CORREIO BRAZILIENSE / Plano Real - 20 anos : Inflação acumulada no real é de 341%

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Arthur Garbayo

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Dec 31, 2013, 9:59:52 AM12/31/13
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31/12/2013

Inflação acumulada no real é de 341%

O Plano Real é comemorado por ter dado um fim à inflação galopante que assolou a economia brasileira durante anos. Mas, desde julho de 1994, quando a atual moeda começou a circular, até 30 de novembro de 2013, data do último balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 341% no país. Das 11 capitais pesquisadas, a escalada dos preços foi maior em Belo Horizonte (342,96%) e menor em Fortaleza (295,82%). Em Brasília, que ocupa a quinta posição no incômodo ranking, a carestia chegou a 322,98% no período.

O combustível doméstico (gás de cozinha) teve a maior inflação acumulada no período: 907,98%. A gasolina, segundo item de maior peso na composição do IPCA — o primeiro é a refeição — aumentou 400,80%. Com quatro carros em casa, a empresária Valéria Brito, 39 anos, diz que os gastos com o abastecimento dos veículos são o de maior peso no orçamento. O desembolso chega a R$ 2,5 mil mês. "Nessas duas décadas em que possuo carro, sempre gastei muito com gasolina, mas nos últimos anos as despesas aumentaram a um ritmo maior", conta. Só entre 2012 e 2013, ela calcula um acréscimo de R$ 20 a R$ 30 por tanque.

A evolução do preço dos alimentos na era do real também afetou o bolso dos brasileiros. O servidor Arlindo Marques, 56, tem no supermercado a maior fonte de despesas. Ele calcula despender R$ 2 mil por mês em compras, 70% em alimentação. "Tudo está encarecendo. Eu me lembro que, em 1994, quando o Plano Real foi instaurado, um saco de feijão custava R$ 0,80. Hoje, eu pago R$ 6 reais no mesmo pacote", reclama.

Entre os alimentos que mais subiram desde 1994, estão a carne (390,46%) e os pescados (577,61%).

Alimentação fora de casa e aluguéis também dispararam, 445,83% e 808,58%, respectivamente. No período, o preço do transporte público subiu 666,58% e tal aumento, associado ao péssimo serviço oferecido à população, foi o estopim para as manifestações que tomaram conta do país e levaram milhares de brasileiros às ruas em junho para protestar.

Se a escalada dos preços assusta até hoje, houve um tempo em que dois dígitos de alta eram atingidos em questão de horas. Antes do Plano Real, era comum os supermercados reajustarem os preços das mercadorias duas ou mais vezes no mesmo dia. Em 1993, por exemplo, o IPCA bateu nos 2.477,15%.

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Para ter mais informação acesse estes portais:  www.desenvolvimentistas.com.br e http://www.joserobertoafonso.ecn.br/

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