caucuz
unread,Jun 7, 2015, 9:17:44 AM6/7/15Sign in to reply to author
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Sofrência
As vezes me bate um desespero,
Seguido por uma tristeza profunda.
São horas infindáveis;
Um dia inteiro.
Sem a perspectiva de porra nenhuma.
Estatística
Anda, dê-me as suas mãos agora.
Quero pular desse trem maldito.
Quero pisar meus pés descalços nesse chão que sangra.
Quero unir minha vocais prantos dos desvalidos.
Quero me arrastar pelas cidades imundas,
em busca de abrigo e alimento.
Sou igual a massa de "ninguens" sem-nomes,
Desempregados, destituídos, desesperançosos.
Soluço entre os ruídos da noite.
Pranteio ao raiar do sol.
Mais um dia na pátria dos bravos e valentes,
Mais um dia miserável e impotente.
Os porcos, farelo comem.
Vejo esse pobre diabo alimentar-se de ti.
Vejo esse demônio a escarninhar de mim.
Sua simples existência afronta a tudo o que há de bom no mundo.
Caminhar ao lado dele, faz-de ti, para mim, um simples imundo.
Carta para Ivan Silva ( Atun Álgun)
"Ai que saudade de chorar baixinho, escondidinho no seu ombro.
Mesmo que pelo telefone, mesmo que tão distante... Saudade de abrir meu coração, feito latinha de refrigerante"