O PODER DAS PALAVRAS
"No princípio era o verbo..."
A palavra como veículo à transcendência do mundo material. A
utilização estética como meio de alcançar a alma.
Do concreto para o abstrato. Do físico para o metafísco. Um universo
onde o logos é a criação e o próprio universo.
Um livro esteticamente instigante, onde a exploração da página em
branco é utilizada para sugerir a poesia. Um choque visual e estético.
A palavra em seu paradoxal silêncio. Nenhuma palavra é silêncio. Toda
palavra contém seu contorno silencioso. Todo silêncio contém uma
palavra.
O desafio do artista diante da página em branco.
Um livro que é um desafio ao leitor.
O silêncio revelador da página em branco e a sua exploração espacial.
Apesar do título (ETERNAmente) sugerir alguma ligação com a tradição
concretista, seu conteúdo implícito remete justamente uma direção
contrária, abstrata: o tempo e a alma.
A mente que se eterniza ao perder qualquer relação concreta, objetiva,
material e, assim, ao se desprender da própria palavra (em sua simples
estrutura e solidez), rompe qualquer vínculo com o movimento estético
concretista ao diluir inclusive a forma, fixando uma poética
essencialmente abstrata. E, é daí que o poeta constrói sua poética na
intenção de atingir uma transcendência além da estrutura formal para
falar da imortalidade da alma.
Mas, embora recorra a alguns princípios estéticos concretistas,
principalmente na desestruturação do discurso, cada verso e/ou
palavra/
verso, através da sugestão, tenta levar a poesia ao campo metafísico,
além do tempo e espaço.
Eternamente, um poema em 100 páginas, ao contrário do isolamento
típico dos versos concretistas, segue um discurso interligado do
começo ao fim.
Eternamente é resultante do desafio do poeta diante do silêncio da
página em branco. O que ele pode encontrar ali? A sua alma? A sua
essência? A sua própria existência? A própria poesia?
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