Prezados,
Recebi os comentários abaixo e escrevo no intuito de enriquecer o debate.
O Engenheiro Carnaúba esta preocupado com painéis com miolo de madeira revestidos com placas cimentícias, tipo painel wall ou masterboard de dois fabricantes brasileiros. Posso responder sobre o masteboard, que tem miolo em OSB que são fibras de madeira orientadas com tratamento conta cupins com longa garantia.
Quanto a proliferação de insetos dentro de paredes de dry wall, nos Estados Unidos, realmente há uma indústria de tratamento para pragas, porém o Dry Wall iniciou-se a mais de 110 anos e a cadeia produtiva é enorme. Muita das madeiras usadas na base da construção provinha de madeira não tratada e especificada. No Brasil, usamos em sua enorme maioria frame metálico.
Saliento também que vazios na construção civil não são sinônimos de proliferação de insetos, caso contrário o espaço entre o telhado e o forro de qualquer residência seria um espaço ideal. Os insetos tendem a se armazenar e proliferar onde há condições habitação e reprodução (alimentos, umidade...), uma parede de Dry wall executada dentro das normas vigentes não reproduz este espaço. Quando temos queutilizar alguma madeira de reforço, esta tem de ser tratada e garantida contra insetos.
Quanto a reclamação referente a transmissão de som em apartamentos de Dry Wall, temos que analisar a construção como um todo. Existe uma tendência em colocar-se a culpa no Dry Wall (por ser relativamente novo no Brasil) por construções que apresentam uma série de vícios. Por muitas vezes já indiquei contra paredes e forros de Dry Wall para solucionar problemas de transmissão de som em apartamentos com alvenaria de blocos cerâmicos e de concreto. Mais uma vez se seguirmos as normas de Dry Wall (abnt nbr 15758-1/2/3 2009), não teremos este problema.
Coloco-me a disposição
Eng.° Jorge Katchvartanian
Tel.: 5084-5002 Skype: jorge.walltech
De: patologia_d...@yahoogrupos.com.br [mailto:patologia_d...@yahoogrupos.com.br] Em nome de Marcos Carnaúba
Enviada em: quinta-feira, 14 de outubro de 2010 16:19
Para: calculi...@yahoogrupos.com.br
Cc: ClubedosEnge...@googlegroups.com; Moderador Patologia; TQS Comunidade
Assunto: [patologia_de_estruturas] [calculistas] Cupins em wall?
Caro Jorge Fortes
Obrigado por sua mensagem de conteúdo muito útil. Mantive o texto porque será útil para outros grupos.
Vou pesquisar.
Abraços caetés
Eng.º Civil Marcos Carnaúba
CREA 3034 D-PE/AL
Tels. 82.8833.9343-9981.6748
e-mail: marca...@gmail.com
Skype: marcarnauba----- Original Message -----
From: JORGE FORTES FILHO
Sent: Thursday, October 14, 2010 9:39 AM
Subject: Re: [calculistas] Cupins em wall?
Prezado Eng. Marcos Carnaúba,
Já li alguns artigos publicados em inglês sobre problemas decorrentes de colônias de insetos em construções com drywall nos Estados Unidos, mas a memória não me permite lembrar a referência, o certo é que o problema existe.
Sugiro uma busca com "termites in drywall" .
No enderêço http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=29&Cod=23 , encontrei três opiniões, de usuários e profissional, que podem ser úteis, tanto para você como para os demais colegas, as quais reproduzo abaixo.
Saudações,
Jorge Fortes Filho.
Salvador-BA.
