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Saber trabalhar em equipe é uma competência muito valorizada
no mercado de trabalho. O valor do seu passe aumentou, e muito, já que
hoje a procura é maior que a oferta.
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"Josuel era fera em Excel. Maria dominava as finanças da
empresa como ninguém. Receberam a missão de entregarem um relatório
dinâmico com o balanço da empresa, correspondente aos últimos 12 meses.
Josuel queria tabelas dinâmicas. Maria queria gráficos estáticos. Brigaram.
Josuel se enfezou e não priorizou a tarefa. Maria ficou enlouquecida pela
falta de ajuda e, ao invés de buscar uma solução, chorou. O relatório não
foi entregue no prazo estabelecido e ambos foram pontuados, negativamente.
Profissionais especialistas e que não sabiam trabalhar em equipe. O dia em
que um mais um foi igual a zero".
Mais do que trabalhar por um objetivo comum, um grupo só se
caracteriza por equipe quando os integrantes passam a valorizam as
diferenças em busca do bem comum, ao invés de brigarem por verdades
unilaterais.
Aqui está a dificuldade: valorizar o diferente não é uma
missão fácil. Principalmente, pensar que este diferente pode ser melhor que
você. O ego nos cega nesta hora.
As pessoas não enxergam o mundo como ele é, mas como elas são.
Logo, os símbolos podem ser os mesmos, mas a quantidade de significados
será sempre muito grande. E isto, acreditem, é, sim, uma vantagem dentro de
uma equipe.
O problema está na má utilização desta vantagem. Ao invés de
unirem diferenças, e fazerem um mais um ser, efetivamente, dois, as pessoas
preferem se limitar a trabalhar com seus conhecimentos prévios e se
esquecem que estes, sozinhos, não têm valor para o todo.
Como, então, interligar os diferentes conhecimentos e fazer de
um grupo, uma equipe?
Em primeiro lugar, é necessário aceitar que símbolos podem (e
têm) significados diferentes. Ter a curiosidade de conhecer estes
diferentes significados e associá-los ao seu é o primeiro passo para
co-relacionar seus conhecimentos com o do próximo. Mesmo nos casos em que
não há co-relação, o fato de procurar entender o motivo do ?olhar?
diferente do seu colega de trabalho já te aproxima dele. Esta premissa faz
vocês conquistarem o primeiro passo de um time: A CONFIANÇA.
A confiança faz você ter, a partir daqui, uma escuta ativa
para o que seus colegas de trabalho têm a dizer. Faz, também, você investir
tempo naqueles que não têm significado a oferecer porque desconhecem o
fato. Por exemplo: você faz parte de um grupo inter-áreas e sabe que seu
colega de trabalho responsável pela área de operações não está tão por
dentro do trabalho em questão. Ao invés de esperar ele atrasar uma tarefa
por falta de priorização, você já se dispõe a explicar o objetivo do
projeto, a responsabilidade dele, reforçar as datas de entrega e se dispõe
a ajudar, se necessário. Como a relação de confiança está estabelecida pela
premissa acima, ele aceitará simplesmente pelo fato de saber que você o
aceitou, mesmo ele estando, inicialmente, em sintonia diferente da sua.
O segundo passo é PENSAR GANHA-GANHA que, segundo Stephen
Covey, é o princípio do respeito e do benefício mútuo. Traduzindo, é pensar
em como, JUNTOS, podem fazer mais.
Ganhar uma discussão para saber quem está certo pode parecer,
a princípio, uma vitória sólida. Dentro de uma equipe, é uma vitória vazia.
A discussão válida é aquela onde o que prevalece não é sua verdade ou a do
vizinho, mas o resultado do melhor das duas facetas. Isto é pensar
GANHA-GANHA.
Você colabora para o trabalho em equipe? A resposta será sim a
partir do dia em que conseguir de um mais um, NO MÍNIMO,dois.
Sobre a autora: Kelly Gallinari
é coach (profissional que aplica o coaching) formada pela ICI (Integrated
Coaching Institute). Unico curso de formação de coaching em todo o Brasil e
no cone sul do continente americano, credenciado pelo ICF International
Coach Federation, com sede nos EUA.
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