Semana 3 - CrisisCommons - Proposta de Ação

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Pedro Markun

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Mar 29, 2010, 11:22:42 AM3/29/10
to civich...@googlegroups.com
Caros,

essa semana passamos para analises de casos e cousas práticas ligadas a idéia de civic hacking. 

Para começar, pensamos em trabalhar um movimento internacional - que surgiu faz pouco tempo - chamado CrisisCommons.

Segundo o próprio site ( http://crisiscommons.org/about-us/ ) o movimento foi fundado em março de 2009,um grupo de 'idealistas e inovadores' se organizaram através do twitter no Gov 2.0 Camp com a idéia de discutir e criar uma comunidade de cidadãos voluntários, ongs, agencias humanitarias, governo e setor privado... e em minutos eles tinham um grupo pronto para responder a momentos de crises através do uso de tecnologias, inovação e mobilidade.

Para afinar a nossa própria idéia de Civic Hacking, acho que seria interessante para nós analisarmos os diferentes projetos e processos que esse grupo esta usando para se articular. Além da página principal ( http://crisiscommons.org/ ) existe uma wiki bastante recheada e em constante mutação que serve de material inicial de estudos.

Especificamente, a página de projetos http://wiki.crisiscommons.org/wiki/Projects pode dar apontamentos para outros lugares onde essas práticas e reflexões estão acontecendo; e seria legal se conseguissemos nos dividir e produzir uma leitura mais ampla do que o CrisisCommons de fato representa e onde ele conseguiu avançar e onde ainda esta engatinhando.

Para exemplificar, um dos subprojetos ligados ao CrisisCommons que mais me deixa animado é a construção colaborativa do mapa do Haiti, que existia no Google Maps mas não existia em alternativas como o OpenStreet Maps:



Um outro exemplo é o Person Finder ( http://wiki.crisiscommons.org/wiki/Person_Finder ) que é um local para buscar e colocar informações sobre desaparecidos.

Acho que valia uma analise mais aprofundada e quem sabe entrevista com os envolvidos? 

Enfim, espero que possamos montar ao final dessa semana um panorama que explique em bom português o que é e qual a importância de um CrisisCommons... e ai, se acharmos que vale o risco e temos o tempo, porque não inaugurar um capitulo brasileiro do CrisisCommons?

abs,
Pedro Markun

Karine Mueller

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Mar 29, 2010, 11:51:33 AM3/29/10
to civich...@googlegroups.com
Pedro, não tem par essa semana? Vamos trabalhando na lista/individualmente? Ou vamos criando algum documento coletivo na P2PU ou outra plataforma?
--
Karine Mueller
--
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Daniela B. Silva

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Mar 29, 2010, 12:04:23 PM3/29/10
to civich...@googlegroups.com
Tem sim, Karine! Vou mandar o formulário daqui a pouco.

Bjs

Dani

2010/3/29 Karine Mueller <kar...@imaginariodigital.org.br>

Daniela B. Silva

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Mar 30, 2010, 2:42:49 PM3/30/10
to civich...@googlegroups.com
Oi, pessoal!

Queria lançar um ponto pra gente pensar juntos nessa conversa aqui.

Pra mim, o mais interessante do CrisisCommons (que se auto-descreve como atividade de civic hacking em posts do blog e da wiki - bom pra gente pensar mais tarde, quando formos tentar definir o que é isso) é que ele permiti que as pessoas atuem em uma causa importante fazendo exatamente aquilo para que elas se sentem vocacionadas.

Um participante do CrisisCommons não vai entrar nesse grupo para mandar alimentos para Haiti, por exemplo (o que também é importante, mas é diferente nesse contexto). Se ele é desenvolvedor, ele pode colaborar criando tecnologia para um projeto. Se ele é comunicador, ele pode escrever, tornar os projetos mais conhecidos, criar conteúdo de relevância sobre o tema; Se ele é usuário da internet, ele pode mapear demandas, dar ideias, criticar a usabilidade e utilidade dos projetos. Tudo gira bastante em torno de como a inteligência da rede pode ajudar a resolver problemas críticos do mundo - e eu acho que eles são muito bem sucedidos em mostrar que isso é possível.

E vocês, o que estão achando do caso?

Abraço,

Dani

PS: Só recebemos 8 formulários até agora, então, vamos esperar até amanhã pra fechar os pares, tudo bem?