De: Sylvio (em 2009-09-15 11:20:21)
Consumidores estão desinformados
Divisórias de gesso acartonado. Consumidores brasileiros ignoram potenciais riscos por Sylvio Nogueira Impossível negar que as divisórias de gesso acartonado vieram para ficar, pois suas características e virtudes - funcionais ou estéticas - são várias e inquestionáveis. Alem disto, os fabricantes, no Brasil, vem praticando detalhes capazes de conferir razoável isolamento acústico, suficiente estanqueidade em pisos úmidos, bem como reforços localizados, "inserts", buchas especiais, etc, que permitem suportar cargas mais frequentes. E, para tanto, declararam-se dispostos a investir na elaboração de Normas Brasileiras Registradas (NBRs) que deverão, até o ano de 2011 – devidamente homologadas pelo no INMETRO / CONMETRO / ABNT, de modo a permitir eventuais reclamações, dos consumidores, com base no C.D.C. - abranger todas as fases construtivas posteriores ao fornecimento de chapas de gesso e perfis metálicos (únicos insumos até hoje cobertos por Normas Brasileiras Registradas), tais como parafusos, reforços ocultos de madeira, corretos embutimentos de dutos hidráulicos ou elétricos, isolamentos térmicos e acústicos envelopados, fitas vedantes, impermeabilizantes, pinturas, etc, conforme matéria publicada na conceituada revista Tèchne, Edição 107, Página 42, de 14.02.2006. Assim, embora o horizonte de 2011 seja de nula serventia para os primeiros adquirentes (1991) e para os atuais moradores/usuários de imóveis já guarnecidos com o produto, é positivo o empenho, dos fabricantes do sistema (chapas de gesso + perfis de aço), em avançar rumo à minimização de danos ou prejuízos ao consumidor; tendo-se, ademais, como básico pressuposto, que tal e longo período probatório - iniciado, no Brasil, há 18 anos – esteja sendo atentamente acompanhado pelas comunidades acadêmica e científica, bem como por autoridades sanitárias, ambientais, parlamentares e jurídicas do país. Contudo - como ocorre com muitos excelentes remédios -, o produto apresenta potenciais vulnerabilidades ou riscos que deveriam ser (e não têm sido) comunicados aos cidadãos usuários e adquirentes de imóveis, residenciais e comerciais, nas grandes e médias cidades brasileiras. Assim, para melhor conhecimento de profissionais do ramo e/ou de Entidades públicas eventualmente envolvidos, cumpre comentar : 1º - O consumidor final não está sendo alertado sobre o potente estímulo à proliferação de insetos (principalmente traças, formigas, cupins, pulgas e baratas) e artrópodes, nos vazios dos painéis, onde o farto e seguro abrigo (células intercomunicáveis na horizontal e/ou via forros em “plenum”) alia-se a componente comestível das paredes (papelão). Os ocos e interligados painéis das "drywall" somam-se, pois, às antigas "cavernas" formadas por tapamentos de prumadas (de água ou esgotos) com paredes de alvenaria, que sempre foram, e ainda são – na construção convencional –, abrigos para colônias de formigas e outros vetores. 2º - Assim, embora seja total absurdo dizer que as divisórias acartonadas “inauguraram” os primeiros vazios e reproduções, urbanas, de insetos ou artrópodes, será muito ingênuo não perceber que - com seu uso - a multiplicação desses vazios resulta fortemente ampliada, principalmente em imóveis residenciais, onde há odores, fartos, gerados por alimentos, escamações de pele, resíduos de ração animal, roupas, malas, calçados, etc. Há, além disto, casos como o de Curitiba, onde tal incremento de vazios construtivos inclui aqueles nos quais já abriga-se e reproduz-se a aranha marrom, convertida em sério problema de saúde municipal: em 2003 foram atendidas, nas Unidades de Saúde, mais de 3.000 pessoas picadas; ou seja: um elevado índice de quase 2 (dois) casos para cada 1000 habitantes. Sucede que essa aranha é onívora, pois caça e alimenta-se de quaisquer dos insetos citados no parágrafo anterior; e de cujas infestações ou colônias buscará proximidade que permita cômodo suporte, alimentar, à procriação. 