Justiça - à casa de Vale e Azevedo
Arresto de bens continuou
O arresto aos bens da casa de Vale e Azevedo
em Colares, Sintra, continuou no dia de ontem com a presença de um solicitador e
um advogado da imobiliária inglesa, que colocou uma acção judicial contra um
ex-presidente do Benfica por incumprimento contratual.
Num processo moroso
que visa avaliar ao pormenor o valor de todos bens no interior da quinta de
Almoçageme, funcionários à ordem do tribunal retiraram durante toda a manhã e
tarde de ontem vários objectos da residência de João Vale e Azevedo (que se
encontra em Inglaterra).
A TVI avançou que, caso o valor dos bens retirados
da quinta não atinja os dois milhões de euros (1.5 milhões do contrato e meio
milhão de juros), o próximo passo passará por congelar as contas bancárias do
advogado.
Em causa está um contrato celebrado entre Vale e Azevedo e uma
empresa imobiliária, de nome St. James Group International, com vista à
aquisição de uma moradia em território britânico. O negócio acabou por não se
concretizar com a empresa britânica a sentir-se lesada e a decidir-se por uma
acção judicial contra Vale.
Bens de Vale e Azevedo arrestados
Decisão do Tribunal de Sintra tem a ver
com dívida a uma empresa britânica
A GNR está a retirar bens da casa de João
Vale e Azevedo. A operação de arresto de bens decorre há mais de duas horas.
Ao que a SIC apurou, a ordem foi dada pelo Tribunal de Sintra e tem a ver
com uma dívida pessoal do antigo presidente do Benfica a uma empresa britânica.
Na casa de Vale e Azevedo, em Almoçageme, está uma viatura da GNR onde foram
já carregadas algumas caixas com bens.
João Vale e Azevedo estará nesta
altura a caminho de Lisboa, depois de uma deslocação ao
estrangeiro.
Julgamento
Pimenta Machado e Vale e
Azevedo ficam em silêncio na primeira sessão
Pimenta Machado e Vale e
Azevedo recusaram hoje fazer declarações na primeira sessão do julgamento no
Tribunal de Guimarães, acusados de peculato e falsificação de documentos.
O ex-presidente do Vitória Sport Clube Pimenta Machado está acusado de quatro
crimes de peculato e dois de falsificação de documentos, enquanto o ex-dirigente
do Benfica Vale e Azevedo responde por um crime de peculato e dois de
falsificação de documentos.
A primeira sessão do julgamento começou com a
leitura do despacho de pronúncia pelo colectivo de juízes do Tribunal de
Guimarães.
Após a leitura os juízes perguntaram aos arguidos se queriam
prestar declarações e como estes recusaram o tribunal passou imediatamente à
audição das testemunhas.
A primeira testemunha a ser ouvida foi o inspector
da Polícia Judiciária Rui Fernandes, da Direcção Central de Investigação e
Combate ao Crime Económico e Fiscal (DCICCEF), que fez o relatório pericial às
contas do Vitória de Guimarães.