Um relatório enviado à Procuradoria Geral da República descreve práticas ilegais e dezenas de crimes cometidos por responsáveis no combate ao tráfico de droga da Polícia Judiciária, revela a edição de hoje do "Correio da Manhã".
Segundo escreve o jornal, que afirma ter tido acesso ao documento,
classificado como "explosivo", existem "denúncias concretas de corrupção,
utilização de agentes provocadores nas operações encobertas, pagamentos em droga
aos informadores, apropriação de dinheiro do tráfico e droga vendida a
traficantes".
O autor da denúncia, que afirma ser "inspector da DCITE"
(Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes), nomeia e acusa
27 colegas de profissão e identifica 27 embarcações que fazem transporte de
droga na costa com a conivência da PJ.
O director nacional da PJ, Alípio
Ribeiro, afirma ter conhecimento das denúncias, mas afirma que as vê com "grande
distanciamento". Tenho conhecimento de denúncias anónimas, que não são novas, e
que vejo com grande distanciamento", afirma citado pelo Correio da Manhã. "Tenho
a certeza de que estas denúncias não têm origem em fontes policiais",
acrescentou o mesmo responsável.
Questionado pelo mesmo jornal, o
ministro da Justiça Alberto Costa afirmou desconhecer o assunto. Por seu lado, o
procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro, o principal destinatário
da longa denúncia de 78 páginas, afirma que não recebeu ainda o documento a que
o "Correio da Manhã" faz referência.
Em comunicado, a PJ refere que os dois indivíduos, de 27 e 38
anos, foram detidos terça-feira, no âmbito de uma operação que contou com a
colaboração dos postos da GNR de Alijó e Murça e de elementos do Núcleo de
Investigação Criminal (NIC), de Peso da Régua.
Na noite de
segunda-feira, uma rapariga de 15 anos e um rapaz de 19 anos foram amordaçados,
tendo-lhes sido roubado dinheiro e telemóveis, após o que foram amarrados a
postes de uma vinha onde permaneceram durante cerca de três horas.
O
jovem foi ainda agredido com uma arma branca, na região do
pescoço.
«Parte do produto roubado foi recuperado, tendo sido
apreendidas as armas empregues na prática dos crimes - uma pistola
semi-automática de calibre 6.35 milímetros adaptada, uma navalha de ponta e
mola, bem como fita-cola, capuzes e objectos relacionados com os
crimes», afirma a PJ.
Os detidos foram já presentes à
autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório, tendo ficado em
prisão preventiva.
Um dos detidos, a residir na área de Lisboa, tem
já antecedentes criminais por crimes da mesma natureza, enquanto que o outro,
ex-emigrante na Suiça, reside na área de Alijó.
Lusa / SOL
Em comunicado, a PJ refere que o detido, de 18 anos, foi já
presente a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado em prisão
preventiva.
«A vítima, de 19 anos, sucumbiu por força da agressão
com arma branca», que foi desencadeada na sequência de desentendimentos
entre vários jovens, iniciados no interior da discoteca, acrescenta a
PJ.
De acordo com a edição de terça-feira do Jornal de Notícias, o crime
ocorreu no Centro Comercial Stop, no Porto, pouco depois da vítima ter saído do
bar «Kizomba», após mais uma noite de diversão.
O matutino conta que a
vítima foi esfaqueada duas vezes no peito e uma nas costas.
O crime terá
ocorrido pouco depois das 03:00, quando, segundo amigos da vítima e outras
testemunhas que assistiram ao desentendimento, a vítima foi interpelada por um
outro jovem que se encontrava a dançar na pista.
«Sem se saber
porquê, os grupos de um e outro lado começaram a agredir-se»,
acrescenta o JN.
Um dos proprietários do «Kizomba», em declarações ao
Correio da manhã, afirmou que o jovem saiu do estabelecimento já com a cara
ensanguentada e ainda voltou a tentar entrar, mas sem sucesso.
Este
homicídio não deixa surpreso o responsável da discoteca, que afirmou ao CM
existirem já sinais de que a tragédia pudesse acontecer no seu espaço, que se
encontra aberto há um ano e meio.
O CM adianta que o «Kizomba» tem já um
historial de distúrbios, que o próprio proprietário admite. Também vizinhos e
lojistas disseram que «o barulho e a confusão são
habituais».
Lusa/SOL
Numa busca feita na casa do suspeito, foram apreendidas cerca de
dezena e meia de armas de fogo proibidas e indocumentadas, segundo um comunicado
divulgado hoje pela PJ.
No lote de armas encontradas, estão incluídas uma
espingarda dissimulada em bengala, uma carabina 'Endfild MK1' com baioneta e uma
granada de mão defensiva, estas últimas consideradas material de
guerra.
Uma fonte policial disse hoje à agência Lusa que o sexagenário
vive em França, país de onde trará as armas quando se desloca, ocasionalmente, a
Portugal.
Presente a um primeiro interrogatório no Tribunal de Pombal, o
homem ficou sujeito a apresentações periódicas no posto policial da área da sua
residência, lê-se ainda na nota da Polícia Judiciária.
Lusa/SOL