3º - Sobre guarnições de portas, em tais divisórias, cabe dizer que essas saem, de fábrica, suficientemente imunizadas. Contudo, durante as montagens, artífices vários ou imperitos empreiteiros costumam inserir (e ocultar) uma profusão de barrotes, sarrafos ou pedaços de tábuas - sem qualquer tratamento imunizante - para fixar tubos, caixas de descarga, aparelhos sanitários, quadros de luz e de telefonia, eletrodutos, tomadas, interruptores, extintores, aquecedores, etc. O desavisado consumidor, com a obra pronta, jamais saberá o real volume desses “bacalhaus”, que podem servir à nutrição e proliferação de vários insetos (ênfase para cupins); como nunca saberá, também, se fiações várias, transitando pelos vazios e forros falsos, estão embutidas em eletrodutos, se há isolamento com fibra-de-vidro solta (não envelopada) soltando partículas, etc, etc. 4º - O discurso (praticado pelos fabricantes nacionais do produto) sobre o amplo e consagrado uso dessa divisória, no exterior - principalmente na Europa e nos EUA -, esbarra em três primários contra-argumentos : A ) A divisória de gesso acartonado, na América do Norte, é a “milésima” convidada para um "baile" que dura há muitas décadas, pois é sabido que parte dominante das moradias norte-americanas é erguida em madeira ou com "frames" associados a outros materiais (aço, alumínio, fibras sintéticas, poliestireno expandido, etc). Acontece que o amplo uso de paredes ocas criou e consagrou, naquela região, a já antiga e muito sólida atividade do "pest-control": significa dizer que qualquer povoado, nos EUA ou no Canadá, possui (além de gélidos invernos, que eliminam enormes quantidades de indesejáveis vetores) várias empresas especializadas no combate a insetos e fungos (que procriam ou apenas abrigam-se nos vazios), sendo que algumas chegam aos requintes de exterminar, ninhos ou colônias, com gases venenosos, nitrogênio líquido, injeções de boratos (muitos construtores deixam, dentro das divisórias, tubos perfurados e conectados a válvulas de tampa retrátil) e, até, de usar estetoscópios digitais e aparelhos, portáteis, de micro-ondas !... B ) Apesar dessa neoparafernália (muito onerosa para os consumidores, que arcam com verdadeiros “planos de saúde prediais"), as infestações observadas na Califórnia, Texas, Flórida e Luisiânia (estados americanos mais quentes e/ou úmidos) já converteram-se em dispendiosas endemias, forçando os governos a manter programas de orientação, assistência e, até, de subvenções aos cidadãos, para os quais destinam vultosas verbas; quem duvidar, e puder navegar na Internet, tente um bom site de busca (”Google” ou assemelhado) e use parâmetros como "USA"; "pest control", ou associações de "drywall” com “mold”, ”silverfish", ”termites", ”insects", “bugs”, “ants”, “roaches”, “spiders”, “brown recluse”, etc. ( digitar: “drywall” ; “segundo parâmetro” ) Nota: Quem desejar conhecer dados, do estrangeiro, sobre outros relevantes riscos inerentes ao produto, poderá usar este link : http://www.lafargenorthamerica.com/wps/wcm/resources/file/ebf97207c0ef033/Drywall%20MSDS%20SP%202011.pdf C) O que dizer, portanto, do consumidor brasileiro, habitante de um país cujo clima (na média) faria da Flórida um "freezer" ?... Resta alguma dúvida sobre o enorme estímulo reprodutor que os vazios dessas divisórias representam para cupins, formigas, percevejos, traças, aranhas marrons e outros nocivos "vetores", em nosso cálido país ?... Conseguirá nosso cidadão comum "dedetizar" os amplos e inacessíveis vazios das "drywall", num Brasil sem qualquer tradição nesse nível de "pest control" ? Não seria, esta, uma característica a ser revelada, sempre, a arquitetos, engenheiros civis, construtores, decoradores, proprietários de consultórios, clínicas ou hospitais, mutuários da habitação popular e consumidores finais ( usuários ) de imóveis ? 5º - O meio técnico vem sendo alvo, das fabricantes de "drywall", tanto em respeitadas publicações (anúncios, artigos ou manuais técnicos, assinados por renomados profissionais e professores universitários, além de mecenatos presentes em cursos de graduação, mestrado e doutorado) como nos mais recentes partidos de cálculo estrutural (banimento de vigas + lajes-cogumelo + lajes protendidas + contrapisos "zero", etc), com o objetivo (empresarialmente legítimo!) de estimular vendas de forros compostos com produto correlato, para fáceis trânsitos de dutos (eletricidade, telefonia, lógica, água potável, etc). Esses recentes projetos estruturais (objetos de NBRs - Normas Brasileiras Registradas), embora não apresentem qualquer risco para a essencial estabilidade predial, tendem a gerar deformações lentas mais acentuadas e, na seqüência, mais fissuras em alvenarias periféricas – e em junções, destas, com as “drywall” internas -, aumentando riscos de penetrações de insetos e de infiltrações pluviais, além de elevar, também, riscos de insalubridades internas (umidade+fungos+bolores), descolamentos de revestimentos por perda de cales e, até, de corrosões em armaduras. (Nota: sobre plasticidade e deformabilidade, das recentes estruturas de