2010/3/29 Pedro Markun <pe...@esfera.mobi>
--

Pedro Markun

unread,
Mar 30, 2010, 3:14:46 PM3/30/10
to civich...@googlegroups.com
Dani,

cola lá no etherpad isso ai, acho que ajuda no entendimento.

extendendo meus 2cents, acho que é mesmo por ai...

no ano passado pintou lá em casa um escritor angolano chamado Ondjaki, falavamos das dificuldades de Angola e de como a situação por lá era complicada e sobre as diferentes formas de auxilio e assistencialismo internacional.

Ele estava bastante incomodado com as criticas que rolavam em cima da (pasmem) fundação Bill e Merlinda Gates que distribuia computadores e licenças de software por lá... deixando de lado por alguns instantes a questão filosófica do software livre e do potencial 'colonizador' de se distribuir software proprietario nesse tipo de contexto... a questão envolvida ali era maior que essa, a crítica era algo do tipo 'pô, precisamos de comida e vocês ficam despejando essas caixas e caixas de computadores e software em cima da gente'.

Mas no fundo era isso que estava no alcance, ou pelo menos no escopo do trabalho voluntário desses caras.

E para Ondjaki, como qual concordo, era tão importante quanto. Não é porque os caras precisam de comida que não precisam de comunicação. Mesmo uma necessidade sendo muito mais 'fundamental' (discutivelmente) que a outra, não devemos nos contentar com essa lógica linear de trabalho.

A história é só para ilustrar um pouco do que acho que pode surgir de coisas como o CrisisCommons e do Civic Hacking de uma maneira geral, pessoas usando as suas melhores qualidades para ajudar a construir um comum melhor.

E se por outro lado, acho que as vezes ficamos meio miopes com a idéia de que a rede é uma panacéia e pode resolver todos os problemas da sociedade. Por outro, acho que somos constantemente miopes porque não conseguimos ver as diferentes formas como a rede PODE ajudar diferentes problemas da sociedade.

Um exercicio que me pego constantemente fazendo é 'como posso usar a rede e o digital para resolver um problema que aparentemente não tem nada a ver com isso'. Seja falta de comida, coleta de lixo, saneamento básico, guerra... enfim... nosso real desafio é ser criativos o suficiente para entender como nossas competências podem ajudar nesses cenários aparentemente inalcancaveis.

Ir além do básico e óbvio, seja o básico uma 'twittagem coletiva', ou um blog/espaço para receber doaçoes ou um esforço coletivo e descentralizado de conscientização periférica... ampliando o 'buzz da mídia' para que isso entre na agenda pública e privada de quem 'realmente' pode ajudar.

abs,
Pedro Markun

2010/3/30 Daniela B. Silva <daniel...@gmail.com>

Cal Moreira

unread,
Mar 30, 2010, 4:24:43 PM3/30/10
to civich...@googlegroups.com
Nossa Dani, eu realmente nunca tinha ouvido falar de CrisisCommons, mas penso que faço (ou ao menos procuro fazer) algo assim no meu blog. O Maçã do Amor foi criado para falar de gastronomia, história da alimentação, saúde e nutrição. De repente percebi que teria que ter um diferencial e além disso, que o espaço deveria ser aproveitado para repassar informações (não ruídos) que pudessem interessar as pessoas, provocar reflexões. Então, ampliei. Hoje vasculho a rede diariamente em busca de cursos bons e gratuitos, livros para baixar, concursos, idéias que estão mudando o mundo para melhor, ações em beneficio da comunidade, festivais, cultura popular, campanhas como a de doação de órgãos, medula etc, visões diferentes de notícias veiculadas pela grande imprensa para possibilitar a comparação, atiçar o senso crítico, enfim.. e muito mais. Penso que assim o blog está contribuindo e eu fazendo a minha parte em uma área que tenho mais conhecimento. Falei muito, falei besteira?
bj
cal
 
 

 
Em 30/03/10, Daniela B. Silva <daniel...@gmail.com> escreveu:



--
Cal Moreira

Maçã do Amor (primeiramordida.blogspot.com)
12-9745-1208

Cal Moreira

unread,
Mar 30, 2010, 4:33:33 PM3/30/10
to civich...@googlegroups.com

Gente, acabei de receber e resolvi compartilhar. (não consegui tirar o negrito, rsrs)

Convite ao jornalismo compartilhado

Está confirmado. Um grupo de dezesseis governos debate, a portas fechadas, o ACTA, um acordo internacional que pode restringir as trocas pela internet e o comércio de medicamentos genéricos. Os sites Outras Palavras e Biblioteca Diplô acabam de publicar um texto a respeito. Ele sai, simutaneamente, nas redes sociais Cultura Digital e Ciberativismo.

