólidas estruturas de defesa do século décimo a.C., as quais são muito similares às construções em Harappa e na região do Indo que usavam tijolos cozidos para as suas construções. O Yajur-Veda (Vajasaneyi Samhita 23.18) também menciona a cidade de Kampila, que se localiza aproximadamente a meio caminho de Hastinapura e Kaushambi. A próxima cidade é Allahabad (Prayaga), onde encontramos a confluência do Yamuna e do Ganges. Este local é de enorme importância, e abunda imensamente em lendas Védicas tão remotas em antiguidade que ninguém pode dizer quando se originaram. Há, então, ao longo do Ganges, Varanasi, que é outra cidade repleta de lendas Védicas antigas e importantes. A uma pequena distância ao norte de Varanasi, está Sarnath, onde Buddha deu seu primeiro sermão após ter-se iluminado. A quatro horas de trem ao norte de Varanasi está a cidade de Ayodhya, onde o Senhor Ramacandra instalou Sua capital, como se descreve completamente no Ramayana. E, é claro, há as montanhas dos Himalaias, às quais se associam muitas histórias Védicas. Além destas, há outras numerosas localidades que poderiam ser mencionadas em conexão com as lendas Védicas ao longo da região. (Grande parte de tais localidades já foram descritas nas seções Seeing Spiritual India de meus livros anteriores).

 

Conquanto alguns arqueólogos clamem não terem descoberto nenhuma evidência apontando a existência antiga da cultura védico-ariana na região do Ganges, mesmo uma visita casual por tal área, como mencionada acima, torna óbvio que essas cidades e locais sagrados não ganharam importância da noite para o dia, tampouco pela simples imigração de um povo que se diz ter trazido consigo os Vedas. Tais locais não poderiam ter sido incorporados às lendas Védicas tão rapidamente caso a cultura Védica fosse oriunda de outra localização. Portanto, o argumento de que a literatura Védica primitiva foi trazida de outra região ou de que ela descreve uma localização geográfica que não a Índia não pode ser tão facilmente aceito. O fato é que toda a Índia, estendendo-se até a região do Indo, foi a morada original da cultura védico-ariana, a partir de onde esta distribuiu sua influência pela maior parte do restante do mundo.

 

 

A EXPLICAÇÃO VÉDICA DOS ARIANOS ORIGINAIS

E DE COMO SUA INFLUÊNCIA ESPALHOU-SE

PELO MUNDO INTEIRO

 

Como o nome “ariano” foi dado àqueles que se diz terem invadido a região do Indo é algo tido como incerto, e, como demonstrei, se de fato houve alguma invasão não é mais um ponto de consideração legítimo. Nada obstante, o termo ariano vem sendo aplicado àquele povo que ocupou as planícies entre os Mares Cáspio e Negro. A hipótese é que eles começaram a migrar por volta do começo do segundo milênio a.C.. Alguns rumaram em direção ao norte e ao noroeste, alguns se dirigiram sentido oeste estabelecendo-se em partes do Oriente Médio, enquanto outros viajaram para a Índia através do Vale do Indo. Aqueles que se diz terem adentrado a Índia foram os “arianos invasores”.

 

A literatura Védica estabelece um cenário diferente. Ela apresenta evidências de que a Índia pré-histórica abrangia uma área muito mais ampla, e que os verdadeiros arianos não eram invasores do norte adentrando a região do Indo, mas eram os residentes originais descendentes da sociedade Védica, que se disseminara por todo o mundo a partir da região da Índia. Lembremos que o termo ariano é confundido como possuidor do significado de “claro” ou “compleição clara”. Contudo, ariano se refere a arya, uma consciência clara em direção a Deus, e não branco ou pessoas brancas. Nos sutras Védicos, a palavra ariano é usada para se referir àqueles que são espiritualmente orientados e de caráter nobre. A palavra sânscrita arya é linguisticamente relacionada à palavra harijana (pronunciada hariyana), palavra esta que significa “alguém relacionado a Deus, a Hari”. Assim, o verdadeiro significado do nome ariano se refere às pessoas  relacionadas à espiritual cultura Védica, não tendo nenhuma ligação com aqueles imigrantes que alguns pesquisadores especularam serem os assim-chamados “arianos invasores”. Ariano faz referências àqueles que praticam os ensinamentos Védicos, e não a uma raça de pessoas em particular. Desta maneira, qualquer um pode ser um ariano caso siga a clara e luminosa filosofia Védica, ao passo que aqueles que não a seguem são não-arianos, também independentemente de sua raça. O nome ariano, portanto, como é em geral aceito atualmente, é erroneamente aplicado a um grupo de pessoas que se diz terem migrado do norte para Índia.

