Thiago Henrique Bragato Barros apresentou “A Representação arquivística na tradição canadense: subsídios para a elaboração de um modelo ideal de ensino por meio da semântica textual”
María José Baños-Moreno apresentou "e-EMGDE, RIC, NEDA y las normas de codificación: más allá de un perfil de aplicación en archivos"
Dunia Llanes Padrón apresentou "La descripción archivística y la curaduría digital: relaciones y perspectives"
Maria Isabel Ventura apresentou "A representação da informação nas plataformas digitais dos serviços de arquivo: estudo comparativo e proposta de modelo"
Após estas apresentações, iniciou-se o debate.
- Que novidades traz o modelo de representação da informação nas plataformas digitais dos serviços de arquivo?
R: Modelo focado para o utilizador e focado nas suas necessidades (visualização, facilidade de acesso, intuitividade)
- Já existem bases de dados com as normas RIC ou NEDA
R: Existem já em e-EMGDE e NEDA.
- Já há um desenvolvimento de trabalhos sobre descrição da curadoria digital para outras vertentes da área digital (museologia, biblioteconomia)?
R: Existe um interesse nisso, mas estamos no início desse trabalho porque é algo complexo.
- Alguns autores falam em produção de ontologias e outros sobre descrição e classificação?
R: A aplicação da ontologia vai para além do domínio em si, pelo que é utilizada para a concepção de sistemas arquivísticas. As ontologias são aplicação práticas de linguagens tecnológicas para perceber a linguagem natural. As classificações são hoje a base da organização eletrónica da informação [registada no âmbito das actividades das organizações].
- Qual é o futuro da descrição?
R: Trabalhou-se muito na normalização da descrição e nas questões de unificação da representação de informação. Têm-se que trabalhar mais para criar um modelo internacional de convergência para normalizar os modelos conceptuais.
- Que papel crêem que devem ter os produtores ou investigadores no processo técnico de representação da informação, em termos de acesso?
R: Há que estabelecer explicitamente as relações entre produtor, documento e função, local, etc., e levar isso para o ambiente eletrónico para permitir a recuperação da informação.
Muitos dos sistemas desenvolvidos acabam por ser desenvolvidos para nós próprios [profissionais de arquivo] e não para outrem (o utilizador que produz e o que quer aceder), e a perspectiva tem que mudar, o foco tem que passar a ser o acesso. As normas têm que ter em consideração os produtores e utilizadores, e facilitar o acesso e preservação.
Houve outra intervenção sobre o papel do profissional relativa também à descrição, em que antes era feita a posteriori, e agora é preciso fazer desde a origem do registo, no momento de produção, na forma de metainformação.Três realidades distintas: os arquivistas quando chegam às empresas e tentam estabelecer equivalências; Os arquivos que acabam por querer mudar o sistema; outros tentam implementar a normalização.
O grande problema é a falta de metainformação que é registada no âmbito do desenvolvimento das actividades das organizações.