concreto armado, recomenda-se consultar incontestável entrevista do respeitado e insuspeito Prof. Engº Fernando Henrique Sabbatini, na renomada revista Tèchne, edição 99, página 24, em junho de 2005) 6º - Os produtores das ”drywall” buscam minimizar o forte risco de conversão, dos amplos e disseminados vazios (das divisórias e dos forros ) em abrigos para vetores patogênicos/peçonhentos, alegando que “os materiais envolvidos – perfis metálicos, chapas de gesso, parafusos, fitas isolantes, mantas de fibra de vidro ou lã de rocha, e afins - não atraem insetos nem serão, por eles, devorados“ (sic). Ora, como o real risco de infestação reside na farta oferta de vazios e não nos elementos que os formam, tal argumento resultaria apenas ingênuo, caso não fosse, como aqui se percebe, insultuoso à mais rudimentar inteligência. A omissão dessas questões, desde projetos até obras e pesquisas de pós-ocupação - notadamente por Entidades envolvidas com moradias populares, ministérios, universidades, bem com por conselhos profissionais vinculados à arquitetura, à construção civil, à Saúde Pública e ao Meio Ambiente -, constitui postura incompreensível, seja sob o enfoque ético da óbvia desinformação existente, seja pela necessidade de preservar a essencial higiene (mínima salubridade) das edificações residenciais e públicas. Revista Jus Vigilantibus, Domingo, 2 de agosto de 2009
De: Rildo (em 2009-06-17 02:06:42)
Olá Rosana
Fiquei chocado ao ler seu comentário, posso ate imaginar sua frustração. Eu moro em casa de Dry Wall e também ja morei em apartamento de Dry Wall, e não tenho o mesmo problema que vc tem, a razão é muito simples. A culpa do seu sofrimento é 100% da construtora que construíu seu apartamento e não do material, como disse moro em casa de Dry Wall, quando se constroi casas conjugadas ou apartamentos com parede de dry wall é necessário que haja uma parede de alvenaria dividindo as unidades primeiro por questão de segurança segundo pra que vc não tenha de viver a vida do seu vizinho, ou em alguns casos se faz a divisão com paredes duplas e izolamento entre as paredes, o dry wall é um material para paredes internas se vc prestar atenção na instrução acima existe a parede de tijolo e dentro é a parede de dry wall. No seu caso mais uma vez repito a contrução foi feita de uma forma errada e nesse caso eu diria que não é o material porem a forma que foi aplicado, talvez para economizar fizeram isso porem 100% errado. Trabalho com dry wall e ja ajudei a fazer varios prédios enclusive com ate 200 apartamentos e não se ouve nada quando vc entra em seu apartamento e fecha a porta, porem todas as paredes externas devem e tem de ser feito izolamento apropriado. Com carinho Rildo Lima Cantonment, Florida USA
De: Rosana (em 2009-01-30 21:11:53)
Drywall : excepcional isolamento acústico?
Moro há 3 anos e estou colocando a vendo meu tão sonhado ap comprado na planta onde a entrega é uma surpresa. Ao realizar a compra e por pura inexperiencia, não me atentei ao documento entregue pela construtora R. Yazbek que as tais paredes poderiam ser de alvenaria ou drywall, logo..embarquei no sonho e depois que me mudei vi que era furada.Fico muito espantada ao ler o trecho do artigo "excepcional isolamento acústico" já que tenho o desprazer de ter a tal parede de drywall por TODO apartamento, digo TODO inclusive entre vizinhos, logo...a minha vizinha que fala alto por natureza : escuto, se ela faz reuniões entre 2 3 amigos + som volume baixo até as 4 da manhã: eu ouço e sinto como se estivessem em minha sala, se ela recebe o seu namorado para uma noite especial: pasmem! eu ouço tudo, é terrível se eu recebo visitas num destes momentos...contrangedor Enfim, gostaria muito da ajuda de vocês numa dúvida: é permitido por lei a utilização deste tipo de parede entre vizinhos? Se não for poderiam me fornecer dados para eu buscar os meus direitos? Por favor, fico no aguardo já que estou no meu limite e enquanto escrevo este comentário ouço o som ...da vizinha, o pior é que não quero ouvir música mas sou obrigada Obrigada! Rosana - SP rosa...@hotmail.com
= = = = = =2010/10/14 Marcos Carnaúba <marca...@gmail.com>
Caros
Alguém tem conhecimento da ocorrência de cupins em Painéis Wall, que são compostos de miolo de madeira revestidos com placas de fibrocimento?
Em caso positivo estou precisando de informações complementares que podem ser enviadas por aqui, ou para o e-mail pessoal.
Abraços caetés
Eng.º Civil Marcos Carnaúba
CREA 3034 D-PE/AL
Tels. 82.8833.9343-9981.6748
e-mail: marca...@gmail.com
Skype: marcarnauba