 

Alguns chamam esse povo de Sumérios, mas L.A. Waddell, muito embora use o nome, explica que o nome sumério não existe como um título étnico, senão que foi fabricado pelos assiriologistas modernos e usado para rotular o povo ariano. Dr. Hall, em seu livro Ancient History of the Near East, diz haver certa semelhança antropológica entre os dravidianos da Índia os sumérios da Mesopotâmia, o que sugere que o grupo de povos chamados sumerianos era, na verdade, de descendentes indianos. Com tal informação em mente, fica claro que os verdadeiros arianos eram os seguidores Védicos já em existência pela Índia e ao norte além da região do Indo.

 

A fim de ajudar na compreensão de como a influência ariana se espalhou pelo mundo, L.A. Waddell explica que os arianos estabeleceram as rotas comerciais pré-históricas por terra e mar desde, pelo menos, o começo do terceiro milênio a.C., se não muito antes. Aonde quer os arianos fossem, quer no Egito, na França, na Inglaterra ou em qualquer outro lugar, eles impunham a sua autoridade e sua cultura, basicamente para o melhoramento da cultura anterior da região. Eles colocaram tribos e clãs dispersos sob unidade nacional, unidade esta que se tornou cada vez mais luminosa dentro de seu sistema de organização social, comércio e arte. Buscando por novas fontes de metal, como estanho, cobre, ouro e chumbo, os arianos estabeleceram portos e colônias entre as tribos locais, que, posteriormente, desenvolveram-se em nações separadas, as quais tomaram muitas de suas tradições e traços culturais dos arianos reinantes. Naturalmente, à medida que o comércio com os arianos diminuiu, especialmente após a guerra do Mahabharata na Índia, variações das lendas e culturas tornaram-se proeminentes. Isto responde pelas muitas similaridades entre as diferentes civilizações do mundo, bem como pelas semelhanças existentes ainda hoje.

 

Outro ponto de consideração é que, uma vez que os arianos se centralizavam nas planícies ao Ganges e às montanhas dos Himalaias; de lá, eles podem ter-se disseminado sentido leste ao longo do rio Brahmaputra e pela planície do Tibete. Os chineses, na forma da tribo China, provavelmente também se originaram ali dado terem a lenda da montanha sagrada ao oeste com quatro rios. Os Puranas explicam que Manu e seus filhos reinaram sobre a área: sobre as terras do norte do Monte Meru àquelas ao sul do Monte Kailasa. Outros arianos poderiam facilmente ter descido o Sarasvati e o Sarayu adentrando o norte da Índia. Outros foram do Indo para a Caxemira e Afeganistão, e então para a Ásia Central. Outros adentraram as regiões do Gujarate e do Sind, e a Pérsia e a região do Golfo. Assim foi fundada a civilização suméria, juntamente com a Babilônia. Dessa localização, foram além, adentrando a Turquia e a Europa.

 

Após difundirem-se pelo sul da Índia, continuaram descendo o Ganges até tomarem, no mar, o sentido leste a fim de adentrarem a Malásia e a Indonésia e fundarem ali as antigas culturas Védicas. Pelo mar, procederam para a China, encontrando-se com os arianos que provavelmente já estavam lá. Da China e do oriente, eles navegaram pelo oceano pacífico e, finalmente, alcançaram e colonizaram as Américas. Abundantes evidências disso são apresentadas nos próximos capítulos.

 

Podemos ver um pouco do efeito dessa expansão a partir da Índia levando em conta o termo ariano. O nome harijana ou ariano evoluiu para siriano na Síria, para hurriano em Hurri, e em iraniano no Irã [que significa literalmente “terra dos arianos”]. Isto mostra que eles foram, em algum momento, parte da sociedade Védica. Um caso similar é o nome Pártias no império Parta (ou Parto), outro antigo país da Pérsia. Partha era um dos nomes de Arjuna, ariano Védico e amigo de Krsna, e significa “o filho do rei Prithu”. Assim, o nome pártia indica aqueles que são descendentes do rei Prithu. Os pártias também tinham um bom relacionamento com os primeiros judeus visto que os judeus costumavam comprar grãos dos pártias. Os gregos se referiam aos povos judaicos como judeos, ou Jah deos, isto é, Yadavas, o que significa povo de Ya, ou descendentes de Yadu, um dos filhos de Yayati. Também se atribui a base da Cabala, o livro das concepções místicas do judaísmo, como descrito em The Holy Kabbalah de Arthur Edweard Waite, a Kalipa Muni, sábio indiano e encarnação de Krsna que estabeleceu a filosofia analítica sankhya-yoga. Deste modo, a conexão com os primeiros judeus e a antiga cultura Védica é evidente.

