Tribunal de
Haia
Milan Martic condenado
por crimes de guerra
O Tribunal
Internacional de Crimes de Guerra da ONU condenou o ex-líder dos rebeldes
sérvios, Milan Martic, a 35 anos de prisão por uma série de atrocidades
cometidas no início da década de 90
A justiça condenou
Martic, de 52 anos, por 16 acusações de crimes de guerra e limpeza étnica.
No rol das atrocidades incluem-se o assassinato, a perseguição,
a tortura, a deportação da croatas, muçulmanos e outros não sérvios
no ínicio dos anos 90.
Milan Martic e o ex-presidente
Milosevic tentaram criar um grande estado sérvio, anexando parte da Croácia e da
Bósnia.
O ex-líder balcânico foi ainda acusado
de instigar o ambiente de medo, afirmando publicamente que não poderia garantir
a segurança de cidadãos não-sérvios presentes no país.
Os crimes foram cometidos enquanto
Martic se manteve no poder da auto-proclamada República Sérvia da Krajina, que
existiu de 1991 a 1995.
«Croatas e outros não
sérvios foram alvos de medidas discriminatórias a fim de os expulsar. As suas
propriedades foram arrasadas de forma a que nunca pudessem regressar para
casa», afirmou o juíz Bakone Moloto.
Martic foi também condenado por um
ataque de morteiros na capital croata, Zagreb. No mesmo ano, a sua
república sérvia da Krajina (que em sérvio quer dizer fronteira)
caiu.
«A maioria dos crimes de
Milan Martic foram cometidos contra idosos, prisioneiros e civis. A
vulnerabilidade destes grupos de vítimas aumenta a sua gravidade»,
afirmou o juiz Bakone Moloto.
Martic entregou-se à justiça em 2002,
após sete anos de fuga, afirmando-se inocente. Com anos de serviço na polícia, o
ex-líder ajudou a treinar as forças rebeldes da república sérvia, tornando-se um
dos principais aliados de Slodoban Milosevic.
SOL com
agências