Considerações para o Conselho

[Wilton Paz]

Pessoal, assim como alguns são a favor e outros são contra o repasse da Estação Saudade para o Fecomercio - Sesc (http://www.fecomerciopr.com.br/sala-de-imprensa/noticia/sistema-fecomercio-sesc-senac-assina-acordo-para-restaurar-estacao-saudade-em-ponta-grossa/), coloco-me a favor, uma vez que prefiro aquele espaço restaurado do que como em muitos casarões de Castro que foram ao Chão ou queimaram. 

Posicionamentos devem ser respeitados, mas fazemos parte de um Conselho de Faz de Conta, onde o Governo Municipal nem se quer houve-nos na hora de tomar decisões e fazem o que bem entendem...modelo Beto Richa de Administração. 

Não culpo o Paulo, uma vez que assim como no exército, no serviço público temos que obedecer uma hierarquia, mas esta desrespeita um Conselho instituído por Lei, quando, além de não  prestar contas das decisões que envolve a Cultura, nem sequer lembram dos membros que se preocupam com a Cultura da Cidade. Pessoalmente vou deixar a Rosina do Tombamento do Estado ciente das ações e alterações naquele patrimônio, denunciando toda e qualquer alteração no processo de restauro. 

Acredito que todos deveremos ser fiscais e cuidar para que nosso patrimônio seja respeitado. Agora falando em patrimônio, algum conselheiro teve ciência de que a Casa da Dança estará, supostamente abrigando a Fundação Municipal de Turismo? Desveste um macaco pra vestir outro? A Prefeitura terá dinheiro para terminar o restauro, pintar aquele casarão, ou novamente vão usar até cair e abandonar? Ao invés de investir na dança, vão tirar o espaço deles?  Aos poucos estão sucateando os espaços tombados no município, deixando um rastro de abandono.

Acredito que temos que lutar pelos espaços culturais, pela sua manutenção e não declínio, afinal, os governos vão e vem, já estes locais, uma vez destruídos, viram memória, assim como nossa antiga catedral, que um certo bispo acabou PELANDO, e os vereadores no mínimo retardados da época pós-fim da estrada de ferro, ainda batizam o nome de uma  grande avenida da cidade com o nome do atual assessor do demônio. 

O grande problema dos governantes da cidade (fazedores de leis, nomeadores de ruas)é não ter nível superior, o qual proporciona o mínimo de cultura para uma pessoa? São as religiões influenciando a câmara? Ou é a burrice de não deixar a história da cidade preservada? 

Minhas considerações podem ser generalistas, mas se não fosse o grito desses defensores da cultura como eu, a Concha Acústica teria sido demolida ou estaria totalmente descaracterizada com vidros blindex de certas piruísses elitistas. Uma coisa reconheço, ficou bonita e utilizável, espero que o Projeto Sexta as Seis volte pra lá e ignorem as opiniões do dono do Regente, afinal, música é cultura e os alunos precisam sim prestigiar.

No mais, peço que, os representantes do Fecomercio e também do Patrimõnio de Estado se sejam convidados a reunião do Conselho, não só de Cultuira, mas juntamente com os membros do Compac apresentando o projeto real de Manutenção e uso do referido bem público, e também que nos sejam dados os devidos esclarecimentos sobre o usa da Casa da Dança e também da Mansão Vila Hilda.

No mais, futuramente, acredito que situações como estas de uso de bens Culturais da cidade, passem pelos conselhos responsáveis.

Grato