(...) e se não houvesse apenas uma internet da informação, e se houvesse uma internet do valor, algum tipo de livro de registro contábil distribuído, amplo e global, funcionando em milhões de computadores e disponível para todos, e no qual todo tipo de ativo, do dinheiro à música, pudesse ser armazenado, movido, transacionado, trocado e gerenciado, tudo sem intermediários poderosos? E se existisse um meio nativo para o valor?
3:49Bem, em 2008, a indústria financeira entrou em colapso e, talvez oportunamente, pessoas, ou uma pessoa anônima chamada Satoshi Nakamoto criou um artigo no qual desenvolvia um protocolo para um dinheiro digital, que usava, por trás, uma criptomoeda chamada Bitcoin. E essa criptomoeda permitiu às pessoas estabelecer confiança e fazer transações sem um terceiro. E esse ato aparentemente simples desencadeou uma faísca que incendiou o mundo. Isso deixou todo mundo ou animado ou apavorado, senão interessado, em muitos lugares. Agora, não se deixe confundir sobre Bitcoin; Bitcoin é um ativo: sobe e desce, e deve ser de seu interesse se você é um especulador. Mais amplamente, é uma criptomoeda. Não é uma moeda fiduciária, controlada por uma nação. E isso é do maior interesse. Mas a cereja do bolo aqui é a tecnologia que está por trás. Ela é chamada blockchain.
O protocolo Interledger
Após o lançamento do “Interledger Protocol” (ILP), resultado de um trabalho conjunto entre a Ripple e o W3C, o mundo agora tem um exemplo prático de um protocolo que propõe padrões abertos para pagamentos entre “ledgers” (livros razão) de qualquer natureza (públicos, privados, descentralizados, etc) sem a necessidade de uma entidade central para validar as transações.
Ou seja, qualquer ledger que implementar o ILP terá interoperabilidade com outros ledgers integrados ao ILP.
Porque isso importa? Por alguns motivos:
1 – Bancos não precisam trocar seus sistemas atuais.
Com o ILP, bancos podem tornar seus sistemas legados compatíveis com pagamentos ILP implementando o “escrow” criptográfico no qual o ILP se baseia. Isso permite que sistemas legados sejam incluídos na “Internet dos Valores”.
2 – O ILP funciona com sistemas públicos e privados.
Uma das resistências de grandes bancos para adotarem os protocolos abertos é a privacidade. Usando o ILP, grandes bancos podem interconectar seus ledgers diretamente para pagamentos instantâneos.
3 – Escalabilidade infinita.
Recentemente houve muita discussão sobre a escalabilidade e a praticidade do modelo “um ledger reina sobre todos”, na qual consultorias e altos executivos de empresas de tecnologia apostam em um futuro de múltiplos “blockchains”. Marley Gray, Diretor de Estratégia para Serviços Financeiros da Microsoft, que recentemente adicionou o ripple à sua plataforma de “blockchain as a service”, disse nessa entrevista:
“In financial services, I think we’re going to see a mixture of different blockchain technologies. There will be many, many chains—chains for swaps, chains for bonds. They’ll each have different characteristics. We’ll see chain patterns evolve. You could plug and play various consensus algorithms based on the products that exist on that chain.”
Como vamos ver nas explicações abaixo, a escalabilidade do ILP é infinita já que não é necessário uma rede específica da qual todas as transações dependem.
4 – Interoperabilidade já é uma necessidade.
Mesmo sem a existência dos novos protocolos financeiros abertos, a falta de interoperabilidade entre ledgers de todo o mundo causa enorme fricção e custo nos pagamentos, principalmente os pagamentos internacionais.
TEXTO COMPLETO:
Continuando a nossa série sobre a internet dos valores, vamos discutir o papel das criptomoedas nos esquemas de pagamentos descentralizados do futuro.
No nosso post anterior explicamos em linhas gerais como funciona um pagamento usando o Interledger (ILP), nesse post vamos entender como o ILP e o XRP podem se complementar.
O ILP, como já visto, pode trazer para o nível da internet dos valores todos os livros-razão digitais existentes no mundo, inclusive os sistemas legados bancários, o que implica um grande número de mercados diferentes buscando interoperabilidade, que poderiam ser atendidos par a par ou usando pagamentos que passam por mais de um sistema. Por exemplo, se tivermos 3 sistemas, A, B e C, serão necessários 3 conexões bidirecionais que permitam que os valores transitem entre A e B, B e C e A e C.
TEXTO COMPLETO:
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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero
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