 

Outro aspecto da conexão entre essas várias regiões e a cultura Védica é explicado na literatura Védica. No Rg-Veda (10.63.1), Manu é o primeiro dos reis e profetas. Manu e sua família eram sobreviventes da inundação mundial, como se menciona no Shatapatha Brahmana (1.8.1). Assim, um novo começo para a raça humana parte dele, e toda a humanidade é descendente de Manu [a palavra man, homem em inglês, é etimologicamente ligada ao sânscrito manu]. O Atharva-Veda (19.39.8) menciona onde sua embarcação atracou nos Himalaias. Um templo que demarca a localização onde a embarcação de Manu tocou pela primeira vez terra firme após o dilúvio encontra-se na Índia setentrional, nas colinas de Manali. Seus descendentes importantes são os Pauravas, Ayu, Nahusha e Yayati. De Yayati, vieram os cinco clãs Védicos; os Purus, os Anus, os Druhyus, os Turvashas e os Yadus. Os Turvashas são relativos ao sudeste da Índia, à Bengala, a Bihar e à Orissa, e são os ancestrais dos dravidianos e dos yavanas. Yadu é relativo ao sul ou sudoeste, a Gujarate e ao Rajastão, de Mathura a Dvaraka e Somnath. Os Anus são relativos ao norte, ao Panjabe, bem como à Bengala e a Bihar. Os Druhyus são relativos ao oeste e ao noroeste, como Gandhara e Afeganistão. Puru é conectado com a região central do Yamuna e do Ganges. Sabe-se que, com a exceção de Puru, todos, intermitentemente, caíram do dharma Védico, e várias guerras nos Puranas foram com esses grupos.

 

Como explicado por Shrikant Talageri em seu livro, The Aryan Invasion Theory: A Reappraisal (p. 304-305, 315, 367-368), de tais descendentes, os Purus foram o povo rg-védico e desenvolveram a cultura Védica na Índia centro-setentrional e no Panjabe ao longo do Sarasvati (Rg-Veda 7.96.2). Os Anus da Caxemira setentrional, ao longo do Parushni ou do moderno rio Ravi (Rg-Veda 7.18.13), espalharam-se pela Ásia ocidental e desenvolveram as várias culturas iranianas. Os Druhyus, do noroeste da área do Panjabe e da Caxemira, disseminaram-se para a Europa e se tornaram os ocidentais indo-europeus, ou os druidas e antigos celtas. Um primeiro grupo rumou sentido noroeste e desenvolveu o dialeto proto-germânico, e outro grupo viajou mais ao sul e desenvolveu os dialetos proto-helênico e ítalo-céltico. Outras tribos incluíam os Pramshus, na Bihar ocidental; e os Ikshvakus da Uttar Pradesh setentrional.

 

Já que se falou da Caxemira, interessante relatar que, de acordo com a lenda, milhares de anos atrás, a Caxemira era um grande lago rodeado por belos picos montanhescos. Foi ali onde a deusa Parvati permanecia em seu barco. Um dia, ela foi ver o senhor Shiva nas montanhas. Então, um grande demônio tomou posse do lago. Kashyapa Muni, que estava presente no contexto, pediu à deusa que retornasse. Juntos, eles expulsaram o demônio e criaram um imenso vale, o qual se chamou Kashyapa-Mira, sendo, posteriormente, reduzido para Caxemira. Mais uma vez, demonstra-se a conexão Védica desta região.

 

Outras tribos mencionadas nos textos Védicos incluem os Kiratas, que são os povos montanheses do Tibete e do Nepal, frequentemente considerados impuros por não praticarem o dharma Védico. O Visnu Purana (4.3.18-21) também menciona os Shakas, que são os síntios da antiga Ásia Central; os Pahlavas, que são os persas; e os Chinas, que são os chineses. Todos eles são considerados nobres caídos, ksatriyas que foram expulsos da Índia durante o governo do rei Sagara.

