Eliana Cunha
unread,Jan 4, 2012, 10:02:57 AM1/4/12Sign in to reply to author
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to setorial-ed-cspconlutas, liceu-construindo-um-projeto-de-educacao, comandodegreveniteroi2011, secretaria, alojamen...@yahoogrupos.com.br, professo...@yahoogrupos.com.br, professo...@yahoogrupos.com.br, forumemdefesadaeducacaopublica
Caros,
Que nós todos consigamos ter a força necessária e a leveza imprescindível para vivermos o 2012 e todos os que vierem.
Estamos de férias e muitos só lerão esse e-mail em fevereiro, muito bom! Todavia - "Preciso do desperdício das palavras para conter-me", Manoel de Barros - escrevo.
No momento em que aqui no RJ a SEEDUC convoca "alguns" para discuitir o "Currículo Mínimo" (10 a 13 de janeiro CEFET – Maracanã, Entradas: Av Maracanã 229 ou Av. General Canabarro, 485 - Maracanã site: http://projetoseeduc.cecierj.edu.br/ava/mod/forum/discuss.php?d=4633#p220111) é importante lermos a matéria que saiu no Estadão, encaminhada no FEDEP, e aproveito para propor uma reflexão sobre o processo de avaliação que estamos "compartilhando", "reproduzindo", em nossas escolas. Até que ponto não estamos entrando nessa onda de produtividade, notas boas, rendimento aproveitável e ATROPELANDO o principal (ou o princípio da formação integral de nossos alunos)? Até que ponto o excesso de simulados, testes, ENEMs, SAERJs, saerjinhos,... não está ajudando a dissimular o ser humano que podemos potencializar???? As escolas estão virando uma máquina de medição e estão cada vez mais insuportáveis para todos. As artes, o conhecimento, os esportes e a alegria estão ficando fora do muro das escolas ou no pátio (ou simplesmente viraram comódites no "Mais educação"). Não somos máquinas ("homens e que sois") de prazeres nessa era do "Hedonismo envergonhado" (esloveno Zizek) mas também não podemos achar que a escola se tornou naturalmente um lugar das "obrigações chatas" (como querem "Todos pela Educação" que diz que o Estado fracassou - "Que venham as parcerias!" - e que melhorá-la e tarefa desses "todos" empreendedores a lá EBX). Os tempos são outros, a escola mudou e nós temos que viver isso não porque temos lap tops superfaturados doados como política pública que vai resolver a "inovação" da Educação por decreto, como propõe o plano de metas do nosso patrão:
Grito Negro
Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão. (poeta moçambicano José Craverinha)
E viver os novos tempos nos obriga a pensar o lugar em que tudo isso se dá: A crise no mundo árabe, os levantes, os "ocupe" alguma coisa, as "redes e as ruas" e saber o que é movimento revolucionário ou simplesmente reformista ou espetaculoso... o PNE governista, os 10% do PIB para educação exclusivamente pública, os megaeventos e os mega "despejos", a refórma tributária engessada, assim como a reforma política cooptada. Tudo nos leva a crer que os limites entre ousadia e estupidez são cada vez mais tênues na tal da "pós modernidade" e não é fácil fazer a disputa tão necessária tendo como princípio não usar das mesmas armas rasteiras do nosso inimigo muitas vezes oculto. É tempo de pensar o currículo, a avaliação, a gestão participativa e cada atitude no espaço escolar como consequência da escola que queremos construir para uma sociedade emancipada e livre onde todos possam ser mais felizes. Não é fácil, principalmente em se tratando de um Estado que rifou a democracia nas escolas e que faz arremedo de políticas públicas para educação como aqui no RJ! Mas é preciso resistir diante da barbárie e por isso todos os nossos gestos no cotidiano (não apenas escolar) devem refletir a mudança que queremos para o mundo. O mundo não nos oferece grandes motivações para a felicidade duradoura (justiça, inclusão, transparência, ética) mas isso não é motivo para desistirmos de buscá-la. Enquanto plenejamos a vida acontece por isso é importante que no processo façamos nosso melhor porque a chegada pode ser apenas uma utopia. Triste daqueles que abriram mão de suas utopias! É preciso cuidar sempre, semear, cultivar mesmo que a colheita seja obra de outras gerações ... "Vamos lá fazer o que virá!" Um pequeno gesto de gratidão a todos aqueles que nos possibilitaram está aqui e agora construindo algo melhor!
Boa leitura e refexões criteriosas! e/ou simplesmente Bom descanso!
abs,
Eliana
---------- Mensagem encaminhada ----------
De:
João Batista Nascimento <joaobatist...@yahoo.com.br>
Data: 2 de janeiro de 2012 04:36
Assunto: [forumemdefesadaeducacaopublica] Aprender ou passar no vestibular?
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Atividade nos últimos dias:
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