É um começo: quebrar o sigilo, expor à opinião pública a ameaça, ajudará a afastá-la. O caráter opaco com que o ACTA vem sendo tratado não é casual. Procura-se preparar um prato feito, para depois empurrá-lo à opinião pública.

Mas estamos propondo ir além, e lançar um esforço colaborativo para compreender mais profundamente, e em seus múltiplos aspectos, o ACTA. Isso pode ser feito de distintas maneiras, entre as quais as seguintes:

a) Postando novos textos e links em Cultura Digital e Ciberativismo.
Ambos os espaços estão abertos ao debate sobre o ACTA e as alternativas a ele. É possível abrir tópicos de discussão, criar blogs, postar textos, áudios e vídeos, criar grupos. Para entrar, basta preencher um formulário simples e curto.

b) Contribuindo para melhorar o texto inicial.

A versão que produzimos foi redigida em caráter de urgência, logo depois que pressões da sociedade civil tornaram impossível continuar escondendo o texto em debate. Para melhorar e ampliar este primeiro artigo, queremos abrir um processo de autoria múltipla. Assim como no software livre, o objetivo não é construir uma versão única, mas múltiplas versões complementares. Funciona assim:

> Mais que uma exposição inicial sobre o ACTA, o texto é um dossiê bibliográfico. Traz dezenas de links para sites e documentos em que é possível pesquisar as origens da iniciativa, versão atual, repercussões no Brasil, debate das alternativas etc.

> O texto inicial gerou, também, uma versão Google Docs. Para obter a senha, basta escrever para ant...@outraspalavras.net.

> O uso da versão Google Docs é opcional. A vantagem é permitir que diversos co-autores acrescentem, corrija e aperfeiçoem partes do texto, simultaneamente ou não;

> Qualquer co-autor pode usar a versão inicial, incluir ou modificar algo e republicar, em seu próprio nome. A única contrapartida exigida é: também esta nova versão deve permanecer pública e aberta a novas modificações e autorias.

No momento em que alguns pretendem eliminar ou capturar a comunicação compartilhada, nada melhor, para defendê-la, do que torná-la cada vez mais efetiva e potente.



Em 30/03/10, Daniela B. Silva <daniel...@gmail.com> escreveu:
Oi, pessoal!

Raquel Camargo

unread,
Mar 31, 2010, 8:28:12 AM3/31/10
to civich...@googlegroups.com
Gente,

primeiro, desculpas pelo silêncio. A correria tá grande, mas o meu interesse pelo assunto permanece.

Acho que foi ou Markun ou a Dani que mandou esse link para cá: http://bit.ly/bD3tQ4. Ele foi muito inspirador para mim.

Conversando com um amigo desenvolvedor, Luis Leão, tivemos uma ideia que acho que combina bastante com a proposta da CrisisCommons: nosso plano é usar dados de uma empresa que faz pesquisas sobre o mercado mineiro (a priori) e colocar em um mapa, gráficos e tudo mais. 

Por exemplo, faríamos um histórico por posto de gasolina, mostrando a alteração dos preços ao longo do tempo colocando isso no gmaps. Isso daria uma visão geral para os consumidores sobre as taxas que pagamos, melhores locais para abastecimento e tal. 

Com certeza daria para aplicar isso em diversos outros contextos...

Curti muito a ideia!
Beijos,
Raquel Camargo


2010/3/30 Daniela B. Silva <daniel...@gmail.com>
Oi, pessoal!

Pedro Markun

unread,
Mar 31, 2010, 11:47:48 AM3/31/10
to civich...@googlegroups.com
Raquel,

vale vocês conhecerem e conversarem com o pessoal do MeusPostos, parte disso foi feita durante o Yahoo Open Hack 2010


abs,
Pedro Markun

2010/3/31 Raquel Camargo <lil...@gmail.com>

Raquel Camargo

unread,
Mar 31, 2010, 11:59:53 AM3/31/10
to civich...@googlegroups.com
Muito bom! Valeu pela dica! =)

abs
Raquel

2010/3/31 Pedro Markun <pe...@esfera.mobi>
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