Devoção Familiar e Programação CELC

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Não olhemos para os montes. Olhemos para Cristo. - Salmos 121.2

            Pode ser que alguém ainda não saiba. Mas a Comunidade da Cruz está iniciando as comemorações dos seus 90 anos. Que bela data! Mas há algo a comemorar? E como há!

            Não, não falo da reforma do salão, o que seria um ótimo motivo. Ou então das outras reformas previstas e encaminhadas. Mas convido todos a olhar para a razão da existência de uma Comunidade cristã e em especial com este nome: “Da Cruz”. Mais conhecida como “Da Cruz” - Petrópolis.

            O que temos de especial? O Salmo 121 começa com uma pergunta instigante: Olho para os montes, de onde me virá o socorro? v.1.  E o Salmista responde: o meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra. v2. Esse salmo era usado por peregrinos rumo a Jerusalém para as festas celebradas no grande templo. Enquanto caminhavam, por vezes em meio a perigos, buscavam forças nele e ao mesmo tempo davam testemunho da sua fé. Enquanto muitos do seu tempo, e até de hoje, buscavam segurança nos montes, tidos como moradia dos deuses, num pensamento supersticioso, o povo de Deus, tinha sua fé e segurança no Deus que fizera aqueles montes. Pois ele era, é e continuará sendo, o Deus Todo-Poderoso. Nós seguimos a mesma fé. Temos a mesma certeza. E o nosso Deus nos socorre.

            E aí está a loucura da Cruz. Esse Deus Todo-Poderoso, se esvaziou em seu Filho Jesus Cristo (Filipenses 2.5-11), por amor (João 3.16) a nós seus filhos, para ser o socorro bem presente nas tribulações(Salmo 46). Para ser socorro vindo do Senhor no alto de um monte. Socorro do Senhor, não do monte.

            Nós sabemos e relembramos em mais esta Quaresma, como nosso Salvador Jesus Cristo foi erguido no Monte Calvário para dar a sua vida por nós, consumar todo o necessário para nossa salvação e ser nosso socorro até mesmo na morte. Do alto Calvário e do que aconteceu lá numa cruz, vem com certeza, a origem e a mensagem consoladora presente no nome da nossa Comunidade “Da Cruz”. Não pelo monte em si onde ela foi erguida. Mas pelo salvador que nela foi pregado, dando sua vida graciosamente por toda a humanidade. Nós cremos e testemunhamos essa boa notícia.

            A cruz é símbolo de morte. Mas para cristãos é fonte de vida. Certamente por isso nossa história remonta a um pedido feito num Culto de finados para que no Petrópolis tivesse culto com essa mensagem. Assim surgiu a Comunidade que neste ano comemora 90 anos. E ela só evoluiu porque desta Cruz brota vida. Vida concedida em rica medida pelo Espírito Santo que nos manteve em fidelidade de fé a Cristo, o Crucificado. 1 Coríntios 22-23. Crido e pregado entre nós.

            Guardemos bem essa história em nosso coração. É a nossa história. É a história da ação de Deus em nós e através de nós. Que hoje repartimos em várias frentes de atuação como na AELCA, na parceria com a CEL da Paz e onde for possível. Nós somos resultado do socorro que veio do Senhor, que já recebeu na eternidade a muitos de nós firmados na fé crida e pregada aqui. E que por seu amor nos guardará na mesma fé, através da Comunidade “Da Cruz”, para a vida eterna.

Abençoado ano de celebrações.

Pr José Daniel Steimetz   

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Fé, amor e esperança

         Fé, esperança e amor são as três virtudes fundamentais da vida cristã e servem como diagnóstico da saúde espiritual de uma igreja. São temas comuns nas cartas do apóstolo Paulo. No capítulo do amor de 1 Coríntios 13, ele conclui: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior deles é o amor” (1 Coríntios 13.13).  

        A fé vem de fora de nós por uma dádiva divina. O Espírito Santo nos chama, ilumina e nos leva à fé em Cristo através da Palavra porque não podemos crer nele por nossa própria razão ou força. “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Efésios 2.8). Pela fé em Cristo nos tornamos filhos espirituais de Deus.  

Se na fé nós temos tudo, na esperança sentimos falta de tudo, pois é próprio da esperança aguardar pelo que não se tem. Paulo escreve: “Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos” (Romanos 8.24,25).

       O amor, destas três virtudes da filiação a Deus, é permanente. A fé recebe; a esperança aguarda, o amor dá. No céu, a fé verá Deus em sua glória; a esperança desfrutará da ressurreição da carne, o amor jamais acabará porque Deus é amor.

       Enquanto estamos no caminho da fé naquele que é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14.6), somos desafiados a atitudes de amor que trazem esperança aos desesperados, abraçam os abandonados, erguem os caídos, alimentam os famintos, libertam os escravos do pecado, dão vida plena aos que estão morrendo.

Edgar Lemke