 

Explicando mais detalhadamente, Yadu era o mais velho dos cinco filhos de Yayati. Yayati foi um grande imperador do mundo e um dos antepassados daqueles de herança ariana e indo-européia. Yayati dividiu seu reino entre seus filhos, que então deram início às suas próprias dinastias. Yayati teve duas esposas, Devayani e Sharmistha. Yayati teve dois filhos com Devayani: Yadu e Turvasu. Yadu foi o originador da dinastia Yadu, cujos membros se chamam Yadavas, posteriormente conhecida como Dinastia Lunar. De Turvaso veio a dinastia Yavana ou turca. Com Sharmistha, Yayati teve três filhos: Druhya, que iniciou a dinastia Bhoja; Anu, que começou a dinastia Mleccha ou grega; e Puru, que deu início à dinastia Paurava, a qual se diz ter-se instalado ao longo do rio Ravi e, depois, ao longo do rio Sarasvati. Alguns dizem que tal clã, posteriormente, prosseguiu para o Egito, e seus membros tornaram-se os faraós e soberanos da região. Estas tribos arianas, originadas na Índia pelo rei Yayati e mencionadas no Rg-Veda e nos Puranas Visnu e Bhagavata, distribuíram-se por todo o mundo.

 

O reino Yadava dividiu-se, ulteriormente, entre os quatro filhos de Bhima Satvata. De Vrishni, o mais novo, descendeu Vasudeva, o pai de Krsna e Balarama, e a sua irmã, Pritha ou Kunti. Kunti casou-se com Pandu, o príncipe Yadava, cujos descendentes tornaram-se os Pandavas. Kunti tornou-se a mãe de Yudhisthira, Bhima e Arjuna (Partha), os três Pandavas mais velhos. Os Pandavas mais novos foram Nakula e Sahadeva, nascidos da segunda esposa de Pandu, Madri. Após mudarem para a costa oeste da Índia, viveram em Dvaraka sob a proteção do Senhor Krsna. Próximo do momento do desaparecimento de Krsna da Terra, uma guerra fratricida eclodiu, e a maior parte dos Pandavas foi morta, eles que haviam se tornado um enorme clã. Aqueles que sobreviveram podem ter prosseguido para o Vale do Indo, onde teriam iniciado outra parte de uma avançada sociedade Védica ou se unido a uma já existente. Outros talvez tenham continuado prolongadamente no sentido oeste, adentrando o Egito, e alguns em direção à Europa, como previamente explicado.

 

Isto é mais bem substanciado no Mahabharata, que menciona muitas províncias da Europa meridional e da Pérsia que já tiveram conexão com a cultura Védica. O Adi-parva (174.38) do Mahabharata descreve a província de Pulinda (Grécia) como tendo sido conquistada por Bhimasena e Sahadeva, dois dos irmãos Pandavas. Assim, os gregos antigos foram, em dado momento, parte de Bharata-varsa (Índia) e da civilização Védica. Posteriormente, todavia, o povo deixou sua afiliação com a sociedade Védica, em conseqüência do que foram classificados como mlecchas. Na seção Vana-parva do Mahabharata, é predito que tal sociedade não-Védica, um dia, reinaria grande parte do mundo, inclusive a Índia. Alexandre, o Grande, conquistou a Índia para a civilização Pulinda ou grega em 326 a.C., cumprindo, assim, a profecia.

 

As seções Sabha-parva e Bhisma-parva do Mahabharata mencionam a província de Abhira, situada próximo do que foi o rio Sarasvati no antigo Sind. É dito que os Abhiras eram guerreiros que haviam deixado a Índia por medo do Senhor Parashurama e se esconderam nas colinas caucasianas entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Posteriormente, por um período de tempo, eles foram reinados por Maharaja Yudhisthira. O sábio Markandaya, entretanto, predisse que esses Abhiras, após findarem sua conexão com a sociedade Védica, iriam, um dia, governar a Índia.

 

Outra província mencionada no Mahabharata (Adi-parva 85.34) é aquela dos Yavanas (turcos), que foram assim nomeados em virtude de serem descendentes de Maharaja Yavana (Turvasu), um dos filhos de Maharaja Yayati, como previamente explicado. Eles também abandonaram a cultura Védica e se tornaram mlecchas. Eles lutaram na batalha de Kuruksetra contra os Pandavas ao lado de Duryodhana e perderam. Foi predito, no entanto, que eles, algum dia no futuro, retornariam para conquistar Bharata-varsa (Índia), o que de fato se concretizou. Muhammad Ghori, mais adiante na História, atacou e conquistou partes da Índia sob a bandeira do Islã dos países Abhira e Yavana ou turco. Desta maneira, podemos ver que essas províncias na área da Grécia e da Turquia (e as terras entre elas e a Índia) foram, no passado, parte da civilização Védica, e tiveram, em algum momento, não apenas laços políticos e culturais, mas também conexões ancestrais. Esta é a versão Védica da origem da civilização ariana e de como sua influência espalhou-se em diferentes graus pelo mundo.

 

  

Tradução de Bhagavan dasa (DvS) – Outras traduções em www.devocionais.xpg.com.br

 

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